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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 27 de abril de 2021 às 13:39


O Grupo soma pagará R$ 9,630957 à vista e R$ 1,625107 ação ON para cada ação da Cia Hering.

O Grupo Soma (SOMA3), dono das marcas de vestuário Farm e Animale, fechou um acordo de fusão com a Cia. Hering (HGTX3)  que avalia a varejista de moda em mais de R$ 5 bilhões.

Após o anúncio, as ações HGTX3 chegaram a saltar 36,38%, a R$ 30,93, fechando com valorização de 26,19%, a R$ 28,62. O valor de mercado da Cia. Hering passou de R$ 3,68 bilhões para R$ 4,65 bilhões, um aumento de R$ 965,45 mil.

As ações SOMA3, por sua vez, chegaram a subir 4,96% na máxima pela manhã e bateram os R$ 14,80. Contudo, os ativos entraram em leilão e voltaram a operar por volta das 10h45 com queda, que se seguiu por toda a sessão. Os papéis SOMA3 fecharam em queda de 10,14%, a R$ 12,67.

De acordo com fatos relevantes emitidos por ambas, os acionistas da Cia Hering receberão 1 ação ON e 1 PN da nova companhia por cada ação que detêm atualmente.

O Grupo Soma pagará R$ 9,630957 à vista e 1,625107 ação ON para cada ação da Cia Hering.

As companhias assumiram compromisso de exclusividade, cujo descumprimento prevê pagamento de multa de R$ 250 milhões.

O anúncio ocorre quase duas semanas após a Cia. Hering ter informado que recusou uma proposta não solicitada de fusão feita pela Arezzo (ARZZ3).

As companhias informaram em comunicado que avaliam a operação como transformacional no que tange a consolidação de uma plataforma de marcas no varejo de moda, ampliando o mercado endereçável total, conectando diferentes audiências e abrindo um novo espaço e avenida de crescimento dado o portfólio altamente complementar.

“A operação oferece oportunidades relevantes de geração de valor através da captura de sinergias operacionais entre as partes, principalmente no que tange o crescimento da receita e da margem bruta, como também através de maior eficiência em despesas e investimentos”, afirmaram as companhias.

As varejistas destacaram que as operações terão como pilares centrais: (i) utilização e difusão de uma cultura digital e implantação de produtos digitais do Soma Labs em todas as etapas da cadeia de valor de Hering; (ii) transferência de know-how entre pesquisa e desenvolvimento das marcas; (iii) fortalecimento da cadeia de fornecimento, com maior escalabilidade e capacitação industrial para produção verticalizada de algumas linhas de produtos das marcas atuais do grupo Soma; (iv) expertise em franquias sendo difundida para algumas marcas do grupo; (v) potenciais ganhos de eficiência tributária e operacional entre áreas e (vi) execução de colaborações (“collabs”) entre marcas utilizando do alto volume de clientes de Hering e do Grupo Soma.

O BR Partners atuou como assessor financeiro da Companhia, e a G5 Partners e o Banco Santander atuaram como assessores financeiros do Grupo Soma. Os escritórios de advocacia Machado Meyer e Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados estão atuando como assessores legais da Companhia e do Grupo Soma, respectivamente.

Pedro Serra, gerente de Research da Ativa Investimentos, destaca que, olhando para Hering, o Soma Labs em todas as etapas da cadeia de valor de Hering, além da difusão da cultura do Grupo Soma, pode ajudar e acelerar a virada da Hering, que é uma gigante da moda e que nos últimos anos não estava conseguindo virar a chave da sua operação.

Apesar dos possíveis ganhos no futuro, a avaliação é de que o grupo Soma pode ter oferecido um valor elevado pela empresa, segundo o analista Henrique Esteter, da Guide Investimentos.

A empresa “pagou R$ 5,1 bilhões por uma empresa que valia R$ 2,7 bilhões em bolsa há poucos dias. A proposta da Arezzo deixou mais do que evidente que uma elevação na oferta seria necessária. Porém, o Soma, através de uma forte diluição para os acionistas atuais, precisará demonstrar ao mercado que vai conseguir emplacar uma reestruturação forte de digitalização e rentabilidade na Hering para fazer jus a tal valor desembolsado”.

Fonte: Infomoney
Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 13 de abril de 2021 às 11:34


Estudos realizados pela Zendesk mostram que os países latinos têm potencial para ser benchmark em CX.

Ainda que a pandemia tenha afetado a todos (clientes e empresas), a realidade de cada indivíduo e negócio foi alterada à sua maneira. Da mesma forma, cada adaptação foi muito particular. Do lar ao formato de trabalho, tudo foi adquirindo nova forma com o tempo. E com o consumo não poderia ser diferente. Nesse processo, o Customer Experience (CX), que já vinha ganhando extrema relevância nos últimos anos, passou a ser prioridade entre clientes e empresas.

Os dados comprovam. De acordo com o Relatório CX Trends 2021, 76% dos brasileiros consideram que a experiência é mais importante agora (em 2020, no caso) do que no ano anterior. As empresas correspondem a esse sentimento: no País, 88% concordam que CX se tornou ainda mais essencial.

