Notícias


Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 16 de janeiro de 2018 às 20:51
Nancy iniciou o dia sentindo-se pronta para informar sua liderança sobre um projeto de alto risco no qual vinha trabalhando nos últimos dois meses. Ela ensaiou sua apresentação de slides muitas vezes até praticamente ter memorizado cada parte do conteúdo. Chegou cedo à reunião e esperou, de forma paciente, mesmo estando ansiosa, pela parte que lhe cabia na ordem do dia. A reunião começou e, em poucos minutos, Jack, um dos copresidentes, pediu-lhe que informasse os executivos sobre o projeto e apresentasse recomendações.

Nancy entrou de cabeça na apresentação, falando sobre cada ponto-chave ensaiado meticulosamente por ela. Com um amplo domínio do material, sentiu que estava indo bem e ficou aliviada por ter passado tanto tempo praticando e se preparando para essa reunião. Mas, prestes a passar para a parte das recomendações, Jack a interrompeu e disse “Nancy, agradeço seu árduo trabalho neste projeto, mas ele não é relevante para a nossa pauta e nem tem importância para os objetivos que estamos discutindo hoje.” Envergonhada, Nancy retornou ao seu lugar e ficou em silêncio pelo resto da reunião. Ela mal podia esperar para sair da sala quando a reunião terminou e refletir sobre como esse momento — que ela esperava ser o ponto de virada na sua carreira — havia se tornado um desastre.

O que aconteceu aqui? Embora Nancy estivesse preparada para participar da reunião, não conseguiu pensar de forma estratégica. Esse é um problema que atinge muitos gestores, executivos e líderes competentes quando se trata do papel que desempenham em comunicados, reuniões e em outras plataformas. Aprender a desenvolver e transmitir uma voz executiva mais estratégica — em parte pela compreensão do contexto — pode ajudar, evitando que os líderes passem por situações semelhantes à de Nancy, capazes de prejudicar a carreira.

Por que você precisa de uma voz executiva

Quer você seja um gerente adjunto ou um executivo sênior, o que você diz, como, quando, para quem, e se o faz no contexto apropriado, são componentes decisivos para usar a sua capacidade máxima de liderança estratégica.

Se deseja ter credibilidade e influenciar as pessoas, em especial ao interagir com outros executivos ou lideranças seniores, é importante ser conciso e permitir que as pessoas saibam claramente que papel você quer que desempenhem no assunto. Também é importante desmistificar o conteúdo de qualquer mensagem que transmita, evitando o jargão e sendo uma pessoa de poucas — mas eficazes — palavras.

Todos esses fatores se relacionam com o desenvolvimento de uma voz executiva estratégica. Sua voz executiva está mais relacionada com o seu instinto estratégico, compreensão do contexto e percepção dos sinais que envia nas interações e comunicações diárias do que com o seu desempenho. Assim como a presença executiva, sua característica irmã, a voz executiva pode parecer algo intangível e, portanto, difícil de ser definida.

Mas o fato é que todos nós temos uma maneira preferida de nos comunicar com os outros e fazer isso com intenção estratégica e sólida compreensão do contexto pode significar a diferença entre sucesso e fracasso na sua comunicação e estilo de liderança.

Um dos aspectos mais importantes de ter uma voz executiva está relacionado com o fato de ser um líder estratégico. Com frequência, ouço executivos que ocupam altas posições dizendo que gostariam de promover um daqueles seus líderes de maior potencial, mas sentem que a pessoa não é estratégica o suficiente para progredir. Quando ouço gestores dizendo isso, tento, de forma gentil, devolver a questão e sugerir que talvez o problema não seja a falta de liderança estratégica potencial do candidato; talvez os gestores estejam falhando em explorar mais as habilidades estratégicas desses líderes.

Se você tem alguém na sua equipe a quem acha que falte preparação estratégica ou você mesmo se preocupa que possa ser esse líder com um potencial estratégico ainda não explorado devido a uma voz executiva mal desenvolvida, continue lendo. Abaixo estão algumas estratégias de coaching que eu uso frequentemente com executivos, tanto homens quanto mulheres, para ajudá-los a acrescentar uma voz executiva mais estratégica em seu kit de ferramentas para liderança.

Compreenda o contexto. Quantas vezes você já se viu lançando uma ideia mal formulada em uma reunião, não compartilhando suas ideias quando as pessoas estão à procura delas, ou dizendo algo que não é muito adequado à pauta e, de repente, ficando em “estado de choque”? Se essas situações parecem familiares, o que é que deu errado? Em suma, esses tipos de erros táticos ocorrem pela falha em compreender o contexto da apresentação, reunião ou debate em que se encontra.

Por exemplo, se você é a principal autoridade no assunto, então, é provável que o contexto exija que você conduza a reunião e tome qualquer decisão final. Mas se é um dos vários executivos com possibilidade de contribuição, o papel que deveria desempenhar seria compartilhar sua visão e somar suas ideias às dos outros (em vez de roubar os holofotes com suas ótimas ideias). Se você for um novato e não for convidado a se apresentar em uma reunião, então o seu papel, no que tange à comunicação, seria observar e ouvir. Saber ou descobrir com antecedência qual é o papel que esperam de você em um fórum ou evento pode orientá-lo na determinação do tipo de voz que precisa para esse local específico e também ajudá-lo a garantir que compreenda o contexto antes de se expressar.

Seja um visionário. Às vezes, deixamos de explorar a voz executiva porque nos concentramos demais em nossa própria função ou papel. Os líderes estratégicos são mais visionários do que isso, tendo uma visão empresarial que se concentra menos em si e mais em toda a organização. Um outro lado de ser visionário é desenvolver a capacidade de articular as expectativas para o futuro e ter motivação para mudanças.

Este tipo de visão executiva ajuda a guiar as decisões em torno da ação individual e empresarial. Você deve trabalhar no sentido de, com as suas recomendações, ligar os pontos a fim de mostrar como suas decisões afetam os outros ao redor da mesa, incluindo sua equipe e a organização como um todo.

Cultive relacionamentos estratégicos. Uma das melhores maneiras de construir seu pensamento estratégico é potencializar os relacionamentos de forma mais consciente, com objetivos de negócio específicos em mente. Isso requer que tenha líderes seniores e executivos que tragam uma perspectiva estratégica dos objetivos da organização, das mudanças, e das prioridades máximas à qual normalmente não temos acesso. Quando cultiva e investe em relacionamentos estratégicos amplos, isso o ajuda a evitar que fique preso a detalhes do dia a dia.

É fácil perder de vista a importância de cultivar relacionamentos novos e diferentes quando já tem muitos — mas, para ser capaz de alcançar uma voz executiva forte, parte do trabalho consiste em ampliar seu conhecimento para além de sua posição, departamento ou área de especialização.

Para desenvolver sua voz executiva, reserve um tempo para se aproximar de pelo menos uma pessoa por semana que esteja fora de sua equipe imediata ou de sua área funcional. Tente aprender:

•   Como elas se encaixam no negócio como um todo;

•   Suas metas e desafios;

•   Maneiras de ajudá-las ao ser um parceiro estratégico de negócios.

Traga soluções, não só problemas. Apesar de treinar uma vasta gama de executivos, tenho visto, em primeira mão, que a maioria se sente frustrada quando as pessoas apontam os desafios, mas não oferecem quaisquer soluções. Liderar de forma estratégica, com uma voz executiva forte, requer resolver problemas e não apenas apontar o dedo em situações difíceis.

Você pode se apresentar de forma mais estratégica, fazendo sua lição de casa e assumindo a liderança na análise de situações. Faça brainstorm de novas ideias que vão além do óbvio. Mesmo que não tenha a resposta perfeita, pode demonstrar sua capacidade de chegar a soluções inteligentes.

Permaneça calmo na panela de pressão. As pessoas cuja voz executiva é eficaz não se aborrecem facilmente. Você pode proporcionar uma liderança equilibrada mesmo quando — na verdade, especialmente quando — todos à sua volta estão perdendo a compostura? Quando conseguir se limitar aos fatos em vez de entrar em parafuso, não importa o quão estressado se sinta, será capaz de liderar com uma voz executiva mais poderosa.

Pode ser desagradável reconhecer e admitir desafios pessoais a respeito de sua voz executiva e, a princípio, você pode enfrentar resistência ao fazer sugestões para melhorar a voz executiva das pessoas de sua equipe. Mas, ao superar essa resistência inicial, em si mesmo ou nos outros, você vai ver que vale a pena o esforço inicial de descobrir a forma mais eficaz de contribuir em reuniões importantes e outros tipos de comunicação. Ao fazer os ajustes necessários em sua participação, você pode evitar voar às cegas e começar a aparecer de forma mais estratégica em cada contexto.

Fonte: HBRB
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 16 de janeiro de 2018 às 20:44
Sou apaixonado pela magia do encantamento e, após intensa pesquisa literária, diversas visitas aos parques temáticos, curso sobre gestão de excelência junto ao Instituto Disney de Orlando-EUA, me encantei ainda mais.

Resolvi me aprofundar no assunto e fiz no mês passado um tour muito especial chamado “Keys to the Kingdom” pelos bastidores da Disney, estudando, desta vez, o túnel secreto e subterrâneo que quase ninguém sabe ou vê quando se diverte pelos parques.

Vou destacar a seguir cinco segredos que mais me chamaram a atenção, e que ainda não foram relatados nos meus textos anteriores, pois são como lições de ouro que podemos implementar em nossas organizações e equipes. Confira:

1 – Utilidors

São os corredores por debaixo do parque, locais onde transitam os funcionários, ou melhor, cast member (membros do elenco) como são chamados lá. Quase tudo é preparado neste local para que, quando subir ao local da apresentação, a experiência do cliente possa ser realmente especial. Sabia que até banco existe lá para facilitar a vida dos funcionários? Saiba mais: A ContaAzul apresenta as melhores técnicas de venda com foco no cliente (e como aplicar) Patrocinado

Em vários locais do túnel há mapas para informar aos colaboradores onde estão, afinal, eles imaginam que não seria bacana ver um robô que é para estar na tomorrowland aparecer andando na frontierland, área destinada ao velho oeste.

2 - Uma empresa que você não vê

Os frequentadores da Disney estão acostumados a ver toda a magia, mas nem imaginam que esses colaboradores precisam estar motivados 365 dias do ano, pois é mais fácil um funcionário feliz tornar um cliente feliz.

Já parou para pensar quantos pessoas, que ficam nos bastidores, não aparecem, mas cuidam e motivam toda essa gente que encontramos lá em cima na Main Street (Avenida principal do parque) e nas atrações? Me lembro que, em uma das portas do túnel que dá acesso ao parque, pude ver várias mensagens reflexivas e motivacionais, como:

- Hoje você poderá fazer a diferença na vida de muitos visitantes.

- Você está preparado para criar o melhor final de ano de todos os tempos?

Repare, alguém precisa motivar o cliente interno para que estes motivem, encantem e surpreendam o cliente externo. O resultado financeiro é consequência.

3 – Atenção aos detalhes

Você sabia que os parques da Disney nunca fecham, abrem 365 dias do ano? E que todas as noites, assim que o Magic Kingdom fecha, todos os postes da entrada da Main Street são pintados, para que realmente pareçam novinhos quando o parque reabrir na manhã seguinte? Sabia que a tinta dourada que é pintado o Carrossel no Magic Kingdom é feita com pó de ouro de 23 quilates? É bem provável que a maioria dos clientes não perceba, mas o importante para a Disney é que os colaboradores saibam como é fundamental ter tanta atenção aos detalhes.

4 - Chaves da excelência

A liderança sabe que precisa empoderar a equipe, conferem certa autonomia para que eles mesmos tomem as decisões. Desta forma, as pessoas se baseiam nas 4 chaves de prioridades, ou seja, na hora de tomar uma decisão, observam a seguinte ordem:

- Segurança: prioridade absoluta, todos precisam se sentir seguros e, aonde alguém se machuca, o show não acontece.

- Cortesia: o convidado deve ser tratado como uma estrela principal, com toda cordialidade e excelência.

- Show: não pode ser mais um espetáculo, precisa surpreender, fazer mais do que o cliente espera e, assim, conquistar do cliente o UAU!.

- Eficiência: tudo precisa funcionar perfeitamente, portanto, o lema é: faça certo da primeira vez.

5 - Espelho e relógio

Uma cena fixou na minha mente. Fomos conhecer onde são construídos e cuidados os carros alegóricos, aqueles que aparecem na famosa parada, onde desfilam os personagens, as princesas. Na saída deste local, que separa os bastidores do show, há um espelho bem grande e um relógio. Os dois objetos conferem uma autorreflexão a cada cast member antes de passar pela porta e que cada funcionário deve responder antes de começar a trabalhar:

- Ao olhar para o relógio responde à pergunta: “Estou no horário certo?”.

- Ao olhar para o espelho responde para si à seguinte pergunta: “Estou pronto para dar um verdadeiro show?”.

Dá para implementar tudo isso com nossa equipe? Sim, é possível. Mas será fácil?

Ai, eu deixo a resposta do próprio Walt Disney: "Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor".

Fonte: Administradores