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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 19 de outubro de 2021 às 11:07


Na semana passada, a Microsoft anunciou que o LinkedIn seria descontinuado na China e, em seu lugar, a empresa lançaria o InJobs, uma versão única da plataforma com maior foco na busca por vagas de emprego, mas sem elementos de redes sociais. A mudança acontece devido à pressão de órgãos reguladores chineses quanto ao conteúdo do serviço original, o que provavelmente acarretou uma onda de banimentos em contas de usuários chineses.

Tentando mudar a noção de que o LinkedIn está simplesmente saindo do país asiático, o presidente da rede na China, Lu Jian, foi a público esclarecer o anúncio. Segundo ele, nenhum usuário chinês seria deixado para trás na rede social, e o que estaria acontecendo, na verdade, seria uma série de “ajustes estratégicos”, importante também para criar produtos.

“O LinkedIn não cortará os investimentos na China, [mas] irá aumentá-los. Não demitiremos funcionários e definitivamente não sairemos do país”, esclarece o executivo.

A mudança no modelo do LinkedIn na China pode ser algo parecido com a estratégia do TikTok, lá chamado de Douyin.

Contudo, usuários estão confusos com a fala de Jian. As contradições do presidente com o anúncio da Microsoft criam a sensação de insegurança, que tem sido manifestada por chineses em outras plataformas digitais. No país, a rede social corporativa da MS é especialmente importante para empresários em cargos altíssimos, apontou o site Financial Times.

As falas de Jian são um alívio para quem utiliza o LinkedIn na China, mas em nenhum momento desmentem o anúncio anterior da Microsoft. O discurso do presidente é genérico ao mencionar que a empresa ainda usará sua plataforma internacional para conectar vagas de emprego internacionais para os usuários chineses, já que o InJobs, teoricamente, teria essa função.


Microsoft repete estratégia do TikTok

Se levar os dois discursos em consideração e observar a estratégia de redes sociais na China, o que pode estar acontecendo é uma mudança de negócios para adaptação para o mercado. Diante de uma série de exigências do governo chinês, a Microsoft deve ter se visto sem saída senão acatá-las e, para evitar confusão com o LinkedIn tradicional , o serviço destinado ao país precisaria virar outra coisa.

Exemplos semelhantes de redes sociais com estratégias localizadas é o TikTok, que embora tenha surgido por uma empresa chinesa, por lá é batizado de Douyin. Lá, o aplicativo é um tanto diferente da versão que o restante do mundo conhece, já que atende às demandas específicas das autoridades locais.

Sendo assim, o InJobs seria apenas a solução apresentada pela Microsoft nesses mesmos moldes. Não se sabe exatamente como a rede ficará após a reconfiguração, mas seria algo como o próprio LinkedIn, só que sem nenhuma interação entre usuários, apenas preservando a relação entre empresas e candidatos.

Fonte: Financial Times, The Verge
Tecnologia & Inovação Postado em quarta-feira, 13 de outubro de 2021 às 15:03


Consolidada pela pandemia, categoria terá cada vez mais adeptos.
Levantamento do Google apontou que a procura por cursos de especialização a distância teve um crescimento de 130% no pico da quarentena.


Acessibilidade

Se alguém ainda tinha alguma resistência com relação à educação a distância (EAD), a pandemia de Covid-19 serviu para enterrar qualquer vestígio dela. Segundo o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2020, divulgado no fim de maio pela Semesp, entidade que representa as instituições de ensino privadas, houve um aumento de 16,9% nas matrículas nos cursos de ensino superior a distância no ano passado.

O movimento, no entanto, não é inédito e já vinha sendo observado anteriormente. Segundo o mesmo estudo, entre 2009 e 2018 foi registrado um aumento de 145% nesse modelo de ensino para os cursos de graduação. E, de acordo com estimativas da ABMES (Associação Brasileira Mantenedora de Ensino Superior), em parceria com a empresa Educa Insights, em 2022 o número de universitários nessa categoria será maior do que na presencial. A projeção inicial era para 2023, mas, com a crise sanitária e a recomendação de distanciamento social – além do aumento do desemprego e da queda na renda da população, esse processo será acelerado.

A tendência se espalhou para outros níveis de capacitação. Um levantamento realizado pelo Google apontou que a procura por cursos de especialização a distância teve um crescimento de 130% no pico da quarentena. Comodidade, valores mais acessíveis, ampla oferta de cursos e o fato de o mercado de trabalho reconhecer e valorizar cada vez mais esse formato são fatores que estão contribuindo para a consolidação do modelo.

O professor Lourenço de Miranda Freire Neto, coordenador de Educação Continuada da UPM – Universidade Presbiteriana Mackenzie, entidade que promoveu uma verdadeira revolução em suas opções de pós-graduação a distância, aponta ainda um outro fator que tem contribuído fortemente para a expansão do modelo em todo o país. “A pandemia provocou mudanças significativas na empregabilidade, fazendo da especialização Lato Sensu EaD uma nova porta de entrada para o mundo corporativo”, diz. “Antes da crise sanitária, as modalidades a distância exigiam algum grau de disciplina para a realização das atividades. Atualmente, com o home office, as pessoas acabaram se adaptando a essa nova dinâmica e transferindo essa habilidade também para o aprendizado.”

A instituição oferece 27 cursos de pós-graduação Lato Sensu na modalidade EaD regular – de compliance digital e direito civil à gestão estratégica de negócios e inteligência artificial. Em todos eles, o diploma tem a mesma validade e reconhecimento de seus equivalentes presenciais, segundo o Ministério da Educação. Até o fim de 2021, a meta é chegar a 30. Além disso, a UPM transformou todos os seus cursos presenciais em modalidade 100% online ao vivo em sete áreas de conhecimento: arquitetura e design; comunicação e letras; direito; engenharia e tecnologia; finanças e controladoria; negócios, estratégia e gestão; e tecnologia da informação.

Também em linha com a evolução do modelo, a UPM simplificou o ambiente virtual. “Para cursar, é necessário apenas uma boa conexão de internet e um dispositivo, que pode ser computador, tablet ou mesmo o celular”, explica Neto. Para quem não abre mão de um contato mais personalizado, existe um encontro semanal síncrono, ou seja, a aula apresentada acontece no horário marcado do curso, por videoconferência, para esclarecimento de dúvidas ou aprofundamento de questões levantadas pelos alunos. Para completar, conteúdos assíncronos – videoaulas, podcasts, e-books – são disponibilizados para consulta no momento que for mais confortável para o estudante.

Fonte: Forbes e BrandVoice