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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 25 de janeiro de 2022 às 10:49


Microsoft ofereceu um valor de US$ 95 por ativo, um prêmio de 45% em relação ao fechamento da ação da Activision Blizzard na sexta.

A Microsoft (MSFT34) anunciou nesta terça-feira (18) a compra da Activision Blizzard (ATVI34), uma das mais bem-sucedidas empresas de games, em um acordo de US$ 68,7 bilhões, sendo essa a maior transação do setor, e a ação da adquirida salta 26%.

“Quando a transação for finalizada, a Microsoft será a terceira maior empresa de games do mundo em receita, atrás de Tencent e Sony”, disse a empresa, em comunicado.

A aquisição inclui jogos icônicos da Activision, Blizzard e King, como Warcraft, Diablo, Overwatch, Call of Duty e Candy Crush, além das atividades globais de e-sports por meio da Major League Gaming.

A Activision Blizzard conta com cerca de 400 milhões de jogadores ativos mensais em 190 países e franquias que possuem um valor bilionário.

A Microsoft ofereceu um valor de US$ 95 por ativo, o que corresponde a um prêmio de 45% em relação ao fechamento da ação da Activision Blizzard  na sessão da última sexta-feira (14).

Os ativos da Activision subiram 25,88% na Nasdaq, a US$ 82,31, enquanto a Microsoft teve baixa de 2,43%, a US$ 302,65. Já na B3, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) ATVI34 subiram 26,52%, a R$ 452,11, enquanto os papéis MSFT34 caíram 1,34%, a R$ 70,15.Polêmicas envolvendo a companhia

A venda da Activision Blizzard ocorre em meio a um processo de assédio sexual movido, em julho de 2021, pelo Departamento de Emprego e Habitação da Califórnia contra a companhia.

Na última segunda-feira, a Activision anunciou medidas com intuito de erradicar má conduta e assédio sexual na empresa, afirmando que busca medidas provisórias para solucionar o caso e também melhorar sua política interna de conduta e ética no trabalho.

Após concluir algumas análises, a companhia demitiu cerca de trinta e sete funcionários e outros quarenta quatro receberam notificações como advertências e avisos formais, comunicou a empresa na véspera por meio de uma nota.

Em nota sobre o anúncio da véspera sobre a Activision, a Levante Ideias de Investimentos destacou que o fantasma da conduta de ética no trabalho continuava sendo um detrator para as ações da empresa, referência no mercado de desenvolvimento de jogos eletrônicos e entretenimento.

“A Activision Blizzard é uma gigantesca empresa, proveniente da fusão da Activision e Blizzard Entertainment que ocorreu em 2008 e são duas desenvolvedoras de jogos eletrônicos e entretenimento com grandes franquias de jogos reconhecidos mundialmente. No último trimestre, a companhia apresentou uma receita líquida de US$ 2,07 bilhões, com um lucro antes de juros, impostos (Ebit, na sigla em inglês) de US$ 824 milhões, convergindo para um lucro por ação de US$ 0,82”, apontou.

Fonte: Infomoney
Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 18 de janeiro de 2022 às 10:44


De que forma executivos de varejo podem evitar decisões equivocadas? E qual o futuro da loja física?

De que forma o data analytics pode ajudar o varejista a tomar melhores decisões de negócio? Essa é a premissa do trabalho de Edward Newland, especialista global em Shopper Insights e um praticante do uso de dados a serviço da transformação e eficiência dos negócios de varejo.

Por outro lado, Andy Austin, um estudioso da interação de tecnologias e lojas físicas para engajar consumidores, destaca que é necessário que os varejistas devem se dedicar a recriar a emoção única que envolve os clientes nas lojas físicas. Para ele, as lojas precisam centros de “descoberta” e exploração de “emções” para recriar as conexões emocionais que faziam do espaço físico uma atração.

Edward Newland e Andy Austin foram dois palestrantes globais convidados do primeiro dia de conteúdo das atividades do grupo Varejo 180 no Harvard Club, em programação complementar à NRF, maior evento global de varejo que será realizado na mesma cidade nos próximos dias. Consumidor Moderno é parceira da Varejo 180 nessa iniciativa.

Em sua apresentação, o Edward destacou que seu trabalho é baseada em centenas de entrevistas que realizou com executivos de varejo de diversos mercados. Em sua análise, a maior parte dos varejistas não atinge os resultados esperados em suas estratégias por força de decisões equivocadas. Ele afirma que o processo de decisão deve sempre se basear na resoluções de um desafio de forma satisfatória, antes que se incorpore um novo problema ou desafio na agenda.


