Notícias


Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 21 de junho de 2017 às 08:32
O Brasil não melhorou seu desempenho em inovação e manteve a 69ª colocação no Índice Global de Inovação, divulgado no último dia 15, na Suíça, pela Universidade Cornell, a escola de negócios Insead e a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi). O ranking examinou dezenas de critérios para avaliar a perfomance de 127 países. Mesmo sendo a maior economia da América Latina e do Caribe, o Brasil ocupa apenas a 7º posição no ranking regional (dentre 18 países), sendo o Chile a nação mais inovadora da região.



Pelo sétimo ano seguido, a Suíça ocupa o topo da lista. Suécia, Países Baixos, Estados Unidos e o Reino Unido completam os cinco primeiros lugares do ranking. Países emergentes como Índia, Quênia e Vietnã apresentaram resultados superiores a economias com níveis semelhantes de desenvolvimento. A cada ano, o Índice Global de Inovação estuda diversos indicadores, desde registros de patentes, despesas em educação, instrumentos de financiamento, entre outros, para construir o ranking. 

AMÉRICA LATINA – O Brasil ficou atrás de diversos vizinhos latinos no ranking regional de inovação. Na América Latina e Caribe, o país mais bem colocado é o Chile (46º), seguido por Costa Rica (53º), México (58º), Panamá (63º), Colômbia (65º) e Uruguai (67º).

Entre 2016 e 2017 houve uma melhora tímida no ranking de eficiência da inovação. O Brasil passou da 100ª posição para a 99ª, mas perdeu posições no ranking de renda média - passou de 17º para 18º. O panorama da inovação no país mudou de otimismo para preocupação em sete anos. Em 2011, ocupava a 47ª posição - a melhor colocação já registrada – mas caiu para a 69ª em 2016 e em 2017. A posição geral só não é pior do que a aferida em 2015, em que o Brasil ocupou o 70º lugar.

"As classificações do Índice Global de Inovação desta região não registraram progressos significativos, relativamente a outras regiões, no decorrer dos últimos anos, e nenhum país da América Latina e do Caribe mostra atualmente desempenhos notáveis em matéria de inovação, levando em conta o seu nível de desenvolvimento", aponta o documento.

Apesar disso, o relatório ressaltou pontos positivos nas principais economias da região. "Chile, México, Brasil e Argentina registram bons desempenhos nas áreas do capital humano e de pesquisa, tais como a qualidade de suas universidades, matrícula em educação superior e presença de empresas globais de P&D, assim como em matéria de tecnologia da informação e das comunicações, graças aos seus altos índices em matéria de serviços oficiais online e de participação online", detalha o relatório.

"Como a América Latina, e especialmente o Brasil, está retornando a taxas de crescimento positivas, é importante estabelecer as bases para um desenvolvimento impulsionado pela inovação, principal objetivo da Mobilização Empresarial para a Inovação (MEI),” destaca Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.

DEFASAGEM – Em sua décima edição, o documento assinala um fosso constante na capacidade de inovação entre as nações desenvolvidas e em desenvolvimento, bem como medíocres índices de crescimento para as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), tanto no âmbito governamental como empresarial. “A inovação é o motor do crescimento econômico numa economia global cada vez mais baseada no conhecimento, mas um maior volume de investimentos é necessário para estimular a criatividade humana e o desempenho econômico”, diz Francis Gurry, diretor-Geral da OMPI.

Em 2017, a Suíça lidera as classificações pelo sétimo ano consecutivo, em que as economias de alta renda ocupam 24 das 25 posições mais elevadas – sendo a China uma exceção, na 22ª posição. Em 2016, a China tornou-se a primeira economia de rendimento médio a figurar entre as 25 primeiras. “Os esforços para superar o fosso da inovação têm de começar com o estímulo da tomada de consciência das economias emergentes dos seus pontos fortes e fracos em matéria de inovação e com a criação de políticas e indicadores adequados,” declarou Soumitra Dutta, da Faculdade de Administração de Empresas, Reitor da Universidade Cornell.

Ainda segundo o estudo, um grupo de economias de rendimento médio e baixo tem registrado um desempenho na área da inovação significativamente melhor do que o seu nível atual de desenvolvimento poderia pressupor. Ao todo, 17 países foram classificados como “conquistadores da inovação” este ano, marcando um leve aumento em relação a 2016. Desses, nove são oriundos da região da África Subsaariana, como o Quênia e Ruanda, e três são oriundos da Europa Oriental.

Paralelamente a locomotivas da inovação como a China, Japão e República da Coreia, um grupo de economias asiáticas que inclui Indonésia, Malásia, Singapura, Tailândia, Filipinas e Vietnam tem feito um grande esforço em prol do aperfeiçoamento dos seus ecossistemas de inovação e da conquista de uma posição elevada em um certo número de indicadores importantes relacionados com a educação, P&D, crescimento da produtividade e, entre outros, de exportações de produtos de alta tecnologia.

Fonte: CNI
Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 14 de junho de 2017 às 07:22
Conversei recentemente com um CEO que me contou a seguinte história. Em uma dada reunião, ele ficou tão bravo porque o time não estava discutindo sobre os problemas do futuro que, na sala de reuniões do escritório, ele resolveu colocar, sobre uma cadeira vazia, um aviso. Nele, era possível ler: “nosso futuro”.

