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Varejo & Franquias Postado em segunda-feira, 13 de maio de 2024 às 10:32


Outras marcas figuram entre as favoritas dos consumidores, como Riachuelo, Lacoste e Marisa.
Se reinventando para fidelizar seus clientes, marcas do varejo de moda como C&A e Renner são as mais populares entre os consumidores, sendo lembradas por oito entre dez consumidores de moda na hora das compras.

A pesquisa “Consumo de Moda no Brasil“, realizada pelo Opinion Box, ouviu mais de 2 mil consumidores do varejo de moda, sendo 84% das classes C, D e E e 15%, das classes A e B. O estudo busca entender as preferências dos consumidores brasileiros deste segmento na hora de renovar seu guarda-roupas.

Em 2023, a C&A obteve um dos melhores resultados operacionais. Os números positivos foram alcançados devido ao seu foco em aprimorar a jornada do cliente e na gestão de relacionamento. Por outro lado, a Renner registrou um lucro líquido de R$ 526,9 milhões no 4° trimestre do ano passado, representando um aumento de 9,4% em relação ao mesmo período de 2022.

Cecília Rapassi, sócia-diretora na Gouvêa Fashion Business, afirma que as iniciativas das marcas para reter os clientes e fidelizá-los, oferecendo uma gama de benefícios de serviços diversificados, facilitam o fortalecimento do negócio e mantém o faturamento das companhias. “Eles fidelizam o cliente, principalmente por conta dos serviços que eles agregam e oferecem, como os cartões próprios que parcelam.”

Fenômeno Lacoste

Outras marcas figuram entre as favoritas dos consumidores, como Riachuelo e Marisa, com 81% e 75%, respectivamente, entre as preferências. Mas um destaque do ranking é a presença da francesa Lacoste, com 75%, que é consideravelmente mais cara que as demais da lista.

Cecilia explica que a presença da Lacoste na lista é realmente um fenômeno, pois é uma marca que as pessoas das classes mais baixas almejam ter. “É uma marca que vem protagonizando o desejo, principalmente das comunidades ligadas à música, ao rap e ao funk. A Lacoste é a marca de desejo dessa população”.

Em comemoração aos seus 90 anos, no ano passado, a Lacoste criou a campanha Lacosteiros, que reúne fãs da marca que são os frequentadores do baile funk da capital paulista. A ação permite que essas comunidades de entusiastas mostrem suas releituras com as peças da marca.

Varejo físico x varejo online

Os hábitos de consumo dos brasileiros foram bastante afetados pela pandemia de covid-19. Para se proteger do vírus, as pessoas passaram a fazer grande parte de suas compras no comércio eletrônico.

O estudo da Opinion Box mostra que esse hábito não foi deixado de lado mesmo após o fim do isolamento social. O varejo online é o canal de compra onde 66% dos consumidores costumam fazer suas compras, mas isso não quer dizer que o varejo físico ficou obsoleto, pois mais de metade dos compradores de moda (53%), optam por realizar suas compras em lojas físicas.

“Podemos concluir que eles [consumidores] têm comprado online e também na loja física. É comprovado que o consumidor omnichannel, ou seja, o que compra nos dois canais, ele compra mais do que aquele que é exclusivo da loja física ou aquele que é exclusivo do site”.

Baixa aderência às marcas de luxo

Outro ponto que chama a atenção na pesquisa é a baixa aderência dos consumidores de moda às marcas de luxo, o que pode ser explicado por apenas 15% dos entrevistados serem das classes A e B. O estudo mostra que apenas 8% dos entrevistados costumam realizar suas compras de moda em lojas físicas de luxo.

“Há alguns estudos, como o da Vogue Business, apresentado na última edição da NRF, que mostram que o consumidor de luxo prefere comprar presencialmente, porque ele é muito mais exigente pela experiência e pelo atendimento personalizado".

No ano passado, a Bain & Company mapeou o ecossistema de luxo no Brasil e demonstrou que o segmento movimentou R$ 74 bilhões em 2022, com previsão de crescimento entre 6% e 8% ao ano até 2030. A perspectiva é a de que o varejo de luxo brasileiro alcance um faturamento de R$ 133 bilhões nos próximos seis anos.

Fonte: Mercado & Consumo
Varejo & Franquias Postado em segunda-feira, 22 de abril de 2024 às 10:07


O ano de 2020 foi um marco na história da economia global. A pandemia de Covid-19 afetou todos os setores, incluindo o segmento de produtos de luxo. Após um período de estabilização, o consumo desses itens começou a mostrar sinais de recuperação, demonstrando a força desse mercado.

