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Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 28 de junho de 2017 às 12:44
Uma linha tênue separa o sucesso do fracasso, as grandes empresas das comuns. Abaixo dessa linha, estão as desculpas, as acusações, a confusão e uma atitude de impotência. Acima dela, encontramos um senso de realidade, de propriedade, o comprometimento, a resolução de problemas e a ação determinada. Enquanto os perdedores definham Below the Line® [abaixo da linha], preparando histórias para explicar por que seus esforços foram em vão, os vencedores residem Above the Line® [acima da linha], movidos por comprometimento e trabalho duro. O Quadro do Accountability, da página 14, apresenta com clareza a vitimização abaixo da linha e o accountability acima da linha.

Pessoas e empresas estão pensando e agindo abaixo da linha quando, consciente ou inconscientemente, evitam o accountability por resultados individuais e coletivos. Presas no que chamamos de ciclo de vitimização, ou jogo de acusação, começam a perder o ânimo e a determinação até que, finalmente, sentem-se incapazes. Somente movendo-as para acima da linha e galgando os passos para o accountability é que elas se tornarão poderosas outra vez. Quando indivíduos, equipes ou empresas inteiras estacionam abaixo da linha, alheios ou sem consciência da realidade, a situação piora sem que ninguém entenda as causas. Em vez de encarar a realidade, os portadores dessa enfermidade muitas vezes passam a ignorar ou fingir não saber sobre seu accountability, negando a responsabilidade, culpando os outros por sua própria crise, alegando que o motivo de sua inatividade é a confusão dos demais, perguntando o que fazer, reclamando que não podem agir ou apenas esperando para ver se a situação se resolve sozinha por milagre.

O elemento crucial do accountability pessoal e corporativo deve estar entrelaçado ao tecido que compõe o caráter, os processos e a cultura da empresa. Nos negócios, a descida para abaixo da linha em geral começa com a criação de um ambiente em que ninguém reconhece a verdade e nada é dito com franqueza.

Para ficar acima da linha, e fora do jogo de acusações, devem-se galgar os passos para o accountability, adotando atitudes See It® [Veja], Own It® [Aproprie-se], Solve It® [Solucione] e Do It® [Faça]. O primeiro passo – See It – envolve reconhecer e admitir a realidade integral de uma situação. Esse passo é um grande obstáculo porque é muito difícil fazer uma autoavaliação sincera e admitir que é preciso empreender ainda mais esforços para atingir bons resultados. O segundo passo – Own It – significa aceitar a responsabilidade pelas experiências e realidades que você cria para si mesmo e para os outros. Nessa etapa, você pavimenta o caminho para agir. O terceiro passo – Solve It – implica mudar a realidade, encontrando e implementando soluções que você pode não ter percebido antes, ao mesmo tempo em que evita a armadilha de descer abaixo da linha quando os obstáculos aparecerem. E o quarto passo, Do It, tem a ver com reunir a coragem e se comprometer em seguir aplicando as soluções que você identificou, mesmo que elas signifiquem grandes riscos. Felizmente, esses passos fazem muito sentido. No final das contas, seu próprio bom senso pode projetá-lo para acima da linha.

Fonte: Revista HSM
Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 21 de junho de 2017 às 08:32
O Brasil não melhorou seu desempenho em inovação e manteve a 69ª colocação no Índice Global de Inovação, divulgado no último dia 15, na Suíça, pela Universidade Cornell, a escola de negócios Insead e a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi). O ranking examinou dezenas de critérios para avaliar a perfomance de 127 países. Mesmo sendo a maior economia da América Latina e do Caribe, o Brasil ocupa apenas a 7º posição no ranking regional (dentre 18 países), sendo o Chile a nação mais inovadora da região.



Pelo sétimo ano seguido, a Suíça ocupa o topo da lista. Suécia, Países Baixos, Estados Unidos e o Reino Unido completam os cinco primeiros lugares do ranking. Países emergentes como Índia, Quênia e Vietnã apresentaram resultados superiores a economias com níveis semelhantes de desenvolvimento. A cada ano, o Índice Global de Inovação estuda diversos indicadores, desde registros de patentes, despesas em educação, instrumentos de financiamento, entre outros, para construir o ranking. 

