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Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 14 de setembro de 2021 às 10:26


Ter um perfil de liderança vai muito além do cargo ou posição ocupada na empresa, e empenhar-se em ser um bom líder é um passo importante para conquistar os melhores resultados.

O que é liderança? Aí está uma pergunta muito importante, tanto para os líderes quanto para os liderados, pois a forma com a qual a liderança é demonstrada em uma empresa está diretamente relacionada com a conquista das metas e objetivos para curto, médio e longo prazo.

De fato, em determinados momentos da vida, é normal tornar-se líder de algo, quer por sua habilidade ou pela posição ocupada, seja o líder de uma família, de um grupo na faculdade ou o síndico de um condomínio. Embora os cenários sejam totalmente diferentes, a capacidade de liderança é igualmente importante.

Falando sobre a parte corporativa, o desenvolvimento da liderança, inclusive, é algo que não deve se aplicar apenas a profissionais C-Level e gestores, como mostra um estudo do Brandon Hall Group.

De acordo com ele, 83% das empresas entrevistadas acreditam ser importante melhorar as habilidades de liderança em todos os níveis da organização.

A realidade, porém, ainda está aquém disso. Entre os 83% de empresas que acreditam nisso, apenas 5% começaram a aplicar ou já aplicaram alguma estratégia para melhorar as habilidades de liderança na empresa.

Isso é algo que nem sempre passa pelo planejamento de uma empresa, independentemente de qual seja seu porte ou segmento, mas que deveria ser uma prática mais comum. Afinal, não é raro que as posições gerenciais sejam assumidas pelos próprios colaboradores da equipe.

Há que se ressaltar também o grande impacto que a liderança causa em toda a empresa, que idealmente deve ser positivo. Porém, estatísticas também não faltam para comprovar como um perfil de liderança inadequado pode ser prejudicial às empresas. Veja só:

-- 57% dos colaboradores entrevistados já saíram de algum emprego devido a seus gerentes, ao passo que 14% já saíram de vários empregos por este motivo. Além disso, 32% já consideraram seriamente deixar o emprego por conta de seus gerentes. (Fonte: DDI)

-- 76% dos respondentes de uma pesquisa feita nos Estados Unidos afirmaram que têm ou já tiveram um chefe tóxico. (Fonte: Monster)

-- Em uma pesquisa feita com 1.000 colaboradores, 91% afirmaram que a boa comunicação é uma habilidade crítica que falta em seus líderes. (Fonte: Interact/Harris Poll)

Ficou claro aqui como uma boa liderança pode ser bastante frutífera em qualquer negócio mas que, por outro lado, uma liderança deficitária tem grandes chances de causar sérios problemas, os quais, por sua vez, podem afetar toda a organização, da produtividade dos colaboradores ao seu faturamento.

Nos acompanhe na leitura para aprender mais sobre o que o Gestão 4.0 considera ser um bom perfil de liderança (que, inclusive, é aplicado internamente na empresa), com conselhos práticos e acionáveis que também podem ser colocados em prática em seu negócio.


Qual é o papel de um líder?

Essa é uma pergunta bastante comum, já que o papel do líder ajuda a definir como deve ser sua conduta perante a relação com seus liderados. Porém, não existe uma resposta definitiva para isso, já que ela pode variar de acordo com uma série de variáveis, como as seguintes:

-- O tamanho da empresa;
-- A equipe de trabalho;
-- Os desafios encarados no dia a dia, entre outros.
Ainda assim, é possível destacar alguns dos principais papéis entre os diferentes líderes, que são os seguintes:


#1 – Refletir sobre o seu papel

Podemos definir que o primeiro papel do líder é saber refletir sobre qual é o papel do líder em cada um dos momentos da sua vida, pergunta esta que deve ser revisitada constantemente.

Uma dificuldade que a empresa tinha em seu início pode não existir mais quando ela amadurece. Da mesma forma, novos problemas devem surgir com o crescimento daquele negócio.

Com a devida reflexão, ele entenderá a forma que deve agir de acordo com a atual situação da organização.


#2 – Definir a cultura organizacional

Um líder é responsável pelo desenvolvimento da cultura organizacional dentro do seu time. De maneira simples, podemos dizer que a cultura é o que as pessoas fazem quando ninguém está olhando.