Luiz Antunes, diretor de Solutions Consulting da Zendesk para a América Latina, revela que, na região, 39% das organizações já são consideradas maduras em CX. No Brasil, esse percentual é de 41%. A constatação foi feita a partir do estudo de maturidade em CX que a consultoria Enterprise Strategy Group (ESG) realizou em conjunto com a Zendesk durante os principais meses da pandemia em 2020.

75% dos clientes estão dispostos a gastar mais para comprar de empresas que proporcionam uma boa experiência do cliente.

“Ter o cliente no centro das estratégias é um caminho sem volta, e a pandemia reforçou a importância de priorizar as experiências do cliente em todo momento que ele faz alguma interação, seja tentando resolver um problema ou no processo de aquisição de um novo produto ou serviço, até a nova dinâmica de trabalho e de relacionamento.”, comenta o executivo. Para o brasileiro, o distanciamento social, o uso do digital e a necessidade do e-commerce não foram sinônimo de frieza. Ao contrário, o serviço bem prestado e as chamadas “experiências conversacionais” foram destaque nesse novo contexto. Ao mesmo tempo, contudo, questões como agilidade e disponibilidade de canais estiveram em primeiro plano.


É URGENTE SER DIGITAL

Diante da pandemia, a vulnerabilidade imunológica não foi a única preocupação mundo afora. A falta de digitalização dos processos de negócios e visão sistêmica assustou muitas empresas, tanto por deficiências no relacionamento com clientes, quanto por necessidades e processos internos, segurança etc. Ao mesmo tempo em que 65% desejavam comprar de empresas capazes de oferecer processos simples, dinâmicos e ágeis, 50% das organizações viam todo processo de digitalização ser acelerado em 1 a 3 anos. Em muitos casos, a chamada transformação digital deixou de ser transformação e passou a ser, enfim, só digital.

25% das empresas dizem que a tecnologia digital foi acelerada em 4 a 7 anos.

Do lado do consumidor, o digital se manifestou muito pelos canais, em todos os momentos da jornada. Nesse processo, novas empresas ganharam espaço na tela e no coração do cliente (afinal, todas elas estão ao alcance de um clique). Prova disso é que 31% dos clientes compraram de uma nova empresa em 2020 e 64% usaram um novo canal de suporte para falar com estas marcas.


A RESOLUTIVIDADE COMO FORTE

Tudo indica que, independentemente de ter escolhido ou não um novo canal, o cliente brasileiro teve sua questão resolvida ao buscar o suporte. É o que mostra o estudo mencionado por Antunes, feito pela ESG junto à Zendesk: os dados mostram que as companhias latino-americanas tendem a resolver dúvidas e problemas 37% mais rápido que as organizações menos maduras em CX.

As organizações mais avançadas em CX resolvem cerca de 99% das solicitações dos clientes, e 85% destas são concluídas em uma única interação com o cliente, ou one-touch resolution”, detalha o executivo. “A América Latina pode se tornar um benchmarking mundial em Experiência do Cliente, e a tecnologia está nos possibilitando isto”. A priorização do tema, apontada pelo CX Trends 2021, já é um largo passo nesse sentido.


FLEXIBILIDADE NECESSÁRIA

Para entregar um alto grau de CX e de resolutividade, o estudo realizado pela Zendesk mostra que as empresas estão utilizando uma variedade cada vez maior de canais. Assim, correspondem a uma demanda por agilidade que é crescente entre os consumidores, especialmente após a pandemia.

O segredo para o CX

A agilidade, inclusive, é mostrada pelo estudo feito pela ESG como o resultado da soma entre velocidade e eficácia que, ao mesmo tempo, é uma das fórmulas para a entrega ideal de CX. “As organizações líderes em CX são centradas no cliente ao máximo”, explica Shawna Wolverton, vice-presidente executiva de produto da Zendesk, em artigo. “Elas resolvem os problemas dos clientes com mais rapidez, ao mesmo tempo em que lidam com mais solicitações em geral e interagem em mais canais”.


Em seu estudo, a ESG identificou empresas com diferentes graus de maturidade em termos de CX. Aquelas com melhores desempenho foram chamadas, no estudo, de “Campeões”. Um dos diferenciais entre elas é o uso da tecnologia, que não é apenas adotada e esquecida, mas escalável.


Realização ao alcance

Aqui no Brasil, um exemplo de uso de tecnologia para uma entrega ideal de CX acontece no Telecine. Com seis canais e uma plataforma de streaming, a marca conta com uma imensidão de clientes e, é claro, de perfis. Mas isso não intimidou a empresa que, ao invés de manter disponível apenas a opção de contato do cliente por meio da operadora de TV, decidiu disponibilizar um canal de venda direta.

Os números comprovam a reação do cliente: o volume de acionamentos da equipe de suporte da rede de canais passou a ser de 13% (antes, era de 0,2%); o número de chamados mensais subiu 700 pontos percentuais, chegando a 40 mil chamados mensais. Para lidar com os efeitos dessa nova abordagem no atendimento, a companhia aprofundou sua parceria com a Zendesk, dando apoio a um time de 80 agentes que hoje integram o squad de Customer Service e que são capazes de resolver 92% das consultas do cliente no primeiro contato.

Fonte: Novarejo