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Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 15 de novembro de 2017 às 19:24
O e-commerce tem ganhado força e as lojas físicas estão perdendo clientes no mundo inteiro. Mas ainda há formas de aumentar o fluxo do varejo físico. Dino Gueno, consultor de varejo, acredita que sim e dá dicas de ouro para quem está procurando uma estratégia para mudar o jogo.

Para o especialista o principal problema dos varejistas físicos é que não conhecem os seus clientes, o que seria um passo antes do início das estratégias. “É preciso definir qual tipo de cliente você quer e tem capacidade de atender. A partir disso que o varejista consegue definir como serão o ambiente, as promoções, comunicação entre outros”, diz.

Outro fator que o especialista defende é a criação de um calendário baseado em datas importantes para os clientes do segmento. “É preciso ir além das datas tradicionais do varejo como Dia das Mães, Pais, Natal e Namorados. O varejista que só vive dessas datas dificilmente vai conseguir fechar a conta, mas se ele se aproveitar de outras oportunidades como Dia das Avós – para uma floricultura, por exemplo – terá mais público e vendas”, completa.

A seguir confira 5 dicas práticas para aumentar o fluxo das lojas:

1. Reavalie a sua fachada e conveniência para chegar até a loja

Algumas respostas precisam ser pensadas: Estacionamento é um problema? Então resolva. Faça parceria, compartilhe terrenos com vizinhos varejistas. Além disso, é preciso rever a fachada: Ela é atrativa? O meu perfil de clientes passam na frente da loja?

2. Reavalie sua comunicação visual

A sua marca, a maneira e o local onde ela está aplicada atrai o cliente? Se não, refaça! O mesmo precisa ser visto com a comunicação na rua: A oja se comunica com quem está passando na rua?

3. Esteja disponível para ser encontrado

O pequeno varejista não precisa pagar nada para aparecer no Google, é só se cadastrar no Google Empresas, mas poucos fazem o processo. Além disso, é preciso ver se o site está bom, assim como o uso da rede social.

“Não se pode mais brigar com a internet, tem que fazer as pazes. Varejistas de lojas físicas precisam usar a ferramentas da internet para o cliente achar”, diz.

4. Por que o cliente viria na minha loja?

Qual é a atratividade, o diferencial que o cliente vai ter para escolher a sua loja ao invés do concorrente? “Primeiro você tem que conhecer a sua concorrência e isso inclui seguir nas redes sociais, visitar a loja dele, ver as propagandas e entender o que ele está oferecendo para fazer algo novo, diferente e melhor para seus clientes”, completa.

5. Reavalie a própria publicidade

A sua empresa corta a verba da propaganda em épocas de crise? O especialista diz que essa não é a melhor opção.

“Quando as vendas começam a cair é comum cortar os investimentos de publicidade, o que é um grande erro. Veja o que os outros estão fazendo e invista mais e melhor. Seus clientes precisam saber de você e do que você tem a oferecer”, completa.

Fonte: Novarejo
Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 15 de novembro de 2017 às 19:18
Há 17 anos, uma loja de calçados foi aberta por dois primos no centro de São Paulo. Hoje, esta é a primeira empresa de comércio eletrônico do Brasil a abrir capital no exterior. No dia do IPO, a empresa captou mais de US$138 milhões. Para falar sobre esta história de sucesso e a migração da empresa do físico para o online, Marcio Kumruian, fundador da Netshoes, palestrou no CASE 2017.

“Mais importante do que elaborar um bom plano é saber que os erros vão acontecer, e você tem que errar rapidamente e voltar para os trilhos”, diz Marcio. Hoje, a companhia que há dez anos fechava as portas do mundo físico para ingressar no online já tem cinco centros de distribuição, 20 lojas parceiras, customiza produtos e tem navegação gratuita pelo app.

“Você tem que ter coragem e acreditar no seu feeling empreendedor”, diz Marcio, ao falar da qualidade vital que os empreendedores têm que ter: resiliência. Ao abrir a loja online, o primeiro pedido só veio depois de três meses de trabalho incansável no site. “No mês seguinte, recebemos dois pedidos. Isso já foi um crescimento de 100%”, comenta.

Outro ponto importante para o sucesso da companhia, segundo o CEO, é a qualidade do time que compõe uma empresa. Sem os colaboradores certos, nenhuma grande empresa tem futuro. “Tão importante quanto sonhar é trazer pessoas para trabalharem junto com você neste sonho.”

Dentro da Netshoes nasceu a Zattini, um e-commerce de roupas, calçados e acessórios. Marcio conta que, para a realização deste projeto, os times envolvidos com esta nova loja tinham total autonomia. “A Zattini nasceu como uma startup dentro da Netshoes. As equipes que estavam trabalhando na marca tomavam as decisões que precisavam ser tomadas, mesmo que na hora pudesse não parecer o ideal para nós. É importante confiar no seu time e dar a eles autonomia”, diz. Atualmente, a Zattini é um dos principais marketplaces de moda do País.

Uma empresa não sai de uma loja física em São Paulo e abre um IPO em Nova York do dia pra noite. Pra isso, é necessário muito trabalho, uma equipe competente, grandes ideias e investidores que estejam ligados aos valores e trajetória da empresa. O time de investidores da empresa conta com nomes como Tiger Global Management, Temasek Holdings, Iconiq Capital e Kaszek Ventures.

“Para o nosso primeiro investimento, queríamos investidores que nos dessem autonomia. Nós sabíamos o que estávamos fazendo, mas precisávamos do dinheiro. Por isso, tomamos cuidado para escolher um investidor que não interferisse no nosso modo de tocar o negócio”, explica. “O investidor estar conectado com os valores, premissas e ter jogo limpo é de extrema importância para o aporte.”

Para Marcio, o IPO do Netshoes, que aconteceu em abril deste ano, não era uma obsessão ou meta, mas uma parte da jornada da empresa. “Nós vamos continuar fazendo o que temos que fazer, continuar crescendo e fugir da nossa zona de conforto”, diz. Para ele, o foco da empresa diariamente é melhorar a experiência do consumidor.

“A Netshoes está sempre em movimento e não está conformada com o que foi atingido. Isso faz parte da nossa cultura”. Para os empreendedores, mesmo em meio a um cenário político e econômico ainda incerto, Marcio disse que “a gente não pode perder a fé, porque o Brasil depende da gente”, completa.

Fonte: Exame