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Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 28 de junho de 2017 às 12:51
Após três anos de crise, os brasileiros apresentam um nova disposição para comprar calçados. As classes A e B aumentaram o ritmo de compras neste ano e as marcas com coleções mais sofisticadas tendem a se sair melhor à medida que houver recuperação no cenário macroeconômico se recupera.

Estudo elaborado pela consultoria Iemi Inteligência de Mercado com 1.252 consumidores indica que, em um período de 12 meses encerrado no primeiro trimestre de 2017, a frequência de desembolsos está em 3,8 compras de calçados em um ano, contra 3,6 compras em 2014. Já o valor gasto por compra aumentou 12%, para R$ 215,84, ante uma média por compra de R$ 191,87 há três anos. Entre 2014 e o início deste ano, o preço médio dos calçados subiu 10%.

“O que causou aumento no gasto foi principalmente a ampliação das compras por consumidores das classe A e B. Os consumidores das classes C e D ficaram mais fora do mercado nos últimos três anos. O produto que girou mais foi o calçado de preço médio mais alto”, afirma Marcelo Prado, diretor da Iemi Inteligência de Mercado.

Ele observa que a média de compra de consumidores das classes C e D foi de 3 pares nos últimos 12 meses até março, contra 3,4 pares em 2014. Entre as classes A e B, o consumo foi de 4,7 pares até 2017, contra 4,2 pares em 2014.

Lojas de departamentos
De acordo com a pesquisa, os consumidores preferem trocar de lojas em busca de descontos a trocar o tipo de calçado. Com isso, as lojas de departamentos passaram a representar 38% das vendas da categoria no país, ante 14% em 2014. As lojas multimarcas reduziram a participação para 38%, ante 62% em 2014. As lojas monomarcas reduziram participação em 7 pontos percentuais, para 18%.

Na avaliação do analista, as empresas que investiram mais em inovações e qualidade podem se sair melhor nesta fase de início de recuperação do consumo.

De acordo com dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas de calçados cresceram 4,7% no primeiro trimestre de 2017. A produção no acumulado de janeiro a abril deste ano cresceu 1,5% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado.

No primeiro trimestre, entre as companhias abertas do setor apenas a Alpargatas registrou queda em vendas no mercado interno, de 32% no volume de sandálias e de 16,8% na receita líquida no Brasil, para R$ 466,1 milhões. A Grendene obteve um crescimento de 13% no volume de vendas do mercado interno, com ganho de 23,6% na receita no Brasil, para R$ 470,7 milhões. A Arezzo elevou em 8,6% o volume de pares vendidos no país, com alta de 15,5% na receita local. A Vulcabras Azaleia teve avanço de 17,7% em receita no trimestre, para R$ 295,9 milhões, e 85% da receita provém de vendas no país.

Fonte: Valor Econômico
Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 21 de junho de 2017 às 08:38
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 102 pontos no mês de junho, mantendo-se estável na comparação com o mês anterior e permanecendo na zona positiva (acima dos 100 pontos). Na base de comparação anual, a confiança dos comerciantes teve aumento de 23,8%. O resultado foi influenciado pelos subíndices: condições atuais dos empresários (+1,1%), expectativas de curto prazo (-2,8%) e de intenções de investimentos (-0,9%).

“A tramitação da agenda de reformas e a leve recuperação das vendas do comércio vinham incentivando as expectativas dos comerciantes nos últimos três meses. Os acontecimentos políticos de maio, no entanto, lançaram novas incertezas no cenário de retomada da atividade econômica, afetando a confiança dos tomadores de decisão no varejo”, aponta a economista da CNC Izis Ferreira.

Condições atuais em alta

O subíndice da pesquisa que mede a percepção dos comerciantes sobre as condições correntes chegou a 71,6 pontos, um aumento de 1,1%, com ajuste sazonal, na passagem de maio para junho. Na comparação anual, o incremento foi de 75,5%.

A percepção dos varejistas quanto às condições atuais da economia melhorou em junho (0,9%), assim como em relação ao desempenho do comércio (+1,7%) e ao da própria empresa (+0,8%).

A proporção de comerciantes que avaliam as condições econômicas atuais como “piores” segue em queda. Para 64% dos varejistas, a economia piorou em junho, percentual abaixo daquele observado em junho de 2016 (84,7%).

“O desempenho positivo deste subíndice reflete a recuperação no curto prazo, ainda que pequena, das vendas do comércio. A queda nos preços do varejo e o processo de redução do custo do crédito aos consumidores têm influenciado a avaliação mais positiva das condições correntes”, acrescenta Izis Ferreira.

Perspectivas

Único item na zona positiva (acima dos 100 pontos do corte de indiferença), o subíndice que mede as expectativas do empresário do comércio teve queda de 2,8% em relação a maio, atingindo 146,4 pontos. Na comparação anual, no entanto, houve crescimento de 13,4%.

A expectativa quanto ao desempenho da economia também piorou em junho: na avaliação de 77,8% dos entrevistados, a economia vai evoluir nos próximos seis meses. Em maio, esse percentual havia alcançado 81,4%.

Intenção de investimentos cai

Em junho, o subíndice que mede as intenções de investimento do comércio registrou queda de 0,9% com ajuste sazonal, alcançando 88 pontos. Na passagem de maio para junho, diminuíram as intenções de contratação de funcionários (-1,9%), investimento nas empresas (-0,1%) e em estoques (-0,1%).

Na comparação anual, as intenções de investir na empresa (+20,3%), contratar funcionários (+21,2%) e de renovar os estoques (+1,7%) estão maiores.

É menor o percentual de comerciantes que avaliam os estoques acima do que esperavam vender: para 29,3% dos consultados, os estoques estão acima do adequado em junho.

De acordo com a CNC, o acirramento da crise política fez surgir novas incertezas quanto à agenda de reformas e ao desempenho da atividade econômica adiante, o que impactou a confiança do comércio. Apesar disso, há sinais de retomada das vendas no curto prazo. A CNC estima que o volume de vendas do comércio em 2017 deve experimentar melhora, com aumento de +1,4%.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) detecta as tendências do setor, do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6.000 empresas situadas em todas as capitais do País, e os índices, apurados mensalmente, apresentam dispersões que variam de zero a duzentos pontos.

Fonte: CNC