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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 28 de fevereiro de 2023 às 10:52


Novas tendências impactarão clientes de tecnologia, compradores, produtos, ecossistemas, modelos de negócios e modelos operacionais em todo o mundo.

O Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, anuncia as principais tendências que impactarão os fornecedores de tecnologia até 2025. Essas inovações refletem três temas abrangentes: empresas aumentando sua dependência da tecnologia, novas oportunidades a partir de soluções tecnológicas emergentes e o impacto de forças macro externas.

“A marcha da digitalização continua mesmo em meio à disrupção, e os fornecedores de tecnologia têm um papel de liderança a desempenhar”, afirma Rajesh Kandaswamy, Vice-Presidente e Analista do Gartner. “Em 2023, os líderes de produtos e executivos de tecnologia devem equilibrar o planejamento de curto prazo com a estratégia de longo prazo para se manter à frente dos choques imediatos na economia e das forças subjacentes da macroeconomia e sociedade que moldam os negócios.”

As tendências identificadas pelo Gartner impactarão os clientes de tecnologia, compradores, produtos, ecossistemas, modelos de negócios e modelos operacionais em todo o mundo por pelo menos os próximos três anos. A pesquisa do Gartner indica as seguintes tendências:


Democratização da Tecnologia
A democratização da tecnologia capacita os trabalhadores que não são de TI a procurar, selecionar, implementar e personalizar seus sistemas. Essa tendência oferece oportunidades para atender às necessidades de um novo conjunto de desenvolvedores cidadãos e tecnólogos de negócios.

O Gartner prevê que, até 2025, 55% de todas as soluções de tecnologia emergentes bem-sucedidas serão entregues a compradores “não tradicionais", por exemplo, fora da área de TI nas empresas, permitindo que os fornecedores se expandam para outros mercados e estabeleçam novos relacionamentos com os clientes.


Compra federada de tecnologia corporativa
Em um processo de compra federado, as decisões são tomadas por representantes de toda a empresa. Impulsionada pela democratização da tecnologia, esse tipo de investimento está se acelerando, com apenas 26% dos compradores de tecnologia relatando em uma pesquisa recente do Gartner que suas aquisições são principalmente financiadas pela área de TI.

“A compra federada cria oportunidades para líderes de produtos, pois permite um foco em serviços de maior valor agregado para clientes corporativos”, diz Emil Berthelsen, Vice-Presidente e Analista do Gartner. “No entanto, também adiciona complexidade, forçando mudanças nos modelos de entrada no mercado e exigindo maior foco em cenários de valor e resultados”.


Crescimento liderado por produtos
O crescimento liderado pelo produto (PLG – de Product-Led Growth, em inglês) é uma estratégia de entrada no mercado na qual os usuários experimentam valor por meio de ofertas gratuitas de produtos, assim como demonstrações interativas ou automatizadas. Em seguida, a conversão dessa experiência em contas pagas ou sua defesa e influência ajudam a impulsionar as compras. Até 2025, 95% dos Serviços de Software como Serviço (SaaS) empregarão uma forma de PLG de autoatendimento para aquisição de novos clientes.

“O PLG está avançando em B2B depois de muitos elogios no mundo da tecnologia B2C”, destaca Kandaswamy. “Essa abordagem pode reduzir o custo de aquisição de clientes e gerar ciclos de vendas mais curtos em relação às estratégias tradicionais de vendas e marketing Top-down orientadas para o comprador.”


Ecossistemas de co-inovação
A abordagem do ecossistema de co-inovação é uma prática emergente que permite a convergência de ideias internas, externas, colaborativas e criativas para criar valor. As empresas estão usando ativamente a tecnologia para se diferenciar e ter sucesso, por isso inovam cada vez mais com os fornecedores dessa área.

“Com um ecossistema de parceiros de co-inovação, os fornecedores de tecnologia podem atender às necessidades urgentes dos clientes por meio do uso de habilidades compartilhadas, experiência, investimento e incentivos”, acrescenta o analista do Gartner.


Mercados digitais
Os compradores de tecnologia estão adotando os mercados digitais para encontrar, adquirir, implementar e integrar facilmente soluções tecnológicas. Os compradores não técnicos também estão cada vez mais procurando outros setores para atender às suas necessidades por recursos combináveis e facilmente consumíveis.

“Fornecedores de tecnologia e serviços estão aumentando seus investimentos em canais de mercado conforme buscam oportunidades de crescimento e vantagem competitiva”, afirma Kandaswamy. “Um mercado digital acelera o tempo de lançamento, estende o alcance aos segmentos-alvo, expande os ecossistemas de parceiros e acelera o ciclo de vendas.”


Aplicações Inteligentes
Aplicativos inteligentes criarão valor e transformarão os mercados aprendendo, adaptando e gerando novas ideias e resultados. Por exemplo, a Inteligência Artificial Generativa é uma tecnologia emergente que ganha força rapidamente para uso comercial em aplicativos inteligentes. A Inteligência Artificial Generativa pode produzir conteúdo de mídia (incluindo texto, imagem, vídeo e áudio), dados sintéticos e modelos de objetos físicos.

