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Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 28 de junho de 2022 às 09:53


O que Hawking, Einstein, Da Vinci e Marie Curie têm em comum? A resposta é fácil, não é? Todos eles são conhecidos pela Inteligência. Tratam-se de apenas alguns nomes, embora existam ou tenham existido inúmeras pessoas no mundo com inteligência elevada e que se destacam com suas criações, descobertas e teorias.

A Inteligência pode ser medida e avaliada de diversas formas, a mais comum e popular é o teste de Quociente de Inteligência (QI). Esse teste utiliza questões lógicas e de raciocínio para identificar o Grau de Inteligência de um indivíduo. Na classificação em números, a Inteligência Média de um ser humano está entre 90 e 109. A partir de 130 ele já pode ser considerado Superdotado, de acordo com a teoria do QI.

Embora o teste de QI ainda seja o mais conhecido, a avaliação já foi contestada por alguns estudiosos adeptos de teorias de que a capacidade humana vai além de testes de lógica. Para eles, a Inteligência pode se manifestar em diferentes formas, e não somente na habilidade cognitiva e intelectual das pessoas.

Obviamente que a capacidade de aprender, desenvolver e solucionar problemas são atributos que contribuem significativamente para definir o grau de inteligência dos seres humanos, mas outras questões mais subjetivas podem determinar outro tipo de “esperteza”. Estamos falando da Inteligência Emocional (IE), que se baseia nos sentimentos, qualidades e personalidade dos indivíduos e suas relações interpessoais.

Conceito de Inteligência Emocional

A teoria da Inteligência Emocional, difundida pelo psicólogo Daniel Goleman, é o assunto principal deste artigo. Vamos entender a importância da IE para uma vida de sucesso profissional e pessoal.

No conceito de Goleman, a definição de Inteligência Emocional é “a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos relacionamentos”.

Para ele, um alto QI não é garantia de felicidade. Isso pode explicar o porquê de pessoas muito inteligentes não conseguirem se desenvolver profissionalmente e alcançar seus objetivos de vida, enquanto que outras, com o intelecto considerado “normal” ou “mediano”, atingirem o almejado sucesso. Para o psicólogo, a Inteligência Emocional é a principal responsável pelo sucesso ou insucesso de um indivíduo.

A teoria de Goleman se baseia em cinco pilares referentes às habilidades que destacam um indivíduo dos outros de acordo com sua IE. São eles:
* Autoconhecimento Emocional;
* Automotivação;
* Controle Emocional;
* Empatia;
* Habilidade em Relacionamentos Interpessoais;

Quando o indivíduo possui as qualidades definidas por Goleman como essenciais, consequentemente ele também agrega características que facilitarão seu desenvolvimento e sucesso nas relações, sejam elas pessoais e/ou profissionais.

As pessoas dotadas desses atributos têm chance maior de se tornarem grandes líderes, pois possuem capacidade de mediação de conflitos, de resoluções de problemas difíceis.

Esse indivíduo tende a ser mais criativo, encontrando saídas alternativas e eficazes para situações aparentemente sem soluções, e, além disso, reconhece as qualidades do outro e as valoriza para um bem comum.

Inteligência Emocional para o sucesso profissional

O indivíduo não precisa, necessariamente, enquadrar-se no perfil completo de Goleman, mas quanto mais conhecimento e domínio dos seus sentimentos, bem como autocontrole e pensamento ao próximo, podem ser diferenciais que ajudem, e muito, no êxito de um objetivo.

O desenvolvimento dessas habilidades é refletido na vida do indivíduo em todos os âmbitos, inclusive na profissional. Ampliar essas características é possível com dedicação e treinamento. Você pode começar aprendendo mais sobre você mesmo, suas características e personalidade.

Seguem alguns passos para te auxiliar no caminho do desenvolvimento da Inteligência Emocional:Experimente se conhecer para controlar suas emoções

O autoconhecimento é definido quando você consegue identificar suas dificuldades e qualidades, seus medos e prazeres. Reconhecer suas emoções é o primeiro passo para superá-las, ou melhor, usá-las a seu favor.

Se houver dificuldade nesse processo, não tenha receio em pedir ajuda. Um coach voltado para a área profissional e um psicólogo podem ajudar na técnica do autoconhecimento e controle das emoções.

Foque no que te motiva e supere dificuldades

Descubra o que te faz bem e quais são suas habilidades. Cada indivíduo tem facilidade para determinada ação e dificuldade em outras. Pratique as habilidades que te dão prazer e satisfação pessoal.

No caso das atividades que tem mais dificuldade, tente desenvolvê-las também. Procure formas alternativas e métodos mais prazerosos que facilitem esse aprendizado. Com certeza, assim que superar o desafio, se sentirá muito melhor e mais confiante para superar os próximos.

Relacione-se com pessoas diferentes e tenha empatia

Ouvir opiniões diferentes da sua vai fazer com que você se coloque no lugar do outro. Entender e identificar os ensejos dos outros, compreender suas limitações e identificar suas qualidades facilitam os trabalhos em grupo.

Todas as pessoas possuem qualidades que se completam, a chave é reunir essas características diferentes de forma adequada e canalizá-las para o interesse comum.

Se você possui essas habilidades e consegue lidar com essas situações, seu caminho para o sucesso pode estar mais próximo do que imagina, continue assim. Se ainda está no começo da estrada, não desanime, pois a persistência também é uma qualidade das pessoas de sucesso.

Fonte: BLB Brasil
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 21 de junho de 2022 às 11:17


Existem muitos motivos por trás do destaque do mercado asiático. O que podemos aprender com a nação gigante do e-commerce?

