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Tecnologia & Inovação Postado em segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024 às 13:46


Novo modelo de IA generativa da OpenAI é capaz de gerar vídeos a partir de prompts em texto, ou também de imagens estáticas existentes. 

A OpenAI anunciou seu novo modelo de Inteligência Artificial (IA) generativa: Sora, ferramenta responsável por gerar vídeos a partir de prompts em texto. Com exemplo impressionantes, a empresa explica que a tecnologia é capaz de criar vídeos de até um minuto de duração mantendo tanto a qualidade visual quanto a coerência com o comando dado pelo usuário.

Um dos vídeos criados pela empresa mostra uma mulher elegante caminhando por uma rua de Tóquio, no Japão, com as luzes das sinalizações refletidas pela água presente no asfalto. Em outro exemplo gerado pelo Sora, um vídeo fictício mostra uma região da Califórnia, nos Estados Unidos, durante o período de grande extração de ouro no século 19. Há ainda uma gravação gerada artificialmente que mostra um grupo de mamutes caminhando em um terreno cercado por neve.


Segundo a OpenAI, não apenas o modelo de IA é capaz de gerar cenas complexas, com múltiplos personagens, tipos específicos de movimentos e detalhes sobre o assunto e o pano de fundo. Além de gerar aquilo que foi pedido pelo prompt, também compreende como esses múltiplos elementos existem no mundo físico.

“O modelo tem um entendimento profundo da linguagem, permitindo-lhe interpretar com precisão as instruções e gerar personagens cativantes que expressam emoções vibrantes”, afirma a OpenAI em comunicado. “Sora também pode criar múltiplos planos dentro de um único vídeo gerado que mantêm com precisão os personagens e o estilo visual”.


Segurança em vídeo

Sora ainda não está disponível ao público. No momento, a ferramenta ainda passa por avaliações de red teamers – especialistas em cibersegurança – de áreas como desinformação, conteúdo de ódio e vieses, para identificar riscos e perigos em potencial da tecnologia. A OpenAI também está disponibilizando o Sora para alguns artistas, designers e cineastas para colher feedbacks sobre como a ferramenta pode ser mais útil para profissionais de áreas criativas.

A empresa afirma que está construindo ferramentas para identificar conteúdos enganosos, como uma classificação capaz de informar se um vídeo é gerado pelo Sora. Além disso, a OpenAI está alavancando métodos de segurança já presentes em produtos que utilizam o DALL·E 3 – IA generativa de geração de imagens a partir de prompts em texto – e que também podem ser aplicados ao Sora. Dessa forma, a IA irá rejeitar comandos que violam as políticas de uso da empresa, como violência extrema, conteúdo sexual ou de ódio, por exemplo.

A OpenAI ainda afirma que irá engajar com legisladores, educadores e artistas ao redor do mundo para entender preocupações e identificar casos de uso para a tecnologia. O anúncio da empresa chega depois de um ano intenso para Hollywood, que vivenciou uma greve de atores, profissionais e roteiristas que, entre as demandas, incluía restrições contra o uso de IA generativa na indústria cinematográfica.

Ao fim da paralisação, ficou acordado que a tecnologia não pode ser utilizada para escrever ou reescrever material literário, a não ser que roteiristas e escritores optem por utilizá-la com o consentimento da empresa e seguindo regras aplicáveis dos estúdios. Além disso, ficou proibido utilizar material de escritores e roteiristas para treinar modelos de IA generativa.

Além disso, 2024 será o ano em que diversas eleições irão acontecer em países em todo o mundo – o Brasil e os Estados Unidos inclusos. Preocupações relacionadas à criação de deepfakes e conteúdos de desinformação em meio ao período eleitoral, o que poderia gerar ainda mais tensão e conturbações, serão desafios da OpenAI ao avançar com Sora no mercado.