Um exemplo claro é quando alguém do time de vendas recebe uma resposta agressiva do cliente. O tom de sua resposta dependerá de como foi estabelecida a cultura daquela empresa – neste caso, em especial, o ideal é que seja uma resposta branda, tranquila e respeitosa, refletindo a imagem que a empresa deseja passar.

Por isso, é fundamental construir uma cultura em que as coisas acontecem de acordo com o que tiver sido definido mesmo em situações cotidianas, sem a presença do CEO, de outro gestor ou mesmo de outro colega de equipe.
A definição da cultura é uma grande responsabilidade, pois ela influenciará de maneira positiva ou negativa quem está ao seu redor.


#3 – Ter uma boa comunicação

Os líderes são responsáveis por construir uma visão muito clara para o seu time. Afinal, a equipe deve saber constantemente onde a empresa está naquele momento e onde ela deseja chegar no futuro.

Caso uma única pessoa esteja remando em um sentido diferente do que o time está indo, isso tende a se transformar em um grande problema, já que afetará a produtividade da equipe e, por consequência, a qualidade de seus resultados.

Cabe aqui trazer destaque para a comunicação entre pares, ou seja, entre os gerentes e os gestores de uma mesma área, o que permite um bom alinhamento e direcionamento para, assim, conseguir orientar toda a equipe rumo ao destino desejado.

Neste sentido, uma ferramenta valiosa é a reunião One on One, conversas individuais regulares entre o gestor e seus colaboradores para alinhar as expectativas e se conectar ainda mais com cada um deles.

Com uma boa comunicação, todos saberão para onde devem remar, o que maximiza o potencial de cada colaborador e de toda a equipe rumo aos seus objetivos, sejam os de curto prazo ou aqueles mais distantes, como a North Star Metric.


#4 – Trazer pessoas incríveis para a equipe

Também é papel do líder encontrar pessoas fantásticas, diversas e que estejam alinhadas à cultura da empresa. Se todos contratarem da mesma maneira, as chances de que os colaboradores tenham um ótimo fit com o perfil da companhia serão muito maiores.

Além da contratação, também é importante desenvolver e estimular os novos contratados, encontrando um ponto comum entre os sonhos da empresa e os de cada colaborador.

Este, de fato, é um grande desafio: saber qual é o sonho de cada colaborador que trabalha com ele, sem misturar com os sonhos de outras pessoas. Assim, o líder poderá ajudá-los a realizar cada um deles para que o estímulo seja o mais funcional possível.


#5 – Facilitar o desenvolvimento e a execução de novas estratégias

Nas empresas, é natural que várias coisas aconteçam ao mesmo tempo. São muitos problemas, projetos, conflitos e desafios que fazem parte do dia a dia dos líderes e de suas equipes.

Para conseguir lidar com tudo isso, é fundamental uma ótima organização, além da manutenção de um ritmo de entrega, ou seja: a partir do momento que tiver todas essas questões citadas até aqui, o nível do líder já terá subido, o que é excelente.

Para mais informações, você pode acessar nosso artigo sobre as competências de um líder, onde há outras informações bastante valiosas para saber o que um líder deve, de fato, demonstrar em seu dia a dia.


O que um bom líder não deve fazer?

Da mesma forma que há um bom perfil de liderança a ser seguido, também há atitudes e comportamentos que não devem ser colocados em prática por aqueles que desejam ser reconhecidos como bons líderes.

Um artigo no site da Inc., de autoria de Caren Merrick, empreendedora e investidora, aborda uma série de conselhos valiosos sobre o que não deve ser seguido por líderes mulheres, mas que se aplica também aos homens. Veja só:

1. Liderar os outros antes de liderar a si próprio. Líderes de sucesso sabem que o primeiro passo é entender o que motiva seus colaboradores, o que eles amam e quais são suas forças e fraquezas.

2. Acreditar que já sabe de tudo. Fazer perguntas e buscar conselhos deve ser um hábito. Líderes bem-sucedidos entendem que quanto maior for o número de conselheiros, maior também tende a ser a sabedoria concentrada naquele local.

