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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 31 de outubro de 2017 às 21:36
Depois de ver uma redução expressiva do ritmo de expansão durante a crise, a perspectiva do franchising brasileiro é voltar a crescer a dois dígitos já no ano que vem, em termos de faturamento. A estimativa se sustenta na previsão de uma retomada gradual do consumo, impulsionada pela queda dos juros e da inflação.

A projeção da Associação Brasileira de Franchising (ABF), divulgada ontem durante convenção do setor, é que a receita bruta das redes de franquias suba 10% em 2018, em termos nominais (sem descontar os efeitos da inflação). Em número de unidades, a previsão é expansão de 5% a 6%, e estabilidade no total de redes. Para este ano, a expectativa é um crescimento de 8% no faturamento, 2% em unidades e retração de 6% no total de redes.

O presidente da ABF, Altino Cristofolleti Jr, destacou a queda da taxa Selic e o descolamento da economia com o cenário político como fatores importantes "A queda dos juros faz com que o dinheiro vá para a economia real e isso atinge o franchising", diz.

Até 2014, lembra, o setor crescia a uma média anual de 24%. Com o início da recessão econômica a taxa despencou, caindo para algo em torno de 8% ao ano. "Com a crise o crescimento caiu bastante, mas o setor continua crescendo acima do PIB."

O nível de expansão de antes da recessão, entretanto, não se repetirá nos próximos anos, mesmo com a estabilização da economia. O sistema está mais estruturado, a competição é maior, e o Brasil não deve passar novamente por um momento de 'boom' do consumo, como o que ocorreu entre 2003 e 2013 com a ascensão das classes baixas. "O mercado ficou mais estruturado. Acredito em crescimentos sustentáveis e acima de dois dígitos, mas não superior a 20%."

O mistério da eleição

Para o presidente da Chilli Beans, Caito Maia, o ano de 2018 tende a ser melhor para o setor de franquias, mas guarda uma grande incerteza, que pode inclusive mudar os planos de longo prazo: as eleições. "Temos um problema grave que é ninguém ter a mínima ideia de quem será o próximo presidente do Brasil", disse, em entrevista ao DCI. Segundo ele, há instabilidade e sentimento generalizado de desconforto. "Como você faz um planejamento de cinco anos sem ter noção de quem estará a frente do País?", questiona.

Terceiro trimestre

Com relação ao período de julho a setembro deste ano, as redes de franquias avançaram 7,8%, frente ao mesmo intervalo do ano passado, atingindo R$ 41,8 bilhões. O destaque foi o segmento de entretenimento e lazer, que avançou 13,1% (veja mais no gráfico)

Com o maior peso no faturamento do franchising, o setor de alimentação apresentou alta menor no período, de 6,1%. De acordo com o vice-presidente da ABF, Alexandre Guerra, o resultado se deve a uma queda no fluxo dos shoppings.

Em relação ao número de unidades, o saldo positivo foi de 2,2%, resultado de um índice de aberturas de 3,5% e de fechamentos de 1,3%. O avanço representou acréscimo de 3.465 lojas, indo a 147.539 unidades. Em empregos gerados o avanço no terceiro trimestre foi quase nulo, de 0,4%. /* O repórter viajou a Ilha de Comandatuba à convite da ABF

Fonte: DCI
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 31 de outubro de 2017 às 21:34
A Restoque SA, dona das marcas Le Lis Blanc, John John, Rosa Chá e Dudalina, fechou o terceiro trimestre do ano com receita líquida de R$ 316 milhões, um crescimento de 11,9% em relação ao mesmo período do ano passado. É o melhor resultado para terceiros trimestres da história da empresa.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 79,2 milhões, um aumento de 29,6% em comparação com o mesmo período de 2016. A margem também cresceu, registrando 25,1%.

O faturamento bruto cresceu 9%, totalizando R$ 408,3 milhões. Nos nove meses do ano a companhia acumulou um faturamento de R$ 1.251,8 milhões, 15,8% superior ao mesmo período do ano passado.

Estratégia

A produtividade foi o principal motor para o crescimento da empresa no período. A Restoque SA fechou duas fábricas e 34 lojas em um ano na tentativa de dar mais eficiência ao varejo. A medida resultou em aumento de 18,6% da produtividade por m² da companhia.

Entre as marcas, a Rosa Chá foi a que conseguiu ser mais produtiva, com crescimento de 41% do índice. Ela reconquistou os investimentos perdidos em 2016 em marketing para fortalecer a imagem de marca diferenciada e de alto valor. A Rosa Chá representa o menor faturamento da companhia, 3,1% da receita líquida.

Outros canais

As vendas do e-commerce cresceu 215,7% no terceiro trimestre do ano, representado cerca de 4% da receita da Restoque SA. O crescimento foi impulsionado pelos investimentos na plataforma e em gestão, além do novo foco em marketing.

Os resultados de e-commerce também incluem a operação omnichannel cuja operação começou no trimestre passado e integra vendas do varejo físico e online da companhia.

Já os outlets cresceram 41,2% no terceiro trimestre do ano. A alta é baseada na estratégia da empresa em reduzir de forma acelerada os estoques de coleções passadas até o fim deste ano.

A Restoque é dona das marcas Le Lis Blanc, Bô. Bô, John John, Rosa Chá, Dudalina, Individual e Base.

Fonte: Novarejo