AMÉRICA LATINA – O Brasil ficou atrás de diversos vizinhos latinos no ranking regional de inovação. Na América Latina e Caribe, o país mais bem colocado é o Chile (46º), seguido por Costa Rica (53º), México (58º), Panamá (63º), Colômbia (65º) e Uruguai (67º).

Entre 2016 e 2017 houve uma melhora tímida no ranking de eficiência da inovação. O Brasil passou da 100ª posição para a 99ª, mas perdeu posições no ranking de renda média - passou de 17º para 18º. O panorama da inovação no país mudou de otimismo para preocupação em sete anos. Em 2011, ocupava a 47ª posição - a melhor colocação já registrada – mas caiu para a 69ª em 2016 e em 2017. A posição geral só não é pior do que a aferida em 2015, em que o Brasil ocupou o 70º lugar.

"As classificações do Índice Global de Inovação desta região não registraram progressos significativos, relativamente a outras regiões, no decorrer dos últimos anos, e nenhum país da América Latina e do Caribe mostra atualmente desempenhos notáveis em matéria de inovação, levando em conta o seu nível de desenvolvimento", aponta o documento.

Apesar disso, o relatório ressaltou pontos positivos nas principais economias da região. "Chile, México, Brasil e Argentina registram bons desempenhos nas áreas do capital humano e de pesquisa, tais como a qualidade de suas universidades, matrícula em educação superior e presença de empresas globais de P&D, assim como em matéria de tecnologia da informação e das comunicações, graças aos seus altos índices em matéria de serviços oficiais online e de participação online", detalha o relatório.

"Como a América Latina, e especialmente o Brasil, está retornando a taxas de crescimento positivas, é importante estabelecer as bases para um desenvolvimento impulsionado pela inovação, principal objetivo da Mobilização Empresarial para a Inovação (MEI),” destaca Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.

DEFASAGEM – Em sua décima edição, o documento assinala um fosso constante na capacidade de inovação entre as nações desenvolvidas e em desenvolvimento, bem como medíocres índices de crescimento para as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), tanto no âmbito governamental como empresarial. “A inovação é o motor do crescimento econômico numa economia global cada vez mais baseada no conhecimento, mas um maior volume de investimentos é necessário para estimular a criatividade humana e o desempenho econômico”, diz Francis Gurry, diretor-Geral da OMPI.

Em 2017, a Suíça lidera as classificações pelo sétimo ano consecutivo, em que as economias de alta renda ocupam 24 das 25 posições mais elevadas – sendo a China uma exceção, na 22ª posição. Em 2016, a China tornou-se a primeira economia de rendimento médio a figurar entre as 25 primeiras. “Os esforços para superar o fosso da inovação têm de começar com o estímulo da tomada de consciência das economias emergentes dos seus pontos fortes e fracos em matéria de inovação e com a criação de políticas e indicadores adequados,” declarou Soumitra Dutta, da Faculdade de Administração de Empresas, Reitor da Universidade Cornell.

Ainda segundo o estudo, um grupo de economias de rendimento médio e baixo tem registrado um desempenho na área da inovação significativamente melhor do que o seu nível atual de desenvolvimento poderia pressupor. Ao todo, 17 países foram classificados como “conquistadores da inovação” este ano, marcando um leve aumento em relação a 2016. Desses, nove são oriundos da região da África Subsaariana, como o Quênia e Ruanda, e três são oriundos da Europa Oriental.

Paralelamente a locomotivas da inovação como a China, Japão e República da Coreia, um grupo de economias asiáticas que inclui Indonésia, Malásia, Singapura, Tailândia, Filipinas e Vietnam tem feito um grande esforço em prol do aperfeiçoamento dos seus ecossistemas de inovação e da conquista de uma posição elevada em um certo número de indicadores importantes relacionados com a educação, P&D, crescimento da produtividade e, entre outros, de exportações de produtos de alta tecnologia.

Fonte: CNI