3. Negligenciar o fato de ter um mentor externo. Independentemente de qual seja o nível da carreira do profissional, os mais bem-sucedidos geralmente procuram por bons mentores. Eles entendem que não conseguem atingir seu pleno potencial sozinhos e, por isso, procuram por conselhos de quem entende bastante sobre os assuntos.

4. Esquecer de priorizar a saúde física, mental e espiritual. Como sabem que se espera muito deles e que eles conseguem entregar mais e melhor quando estão saudáveis nessas três áreas, bons líderes colocam a recarga de suas energias como prioridade, geralmente com uma rotina matinal que inclua uma, duas ou todas as áreas citadas, além de ter uma boa gestão de tempo para o restante do dia.

5. Definir que o sucesso só está no trabalho e na equipe. Líderes de sucesso sabem que eles e suas equipes prosperam mais quando investem em algo maior que si próprios. É claro que eles querem que seus negócios sejam bem-sucedidos e gerem muito lucro, mas enxergam isso como parte de um objetivo maior para agregar valor e resolver problemas.

6. Evitar demonstrar gratidão. Bons líderes tratam a todos com respeito e reconhecem suas contribuições, do CEO de uma empresa aos membros da equipe, de fornecedores e prestadores de serviço ao motorista de Uber ou ao entregador do Rappi.

7. Apegar-se à raiva ou ressentimento. Líderes de sucesso não negam quando são decepcionados: eles sentem a dor e buscam por formas de resolver as diferenças. O ideal é deixar esse sentimento ir embora e não levar as circunstâncias para o lado pessoal, pois sabem que andar para frente e perdoar é necessário.

8. Esperar o perfeccionismo de si e de outros. Bons líderes cultivam atitudes positivas e o otimismo, além de possuir elevados padrões, colocar a mão na massa e continuar aprendendo e crescendo. O objetivo é melhorar, escutar e estar conectado com seus clientes e membros da equipe. Além disso, eles sabem que não são perfeitos e aprendem a partir dos erros e contratempos.

Além disso, cabe destacar também a importância de não fazer com que o microgerenciamento seja uma prática dentro da empresa. Este conceito, que consiste em uma liderança que quer controlar todas as mínimas ações de seus funcionários, pode trazer frustração e prejudicar a produtividade e a satisfação dos colaboradores, além de fazer parecer que seus líderes não confiam plenamente no que está sendo realizado.


Como é o líder do futuro?

Os líderes de hoje não são mais como eram os de antigamente. Era comum haver uma relação de “medo” do liderado, já que a figura do líder era de alguém quase inatingível. Porém, a realidade atual é bem diferente.

Atualmente, líderes de sucesso, que são referências em seu segmento, buscaram solucionar grandes desafios e colheram os frutos de seu esforço, como Elon Musk e Mark Zuckerberg, por exemplo.

O estilo que se mostra como muito bem-sucedido hoje é o da liderança descentralizada. Inclusive, uma frase de Jack Welch, memorável gestor da GE, sintetiza bem esta ideia:

“Um líder não é alguém a quem foi dada uma coroa, mas a quem foi dada a responsabilidade de fazer sobressair o melhor que há nos outros.”

Em nosso artigo sobre líder do futuro, destrinchamos com mais profundidade alguns pontos importantes sobre o tema, que, em suma, são os seguintes:

Ter autenticidade: gestores excepcionais arriscam e incentivam a inovação. Afinal, às vezes, é preciso sair do planejamento e seguir o que se acredita.

Ser acessível: sai de cena a figura do chefe que era quase intocável para entrar em cena aquele líder que é uma pessoa “comum”, próximo de sua equipe e que está onde ela está, dos escritórios aos grupos do Slack.

Ter escuta ativa: escutar mais é um exercício importante, não apenas às palavras verbais como também a toda a comunicação, seja em reuniões One on One a conversas cotidianas.

Expor vulnerabilidade para gerar empatia: executivos também se deparam com situações que não sabem como resolver. Demonstrar isso abre espaço para gerar empatia e criar conexão com o grupo.

Gerar impacto: ao invés da conquista de uma posição de liderança se basear no tradicional QI (Quem Indica), hoje o que pesa mais é o “novo QI” (Qual Impacto é gerado na empresa).

