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Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 28 de junho de 2017 às 12:59
O fomento do empreendedorismo tornou-se um componente essencial do desenvolvimento econômico em cidades e países ao redor do mundo. A metáfora predominante para promover o empreendedorismo como estratégia de desenvolvimento econômico é o “ecossistema de empreendedorismo”. Não surpreendente, porém, que junto com ideias inovadoras, espalhem-se também equívocos e lendas. O que segue é um rápido teste de realidade com perguntas de verdadeiro ou falso sobre ecossistemas de empreendedorismos e sobre a conexão entre empreendedorismo e desenvolvimento em geral.

Você sabe que há um forte ecossistema de empreendedorismo quando há um número crescente de startups.

Falso. Não há evidências de que apenas aumentar o número de startups ou formar novos negócios estimule o desenvolvimento econômico. Há alguma evidência do contrário, ou seja, o crescimento econômico estimula a criação de novos negócios e startups. Há também alguns motivos para acreditar que o número de pequenas empresas está relacionado negativamente com a saúde econômica nacional. A Fundação Kauffman informou recentemente que, à medida que a economia dos EUA melhora e o emprego de qualidade aumenta, o número de startups diminui. Na verdade, incentivar startups pode ser uma má política.

Ao oferecer incentivos financeiros (por exemplo, créditos fiscais para investimentos de anjos) na fase inicial, o investimento de risco em empreendedores oferece um claro estímulo ao ecossistema de empreendedorismo.

Falso. Na verdade, há poucas — ou nenhuma — boas avaliações do impacto de crédito de imposto de anjos abundante. Um estudo com um dos planos mais antigos desse tipo, o Plano de Investimento Empresarial, iniciado na Inglaterra em 1994, sugere que ele estimulou um aumento significativo de pequenos investimentos (abaixo de US$ 10 mil) por investidores inexperientes que avaliaram ter recebido retornos piores do que as alternativas. De fato, a maioria dos investimentos em capital de risco está na Califórnia, Nova York, Massachusetts e Israel, sem incentivos financeiros diretos além dos lucros totalmente tributáveis.

A criação de emprego não é o principal objetivo de promover um ecossistema de empreendedorismo.

Verdadeiro. Como ninguém possui ou representa um ecossistema de empreendedorismo, não pode haver um objetivo comum que motive todos os atores. A motivação para promover o empreendedorismo depende inteiramente de quem é o ator ou o a parte interessada. Para os dirigentes públicos, a criação de emprego e as receitas fiscais (saúde fiscal) podem ser os principais objetivos. Para os bancos, uma carteira de crédito maior e mais rentável pode ser o benefício. Muitas partes interessadas devem se beneficiar para que um ecossistema de empreendedorismo seja autossustentável.

Para fortalecer seu ecossistema de empreendedorismo regional, é necessário estabelecer espaços compartilhados de trabalho, incubadoras e similares.

Falso. Não há evidência consistente de que espaços de trabalho compartilhado contribuam significativamente para o aumento do empreendedorismo. Existem, sim, muitas anedotas de empreendimentos de alto crescimento em todos os segmentos que começaram em incubadoras, mas também há muitos outros exemplos, menos visíveis, talvez, de empreendimentos muito bem sucedidos que não usaram espaços compartilhados de trabalho.

Se queremos ecossistemas de empreendedorismo fortes, precisamos de uma forte educação para o empreendedorismo.

Falso. Surpreendentemente, não há motivo para acreditar que a educação formal em empreendedorismo aumente o empreendedorismo ou o seu sucesso – há, no entanto, alguma evidência de que ela é irrelevante. Hotspots empresariais bem conhecidos, como Israel, Route 128, Silicon Valley, Austin, Islândia, entre outros, apresentavam alto empreendedorismo muito antes de terem cursos. Eles surgiram organicamente, acima de tudo devido ao acesso a clientes e talentos empregáveis, bem como pelo acesso ao capital.

Empreendedores impulsionam o ecossistema de empreendedorismo.

Falso. Ouve-se com frequência esta declaração, mas há uma diferença fundamental entre ser um elemento essencial entre muitos – algo que empresários claramente são – e ser o condutor. Não há um condutor de um ecossistema de empreendedorismo porque, por definição, um ecossistema é uma rede dinâmica e auto-reguladora de diversos tipos de atores. Em todos os hotspots do empreendedorismo há importantes conectores e influenciadores que podem não ser os próprios empresários.