Como Sora funciona

A OpenAI explica que Sora é um modelo de difusão, ou seja, que gera um vídeo começando com uma imagem similar a um barulho estático, ou uma televisão sem sinal, gradualmente transformando em uma imagem nítida e coerente com o prompt. Dessa forma, é capaz de gerar vídeos inteiros ou estender vídeos gerados para deixá-los com maior duração de tempo.


A ferramenta foi construída sobre pesquisas passadas para os modelos DALL·E e GPT e, assim, utiliza a técnica de recaptioning do DALL·E 3 – que gera legendas altamente descritivas para o treinamento visual de dados. Dessa forma, o Sora consegue seguir os comandos do usuário de forma mais fiel. Além disso, a ferramenta é capaz de gerar um vídeo a partir de uma imagem existente, animando os conteúdos estáticos com atenção aos detalhes. Ou ainda, estender um vídeo e preencher lacunas de frames.

“Sora serve como uma base para modelos que podem compreender e simular o mundo real, uma capacidade que acreditamos ser um marco importante para alcançar a IA geral (AGI)”, afirma a OpenAI.

Fonte: Consumidor Moderno
Tecnologia & Inovação Postado em segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024 às 10:28


Pesquisa da Vindi com a Opinion Box apontam que o consumo de planos de assinatura deve crescer no país nos próximos cinco anos. 

O modelo de recorrência, ou assinatura, caiu de vez no gosto dos brasileiros. Trata-se da modalidade na qual, por meio de um pagamento periódico, o cliente tem acesso a produtos e serviços pelo tempo em que seu plano estiver em dia. Cerca de 68% dos consumidores adeptos ao modelo de recorrência assinam planos digitais, enquanto 23% são adeptos das assinaturas físicas e digitais, simultaneamente.

São serviços dos mais diferentes segmentos, desde tags de estacionamento e pedágio, até planos de telefonia e internet, streamings e clubes de alimentos e bebidas. Segundo pesquisa da Vindi, empresa de soluções de gerenciamento de pagamentos, em parceria com a Opinion Box, 39% dos clientes mantiveram o consumo de assinaturas no pós-pandemia.

Além disso, 35% das pessoas optaram por contratar novos serviços digitais como streamings, aplicativos e serviços de nuvem. Entre os entrevistados, 51% consideram que seus gastos com assinatura se mantiveram os mesmos em relação aos 12 meses anteriores, enquanto 32% apontam que estão maiores, o que aponta para uma expansão dos investimentos na categoria.


Vantagens das assinaturas

O modelo de recorrência oferece mais benefícios do que a simples automatização do pagamento periódico. Há também a diversidade de meios de pagamentos – como cartão de crédito, Pix, débito em conta corrente, boleto bancário e carteira digital –, o acesso livre a uma série de produtos, serviços e conteúdos exclusivos, além da possibilidade de poder testar gratuitamente ou com descontos por um período determinado. Cada empresa é responsável por criar uma experiência engajante para que seus consumidores permaneçam como assinantes.

No caso da Sem Parar, por exemplo, que oferece tags de estacionamento e pedágio, assinantes do serviço têm acesso ao superapp da marca. Com mais de 30 funcionalidades exclusivas – desde planos de microsseguros a reserva de vaga de estacionamento e programa de cashback –, os benefícios ajudam seus consumidores a economizar em outros serviços, além de gerar uma experiência simplificada e integrada à rotina.

Nesse sentindo, uma experiência do cliente bem construída é essencial para atrair e reter clientes no modelo de assinatura. “Cada interação com o cliente é uma oportunidade de criar conexões duradouras e significativas”, afirma Gabriel Porto, CMO da Sem Parar. “Quando um cliente interage conosco pela primeira vez, priorizamos um onboarding simplificado, que apresente o serviço e todos os diferenciais de forma clara, uma experiência fluida e intuitiva, e suporte proativo para atuar em qualquer demanda que surgir”.

