Notícias


Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 31 de agosto de 2021 às 11:21


O que é efeito de rede e sua importância: Em um mundo cada vez mais conectado e com relacionamentos infinitos, os efeitos de rede são um fator importante para a sua empresa. Digo isso porque cerca de 70% de todo o valor criado em tecnologia desde 1994 veio de efeitos de rede.

Primeiro, Network Effects, ou efeitos de rede, caracterizam-se como um fenômeno pelo qual um número maior de pessoas ou participantes aumenta o valor de um bem ou serviço.

Isso acontece, pois à medida que mais usuários conhecem e utilizam a plataforma, mais conteúdos, informações e serviços são produzidos. Esse crescimento atrai pessoas exponencialmente a se conectarem e fazerem negócios utilizando a rede. Certo, mas como funcionam essas redes?

Basicamente, as redes são formadas por links e nós. Os nós são os participantes da rede, como consumidores, clientes, compradores e usuários. Já os links são as conexões entre os nós ou grupos de nós em uma rede.

Esses links variam em termos de força, sendo uma função da durabilidade, proximidade e atividades entre dois nós. Você e o seu melhor amigo possuem uma relação há mais tempo, além disso, são mais próximos e mantém uma troca de informações, tudo isso fortalece o link. Portanto, é natural que o link do Instagram com o seu melhor amigo seja muito mais forte do que o seu link com alguém que você tem pouco contato. Apesar de entender como funcionam os links e sua força ser importante para as redes sociais, todos os links, fortes ou fracos, contam para para a criação de valor da plataforma.


E por que ter mais usuários traz mais valor para a empresa?

Um exemplo perfeito é o Facebook com 2,7 bilhões de usuários, o site iniciou apenas como uma rede social para conexão entre estudantes, mas com o seu crescimento se tornou atrativo para empresas pagarem para ter suas propagandas divulgadas. Aqueles que entenderem a importância dos efeitos de rede, estarão melhor posicionados para construir e desenvolver suas empresas.


Propriedades
As redes possuem propriedades e irei explicar as que eu considero mais importantes usando o exemplo do G4 Club:

- A direção, ou seja, se a troca é unilateral ou recíproca. O G4 Club é uma rede bidirecional, pois temos trocas constantes em encontros, reuniões presenciais, mentorias e discussões online. Essas interações são um dos pontos fortes do nosso clube e trarão diversas possibilidades, como negócios, parcerias, contratações, investimento e até M&A.
 
- A densidade de uma rede é determinada pela proporção de links para nós. Quanto maior a proporção, mais densa é a rede e consequentemente, mais poderosos são os seus efeitos. O G4 Club reúne gestores e líderes para construção de relacionamentos duradouros e com troca de experiências, sendo um grupo seleto de participantes, mas de alto valor agregado. Em junho de 2021, contávamos com 100 membros oficiais.

- A massa crítica. Refere-se ao ponto em que o valor produzido pela rede ultrapassa o valor do próprio produto e dos produtos concorrentes. Nós conseguimos chegar nessa massa crítica pelo network que proporcionamos com uma lista de excelentes profissionais que já se formaram conosco e que podem ser seu futuro fornecedor, parceiro ou cliente. Contudo, digo que estamos longe do ápice.

- O agrupamento. Os nós não são uniformes, ou seja, não estão organizados por natureza, eles precisam de uma ponte para ligá-los e formar assim, grupos ou subgrupos. Esse é o objetivo do G4 Club, criar um ciclo “vicioso” de relacionamento, negócios e desenvolvimento entre seus participantes.


E porque os efeitos de rede são tão importantes para sociedade?

Cada dia que passa o mundo está mais conectado e cada pessoa que conhecemos faz parte de uma teia invisível enorme. Apesar de dificilmente materializada, a nossa rede de conexões é gigantesca.

Quem nunca ouviu sobre a teoria dos seis graus de separação? Tal teoria originou-se a partir de um estudo científico desenvolvido pelo psicólogo Stanley Milgram na década de 1960, que criou a teoria de que, no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas. 

O primeiro estudo foi feito nos Estados Unidos através do envio de cartas, com o objetivo de identificar o número de laços de conhecimento pessoal existente entre duas pessoas quaisquer.

