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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 24 de outubro de 2023 às 09:47


Crescimento do varejo de segunda mão está na moda, com expectativas de faturar US$ 300 bilhões, com impacto da compra e venda de produtos usados no mercado fashion.

A forma de lidar com as roupas tem passado por uma reformulação, e as vendas de segunda mão têm se tornado cada vez mais comuns entre os consumidores do varejo. A compra e venda de produtos usados têm impactos na indústria da moda, e a tendência é que haja um avanço no varejo de segunda mão. Os fatores que levam os clientes a optarem por esse formato de compras vão desde um melhor custo-benefício à repaginação com itens seminovos.

A tendência é que o varejo de segunda mão avance junto com essas novas preferências do público. Segundo o Relatório de Revenda da ThredUp, o mercado global de segunda mão deve quase dobrar até 2027 e chegar aos US$ 350 bilhões. A expectativa é que haja um crescimento três vezes mais rápido que a média do mercado global de vestuário em geral. Vale lembrar que, em 2022, o segmento cresceu 28%, com um faturamento de US$ 177 bilhões.

Nos Estados Unidos, expectativas são de crescimento para o varejo de segunda mão

Em 2022, 52% dos consumidores compraram roupas de segunda mão nos Estados Unidos.  Além disso, por lá a revenda cresceu cinco vezes mais que o setor varejista de roupas em geral no ano passado e alcançou US$ 39 bilhões. O estudo mostra que um a cada três itens adquiridos nos últimos 12 meses foi de segunda mão. O esperado é que, em 2023, a compra e venda de produtos usados no varejo tenha evolução acelerada em 2023, crescendo 26%, e continue impulsionando em 2024, crescendo 33%.

Só nos Estados Unidos, segundo o relatório da ThredUp, a expectativa é que o mercado de segunda mão alcance US$ 70 bilhões até 2027, diante da forte trajetória de crescimento que mantém. Para 2027, estima-se que esse crescimento seja de nove vezes maior que o varejo mais amplo do setor de vestuário.

A revenda online é o setor de crescimento mais rápido, e espera-se que nos EUA ela aumente 21% ao ano até 2027, atingindo US$ 38 bilhões e crescendo duas vezes mais rápido do que de segunda mão em geral.


Os motivos que levam os consumidores às compras de segunda mão

A inflação é um dos motivos que levam o consumidor a optar por comprar roupas de segunda mão. 94% deles se dizem preocupados com o impacto do aumento dos preços em suas finanças no dia a dia, e 38% estão extremamente preocupados. 37% dos consumidores gastaram uma proporção maior de seu orçamento de vestuário em produtos de segunda mão do que no ano passado, e 63% aumentaram seus gastos na compra e venda de produtos usados como forma de driblar a inflação. Outros 42% dizem que os usados se tornaram mais acessíveis.


Geração Z e o aumento e o aumento nas revendas

Outro ponto mostrado pelo relatório é que alguns consumidores optam por comprar de segunda mão para pagar mais barato em marcas mais sofisticadas, e 30% são da geração Z. Além disso, os Zoomers foram 58% dos consumidores que compraram vestuário de segunda mão nos últimos 12 meses, mais do que qualquer outra geração.

Mais da metade da geração Z tem maior probabilidade de comprar de uma marca que oferece itens de segunda mão. 82% da geração Z considerou o valor de revenda do vestuário antes de comprar. Vale lembrar também que 64% dos jovens ainda buscam se um item que eles viram novo está disponível em segunda mão antes de comprá-lo. Mas se o produto não tiver um bom valor de revenda, 42% da geração Z tem menos probabilidade de finalizar a compra.


A revenda tem potencial para reduzir a produção de novas roupas

A superprodução da moda chega a 100 bilhões de peças produzidas todos os anos para uma população global de 8 bilhões de pessoas. Só os consumidores norte-americanos compraram 1,4 bilhão de itens de vestuário de segunda mão em 2022. Normalmente teriam comprado novos. Isso representa um aumento de 40% na compra e venda de produtos usados em relação a 2021.

Ainda de acordo com o relatório, mais de um terço dos retalhistas afirmam que se a revenda provar que terá sucesso, eles cortariam a produção de novos produtos. Se os retalhistas diminuíssem um item a cada nova peça que os consumidores comprassem de segunda mão no lugar de uma nova, a redução da produção seria de 8% até 2027.


E no Brasil, como está o varejo de segunda mão?

No Brasil, o mercado de itens de moda usados pode crescer de 15 a 20%, ultrapassando o valor do mercado de fast fashion até 2030. Por aqui, 56% dos brasileiros afirmam já terem feito ao menos uma compra ou venda de artigos usados. É o que mostra um estudo da consultoria Boston Consulting Group (BCG) junto com a Enjoei, comunidade brasileira de compra e venda de produtos usados, especialmente peças de vestuário de segunda mão seminovas.