“Os líderes de produtos devem esperar que os recursos de Inteligência Artificial Generativa que capacitam as forças de trabalho com habilidades aumentadas e criativas sejam uma nova frente competitiva em aplicativos inteligentes”, afirma o analista do Gartner.


Tecnologias do Metaverso para Marketing e Experiência dos Clientes
As tecnologias do Metaverso estão ganhando força rapidamente no marketing para criar experiências únicas, interações impactantes e novos engajamentos. Até 2027, mais de 40% das grandes organizações em todo o mundo estará usando uma combinação de Web3, computação espacial e Gêmeos Digitais (Digital Twins, em inglês) em projetos baseados em metaversos e destinados a aumentar a receita.

“Os profissionais de marketing B2B têm a oportunidade de aplicar tecnologias de metaverso e as experiências imersivas que elas fornecem para expandir o alcance e o envolvimento dos clientes e melhorar a experiência dos consumidores”, destaca Kandaswamy. “Os primeiros usuários estão usando tecnologias de metaverso para hospedar eventos em espaços virtuais, conduzir reuniões de vendas internas e externas, mostrar produtos e muito mais.”


Negócio sustentável
“Negócios sustentáveis se transformaram em algo obrigatório terão invés de ser apenas um diferencial”, destaca Kandaswamy. Segundo os analistas, em um mundo cada vez mais orientado para a tecnologia, os negócios sustentáveis são suportados pela tecnologia sustentável. Os fornecedores de tecnologia devem melhorar a sustentabilidade de seus produtos que permitem resultados de negócios sustentáveis.

Pesquisa do Gartner indica que 42% dos líderes estão atualmente alavancando atividades de sustentabilidade para impulsionar a inovação, a diferenciação e o crescimento empresarial por meio de produtos sustentáveis. O Gartner prevê que, até 2025, os fornecedores de tecnologia que quantificarem a contribuição positiva de suas ofertas para os objetivos de sustentabilidade dos clientes aumentarão sua taxa de sucesso em 20%.


Tecno nacionalismo

Uma tendência de afastamento da globalização e rumo ao mercantilismo está fazendo com que os mercados globais se tornem cada vez mais locais, impactando os ecossistemas globais de tecnologia. As decisões políticas estão levando os países a implementarem regulamentos de soberania digital, causando uma divergência nas infraestruturas de tecnologia. Em resposta a essa tendência, os líderes de produto devem equilibrar o atendimento às necessidades específicas de localização em nível de país e a lucratividade do produto.

Fonte: Mercado & Consumo
Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 14 de fevereiro de 2023 às 09:13


Conheça três motivos do sucesso do modelo que deve crescer 11% ao ano até 2027.

Nos últimos anos, o setor varejista tem percebido que, cada vez mais, os consumidores buscam praticidade e comodidade e um modelo de negócio tem chamado a atenção: o autoatendimento.

De acordo com a pesquisa ‘Self-Checkout System Market Report’, efetuada pela Global Market Insight, este segmento deve registrar um crescimento de 11% ao ano até 2027, quando alcançará o valor de US$ 6,5 bilhões.

Neste cenário, Eduardo Córdova, CEO do market4u, rede de minimercados autônomos que opera por meio do conceito de honest market, ressalta três motivos pelos quais o autoatendimento está apenas começando a ganhar espaço no Brasil.

“Embora o modelo de negócio já seja muito comum no estrangeiro, o mercado brasileiro ainda está compreendendo e se afeiçoando aos benefícios que o setor proporciona, inclusive, o autoatendimento tem despertado a atenção de grandes varejistas do segmento tradicional".


1. Disponibilidade
Entre as principais vantagens do autoatendimento, que estão caindo no gosto dos consumidores, está a disponibilidade. “Esse modelo de negócio funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e isso possibilita que o cliente efetue compras ou usufrua de serviços no momento em que ele achar mais pertinente. Vai além da liberdade de escolha, alcança também a comodidade”, comenta Córdova.


2. Autonomia
Outro aspecto que tem feito muitos consumidores optarem pelo autoatendimento é a autonomia que ele proporciona, uma vez que tudo é feito digitalmente e não exige o auxílio de um atendente. Segundo o executivo, esse atributo é um dos preferidos dos idosos, que se sentem mais independentes. “Na nossa rede, por exemplo, o público 60+ é o que apresenta maior recorrência de compra e ticket acima da média”, revela.

3. Baixo custo operacional
A lista de benefícios não para por aí. De acordo com Córdova, as vantagens do modelo de negócio contemplam também os empreendedores que investem no segmento. “Essa modalidade dispensa a necessidade de funcionários, o que diminui o número de pessoas envolvidas nas operações e, por consequência, reduz os gastos do empreendedor”.

O especialista considera, ainda, que o mercado de autoatendimento é promissor e seguirá na lista de tendências do varejo brasileiro. “É um modelo de negócio sólido, sem promessas impossíveis e que conta com muita tecnologia embarcada, por isso, acredito que ainda veremos grande desenvolvimento do setor nos próximos anos”.

Fonte: Mercado & Consumo