Essa teoria, inclusive, baseou o funcionamento do Orkut, pois graças a teoria o engenheiro de software responsável pela rede de relacionamentos, Orkut Buyukkokten, pôde estabelecer uma relação intermediária entre todos os usuários.


Outro estudo, um pouco mais recente, foi feito para analisar se esta teoria está correta. Este estudo foi feito por pesquisadores da Microsoft, eles estudaram os endereços de pessoas que enviaram 30 bilhões de mensagens instantâneas usando o programa MSN Messenger durante um início mês em 2006. 


Logo, eles concluíram que quaisquer duas pessoas estão conectadas em média, por sete ou menos conhecidos. Eric Horvitz, um dos pesquisadores envolvidos no projeto disse: “O que nós estamos vendo indica que talvez exista uma constante conectividade social para a humanidade”.


Apesar das redes sociais terem seus danos à sociedade, a globalização somada ao avanço da tecnologia trouxe oportunidades incalculáveis para a geração atual.


Network é bullshitagem?

“Vou a um happy hour fazer um networking”;
 “Vou àquele evento fazer alguns contatos”;
 “Você possui cartão? Toma aqui o meu”.

Qualquer semelhança não é mera coincidência nesses trechos citados acima. Para muitas pessoas, o que chamamos de networking é algo que não tem valor, é “puxa-saquismo”, apenas uma troca de cartões e um tanto de conversa chata. Nós realmente acreditamos que é exatamente o contrário. As pessoas muito bem sucedidas, apresentam três coisas em comum: motivação, capacidade e oportunidade. Para alcançar o sucesso, precisamos combinar trabalho árduo, talento e sorte.

O processo de conexão (se assim podemos denominá-lo) é algo que leva tempo. No livro “Dar e Receber” de Adam Grant ele menciona: “Ser doador não é ser bom nas corridas de 100 metros, mas é valioso nas maratonas”. No livro ele menciona os termos doadores, tomadores e compensadores. Não seremos exaustivos aqui, mas de forma ampla: dar, receber e trocar são três estilos fundamentais de interação social, mas as linhas entre eles são muito tênues e voláteis.

É como Wayne Baker explica: “Se criarmos redes de relacionamentos com a única intenção de conseguir algo, não seremos bem-sucedidos. Não podemos perseguir os ganhos das redes de relacionamentos; os benefícios são consequências naturais da dedicação a atividades e relacionamentos significativos.”

Um outro termo utilizado no livro de Adam Grant, diz respeito aos laços fortes e aos laços fracos. Basicamente laços fortes são nossos amigos e colegas íntimos, e os laços fracos são os nossos conhecidos. Os laços fortes geram vínculos, mas os fracos atuam como pontes: fornecem um acesso mais eficiente a novas informações.

Certamente precisamos da nossa rede mais próxima, daqueles que contamos para todo e qualquer momento. De toda forma, através de relacionamentos e conexões mais distantes, também conseguimos construir algo relevante.

Outro ponto importante e que já é objeto de estudo, é sobre o que chamamos de “Laços Latentes”. As conexões e o modo como são mantidas, foram evoluindo a cada década. Com o passar dos anos, construímos uma rede realmente forte de contatos, incluindo amigos, amigos de amigos, conhecidos, colegas, etc. É aí que entra então, a figura do “Laços Latentes”: os adultos acumulam milhares de relacionamentos durante a vida. Antes da tecnologia e da internet, algo em torno de 100 e 200 pessoas era algo muito bom e relevante, não existiam apps e redes sociais.

Os “Laços Latentes” fornecem mais informações novas que os laços antigos. Nos últimos anos, embora distantes, os laços latentes foram expostos a ideias e perspectivas distintas, enquanto os contatos ativos, mais provavelmente, compartilhavam os mesmos conhecimentos e pontos de vista.Ao se reconectarem, as pessoas ainda têm o sentimento de confiança. A reconexão é uma experiência, que quando bem aproveitada e vivida, se torna algo extraordinário nos dias atuais.

Uma boa prática já conhecida e que recebeu o nome de “o favor de 5 minutos”, pode ser uma boa estratégia nos momentos de conexão e pós-conexão. 

