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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 03 de maio de 2022 às 15:49


Cintia Lie Matuzawa articula sobre os efeitos da era do excesso da informação no consumo e como a personalização pode ser uma aliada.

Já há alguns anos estamos vivendo em um mundo de excessos que foram intensificados pela facilidade que a internet possibilitou nas imediatas visualizações de imagens a simples toques. Há quem diga que quanto mais opção, melhor. Será mesmo que ter muitas versões de determinados produtos ou serviços pode ser positivo ou corrobora para aumentar a confusão no meio a tantas alternativas?

O excesso de informações, de produtos, serviços, segundo pesquisa da Microsoft (WGSN 2017) gera desordem na mente da pessoa, frustração por não conseguir identificar um diferencial, perda da concentração e por consequência incapacidade de análise. Isso significa perder mais tempo nos corredores de loja, má visualização de produtos nas gôndolas e desistência na compra de alguns itens.

As marcas, produtos e serviços que surgem neste varejo cada vez mais complexo, buscam constantemente soluções para atender novas demandas, desejos, necessidades e expectativas. Principalmente na pandemia, houve a necessidade de as empresas continuarem atuando e precisarem resolver vários pontos para poder se conectarem aos clientes.


Boticário Lab que cria um perfume exclusivo segundo as características e gosto de seu cliente.

Um dos caminhos tomados é a personalização que já tem acontecido por volta dos anos 2010, mas que agora tem entregado um nível mais aprimorado e individual. Sempre houve marcas ou serviços que já realizavam este tipo de procedimento, como colocar as iniciais de nomes nos produtos, permitir a escolha de cadarços diferentes, pintar uma calça jeans, mas em alguns segmentos isso era impraticável. Mas, parece que o cenário mudou, um bom exemplo é a Boticário Lab que cria um perfume exclusivo segundo as características e gosto de seu cliente perante 1800 essências disponíveis ou mesmo a flagship da Dengo que prepara a barra de chocolate e embrulhos personalizados conforme a escolha pessoal de cada cliente.

Para a professora da Universidade Federal Fluminense Ana Paula Bragaglia, é uma resposta ao caráter homogeneizador da mercantilização e esfumaçamento da originalidade das marcas que geram no consumidor uma ânsia por singularização. Diante desta visão enevoada das marcas, a perda das características marcarias ficou mais evidente na pandemia.

A forte relação entre criar algo artesanalmente ou, modelar algo, traduz conhecimento especializado, envolve criatividade, paixão e expressa atributos de identidade. Para Colin Campbell, poder produzir produtos fornece uma chancela da percepção da qualidade com atributos preciosos, únicos e até sagrados. A carga afetiva e habilidades manuais é expressa no objeto como um sinal exclusivo agregando valores emocionais altamente identitários.

Em se tratando de conexões emocionais, algumas empresas já estão trabalhando inteligência artificial com sequenciamento de DNA aumentando o nível de personalização no design. Isto tudo para atender aos desejos de produtos feitos para suprir necessidades especificas e aumentar a vida útil.

Há quem faça recordações com pelos e dentes de pets queridos que já tenham falecido, o trabalho com DNA é um patamar mais elevado no processo da personalização, a hiperpersonalização.

“Usando um algoritmo, a equipe do AlphaBiolabs traduz os dados genéticos em cores e padrões, que representam visualmente seus dados genéticos. Cada seção possível de dados genéticos é atribuída a uma cor particular. Esta representação padronizada pode ser transformada em estampas ou tecidos .”

Falamos de produtos, mas as lojas físicas também possuem sua parcela de traços de hiperpersonalização quando se observa a construção cada vez mais elaboradas e complexas de pontos de venda. A linguagem visual tem se aprimorado segundo aspectos da marca, do perfil de comportamento do consumidor, do tipo de produto, de novas formas de operar, da omnicanalidade como vetor estratégico e complexo dentro do contexto varejista, entre uma série de inferências existentes e importantes… mas isto é assunto para outro artigo!

O importante é acompanhar as necessidades e tendências do tempo e trazer ressemantizações para a marca, produto e serviço que ofereçam a relevância da interação com seu público. A busca de significados deve ser constante.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 03 de maio de 2022 às 15:45


No auge da adesão ao modelo híbrido de trabalho, executivo da Robbyson revela como manter a produtividade e o desempenho de funcionários no home office.

Os impactos da Covid-19 nas relações de trabalho ainda têm exigido a adaptação de muitas empresas. Em uma ponta, gestores preocupados com o desempenho de times em home office. Na outra, colaboradores ainda em fase de adaptação com a modalidade remota ou híbrida. Neste cenário, as perguntas são muitas.

