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Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 12 de julho de 2017 às 20:46
De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas encerrou o primeiro semestre de 2017 com retração de 1,5% frente ao mesmo período do ano passado. Este desempenho da atividade varejista foi menos negativo do que o observado no primeiro semestre do ano passado, quando a retração fora de 8,3%.

Segundo os economistas da Serasa Experian, a retração da atividade varejista no primeiro semestre de 2017 é explicada pelo elevado desemprego no país e pelos juros ainda altos dos crediários.


A maior retração do consumidor no primeiro semestre de 2017 deu-se no segmento de material de construção, o qual registrou queda de 14,4% frente ao primeiro semestre do ano passado. A segunda maior queda foi de 12,6%, observada no movimento dos consumidores nas lojas móveis, eletroeletrônicos e informática, seguida de perto pela retração de 12,4% no segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios neste primeiro semestre de 2017. Houve recuo também significativo, de 10,0%, nas lojas de veículos, motos e peças.

Retrações menores ocorreram nos setores de combustíveis e lubrificantes (-6,8%) e nos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-1,4%), este último segmento tendo um desempenho melhor que os demais principalmente por causa da queda da inflação, puxada pela deflação dos alimentos.

Fonte: Serasa Experian
Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 12 de julho de 2017 às 20:25
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) faz projeções otimistas para o setor neste segundo semestre e em 2018. O dado mais importante na avaliação feita pelo economista Fabio Bentes em encontro com jornalistas realizado em 6 de julho, em Brasília, é a abertura líquida (mais novos estabelecimentos em relação ao número dos que fecharão suas portas) de lojas no próximo ano. Já no primeiro trimestre de 2017, o fechamento de lojas foi 75% menor na comparação com o mesmo período do ano anterior, o que, na sua análise, significa “uma piora menos intensa da atividade econômica.”

Outro dado positivo é a projeção de crescimento de 1,2% no varejo ampliado (varejo restrito, veículos, motos e peças e material para construção) neste ano em relação a 2016, apesar da queda de 1,8% ao final do primeiro quadrimestre. Alguns setores estão puxando a recuperação. Ele citou vestuário e calçados, materiais de construção, móveis e eletrodomésticos.

Devem acompanhar essa trajetória de crescimento os hiper e supermercados, que compõem o segmento de maior importância para o varejo. Bentes registrou uma relevante concentração de negócios nas grandes redes, que vêm assumindo o controle das menores, que têm pouca competitividade.

Emprego

Fabio Bentes chamou atenção ainda para a recuperação do emprego, com um crescimento ainda pequeno de dois mil postos de trabalho. “É um número que pode parecer pouco significativo à primeira vista, mas que ganha muita relevância diante do fechamento de mais de 177 mil empregos no ano passado”, observou.

Ainda na entrevista, o chefe da Divisão Econômica da CNC, Carlos Thadeu de Freitas, destacou que os números apresentados pela entidade dão suporte à perspectiva traçada de recuperação da atividade da economia neste segundo semestre e em 2018. Para ele, o pior da crise já passou.

Base dessa expectativa otimista, segundo ele, é a queda da inflação. Carlos Thadeu afirmou que, no início do ano, o cenário não era tão animador, mas agora já é possível prever uma taxa de 3,2%. Esse quadro positivo, a seu ver, permite ao Banco Central manter a política de redução da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,25%, podendo chegar a 8% no fim de 2017 e atingir 7% no ano que vem.

A disponibilidade de crédito – importante fator para o desenvolvimento do comércio – deve ficar estável neste ano. “A alta nominal deve ficar ao redor de 2%, mas haverá queda real diante da inflação prevista, de 3,2%.” Por fim, Carlos Thadeu avalia que o crescimento econômico independerá no ano que vem de haver ou não reforma da Previdência.

Fonte: CNC