O que deve ser feito depois do primeiro encontro profissional? A melhor forma é pensar na outra pessoa primeiro e fazer alguma coisa por ela, um pequeno favor, mesmo que não gere nada em troca. Para quem ajuda, isso significa oferecer apenas alguns minutos do seu tempo, já para quem recebe pode ser um grande benefício.

Acreditamos fortemente que o Networking hoje é uma ferramenta imprescindível para qualquer um de nós na sociedade. Certamente temos pessoas com mais e menos habilidades para construir e usufruir disso. De toda forma, isso não deve ser ignorado já que a qualquer instante uma nova oportunidade pode surgir.

Fonte: Gestão 4.0
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 24 de agosto de 2021 às 11:16


Apostando na diversificação geográfica como estratégia, grupo de academias se prepara para retomada que será completada apenas em 2022.

A Smart Fit (SMFT3) fez pesquisas internas que mostraram uma intenção de volta às academias. Mesmo assim, a maior rede de estabelecimentos do tipo no país está de olho em riscos como variantes do novo coronavírus, alto nível de desemprego e queda na renda do brasileiro.

Apostando na diversificação geográfica como estratégia, o grupo se prepara para uma retomada às academias na América Latina, que deve ser concretizada apenas em 2022.

O InfoMoney conversou com Edgard Corona, fundador e CEO do negócio, sobre o caminho até a oferta pública inicial de ações; o impacto da pandemia nos negócios; e planos após o IPO.


O caminho até o IPO

Ao todo, o grupo de academias acumula 2,8 milhões de clientes ativos em frentes presenciais e digitais. A primeira academia da Smart Fit foi aberta em 2009. Hoje, a marca acumula 981 unidades em 13 países da América Latina. O grupo é mais conhecido pelas academias de baixo custo, mas também conta com outras bandeiras. A primeira delas foi a rede de academias premium Bio Ritmo, fundada em 1996. Outro exemplo é a plataforma de streaming de atividades físicas Queima Diária, fundada em 2016.

O grupo de academias estreou no mercado acionário há pouco mais de um mês: as ações começaram a ser negociadas na B3 no dia 14 de julho. A oferta pública inicial de ações movimentou R$ 2,3 bilhões e os papéis tiveram valorização de quase 35% no primeiro dia, indo dos R$ 23 por ação definidos no prospecto para R$ 31. A ação encerrou em R$ 28 nesta sexta-feira (20).

Os planos de levar o grupo ao mercado acionário pública são de longa data, porém. Segundo Corona, as conversas com investidores começaram em 2012. A Smart Fit já tinha uma captação privada com o Pátria Investimentos. “Não era o momento de fazer um IPO. Mas tivemos reuniões e os investidores tomaram notas”, diz o CEO.

Em 2018, a ideia de um IPO voltou para a mesa. “Nossos investidores procuram uma saída, e sempre avaliamos qual era o momento de fazê-la. Mas naquele momento havia uma incerteza sobre qual preço iríamos alcançar, e a avaliação não atendia os fundos”, diz Corona. A Smart Fit voltou para as captações privadas: recebeu no ano seguinte aportes dos fundos Canada Pension Plan Investment Board e Dynamo.

“Recompomos nossa base de investimentos, com alguns saindo e outros entrando. Apresentamos também uma base sólida com nossos resultados entregues em 2018 e 2019. Provamos principalmente que as novas lojas apresentavam uma boa performance”, diz Corona.

Porém, 2020 foi marcado pela pandemia do novo coronavírus. A Smart Fit foi bastante impactada pelas restrições às atividades sociais. Na primeira onda da pandemia, a partir de abril de 2020, o grupo teve de suspender a operação das academias em nível nacional e por um longo período. Em 2021, a segunda onda provou um novo fechamento, mas desta vez em algumas regiões e por menos tempo.

Durante o período, a Smart Fit diminui o ritmo de expansão de novas academias e fortaleceu seu caixa, com aumento de capital social no valor de R$ 500 milhões em dezembro de 2020. Por fim, investiu em canais de fitness digital, como o Queima Diária.