Colando o aviso na cadeira, ele disse à sua equipe:

“Esta é a única forma que eu conheço de fazer a gente focar na nossa estratégia Máquina 2. Já se passaram meses e nós ainda não conseguimos liberar ninguém para tocar a nossa iniciativa de Máquina 2. Então, o aviso vai ficar sobre a cadeira até fazermos, e toda reunião eu vou falar sobre o mesmo ponto: enquanto cada um de nós está trabalhando duro no presente, vamos nos lembrar que ninguém está trabalhando para o nosso futuro. Aquela cadeira está vazia”.

Eu amo essa imagem da cadeira vazia. E aqui explico o porquê.

1. A maioria das empresas precisa fazer um Máquina 2

Definimos a Máquina 1 como o seu core business, a razão de ser do seu negócio. O seu negócio Máquina 1 é provavelmente líder no segmento ou ocupa uma boa fatia de mercado e é responsável por 80% dos seus lucros. É rentável e traz um bom retorno sobre o capital aplicado, em parte porque muitos dos ativos necessários para dar sustentação a Máquina 1 estão completamente amortizados. Tem apenas um problema: esse negócio não está crescendo e pode sofrer disrupção com a chegada de empresas mais inovadoras.

Já a Máquina 2 é o recurso de crescimento do futuro. Os negócios adjacentes que podem definir o futuro de crescimento da sua empresa. É para onde os seus clientes estão indo e de onde a concorrência inovadora está tirando o máximo proveito possível. Mas tem péssimo lucro, especialmente em comparação com a Máquina 1, porque você vai ter que investir muito para conseguir começar.

2. A maioria das empresas não está agindo rápido o suficiente para fazer a Máquina 2

Construir os recursos de crescimento do futuro é difícil. Você vai passar por vários fracassos. A Máquina 2 demanda novas capacidades e talento. E focar nela tira a atenção que você ainda precisa dar a Máquina 1, que está enfrentando o crescimento lento, mas ainda demanda os seus melhores recursos. É a 1 que está gerando todos os lucros e você não pode desviar os olhos do seu foco.

3. O seu melhor talento sabe quando você está agindo devagar demais e vai perder a fé de primeira

Os melhores de sua equipe sabem ouvir os clientes todos os dias e sabem o que a concorrência disruptiva está oferecendo. Os melhores de sua equipe conseguem enxergar as novas propostas no mercado. E os melhores serão os primeiros a se convencer de que você não está levando essas propostas a sério, e que está mais preocupado em proteger a sua posição atual de mercado do que reposicionar a empresa para o futuro.

4. Em outras palavras, o seu melhor pessoal sabe que “a cadeira está vazia” e estão esperando por você para descobrir.

Nada consome a energia dos seus colaboradores mais rápido que o reconhecimento de que não importa o quão duro eles estejam trabalhando em todos os problemas de hoje, o futuro vai embora rápido.

Ninguém quer estar nesse tipo de empresa. Dito isso, as pessoas são justas. Elas reconhecem que todo mundo têm um papel diferente para desempenhar. Eles vão se comprometer a manter a Máquina 1 acontecendo e a ter certeza de que é ela que financia o desenvolvimento da Máquina 2 – mas só se eles verem alguém de fato trabalhando nessa segunda máquina.

Ninguém quer ver aquela cadeira vazia. Ninguém quer estar com uma equipe de liderança que simplesmente acumula os lucros de hoje, sem nenhuma tentativa real de reinvestir no futuro.

Então, não deixe a cadeira vazia e siga as três regras para fazer a segunda máquina começar a funcionar:

1. A equipe focada nessa segunda máquina pode fazer tudo aquilo que for necessário para criar um futuro melhor para seus clientes e colaboradores. Isso inclui uma canibalização direta nas receitas da primeira máquina.

2. A equipe que continua focada na Máquina 1 pode roubar qualquer boa ideia da Máquina 2. Se existem “ideias futuras” que podem ajudar a empresa atualmente, aceite e lance cada uma delas no mercado.

3. Diminua os riscos de qualquer decisão corporativa que você tomar. Não existe uma solução perfeita para executar as duas máquinas simultaneamente. Há bons argumentos a favor e contra manter a Máquina 2 o mais distante possível da Máquina 1, e vice-versa. Se você mantiver as duas juntas, reconheça que há um perigo presente de verdade: de acordo com o tamanho e o retorno do capital investido, a primeira vai sugar todo o oxigênio, deixando a segunda sem o ar que ele necessita para crescer.

Por outro lado, se você mantiver a segunda muito distante da primeira, reconheça que existe um real perigo de que ele estará no pior dos mundos das startups. Isso porque não terá como potencializar as capacidades ou o talento da primeira máquina e nem atuar como uma startup de verdade com acesso a investidores externos e capital de risco. Então, leve à exaustão todas as implicações das decisões que você tomar, mas comece persistindo no futuro da sua empresa e buscando uma forma de preencher aquela cadeira.

Fonte: Endeavor