Quais táticas podem orientar o sucesso no futuro?

Edward comentou 10 ações táticas que podem orientar melhores decisões para que os varejistas possam executar e atingir melhores resultados. Confira a seguir quais são elas?

1. Serendipidade
A capacidade de criar uma experiência excitante e atrativa para o cliente é decisiva para o sucesso dos negócios. E essa experiência é cada vez mais exigida, multissensorial, com gratificação emocional.

2. Reinvente a ideia de fidelidade do cliente
Parta para buscar a recorrência e ofereça mais valor para justificar a decisão do cliente. O cashback oferece muitas possibilidades superiores ao velho sistema de pontos.

3. Seja parte da jornada de vida do seu cliente
Sim, é necessário estabelecer conexões emocionais com o consumidor, mostrar que a empresa está sempre ao lado dele nos momentos mais distintos de sua vida.

4. Ame os consumidores frustrados
“Não ter ou detectar comentários negativos não quer dizer que o cliente está feliz”, comenta o especialista. Ele enfatiza que é importante estudar quais os pontos de dor e de insatisfação que desencantam o cliente.

5. A experiência é invisível – imperceptível
A melhor experiência é aquela que foi desenhada de forma tão minuciosa e cuidadosa que parece absolutamente natural para o cliente durante a sua jornada.

6. A agenda ESG é decisiva
Sustentabilidade está na ordem do dia. É uma demanda dos consumidores mais jovens que já impactou também outros contingentes de consumidores.

7. Foco em marcas próprias
Criar marcas que não sejam apenas respostas de preços em categorias dominadas por empresas dominantes é importante para que o varejista disponha de uma alternativa de gerar valor para o cliente, particularmente nos segmentos de alimentos, beleza, saúde e eletrônicos.

8. Experiências devem ser cada vez mais personalizadas
Sem barreiras ou inconvenientes, focando na resolução dos pontos de dor. Compreender o perfil phygital do seu cliente, ou seja, sem comportamento nos canais on e off-line é fundamental.

9. A “buzzword” do momento
Comércio no metaverso deve ser explorado. Sim, veremos muitas empresas oferecendo ambientes e experiências em plataformas de Realidade Virtual. É necessário entender que, no entanto, a lógica toda do metaverso passa pela compreensão do poder e da revolução das criptomoedas. Os varejistas mais competitivos vão desenvolver ou adotar serviços financeiros, baseados em plataformas digitais, incluindo criptomoedas.

10. Estratégia de dados para reinventar os ambientes físicos
É fundamental compreender o que acontece nas lojas, de que forma acontece a jornada do cliente e se ela comporta o uso digital, para provar a viabilidade do canal.
Edward finalizou a sua apresentação com uma recomendação: evitar a estratégia “mesmo padrão para todos (one size fits all)”, para a abordagem “qual é o padrão que combina com você? (what size fits you?)”.


O futuro das lojas físicas

“As lojas físicas não estão mortas”. Andy Austin, um especialista em tecnologia que se dedica a reinventar lojas físicas, comentou, na palestra apresentada no Harvard Club NY, que os varejistas devem se dedicar a recriar a emoção única que envolve os clientes nas lojas físicas. Para o estudioso, as lojas precisam ser centros de “descoberta” e exploração de “sensações” para recriar as conexões emocionais que faziam do espaço físico uma atração.

Andy destaca que as mudanças nas lojas físicas refletem os valores das gerações Millennial e Z, que se conectam aos pixels e não às referências de seus pais. A demografia impulsiona as lojas para extrapolarem os limites físicos e se desdobrarem nos ambientes que se espalham nos celulares desses novos clientes.

Acontece que as lojas físicas podem responder diretamente às necessidades dos consumidores, partindo da ideia de recriar a experiência do cliente em suas casas dentro das lojas. Mas tudo isso só é possível com as tecnologias. Ou seja, a loja física não se tornou obsoleta. Já o velho modelo baseado em display de produtos, sem interação, informação ou entretenimento e, sem o contato humano espontâneo que nós brasileiros tanto valorizamos, é que está ferido de morte.

A questão é: de que forma podemos fazer o consumidor sentir que é gratificante estar em uma loja física? A loja física deve estar no centro na experiência do cliente.

Fonte: Novarejo