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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 09 de fevereiro de 2021 às 11:26


A Covid-19 nutriu vigorosamente tudo o que é virtual, impulsionando para o futuro, setores como o varejo. De acordo com o relatório de 2020 do Índice de Varejo nos Estados Unidos elaborado pela IBM, a pandemia acelerou em cerca de cinco anos a mudança para compras digitais.

Os aplicativos de Realidade Aumentada (RA) estão em alta, com experiências virtuais do tipo “faça o teste antes de comprar”. Essas experiências incluem desde a visualização de móveis e produtos na sua casa com marcas como IKEA e Home Depot, até provar virtualmente itens de alta costura, como Louis Vuitton e Gucci. Antes um recurso interessante, a RA rapidamente se tornou uma tecnologia essencial para os varejistas.

Quando a Covid-19 fechou temporariamente as lojas da marca de joias Kendra Scott, a empresa disponibilizou uma ferramenta de RA que permite aos clientes experimentar virtualmente diferentes estilos de brincos, no conforto de suas casas. Usando um iPhone e o navegador Safari (nenhum aplicativo é necessário), os clientes podiam visualizar os produtos com segurança, diretamente nas orelhas, e comprar.

 Com a reabertura agora de muitas lojas físicas, a higiene e a segurança são as principais prioridades. Em resposta à pandemia, varejistas de beleza como a Sephora e a Ulta proíbem os clientes de testar as maquiagens na pele. Como alternativa, eles estão recorrendo à RA para ajudar os clientes a testar digitalmente milhares de produtos de beleza e também facilitar as decisões de compra.

Lançada há quatro anos, a ferramenta virtual de beleza da Ulta – GLAMlab – registrou um aumento no seu uso desde o início da pandemia. O engajamento aumentou sete vezes e mais de 50 milhões de tonalidades de base foram experimentadas digitalmente com o aplicativo na era pós-Covid.

De acordo com uma pesquisa global realizada pela Nielsen de 2019, os consumidores listaram a Realidade Aumentada e a Realidade Virtual como as tecnologias mais procuradas para lhes ajudar nas tarefas do cotidiano. Na verdade, pouco mais da metade (51%) disse estar disposta a usar essa tecnologia para avaliar produtos. Eu realmente espero que o interesse tenha aumentado desde então, considerando que a RA deixou de ser algo novo e enigmático e passou a solucionar problemas reais dos clientes, especialmente durante a pandemia. A empresa de comércio eletrônico Shopify divulgou recentemente novos dados que indicam que interações com produtos que possuem conteúdo de RA apresentaram uma taxa de conversão 94% mais alta do que a de produtos sem RA.

Os varejistas também estão começando a utilizar a RA para reimaginar a experiência de compra digital, usando fachadas de lojas virtuais. Em maio, a empresa varejista Kohl’s estabeleceu uma parceria com o Snapchat para criar o Armário Virtual com RA da Kohl’s. Usando um smartphone e o aplicativo Snapchat, os consumidores podem entrar em um provador com RA, explorar e combinar itens e fazer uma compra sem nunca sair do aplicativo (ou de casa).

Os itens disponíveis para compra no Armário Virtual com RA da Kohl’s são atualizados continuamente com base nas necessidades do consumidor. A experiência foi lançada com os melhores estilos da coleção de primavera e passou a disponibilizar uma variedade de peças no estilo esportivo e casual à medida que os clientes procuravam roupas confortáveis para trabalhar de casa. A mais recente renovação apresenta itens de volta às aulas com uma variedade de produtos Levi’s. Os clientes também podem usar o novo recurso Selfie Lens para se verem com a jaqueta Levi’s Trucker.

A Levi’s é uma marca que está aperfeiçoando sua estratégia de varejo com RA, empregando ferramentas digitais como o Squad, um aplicativo de vídeo com visualização compartilhada, onde os amigos podem fazer compras juntos. O aplicativo foi lançado em abril como uma forma de recriar algumas das experiências sociais que as pessoas desejam e que fazem falta a elas, em tempos de pandemia.