A maior parte dos consumidores entrevistados pela pesquisa (29%) apontam que gastam mensalmente com assinaturas entre R$ 51 e R$ 100. Entre esses clientes, destacam-se serviços como clubes de lazer, telefone celular, internet, conta de luz, conta de água e sócio torcedor.  Já entre os assinantes que gastam entre R$ 101 e R$ 200 mensalmente, tornam-se relevantes modalidades como tags de estacionamento e pedágio, fitness, clubes de assinatura, TV a cabo, educação, seguro de carro e de vida, plano de saúde e condomínio – entre demais.


Assinaturas de experiências

Como exemplifica a Sem Parar, o modelo de recorrência possibilita uma série de oportunidades de produtos e serviços que complementam a jornada de consumo de seus clientes dos mais diferentes segmentos. É o caso da Skeelo, plataforma de leitura de e-books e audiolivros, que tem o B2B2C como principal modelo de negócio. A Skeelo forma parcerias com outras empresas para que ofereçam a plataforma como parte do benefício ou serviço complementar aos clientes finais.

Os assinantes de alguns planos da Claro de internet e telefonia, por exemplo, têm acesso à plataforma de forma gratuita. Dessa forma, recebem um livro (e-book ou audiolivro) por mês de acordo com suas preferências selecionadas no início do uso do aplicativo. Com o passar do tempo, e mesmo ao cancelar a assinatura com a outra empresa, o usuário ainda terá acesso a todos os títulos que resgatou.

Na Skeelo, ainda é possível comprar livros digitais – segundo a pesquisa “Panorama do Consumo de Livros”, realizada pela Nielsen BookData em parceria com a Câmara Brasileira do Livro, a Skeelo foi o terceiro principal canal de compras de livros digitais no Brasil em 2023 – e participar de clubes de leitura, além de outros serviços. “Entendemos que ter uma loja de leitura é um complemento para o nosso usuário”, explica André Palme, CMCO da Skeelo. “Enquanto alguns preferem receber um livro por mês, outros querem ler mais sem ter que esperar um mês para receber o próximo título”.

O executivo ainda destaca que um movimento liderado pelos streamings de filmes e séries trouxe à tona a relevância da curadoria para os consumidores, mais do que a quantidade de títulos. “O brasileiro adora recorrência porque gostamos de pensar que estamos pagando um valor para acessar o mundo inteiro”, conta. “Você jamais conseguirá consumir todo o conteúdo disponível, mas pode testar muito mais do que se comprasse produto por produto. O interessante é essa oportunidade de explorar um pouco mais e, para quem consome bastante, acaba sendo vantajoso”.


Tendência de expansão

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento atinge cerca de 76,6% das famílias brasileiras, enquanto 29% estão inadimplentes. No entanto, a pesquisa da Vindi com a Opinion Box aponta que 51% dos entrevistados sustentam despesas com assinaturas mesmo em meio ao cenário de inadimplência no Brasil.

Entre os respondentes, 17% afirmam que seus gastos com assinaturas estão menores na comparação com os 12 meses anteriores. Em relação ao próximo ano, 16% consumidores acreditam que seus gastos serão menores, enquanto 61% afirmam que serão iguais, e 23% maiores. O resultado indica uma intenção por estabilidade financeira ou de manter os padrões de consumo de hoje. Já para os próximos cinco anos, 46% dos consumidores esperam investimentos maiores em produtos e serviços por assinatura, enquanto 36% preveem que seus gastos irão permanecer os mesmos.

Segundo a pesquisa, a tendência deverá se intensificar com o lançamento do Pix Automático, em outubro de 2024. “O desempenho do Pix vem impressionando e, certamente, tem potencial para contribuir com o modelo de recorrência”, afirma Gabriel Porto. “É mais uma opção para clientes terem acesso a serviços que, às vezes, ficam restritos a poucas formas de pagamento”.

Similar ao débito automático, o novo produto do Banco Central permitirá que empresas firmem acordos com uma instituição financeira que ofereça o serviço para permitir o pagamento automático por meio do Pix em qualquer banco. No caso do débito automático, a empresa precisa ter convênio com cada instituição financeira para poder oferecer o serviço a todos os seus consumidores.

Fonte: Consumidor Moderno