O IPO veio junto da expectativa de retomada do negócio após a pandemia. “Vimos como lugares com vacinação bem sucedida tiveram volta consistente e crescente das academias. Não sabíamos quando a vacinação ia acontecer por aqui, mas sabíamos que tínhamos unidades com boas estruturas e bons resultados. Em algum momento, a história vista no exterior iria se repetir no Brasil e na América Latina. Queríamos encher o tanque de combustível e preparar nossa expansão”, diz Corona.

O número de clientes estava em queda até junho deste ano, que teve alta de 4% no número de consumidores ante o mês anterior. Em julho de 2021, quando 100% das academias do grupo ficaram de portas abertas, houve nova alta de 4%. A ocupação atual das unidades está entre 60% a 70%, dependendo das condições de reabertura em cada cidade onde está a Smart Fit. Corona estima que a ocupação voltará a 82% em algum ponto de 2022. O número se baseia em uma pesquisa que a Smart Fit fez com ex-clientes neste mês: 82,3% dos consumidores respondeu que voltaria a treinar após ser vacinado, e colocou academia entre suas opções de local de treino.

“A despeito dos impactos negativos de curto prazo, acreditamos que, a longo prazo, a pandemia terá um impacto positivo no aumento da prática de exercícios físicos em busca de um estilo de vida mais saudável (…). De acordo com tendências de mercado, 71% dos brasileiros buscará fazer exercícios físicos após a pandemia, além de saúde, exercício e academias serem prioridades para os brasileiros em 2021”, escreveu a Smart Fit em seu prospecto. “Os players high value low price [serviço de alto valor agregado com preço acessível] têm recuperado sua base de clientes após a melhora da pandemia em países europeus, além de as projeções da Fitch Ratings indicarem que apenas esse segmento será capaz de retornar a níveis ‘pré-Covid’ em 2022.”

Recentemente, a concorrente Blue Fit também protocolou um pedido de IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Criada em 2015 sob a marca Health Place, a Bluefit conta hoje com unidades próprias e franquias em 15 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Perguntado sobre diferenciais da Smart Fit, Corona ressaltou o grande número de clientes por loja, consistência do modelo de negócios e foco em musculação, exercícios cardiovasculares e ginásticas.

“Devemos ter 30% a 35% mais clientes por loja, além de um processo estruturado de formatação de unidades. Unificamos processos de atendimento, layout e aplicativo em quase mil lojas, e medimos métricas como recorrência e NPS. Também sou contra a grande diversidade de exercícios. Quando você coloca jiu jitsu e as pessoas não querem fazer, por exemplo, você ocupa muito espaço e gasta com treinamento do professor e indumentária específica. E nosso negócio é de faturamento por metro quadrado”, diz Corona.


Desemprego, pouca renda e variantes x internacionalização

Mesmo com o avanço da vacinação contra Covid-19, diversos países estão preocupados com o avanço das variantes do novo coronavírus, como a Delta. A Smart Fit está monitorando o avanço das mutações. “O maior impacto das variantes aparecem em grupos de pessoas que não tomaram nenhuma vacina. Sim, é uma preocupação.”

No Brasil, soma-se um contexto de alto desemprego e perda de renda. “Algumas regiões se beneficiaram da alta das commodities e não foram tão afetadas, como o Centro-Oeste. Em geral, porém, a renda do brasileiro não aumenta no mesmo passo da inflação e o desemprego de fato impacta na operação. Em 2009, cobrávamos R$ 69,90 por mês num plano Black. Hoje, cobramos R$ 109,90. Sabíamos que não dava para aumentar acompanhando a inflação, e que captaríamos mais gente dessa forma”, diz Corona. O CEO também enxerga um movimento de migração de consumidores de academias mais premium, assim como uma redução na oferta geral de academias por conta do fechamento de operações pequenas durante a pandemia.

Uma forma de mitigar tais efeitos é diversificar a operação geograficamente. Hoje, mais de 40% da receita da Smart Fit está fora do Brasil. Corona estima que essa divisão fique meio a meio nos próximos anos. “A América Latina tem a característica de que uma hora um país está bem enquanto outro não está. Temos 13 alternativas, que permitem rebalanceamento de investimentos diante de um estoque disponível de imóveis.”