Segundo empresários, os três principais desafios em todos os lugares são o acesso a talentos, a burocracia excessiva e o capital escasso na fase inicial.

Verdadeiro. Mas isso não significa que eles estão certos. Como argumentei, este é um fenômeno tão onipresente que provavelmente reflete algo fundamental sobre o processo do empreendedorismo em geral, em vez de uma deficiência do ecossistema. O processo de empreendedorismo gera, intrinsecamente, a sensação de que é difícil aumentar o capital de risco e que ele é escasso.

Empresas familiares esmagam a iniciativa empresarial para proteger sua “franquia”.

Falso. Pelo que ouvi dizer de conhecidos promotores do empreendedorismo, as empresas familiares aumentam a escala ou maximizam sua contribuição para mercados abertos mantendo-se como empresa familiar, porque, geralmente, conseguem crescer por meio de conexões e proteções especiais.

No entanto, a experiência até mesmo nas economias mais avançadas (por exemplo, a Dinamarca) sugere que empresas com estruturas de propriedade familiar, de capital aberto ou de cooperativa são essenciais e altamente facilitadoras para o ecossistema de empreendedorismo.

Como foi sua pontuação? Se você acertou mais de 50%, então está em companhia exclusiva. O teste de realidade acima é apenas um ponto de partida. O empreendedorismo cria, de fato, muitos efeitos econômicos e sociais positivos. Mas formuladores de políticas públicas, a sociedade civil, os líderes empresariais e os próprios empreendedores só podem realmente definir o contexto para o desenvolvimento econômico bem sucedido separando o mito da realidade e livrando-se dos muitos equívocos existentes.

Fonte: Daniel Isenberg - HBRB
Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 28 de junho de 2017 às 12:57
Organização Inovadora

Com 53,39%, ou seja, 15.555 votos, a alternativa “uma organização inovadora e com espaço para novas ideias”, foi a preferida dentro da faixa etária mencionada.

“Hoje, há uma procura por algo muito além da boa condição financeira ou estabilidade profissional. A juventude vai atrás de algo capaz de fazer sentido, onde sinta-se parte e tenha o alinhamento entre a cultura da corporação e os seus valores pessoais”, explica Lucas Fernandes, analista de treinamento do Nube. Para ele, organizações com outra visão, sem rótulos e estereótipos, com gestões horizontais, participativas e focando no potencial de cada um, são o futuro.

Startup

Empreendimentos “jovens e em crescimento” chamaram a atenção de 24,21% (6.341) do público questionado, levantando o interesse para ingressar, por exemplo, nas famosas startups.

“Esse tipo de negócio tem uma ascensão acelerada e um alto grau de desenvolvimento dos envolvidos. Logo, quem intenciona alavancar a sua carreira e pretende alcançar resultados rápidos, sonha em fazer parte desse quadro de colaboradores”, comenta o especialista.

Carreira tradicional

12,04% ou 3.153 buscam locais “tradicionais, com regras bem definidas”.

Esses são empreendimentos mais estáveis, com chances de evolução, porém com pouca autonomia e participação.

“Esse movimento, ao contrário do pensamento de muitos, não diz respeito a paredes coloridas e salas de recreação, muito menos a jogos e atividades lúdicas. Os jovens esperam um ambiente acolhedor, onde possam colocar suas ideias, criticar, receber feedbacks, ter uma boa relação com seus gestores e com todo o grupo, ter desafios e ver o seu potencial não ser subestimado por estarem no primeiro emprego ou por serem pouco experientes”, enfatiza.

Ambiente colaborativo

Já para 4,37% (1.144), um lugar “eficiente, mas com pouca competitividade” é o ideal, visto que uma das características dessa geração, juntamente ao crescimento acelerado e as realizações imediatistas, está um raciocínio coletivo e com mais respeito aos valores sociais.

“Portanto, a rivalidade se torna irrelevante em relação a aspectos mais importantes, como possibilidade de desenvolvimento e participação”, esclarece o analista.

Fonte: Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios