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Gestão & Liderança Postado em quinta-feira, 26 de outubro de 2017 às 07:59
Ele tem cara de gringo, nome de gringo, trabalha em uma empresa global, mas é brasileiro. Martin Spier é engenheiro de performance da Netflix. Em outras palavras, ele é um dos profissionais responsáveis pela velocidade com que entramos e assistimos ao conteúdo da maior plataforma de streaming do mundo. Basicamente, quando aquelas bolinhas aparecem rodando no meio da tela por muito tempo ou quando vemos a mensagem de que alguma coisa deu errado, ele é um dos culpados.

Spier esteve no RD Summit, evento de Marketing Digital e Vendas, que aconteceu na última semana em Florianópolis, e contou alguns fatores e segredos que tornam a Netflix uma das companhias mais inovadoras do mundo. E todos esses fatores passam por um grande driver: cultura.

A companhia, que tem hoje 109 milhões de assinantes em 190 países, começou em 1997, postando DVDs pelo correio. A assinatura veio em 1999 e somente em 2007 a companhia iniciou seu serviço de streaming. A agilidade é, portando, uma das bases da cultura da companhia, segundo Spier.

“Essa cultura da empresa passa invariavelmente pelas pessoas. Sabemos que quando as empresas crescem, elas ficam mais complexas e em muitas empresas os talentos não acompanham esse crescimento. Resultado: tudo vira um caos. O que fazemos é justamente evitar o caos”, disse o executivo. Mas ele pondera: “sabemos que é uma cultura que não é para todo mundo. É uma cultura bottom-up e isso aumenta o nosso ritmo de inovação”, afirmou.

Veja o que a empresa faz para garantir processos de inovação consistentes:

1. Tomada de decisão

Na empresa, todos os funcionários têm liberdade para decidir qualquer coisa. “Você só vai consultar o gerente em caso de dúvidas”, contou Spier. Isso facilita a agilidade da empresa, mesmo com o tamanho que ela tem. “Sabemos que mudanças é a única certeza que temos. E fica difícil uma empresa com muitas amarras mudar”, disse. “Um dos segredos para evitar o caos é a liberdade”, completou.

2. Informação compartilhada

Todos, simplesmente todos os funcionários da companhia têm acesso a tudo na empresa – de informações macro até mesmo informações mais sensíveis de estratégia. “Evidentemente que a gente assina termos de confidencialidade, mas saber de tudo o que acontece na empresa coloca todos na mesma página e conseguimos criar o que é preciso para melhorar a experiência do cliente. Acesso às informações agiliza e facilita tomada de decisão”, contou.

3. Pessoas eficazes

Na Netflix uma regra é clara: pessoas com performance adequada recebem um ótimo pacote de benefícios para irem embora. “A ideia é dar espaço para pessoas excelentes. Pessoas altamente eficazes é que ficam”, disse. Ali, os gestores são estimulados a se perguntar se eles realmente lutariam por determinada pessoa. “A empresa contrata os melhores e monta um dream team”, disse.

4. A única regra é da autonomia

A companhia prima pela ausência de regras e burocracias e pela autonomia e autorresponsabilidade. “Na empresa não existe espaço para burocracias e processos que não agregam valor”, afirmou. Um exemplo: relatórios de despesas e reembolsos não precisam ser assinados por gestores. Se um funcionário precisar de um lap top novo, ele vai até a área e pega. Se tiver uma ideia que melhore a experiência do usuário, ele simplesmente faz e testa. A maioria das empresas simplesmente não confia nos funcionários que contrata. Isso não existe na Netflix. “Confiamos na capacidade de decisão das pessoas. Queremos grandes tomadores de decisão”, disse.

5. Onde o erro tem vez

A companhia não pune erros. Ao contrário: ela estimula testes e erros acontecem no meio do caminho. E tudo bem. O que vale são os resultados finais. A Netflix tem plena consciência de que processos de inovação não acontecem sem falhas no meio do caminho.

6. Você é o resultado que traz

Sabe aquelas estruturas verticais, com brigas por pequenos poderes e áreas? Na Netflix isso não existe. Lá, ninguém liga para cargos. “É sobre entrega. Você é conhecido pelo o que entrega. Todos têm um título similar”, considerou.

7. Salário importa sim!

Ao contrário do que muitas empresas pensam, salário importa sim – ainda mais para Millennials. E se a companhia quer os melhores profissionais, ela sabe que terá de desembolsar para isso. “Pagamos o topo do mercado pessoal desse profissional. Somos incentivados a fazer entrevistas para verificarmos o nosso valor de mercado e levar isso para negociação”, afirmou. Aumentos salariais são mais importantes que cargos. “Os aumentos salariais estão ligados aos novos skills que você adquire ao longo do tempo”, contou.

8. O tempo é seu, o que importa é o resultado

“Ao invés do gerente me dizer o que tenho de fazer, ele me pergunta o que eu gostaria de fazer e isso muda tudo”, disse Spier. Na Netflix, o resultado importa e, por isso, cada profissional é gestor do próprio tempo. Um exemplo: folgas e férias não são determinadas por ninguém. Os profissionais estabelecem quando vão tirar seu tempo livre e por quanto tempo. Ano passado, Spier tirou dois meses de férias para viajar e não precisou de aprovação de ninguém. “Você simplesmente sabe o que precisa entregar e entrega”, disse. “A Netflix contrata pessoas responsáveis. Contrata adultos”, ponderou.

Fonte: Novarejo
Gestão & Liderança Postado em quinta-feira, 26 de outubro de 2017 às 07:56
Anualmente, a consultoria internacional Interbrand analisa as marcas globais mais valiosas do mercado. O Best Global Brands 2017 dá um panorama de como está o consumo no mundo – grande parte do ranking é composto por empresas de tecnologia. Inclusive, entre as 10 marcas mais valiosas, sete são do setor tecnológico.

O Top 3 é formado por Apple (avaliada em US$ 184,15 bilhões, 3% de crescimento no valor de marca), Google (US$ 141,70 bilhões, 6% de crescimento) e Microsoft (US$ 79,99 bilhões, 10%). As duas primeiras colocadas estão nesses postos já há cinco anos consecutivos.

A Coca-Cola é a única marca de bens de consumo que faz parte das 10 primeiras colocadas. De uma forma geral, os setores que mais se destacam no estudo são Automotivo, Tecnologia, Serviços Financeiros e Bens de Consumo.

Panorama

Para elaborar o ranking, a Interbrand leva três quesitos em consideração para elaborar o valor da marca: a performance financeira dos produtos e serviços, o papel da marca na decisão de compra do consumidor e a força da marca para garantir um preço maior ou futuros ganhos para a empresa.

Em 2017, a empresa que mais cresceu na avaliação é o Facebook, que alcançou 48% de alta em seu valor de mercado. É o segundo ano que a companhia tem o maior valor de crescimento no ranking. Em seguida, vem a Amazon, com 29% de crescimento.

Esse é o primeiro ano que a Netflix faz parte do ranking – e já entrou no 78º lugar, avaliada em US$ 5.592 milhões.

Setorialmente falando, o Varejo apresentou o maior crescimento do ranking, com 19%. Em seguida vem Artigos Esportivos (10%) e Tecnologia (8%).

Confira as 100 marcas mais valiosas do mundo e seus respectivos valores de mercado:


Fonte: Interbrand