Como melhorar a comunicação interna e manter os funcionários engajados? Como reter a atenção de funcionários com acesso a várias fontes de informações? Como trabalhar a meritocracia de forma justa, evitar o turnover, fortalecer a cultura organizacional, e enfim, vencer o maior desafio: assegurar que não haja gaps nas relações entre atendentes e clientes finais?

Na avaliação de Hélio Sassioto Júnior, executivo comercial da Robbyson, o uso de mecânicas e técnicas aplicadas ao universo gamer já vêm sendo utilizadas com sucesso para engajar, motivar comportamentos e facilitar o desenvolvimento de pessoas em situações reais, tornando conteúdos densos em materiais mais amigáveis.


Por trás dos avatares

A plataforma de gestão da companhia começa com a criação de um avatar do colaborador, a partir do qual se busca dar protagonismo ao indivíduo. “A gamificação entra com o objetivo de despertar um maior engajamento do público e facilitar a mensuração dos resultados da ação. Mais importante do que se sentir desafiado, o colaborador consegue acompanhar como está seu desempenho em tempo real, mensurar quanto falta para atingir uma determinada meta de KPI, o quanto acumulou de pontos por percorrer o caminho correto e acompanhar suas recompensas”, explica Sassioto.

O especialista lembra que há um mecanismo muito importante no meio corporativo, mas pouco praticado pelas lideranças: o reconhecimento profissional.

“A famosa frase é muito boa: ‘Quando o bom funcionário é tratado igual ao ruim, o bom desanima e o ruim não melhora”, considera. “A gamificação permite que o gestor trabalhe a meritocracia de forma justa”.


Meritocracia sem vícios

O gestor cita o livro ‘Nova Economia: Entenda por que o perfil empreendedor está engolindo o empresário tradicional brasileiro’ , do autor e vice-presidente de Finanças e Estratégia do iFood, Diego Barreto, e garante: a leitura provoca o mundo corporativo a repensar a meritocracia.

“O problema da meritocracia é que ela desconsidera o ponto de partida, fazendo a seguinte pergunta: como comparar duas pessoas em termos de performance se elas partem de pontos diferentes? No livro ele sugere como proposta que a meritocracia de ideias resolva essa equação. E que os gestores da nova economia passem a olhar muito mais para o comportamento, para a capacidade da ideia, sem desconsiderar de forma alguma a performance do colaborador”.


A recompensa


Especialistas da área de recursos humanos e gestão de pessoas afirmam que a parabenização pela produtividade, as estratégias desenvolvidas e entregas dentro do prazo são de extrema importância para a motivação e o crescimento profissional de cada um. A recomendação dos recrutadores mais modernos é que empresas adotem modelos de gestão mais inovadores e humanizados, além do descarte da cultura do “não fez mais que a obrigação”.

“Particularmente, acredito que a meritocracia é algo crescente e vem mudando muito, modelos antigos sendo substituídos por novos. Cada vez mais ela é pautada no desempenho individual da pessoa, onde o mais forte, o mais inteligente, o mais preparado, vence”, argumenta o executivo. Para ele, a recompensa nem sempre precisa estar associada à remuneração mas deve, antes de tudo, estar atrelada ao perfil de cada colaborador.

“Temos diversos exemplos nesse contexto, com clientes da Robbyson que buscam aprofundar o entendimento sobre seus próprios funcionários. Há pessoas que preferem ganhar a experiência de um jantar, uma folga ou até a oportunidade de participar de uma causa social”.


Modelo remoto e híbrido

Parte dos escritórios já retomou as operações presenciais, enquanto alguns ensaiam aderir ao modelo híbrido e outros, devem manter suas jornadas remotas de trabalho. Enquanto isso, as discussões acerca desta movimentação vêm trazendo debates acalorados, por exemplo, em redes sociais como o Linkedin.
Recrutadores de todo o mundo se vêem diante a um novo fenômeno: profissionais cujo objetivo de vida após a pandemia é continuar exercendo suas atividades de casa, cenário que reforça a adoção de novas ferramentas de gestão.

“Houve mudanças sim no comportamento do profissional”, afirma o executivo. “Um estudo recente da Manpower Group, por meio de seu relatório Millennial Careers, apontou que 91% dos colaboradores esperam trabalhar em empresas alinhadas aos seus valores”. Mas Sassioto é otimista e acredita que “o que era uma missão crítica antes da pandemia não precisa ser agora” porque as prioridades corporativas “estão mudando”.

“Entendo que a tecnologia é um meio essencial para as empresas entregarem uma experiência melhor para os colaboradores. Aqui na Robbyson, por exemplo, temos um case público com a Magalu que mostra que nossa plataforma de gestão e engajamento inteligente ajudou muito neste contexto. Juntos conseguimos evoluir a performance do time de atendimento que migrou sua operação para home office em 17%, com sucesso”, finaliza.

Fonte: Consumidor Moderno