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Tecnologia & Inovação Postado em quarta-feira, 13 de outubro de 2021 às 15:03


Consolidada pela pandemia, categoria terá cada vez mais adeptos.
Levantamento do Google apontou que a procura por cursos de especialização a distância teve um crescimento de 130% no pico da quarentena.


Acessibilidade

Se alguém ainda tinha alguma resistência com relação à educação a distância (EAD), a pandemia de Covid-19 serviu para enterrar qualquer vestígio dela. Segundo o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2020, divulgado no fim de maio pela Semesp, entidade que representa as instituições de ensino privadas, houve um aumento de 16,9% nas matrículas nos cursos de ensino superior a distância no ano passado.

O movimento, no entanto, não é inédito e já vinha sendo observado anteriormente. Segundo o mesmo estudo, entre 2009 e 2018 foi registrado um aumento de 145% nesse modelo de ensino para os cursos de graduação. E, de acordo com estimativas da ABMES (Associação Brasileira Mantenedora de Ensino Superior), em parceria com a empresa Educa Insights, em 2022 o número de universitários nessa categoria será maior do que na presencial. A projeção inicial era para 2023, mas, com a crise sanitária e a recomendação de distanciamento social – além do aumento do desemprego e da queda na renda da população, esse processo será acelerado.

A tendência se espalhou para outros níveis de capacitação. Um levantamento realizado pelo Google apontou que a procura por cursos de especialização a distância teve um crescimento de 130% no pico da quarentena. Comodidade, valores mais acessíveis, ampla oferta de cursos e o fato de o mercado de trabalho reconhecer e valorizar cada vez mais esse formato são fatores que estão contribuindo para a consolidação do modelo.

O professor Lourenço de Miranda Freire Neto, coordenador de Educação Continuada da UPM – Universidade Presbiteriana Mackenzie, entidade que promoveu uma verdadeira revolução em suas opções de pós-graduação a distância, aponta ainda um outro fator que tem contribuído fortemente para a expansão do modelo em todo o país. “A pandemia provocou mudanças significativas na empregabilidade, fazendo da especialização Lato Sensu EaD uma nova porta de entrada para o mundo corporativo”, diz. “Antes da crise sanitária, as modalidades a distância exigiam algum grau de disciplina para a realização das atividades. Atualmente, com o home office, as pessoas acabaram se adaptando a essa nova dinâmica e transferindo essa habilidade também para o aprendizado.”

A instituição oferece 27 cursos de pós-graduação Lato Sensu na modalidade EaD regular – de compliance digital e direito civil à gestão estratégica de negócios e inteligência artificial. Em todos eles, o diploma tem a mesma validade e reconhecimento de seus equivalentes presenciais, segundo o Ministério da Educação. Até o fim de 2021, a meta é chegar a 30. Além disso, a UPM transformou todos os seus cursos presenciais em modalidade 100% online ao vivo em sete áreas de conhecimento: arquitetura e design; comunicação e letras; direito; engenharia e tecnologia; finanças e controladoria; negócios, estratégia e gestão; e tecnologia da informação.

Também em linha com a evolução do modelo, a UPM simplificou o ambiente virtual. “Para cursar, é necessário apenas uma boa conexão de internet e um dispositivo, que pode ser computador, tablet ou mesmo o celular”, explica Neto. Para quem não abre mão de um contato mais personalizado, existe um encontro semanal síncrono, ou seja, a aula apresentada acontece no horário marcado do curso, por videoconferência, para esclarecimento de dúvidas ou aprofundamento de questões levantadas pelos alunos. Para completar, conteúdos assíncronos – videoaulas, podcasts, e-books – são disponibilizados para consulta no momento que for mais confortável para o estudante.

Fonte: Forbes e BrandVoice
Tecnologia & Inovação Postado em quarta-feira, 13 de outubro de 2021 às 14:55


Para lidar com as limitações da pandemia, o setor de eventos se adaptou e abriu espaço para uma nova tendência: experiências que unem físico e digital.

Você consegue se lembrar quantos compromissos precisou desmarcar em março de 2020, quando a pandemia de Covid-19 estourou no Brasil e o lockdown foi declarado? É válido arriscar que nenhuma agenda permaneceu a mesma – e isso em todos os setores da sociedade. Entre as atividades econômicas, muitas precisaram desacelerar bruscamente o ritmo e algumas viveram uma real paralisação. Essa pausa drástica foi a realidade do setor de eventos que agora, dezenove meses depois, começa a visualizar novas possibilidades e uma nova tendência para o futuro: o modelo híbrido.