Planos de expansão

A Smart Fit considera que o mercado latino-americanos de academias tem baixa penetração e é fragmentado. Segundo seu prospecto, o mercado de fitness latino-americano cresceu a uma taxa anual média de 7,1% em número de clientes entre 2010 e 2019, chegando a 20,8 milhões de clientes. Naquele ano, a penetração do mercado de centros de exercícios no Brasil, no México e na Colômbia era de 4,9%, 3,3% e 2,1% respectivamente. Nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Alemanha essa mesma penetração era de 21,2%, 15,6% e 14,0%.

Segundo Corona, a Smart Fit detém hoje cerca de 15% do mercado brasileiro de academias, e 13% do mercado latino-americano. Essa participação deve crescer entre 2% e 3% ao ano com a abertura de novas lojas. Foram 53 unidades entregues no segundo trimestre de 2020, número que superou o total de academias abertas em 2020 (74).

“O plano apresentado é de abrir 200 unidades por ano. Mas estamos calmos no momento, não queremos ser taxativos. Temos capacidade de execução em condições normais de temperatura e pressão, mas imagina que vem uma terceira onda da pandemia”, reflete Corona.

Em receita líquida, a diferença entre os segundos trimestres de 2020 e de 2021 foi de 410%, indo de R$ 67 milhões para R$ 343 milhões. Vale lembrar que, no segundo trimestre de 2020, alunos da Smart Fit foram isentados do pagamento das mensalidades enquanto as academias estavam fechadas. Mesmo assim, os R$ 343 milhões ficaram abaixo dos R$ 372 milhões vistos no primeiro trimestre deste ano e dos R$ 386 milhões vistos no último trimestre de 2020. O terceiro trimestre deste ano deverá ter apenas períodos em que as academias ficaram de portas abertas.

O prejuízo no segundo trimestre ficou em R$ 175,2 milhões, ante R$ 272,2 milhões no mesmo período de 2020. No primeiro trimestre deste ano o prejuízo foi menor, ficando em R$ 144,7 milhões. Corona credita o prejuízo ao foco da Smart Fit em continuar expandindo seu número de academias.

A Smart Fit está usando a maioria dos recursos captados em sua estreia na bolsa, cerca de 70%, para expandir sua base de clientes na América Latina. Serão três frentes de investimento: amadurecer academias já inauguradas; aumentar o número de academias por crescimento orgânico; e aumentar o número de academias por aquisições.

Em termos de expansão orgânica, o grupo deve focar em abrir unidades nos 13 países em que já opera, como Brasil e México. Esses países representam 96,4% do mercado latino-americano, segundo o prospecto da Smart Fit. As unidades devem ser abertas em praças ainda não alcançadas pela companhia, ou próximas a unidades que tenham demanda suficiente para justificar outras academias.

“O foco maior de crescimento continua em cidades de grande porte, com população acima de 1 milhão, e de médio porte, com população entre 300 mil e 1 milhão de habitantes. Um foco de crescimento para o futuro seriam cidades de pequeno porte, entre 100 e 300 mil habitantes, em que também há espaço para crescimento. A Smart Fit já está presente em 79% e 61% das cidades acima de 1 milhão de habitantes e entre 300 mil e 1 milhão de habitantes respectivamente”, disse o grupo em seu prospecto.

A companhia também disse que poderia se valer de aquisições pontuais, “caso identifique oportunidades interessantes para complementação de sua base atual de academias, mantendo a disciplina na seleção das empresas alvo e buscando principalmente a conquista de pontos comerciais atrativos, de maneira consistente e complementar ao vetor principal de crescimento orgânico”. A pandemia teria facilitado os termos de aquisições com outras academias, que depois têm seus imóveis convertidos para o padrão da Smart Fit. Corona negou rumores de mercado de que a Smart Fit estaria negociando a aquisição da Bodytech.

Outra frente de expansão é o investimento em fitness digital. A Smart Fit está focando especialmente na Queima Diária. O grupo vai inaugurar produtos e serviços em categorias como luta, dança e spinning; investir em melhoria das plataformas digitais; ampliar a estratégia de marketing digital; e expandir a operação da plataforma para o restante da América Latina.

O grupo Smart Fit fechou o segundo trimestre deste ano com 2,381 milhões de alunos nas academias e 435 mil alunos exclusivamente digitais. A frente virtual apresentou expansão de 15% sobre os números vistos no final de 2020.

Fonte: Infomoney