The Economist iniciou o ano de 2021, no meio da pandemia mundial, com uma grande reportagem intitulada “Por que os varejistas do mundo todo devem olhar para a China”. Os dados nos mostram porque essa foi uma das matérias mais acessadas em todo site.

A China possui um mercado grande e criativo, alcançando a marca de US$ 5 trilhões somente em 2020, com empresas de tecnologia misturando e-commerce, mídias sociais e teatralidade para atrair 850 milhões de consumidores digitais. O resultado foi extremamente satisfatório: as vendas aumentaram 25% nos últimos sete anos, sendo equivalente a 25% e 50% do varejo total.

Existem muitos motivos por trás do destaque do mercado asiático. Para começar, ele é mais dinâmico. As plataformas de compras online combinam pagamentos digitais, mídia social, jogos, mensagens instantâneas, vídeos curtos e celebridades ao vivo. A pandemia acelerou essa tendência e o modelo de jornada do cliente chinês ganhou o coração do varejo do ocidente ao oriente. Dito isso, o que podemos aprender com a nação gigante do e-commerce?

Ecossistema e pontos de contatos únicos

Quase todo o varejo chinês é interligado. Para tornar a experiência do cliente mais integrada e otimizada, os grandes nomes digitais apostaram num ecossistema que une marcas e recomendações de produtos.

Uma curiosidade que possui um grande peso para essa questão são as diferenças entre os compradores. Na Europa, a maioria dos consumidores tende a acionar os mecanismos de pesquisa para procurar um produto, verificar avaliações e finalizar a compra. Já os chineses preferem criar um verdadeiro evento na experiência devido ao ecossistema integrado.
Como, por exemplo, o que acontece no Alipay, que dá acesso ao Alibaba, um verdadeiro titã do comércio eletrônico.

Atualmente é difícil encontrar um celular chinês em que o Alipay não esteja instalado. Falando de maneira bastante simples, essa rede reúne outras plataformas para que os usuários encontrem qualquer produto em um único lugar, sem precisar acionar terceiros ou instalar qualquer outra ferramenta. Essa facilidade é um dos motivos principais para a adoção generalizada do serviço.

Olhando especificamente para o nosso ocidente, a melhor maneira de descobrir os pontos de contatos certos é priorizar as seguintes questões:
* Os pontos mais eficazes e de valor agregado;
* Alocação de orçamento e foco para os canais certos;
* Treinamento de equipes de vendas para um melhor entendimento da jornada integrada do cliente.

Avaliação digital

Não é segredo para ninguém o quanto as avaliações dos clientes trazem impactos diretos na percepção e experiência de novos consumidores em potencial. Ao contrário do que costumamos fazer por aqui, a avaliação dos compradores chineses é medida através das mídias sociais.

Para falar a verdade, essa não é uma prática tão incomum assim. Se você entrar agora na plataforma da Amazon e clicar em qualquer produto, logo vai dar de cara com avaliações detalhadas sobre determinado item, incluindo o uso de fotos e vídeos. Os clientes chineses mantêm esse mesmo tipo de avaliação, mas não se concentram em enviar a opinião que possuem para as próprias plataformas de e-commerce.

Lá, as marcas oferecem espaços em transmissões ao vivo e em outras mídias sociais, como o TikTok, que faz um enorme sucesso aqui, e Weibo para que os consumidores relatem sua experiência com os produtos. É uma ação comum que as empresas unam o lançamento de novidades com o compartilhamento das opiniões de outros compradores, o que acaba sendo um elemento chave para alcançar um público ainda maior. No Brasil, temos o costume de criar esse “marketing” com influenciadores, mas precisamos concordar que não tem o mesmo efeito.

Muitos consumidores não confiam 100% na opinião de uma celebridade por conta dos patrocínios que não deixam espaço para uma opinião imparcial. Mas quando o “boca a boca” parte diretamente de um cliente, a história é bem diferente e extremamente positiva.

Canais de vendas online e off-line

Ok, você pode afirmar que isso já acontece no Brasil e é verdade. Mas essa solução já está na China há muitos anos.
A plataforma Alibaba oferece oportunidade para que os consumidores façam compras no sofá de casa e recebam os produtos dentro de poucas horas. Em outros casos, é possível fazer compras e ir buscar sem precisar passar pelo trabalho de escolher produtos pelos corredores. É literalmente pegar e levar. Essa prática se tornou popular aqui no nosso país durante a pandemia, o que trouxe mais segurança para todos dentro de um período difícil.

No entanto, conforme a normalidade vai voltando, as organizações estão começando a tirar essa facilidade do alcance.
Manter esse serviço de modo constante foi o que salvou boa parte do comércio chinês na pandemia. A Peacebird, varejista de moda, foi uma das muitas lojas que precisaram fechar as portas por conta da covid-19. Mas ao contrário de muitas, ela não passou por qualquer dificuldade porque o sistema de vendas já estava integrado entre o online e off-line, logo os compradores não precisaram passar por mudanças.

E claro, não podemos esquecer que boa parte das compras online na China são guiadas com o auxílio de IA. O comércio chinês disponibiliza assistência através de chatbots, mantendo sempre uma linha direta e disponível 24 horas por dia e 7 dias por semana com os clientes.

Em última análise, é normalidade para as empresas chinesas ser estruturadas para tratar bem os clientes e através excelência nos serviços estimular a compra. Oferecem jornadas fluidas com pontos de contato interconectados (estamos falando de omnichannel!) e com facilidade de acesso digital. É fácil, não é?

Fonte: Consumidor Moderno