Ser criativo: a criatividade permite pensar fora da caixa e destravar a alavanca da autenticidade e da ousadia. É preciso abrir mão do medo de errar para dar espaço a novas tentativas que podem ser bem-sucedidas.

Ser orientado por números: mesmo com a criatividade em voga, a racionalidade não pode sair de jogo, já que dados e métricas geram insights valiosos para toda a equipe.

Ser transparente: ser transparente é ser fiel e honesto com o seu propósito. Afinal, ela corrobora com a vulnerabilidade, a empatia e outros tão importantes pilares de liderança.

Ser protagonista: como já mencionamos anteriormente, o ideal é que todos sejam treinados para adquirir as habilidades de um líder. Conforme os colaboradores evoluem, cabe investir em seu desenvolvimento técnico e comportamental.


Ser colaborativo: um bom líder incentiva a colaboração entre toda a equipe. Assim, ao invés de uma liderança centralizadora, constrói-se uma liderança que dá espaço para a autonomia dos colaboradores.

Ser comprometido: líderes não fazem o que querem, mas sim o que precisam fazer. Para que sejam figuras exemplares, eles devem ser disciplinados e praticar o que falam.
Há muitas figuras que servem de inspiração para quem quer entender o que é liderança na prática, já que seus exemplos e resultados conquistados falam por si. Por isso, nós separamos aqui algumas frases sobre liderança que estão alinhadas com o que o Gestão 4.0 pensa sobre o assunto.

Fonte: Gestão 4.0
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 31 de agosto de 2021 às 11:08


Estudo da FleishmanHillard traz dados a respeito das expectativas dos consumidores com as marcas.

A reputação sempre foi algo fundamental para os negócios. Afinal, além de trazer um conceito para a empresa, ela também é, inevitavelmente, uma das formas iniciais de relacionamento entre o consumidor e a marca. Mas vale pensar: como definir a reputação nos dias de hoje? O que o cliente espera das empresas? Mais do que isso: o que fala sobre elas?

Saber o que o consumidor espera de um determinado negócio é uma das perguntas de ouro de qualquer empreendimento. Não é à toa que existem inúmeros indicadores, pesquisas, tudo para fazer o fluxo andar na direção do cliente. Hoje, por meio de todos esses esforços, já se sabe que um game changer do mercado diz respeito à forma como as marcas se posicionam ante às questões sociais nas quais estão inseridas.

Segundo estudo Authenticy Gap de 2021, realizado pela FleishmanHillard, essa demanda por parte dos consumidores ficou mais acalorada após a pandemia. 18 meses em isolamento fizeram com que as pessoas em todo o mundo se atentassem às pautas sociais.

“Para as marcas, a construção de imagem e reputação nunca foi tão importante e, ao mesmo tempo, tão desafiadora”, explica Alessandro Martineli, diretor geral da FleishmanHillard Brasil.


Construindo uma boa reputação

Entre os tópicos que devem ser priorizados pelas empresas, segundo os consumidores brasileiros, estão pautas bastante fervorosas na mídia. A pesquisa mostra que 70% dos entrevistados mencionam a violência contra as mulheres como pauta prioritária por parte das marcas, seguida pelo desemprego (65%), pobreza (64%), racismo (62%), discriminação, e equidade de oportunidades (62%) e liberdade de expressão (62%).

Os resultados são inclusive bem distantes do que foi observado no período pré-pandemia: em 2019, apenas 33% dos entrevistados citaram a violência contra a mulher como pauta de ação prioritária para as empresas e 44% deles mencionaram as diferenças salariais e de renda.

Dessa forma, fica mais que evidente que as ações produzidas pelas empresas que vão além do consumidor estão, hoje, com outro grau de importância. O estudo mostra que os brasileiros já se importam mais com o impacto das marcas na sociedade (36%) e com seu comportamento frente a questões relevantes (21%) do que com o próprio produto ou serviço comercializado (43%). “A comunicação deve refletir o que pensa e faz a organização, ou não será percebida e valorizada pelos consumidores”, completa Martineli.