Jefferson Amendolara, CEO e cofundador da Hybri, vivenciou na pele o hiato do setor. O empreendedor entrou no mercado em 2017 com um aplicativo para festas, mas logo mudou de foco, pois percebeu diversas dores do mercado no que se refere à organização e planejamento. Em 2019, iniciou as atividades de sua plataforma focada em gestão pré-evento e, em 2020, estava prestes a inaugurar uma nova fase voltada aos eventos presenciais. Com o início do isolamento, o lançamento se transformou em três meses de estudo e adaptação, que deram vida ao modelo existente hoje, uma plataforma premium para eventos online.

“A pandemia deu início a um boom para um mercado que ficava de lado, o de eventos híbridos e online. Muita coisa mudou não só no comportamento do consumidor, mas na forma de realizar as coisas”.

A Hybri percebeu a oportunidade e, desde a mudança de chave, já realizou 270 eventos para mais de 120 clientes. A ferramenta conta com quatro módulos: “Idealize”, focado no processo de criação; “Planeje”, voltado à organização financeira, tarefas e deadlines; “Gerencie”, focado no backoffice eficiente; e o “Station”, o módulo de transmissão que faz a magia do evento acontecer.

A ferramenta é toda customizada. O cliente pode escolher, por exemplo, se vai apresentar uma entrada 3D que reproduz o ambiente físico (como a imagem que ilustra essa matéria) ou simplesmente uma lista com as salas do evento. A transmissão conta com um chat para interação e os participantes têm seu próprio perfil (com controle sobre a privacidade). Os organizadores podem criar stickers para ações diferenciadas com brindes e gamificação e também existe a opção de criar salas exclusivas para networking. “No início, evento online era live. Levou um tempo para o mercado entender que transmitir um conteúdo é diferente de fazer um evento. O nível de interação gerado é o que faz a diferença para que o evento não seja simplesmente uma aba aberta no navegador do usuário”.


Preparo

Na visão do empreendedor, o futuro do mercado de eventos é híbrido e as empresas que não se adaptarem correm o risco de ficar para trás. Essa realidade exige uma adaptação. Segundo uma pesquisa do Event Manager Blog, enquanto no presencial o mais importante é o conteúdo, no ambiente online, ele cai para terceira posição – fica atrás de networking e engajamento. “Não adianta mais investir apenas em nomes fortes de palestrantes. A interação dos participantes conta muito e precisa ser diferenciada”, lembra o CEO da Hybri.

Nesse caminho, o evento presencial trabalha a força do nicho enquanto o ambiente digital traz o alcance, principalmente no momento em que vivemos as consequências da pandemia. Basta pensarmos na própria limitação dos ambientes. Em um dos recentes eventos realizados pela Hybri, foram contabilizados oito mil participantes e mais de três milhões de interações em três dias. São novas possibilidades para alcançar.

Outro cuidado é com a segurança. Amendolara conta que a ferramenta é toda criptografada e existe uma grande preocupação em utilizar o que há de melhor em infraestrutura. Além disso, são feitos teste de estresse para compreender como a plataforma se comportaria em casos de ataque e garantir que ela não saia do ar. Para o mercado, ele indica que estar em linha com Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é o básico enquanto a robustez da ferramenta é o que faz a diferença.


Perspectivas

O mercado de eventos corporativos já chegou a representar 4,3% do PIB brasileiro, em 2018, e tinha uma média de crescimento de 14% ao ano, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc). Em 2021, o mercado ainda atua com um pé no freio, mas em 2022, o quadro deve mudar. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, o presidente da Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori Júnior disse que espera que 100% da programação de eventos volte a ocorrer no próximo ano.

As oportunidades são grandes e o modelo híbrido promete ser uma diferenciação. “Um evento sempre foi uma experiência, mas agora cada vez mais precisa ser uma experiência relevante na vida das pessoas porque elas têm mais liberdade, mais poder de informação”, analisa Amendolara. “Uma comunidade começa a partir de um evento, é muito relevante para as marcas”.

Fonte: Consumidor Moderno