Resiliência do mercado
Mesmo diante das incertezas econômicas, o mercado global de produtos de luxo tem demonstrado uma resiliência notável. As vendas estão previstas para seguir uma trajetória de crescimento mais robusta em comparação com o varejo em geral. Estima-se que esse mercado atingirá cerca de US$ 500 mil até 2027, sinalizando o poder e o potencial desse segmento.

Ascensão do e-commerce
Embora as lojas físicas continuem sendo o principal canal de vendas desses produtos, o e-commerce está se tornando cada vez mais importante. As marcas estão percebendo a necessidade de se adaptar às mudanças nos hábitos de consumo e estão investindo em estratégias digitais para atender às expectativas dos consumidores.

Estratégias digitais
Do ponto de vista estratégico, as marcas precisam focar na oferta de experiências altamente relevantes em todos os canais. Isso inclui a criação de experiências de compra personalizadas e a utilização de tecnologias emergentes para melhorar a interação com o cliente.

Atração de novos públicos
Novas estratégias de mídia social e e-commerce para atrair um público mais amplo podem ser exploradas. Isso pode incluir públicos jovens e outros que se interessam pelos produtos, porém sem o mesmo poder aquisitivo que os consumidores tradicionais do segmento.

Mercado brasileiro
No Brasil, o e-commerce de produtos de luxo está em ascensão. Esse crescimento é impulsionado pela demanda dos consumidores por conveniência, exclusividade e experiências personalizadas.

Apesar do crescimento e das oportunidades, o comércio eletrônico de luxo no Brasil enfrenta alguns desafios:

Concorrência acirrada: o segmento de produtos de luxo é altamente competitivo, com várias marcas disputando a atenção dos consumidores online. As marcas precisam encontrar maneiras de se destacar no mercado.

Autenticidade e confiabilidade: a autenticidade dos produtos é uma preocupação importante para os consumidores de luxo. É preciso garantir que os produtos sejam genuínos e que as transações online sejam seguras e confiáveis.

Logística e entrega: a logística e a entrega são desafios significativos para o comércio eletrônico de luxo, especialmente quando se trata de produtos delicados e de alto valor. Garantir uma entrega rápida e segura é essencial para a satisfação do cliente.

Regulamentação e tributação: o ambiente regulatório e tributário do Brasil pode ser complexo e oneroso para as empresas de comércio eletrônico de luxo. Questões como impostos de importação e regulamentações alfandegárias podem impactar os custos e os prazos de entrega.

Superando desafios
Para superar esses desafios, as marcas precisam inovar continuamente e se comprometer com a excelência no atendimento ao cliente. Isso pode incluir a implementação de novas tecnologias, a melhoria das operações e a criação de experiências de compra excepcionais.

Tendências
À medida que avançamos, as tendências no mercado de produtos de luxo no e-commerce serão moldadas por uma série de fatores. A tecnologia continuará a desempenhar um papel crucial, com avanços em áreas variadas, todas com o potencial de transformar a maneira como os consumidores interagem com as marcas e fazem suas compras.

Além disso, a sustentabilidade está se tornando cada vez mais importante para os consumidores. As marcas que conseguirem demonstrar um compromisso de ESG genuíno estarão posicionadas para atrair e reter clientes.

A personalização continuará a ser uma tendência-chave. Os consumidores esperam que as experiências de compra sejam adaptadas às suas preferências individuais e necessidades. As marcas que conseguirem oferecer esse nível de personalização terão uma vantagem competitiva significativa.

Outras tendências emergentes que estão moldando o comércio eletrônico de luxo no Brasil são:

M-commerce: com o aumento do uso de dispositivos móveis, o comércio eletrônico móvel está se tornando cada vez mais popular. As marcas de luxo estão investindo em aplicativos móveis e sites responsivos para oferecer uma experiência de compra perfeita em dispositivos móveis.

Experiências imersivas: para diferenciar suas ofertas, algumas marcas estão investindo em experiências de compra online imersivas, como realidade virtual e aumentada, permitindo que os clientes visualizem produtos de luxo de forma mais envolvente.

Concluindo, o mercado de produtos de luxo é um segmento altamente promissor, oferecendo oportunidades para quem conseguir responder às mudanças no comportamento do consumidor e se ajustar à crescente importância do digital commerce.

Fonte: Ecommerce Brasil