A pesquisa mostra, ainda, que percepção de valor agregado dos clientes também mudou. A construção de uma boa reputação é feita, em 2021, por 47% de benefícios ao consumidor, tais como produtos mais valiosos, cuidado com os clientes, inovação para melhores produtos e serviços; 32% de investimentos em prol da sociedade, como cuidar melhor dos funcionários, ter um impacto positivo com as pessoas e o local no qual a empresa está situada, assim como os cuidados com o meio ambiente e, por fim, 21% de bons comportamentos da gerência, tais como comunicação frequente e respeitosa, performance eficiente e estável e ações éticas e responsáveis.

Com base nos dados históricos do estudo, essa preocupação com os investimentos em prol da sociedade aumentou nos últimos anos. Em 2019, ela constituía apenas 28% da reputação, aumentando quatro pontos percentuais nos últimos dois anos.


A falha das empresas em atender às expectativas dos consumidores

Dado que construir uma boa reputação para as empresas hoje é algo bastante relacionado às ações sociais, as marcas estão transformando seus costumes e financiamentos. Essa ação fica mais específica ao se checar pela agenda ESG das corporações, que apresentaram um tremendo salto em 2020.

No entanto, a pesquisa mostra que há um abismo entre as expectativas dos consumidores e o que as empresas entregam. 64% das pessoas em todo o mundo acreditam que, para que uma corporação tenha credibilidade maior que seus competidores, elas precisam falar sobre seus comportamentos e impactos na sociedade e no meio ambiente, não apenas nos benefícios oferecidos aos consumidores.

Essa quebra de expectativa também foi mensurada no estudo com relação às indústrias: 19 das 20 estudadas estão falhando com as expectativas dos consumidores no que diz respeito aos valores agregados de consumo. E apenas metade dessas indústrias também entregam soluções inovadoras — algo muito importante para as pessoas. Quanto ao meio ambiente, o cenário é ainda pior: apenas ¼ delas atende às expectativas dos consumidores a respeito do cuidado com o planeta.

Vale lembrar que a expectativa do consumidor também está relacionada com processos internos. O estudo ressalta que a privacidade de dados e a segurança digital são assuntos muito prioritários aos usuários e, portanto, precisam ser trabalhados de forma confiável e transparente.


Os brasileiros demandam mais credibilidade e cuidado com o meio ambiente

No Brasil, um pouco diferente dos outros países estudados, as pautas sociais e de meio ambiente são ainda mais preocupantes, dadas a situação atual do País quanto à desigualdade social e o uso de matérias-primas. Todas as recentes questões enfrentadas pelo Brasil também culminam em uma confiança abalada.

Segundo o estudo, a comunicação das empresas com os consumidores brasileiros não é tão crível. Para se ter ideia, não há tanta credibilidade nem mesmo quando as ações em prol do meio ambiente ou da sociedade são apresentadas: as pessoas não enxergam nas empresas os reais agentes de transformação que procuram e isso diminui ainda mais a credibilidade por parte das corporações.

Em linhas gerais, todos as categorias pesquisadas apresentaram baixa credibilidade quanto a seus posicionamentos e lideranças no que toca questões importantes à sociedade. Mas entre os piores setores mencionados, estão bancos e outras instituições financeiras, setor químico, dispositivos médicos e casa inteligente.

Vale destacar que 94% dos entrevistados brasileiros do estudo se mostraram muito preocupados com as soluções ambientais por parte das empresas e acreditam que que elas devem investir ainda mais nessa pauta. No entanto, a expectativa deles sobre as ações ambientais das corporações também aumentou e 65% das empresas não a atendem, sobretudo as dos segmentos de aviação, indústria química, energia e equipamentos médicos.

Assim, as demandas por aqui para as empresas estão bastante modificadas após a pandemia e isso cai, inevitavelmente, sobre cargos de liderança. 81% dos consumidores esperam que os CEOs falem sobre questões que tenham impacto significativo na sociedade, ainda que não reflitam seus negócios.

Com base em todos esses dados, espera-se que nos próximos meses as empresas estejam mais empenhadas em mostrar suas ações em prol do meio ambiente e da sociedade, como forma de atender às expectativas e necessidades do consumidor. Afinal, para surfar a onda dos negócios é necessário centralizar todas as demandas do cliente — e quem entendeu isso segue alguns passos à frente nessa corrida.

Fonte: Consumidor Moderno