Entre os itens mais procurados estão as roupas, que lideram o ranking com 50% de adesão entre compradores de seminovos. Em seguida aparecem calçados e acessórios, com 34% e 33% de penetração, respectivamente entre os consumidores.

Os motivos para a venda de itens de segunda mão são: passar para frente roupas paradas (38%); liberar espaço no guarda-roupas (34%); ser sustentável ao passar roupas a frente (29%); ganhar dinheiro para novas roupas (27%); disposição de tempo para organizar e vender (26); situação financeira apertada (19%); quando conhecidos estão se desfazendo de roupas (12%); e experiência divertida (12%).

O estudo mostra ainda que a variedade no guarda-roupa é outro ponto importante para os consumidores brasileiros, que valorizam a qualidade das marcas durante as compras. A Enjoei explica que, uma vez que as roupas passam por curadoria, é possível ter acesso a itens premium por um valor mais baixo que o vendido em primeira mão, e esse é o principal motivo da compra para 46% dos respondentes do estudo.

Ainda de acordo com a pesquisa, entre os compradores e vendedores de usados, há uma média de 12% do guarda-roupa sendo ocupada por peças de segunda mão, muito similar ao encontrado nos mercados maduros. Os consumidores declaram ainda a intenção de aumentar este percentual, alcançando 20% já em 2025, representando um mercado potencial de R$ 24 bilhões.

O relatório da BCG com a Enjoeimostra ainda os dois principais desafios a serem superados para garantir que o potencial de crescimento seja aproveitado no Brasil. Um deles é construir a confiança, uma vez que, em tempos em que cada vez mais transações são feitas de forma digital, ter processos que tornem os serviços mais eficientes e seguros alimenta a confiança para os consumidores.

O segundo desafio é a mudança cultural sobre o consumo de segunda mão. A pesquisa mostra que 60% das pessoas não vendem suas roupas usadas por falta de hábito. Já outros 43% preferem doar as peças que não utilizam mais. Além disso, há quem tenha medo de adquirir peças usadas pela “energia” que elas carregam.

Fonte:
Consumidor Moderno
Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 11 de outubro de 2023 às 14:05


Segundo pesquisa, número representa crescimento de 8% na comparação com o ano passado.
O Dia das Crianças, comemorado no dia 12 de outubro, é uma das principais datas para o comércio eletrônico brasileiro e, neste ano, a previsão é que o faturamento do e-commerce chegue à marca de R$ 5,95 bilhões, segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

A pesquisa considerou os 14 dias que antecedem o evento, e o resultado representa um crescimento de 8% na comparação com o ano anterior.
Em 2022, o faturamento da data foi de R$ 5,5 bilhões, totalizando 11,95 milhões de pedidos e ticket médio de R$ 460,25.

Para o presidente da ABComm, Mauricio Salvador, a expectativa de faturamento por parte do varejo digital no Dia das Crianças é “excelente”.
“A participação do comércio eletrônico na data segue crescendo, impulsionada pelas ofertas e o pelo aumento do público online a cada ano”.


De acordo com a ABComm, no Dia das Crianças deste ano, os itens que devem ser mais buscados para compra no comércio eletrônico brasileiro são os brinquedos, bonecas e carrinhos. Veja a seguir a lista completa:
- 1 – Brinquedos, Bonecas e Carrinhos
- 2 – Vestuário e Calçados
- 3 – Jogos de Videogame
- 4 – Jogos de tabuleiro
- 5 – Bicicletas, Skate, Patins
- 6 – Livros
- 7 – Smartphones, Tablet/Computadores


Loja física ainda é opção

Apesar da previsão de faturamento do e-commerce, uma pesquisa levantada pelo Instituto Datafolha e realizada a pedido da Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento, mostra que 74% dos brasileiros entrevistados pretender ir até as lojas físicas para as compras da data.
O formato de compra presencial é preferência entre mulheres (76%), assim como na região metropolitana, com 74%, e no interior, que teve 73% de respostas positivas.
A escolha pelo varejo digital possui maior aderência entre os homens, 24%, e entre as faixas etárias de 18 a 24 anos e 35 a 44 anos, ambas com 29% de menções.


Movimentação do comércio e serviços

De acordo com a pesquisa da Abecs, o Dia das Crianças deve movimento cerca de R$ 16,1 bilhões em compras no setor de comércio e serviços, sendo que 65% dos brasileiros pretendem comprar presentes, com investimento médio de R$ 213.

Para 33% dos entrevistados, o valor gasto neste ano deve ser maior do que no ano passado. Já para 34%, o valor deve permanecer igual, e, para 30%, abaixo do que o gasto anterior.

Entre as regiões do país, o Centro-Oeste deve ter o maior valor médio de gastos, de R$ 236, ficando acima da média nacional, assim como o Sudeste, com R$ 233,e a região Sul, com R$ 219. A região Norte e Nordeste apontam gasto médio de R$ 197 e R$ 178, respectivamente.

Fonte: CNN Brasil