A próxima fase do varejo com realidade aumentada provavelmente será uma experiência social gamificada. A Burberry recentemente fez uma parceria com o Snapchat em um jogo de RA disponível no interior da loja, e acredito que o conceito será ampliado para fachadas de lojas digitais e guarda-roupas virtuais, onde você pode jogar, explorar e fazer compras com amigos. Isso coincide com uma tendência, atualmente popular, entre marcas de moda e beleza como Estée Lauder, Gucci e Miu: jogos de fliperama para celular. O jogo de corridas para celular “B Surf” da Burberry possui até mesmo filtros faciais e personagens com RA como prêmios. As empresas de moda e beleza que utilizam essa abordagem de entretenimento digital estão se beneficiando disso, pois se conectam a novos e mais jovens consumidores. “Sabemos que eles estão vivendo em um ambiente cada vez mais gamificado, tanto on-line quanto off-line, e estamos empolgados com o fato de se unirem à comunidade Burberry, e explorarem nossa nova coleção de vestuário puffer, desta forma”, afirmou Mark Morris, vice-presidente sênior de comércio digital na Burberry.

Isso nos leva a outra área em ascensão no varejo com realidade aumentada e compras digitais: bens virtuais como sendo commodities. Marcas de luxo, como a Louis Vuitton, já realizam a venda de mercadorias virtuais e oferecem skins digitais (roupas e acessórios da marca para vestir personagens) no jogo de esportes League of Legends. Prevê-se que os gastos com caixas de recompensas e skins para jogos em todo o mundo cheguem a US$ 50 bilhões até 2022.

Experiências virtuais que envolvem experimentar e provar produtos são um excelente caso de uso para a RA no varejo: permite que os consumidores visualizem produtos em escala digital, de sua própria residência, em seu próprio corpo, e então, comprem instantaneamente o produto físico correspondente. Mas e se, além de itens físicos, você pudesse comprar objetos virtuais, como joias, roupas ou arte, para os quais possa haver ou não um correspondente físico? Veja uma  demonstração especulativa que criei no ano passado, imaginando como seria isso em RA com o Apple Pay. Além disso, é assim que imagino essa ideia funcionando com ferramentas de videoconferência como o Zoom. Os objetos virtuais são uma forma de os consumidores interagirem, experimentarem e até mesmo possuírem algo de uma marca que, de outra forma, não seria acessível.

Atualmente, o exemplo mais próximo que temos de produtos de RA no mercado são itens de arte. Em março, o artista Brian Donnelly (conhecido como KAWS) realizou  uma exposição de arte em RA chamada “Expanded Holiday” em colaboração com a Acute Art. O aplicativo apresentava esculturas em RA que podiam ser alugadas por US$ 7 por semana ou US$ 30 por mês. Também percebemos sinais desse novo modelo de varejo na área de moda digital com roupas virtuais. Contudo, em vez de vestir personagens em jogos com as chamadas “digital skins”, agora os consumidores procuram itens para uso próprio.

Acredito que haverá um aumento nas mercadorias virtuais vendáveis com um novo tipo de varejo com realidade aumentada. Com a influência da pandemia, denominei essa tendência de “efeito batom digital”. O “efeito batom” historicamente se refere a consumidores que continuam gastando em pequenos itens de luxo, mesmo durante recessões e crises econômicas. O batom, como um produto potencialmente acessível, se torna uma metáfora nos tempos de hoje, análoga ao batom digital ou qualquer bem virtual.

Conforme escrevi em “Augmented human”, a antiga cartilha que descreve a forma como entendemos e interagimos no mundo real não se aplica mais e, em muitos casos, a pandemia tem sido um catalisador dessa transformação digital. O varejo físico precisa evoluir diante desse cenário e a RA demonstrou ser capaz de agregar alto valor aos consumidores na jornada de compras. Agora é a hora de líderes de negócios e marcas não apenas repensarem o varejo, mas também impulsionarem as experiências de compra imersiva futuro adentro.

Fonte: Harvard Business Review
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 26 de janeiro de 2021 às 11:24


Em virtude das novas restrições impostas pelo Governo de São Paulo para conter a pandemia do Coronavírus, a Couromoda definiu que sua edição de 2021 será exclusivamente digital e realizada de 01 a 03 de março. Foi criada uma nova plataforma, o Couromoda Digital, que permitirá a fabricantes e lojistas fazerem negócios com poucos cliques.

Será um evento online, uma ferramenta desenvolvida para impulsionar contatos e negócios durante três dias com formato de maratona, com muita informação, possibilitando aos compradores uma visão das coleções e abrindo um contato direto com os expositores. "Trata-se de uma edição-conceito, que vai facilitar o contato e relacionamento entre a indústria e o varejo, com acesso fácil e a poucos cliques dos produtos e ofertas”, enfatiza o presidente da Couromoda, Francisco Santos.

Vale destacar que a plataforma Couromoda Digital, hospedada dentro do portal Couromoda.com, ficará disponível - aos expositores da feira presencial e aos lojistas - 24 horas por dia, 7 dias por semana, durante 365 dias; e será impulsionada em períodos específicos, quando serão realizados os eventos virtuais, em datas que são importantes para a indústria e comércio.


Importantes feiras globais terão edições virtuais neste semestre

Outros eventos do setor, conhecidos e globais, também optaram por edições digitais em virtude da nova onda do Coronavírus. A italiana Expo Riva Schuh/Lago de Garda será apenas online, e ocorre no período de 16 a 19 de janeiro. O mesmo vale para a Micam Americas/Platform Las Vegas, cuja versão digital está prevista para o período de 19 de janeiro a 16 de março. Já a americana Magic/Las Vegas ocorre de forma virtual de 1º de fevereiro a 1º de março, enquanto a alemã Ispo/Munique está agendada para o período de 1º a 05 de fevereiro.


Couromoda Digital

A plataforma Couromoda Digital está hospedada no portal Couromoda.com e permitirá aos expositores da feira apresentar seus produtos a lojistas e compradores internacionais, sem qualquer custo adicional. Será desenvolvido um forte trabalho de divulgação destes canais junto aos públicos de interesse, com versões em português e inglês. ““Com poucos cliques, o lojista ou importador já estará no ambiente do expositor e poderá conhecer novidades de importantes marcas e iniciar a negociação, cuja concretização se dará diretamente entre as partes envolvidas. O Couromoda Digital será uma ponte, uma ferramenta facilitadora de negócios”, detalha Jeferson Santos, diretor do evento.


Congresso Brasileiro do Calçado

No período de realização da versão digital da Couromoda, também ocorrerá uma edição especial e virtual do Congresso Brasileiro do Calçado, que terá a curadoria do Comitê Couromoda de Varejo, que conta a participação da ABIESV - Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo, ABO2O - Associação Brasileira Online to Offline, FecomercioSP, IBEVAR - Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo e LABFIN.PROVAR/FIA - Laboratório de Finanças e Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração. “Teremos três importantes palestras, uma por dia. Serão nomes de peso em suas áreas e os temas serão de interesse do complexo calçadista. Lojistas e fabricantes participarão de debates após cada apresentação. Estes eventos abrirão os dias de trabalho. Depois, todo o tempo será reservado exclusivamente para os negócios”, acrescenta Jorge Souza, diretor-superintendente da Couromoda.


Muitos negócios a poucos cliques

Nas próximas semanas, uma forte campanha digital - em especial nos canais da Couromoda nas mídias sociais - será colocada no ar e os detalhes da mostra virtual e do Congresso Brasileiro de Calçados serão divulgados. “Estamos acertando os detalhes para ter um evento 100% digital assertivo, propulsor de vendas. Tudo isso já preparando a grande mostra presencial que prevemos para 2022. Nosso slogan para a versão digital será ‘Muitos Negócios a Poucos Cliques’, pois a ideia é permitir uma fácil e intuitiva navegação na plataforma e efetivar transações de modo rápido e eficiente”, conclui Jeferson Santos.


São Paulo Prêt-à-Porter


A mostra de confecções São Paulo Prêt-à-Porter, que sempre ocorre integrada à Couromoda, também será 100% digital em 2021. Os expositores já confirmados terão lugar garantido na plataforma Couromoda Digital e um intenso trabalho junto a lojistas e compradores estrangeiros da área será desenvolvido para garantir tráfego qualificado no evento digital, que também ocorre de 01 a 03 de março.




Edição presencial será em janeiro 2022

Com isso, a versão presencial da Couromoda fica para 2022, entre os dias 16 e 18 de janeiro, já no Brasil imunizado e após a vacinação, sempre no Complexo do Expo Center Norte, em São Paulo.

Cabe ressaltar que os expositores que compraram seus espaços para a edição física da Couromoda 2021 não terão nenhum custo extra direto para participar da Couromoda Digital. A Direção e representantes da feira já estão contatando as indústrias para detalhar a operação. Informações e tutorial serão disponibilizados para todos a partir da próxima semana.

Além disso, os expositores que adquiriram seus espaços para a Couromoda 2021, Edição Presencial, terão seus contratos e áreas válidos para a COUROMODA 2022, Edição Física e Presencial, que será realizada de 18 a 20 de janeiro do próximo ano, no Expo Center Norte, em São Paulo.


Fonte: Abicalçados e Couromoda