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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 23 de março de 2021 às 09:28

Confira cases em três segmentos do mercado que mostram a importância do apoio de marcas aos varejistas de pequeno e médio porte.

Os imperativos colocados pela pandemia ao varejo são difíceis de resolver tanto pela sua urgência quanto complexidade. Os marketplaces são forçados a reinventar seus ecossistemas, trazendo para o online milhões de vendedores sem preparo para vender na internet ou vítimas permanentes dos lockdowns, como os restaurantes. Com o andar da pandemia, já é possível ver que a comunidade de organismos vivos dos marketplaces se equilibra por meio de soluções financeiras e digitais ao pequeno e médio varejista.

As dificuldades de contato com o consumidor e de controle das contas são os grandes desafios do pequeno e médio varejista no momento. Em julho de 2020, a “Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da COVID-19 nas Empresas”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que pouco mais de 145 mil varejistas já haviam encerrado as atividades por dificuldades provocadas pela pandemia.

Para resolver este problema de alta escala, grandes players do mercado têm gerado soluções financeiras e digitais focadas no aumento da visibilidade dos vendedores e na estabilização das suas contas. Confira algumas ações nesse sentido.


Ajuda aos restaurantes

O iFood e o Rappi estão promovendo fortes ações para facilitar o funcionamento dos parceiros com ampliação de serviços financeiros e acesso a empréstimos.

Nesta semana, o iFood anunciou a extensão de sua base de restaurantes cadastrados com acesso a sua conta digital. A ação amplia serviços como antecipação de recebíveis, maquininha de cartão e pagamento via QR Code a mais 55 mil restaurantes. Além disso, a foodtech prevê ainda este ano a oferta de novos produtos e linhas de crédito aos estabelecimentos tendo em vista os percalços da pandemia.

Já o Rappi anunciou nesta semana que está lançando um pacote de R$ 100 milhões em empréstimos a restaurantes parceiros para este ano. Além disso, a startup vai diminuir o tempo de repasse das vendas para até sete dias pelos próximos quatro meses. Atualmente, o tempo de repasse é de 14 dias, sendo que era de 30 antes da pandemia. Já para incentivar a adesão de novos parceiros, o Rappi está isentando as taxas por três meses.


Marketplaces amigos

Os gigantes Mercado Livre e Magalu também têm focado nas soluções financeiras e digitais aos parceiros. Além de adiantamento de recebíveis, eles oferecem crédito para favorecer o capital de giro, com casos pré-aprovados mediante avaliação do histórico.

O Mercado Livre viu a chance de intensificar seu propósito de fomentador do comércio e reforçou seu suporte ao parceiro com acompanhamentos sobre a qualidade a partir de seu time de CX.

Mas o destaque está na solução digital que o Magalu vem trabalhando desde a metade do ano passado. Com a campanha “Parceiro Magalu”, o marketplace tem incluído comerciantes menores à plataforma para que apareçam para os mais de 20 milhões de clientes de sua base. Com uma solução digital de interface simplificada, empreendedores são notificados sobre a compra, emitem o tíquete da etiqueta de postagem e deixam o pedido pronto para o transporte, já que podem usar a malha logística do Magalu.

“É uma ferramenta bastante simples do ponto de vista de operação. Em um botão você anuncia o produto e no segundo emite nota fiscal eletrônica”, explica o diretor-executivo de marketplace da marca, Leandro Soares.

Mais que segurar as vendas, pequenos e médios varejistas chegam até a triplicá-las com soluções do tipo. Este foi o caso da empresária e proprietária da VCL Ferramentas, Cláudia Lima Olivares. Ao tomar conhecimento do app, ela se tornou parceira imediatamente. “Fechei a loja em 19 março e estava com estoque grande porque normalmente abastecemos em janeiro. A filha de uma mulher que trabalha comigo há muitos anos é estudante de marketing e perguntou por que eu não usava o aplicativo da Magalu. Eu já tinha o site da minha loja. Então, eu pesquisei, encontrei, cadastrei, comecei a subir os produtos e no dia seguinte estava vendendo”, conta Olivares.


Meios de pagamento

A Visa também percebeu que poderia se colocar a serviço dos negócios mais vulneráveis à pandemia por meio de ajustes em seu programa de ofertas, promoções e benefícios “Vai de Visa”.

Ouvindo seus clientes – que queriam ajudar certos negócios e não sabiam como -, a Visa modificou o programa de forma que funcionasse como um hub onde concentrasse soluções para o pequeno comércio, de modo que o consumidor final não encontrasse apenas ofertas direcionadas a grandes varejistas.

“Nos demos conta de que, se a gente é um grande conector de todo o sistema financeiro, a gente pode conectar também todas as soluções que estão disponíveis no sistema financeiro para ajudar os pequenos negócios. Buscamos parceiros que ofereciam soluções de digitalização e acabamos criando um grande hub, quase um marketplace de soluções. Tudo isso com uma postura totalmente agnóstica. O comércio que usou disso não era obrigado a ter uma exclusividade com a Visa”, conta a diretora de marketing da Visa do Brasil, Patricia Mascagni, frisando que a ação foi um exercício de empatia que fez as pessoas olharem para a marca como parceiro.

Ao mesmo tempo em que mantém a esperança dos pequenos e médios varejistas, ações como estas vindas de marcas consolidadas no mercado representam uma importante questão de responsabilidade social, algo que é cada vez mais visto e valorizado pelos consumidores.

Fonte: Novarejo
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 23 de março de 2021 às 08:51


Pandemia faz consumidor preferir programas que ajudam a pagar contas do dia a dia; 65% preferem realizar compras com marcas que oferecem o benefício.

Em tempos em que o consumidor usufrui de infinitas opções de marketplaces e canais de compra, os programas de fidelidade se mostram altamente relevantes para os negócios e suas marcas. Mas eles também são de incontáveis opções. Por isso, vale saber que no momento o incentivo financeiro é o principal interesse do consumidor neste tipo de programa.

De acordo com uma pesquisa da ABEMF (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização) com a Locomotiva Instituto de Pesquisa, incentivos que ajudam a economizar dinheiro são a principal razão pela qual o consumidor participa de um programa de fidelidade. Precisamente, 71% dos participantes mostraram tal preferência – um número muito maior que os 23% de interesse em benefícios intangíveis, como experiências.

Para o presidente da associação, João Pedro Paro Neto, os números sugerem um reflexo do momento econômico vivido (afinal, o ambiente é de incerteza e o consumidor está com menos vontade de abrir a carteira).

“A imagem dos programas de fidelidade sempre foi muito ligada a boas experiências como viagens, serviços e benefícios exclusivos. Mas os brasileiros já compreenderam que eles podem fazer diferença, também, nas contas do dia a dia, até com pequenas quantidades de pontos e milhas. Em um cenário de incertezas econômicas, é natural que o participante passe a olhar mais para esse tipo de vantagem, que o permita economizar”, explica.

Outro dado importante da pesquisa se refere à aceitação geral que o consumidor tem sobre os programas de fidelidade. Atualmente, 65% dos participantes da pesquisa preferem realizar compras com marcas que oferecem o benefício, com 61% preferindo concentrar compras em uma mesma marca.

O estudo também mostra a importância do fator social da compra, com 72% dos consumidores indicando a amigos e parentes as marcas que ele consome com algum tipo de fidelidade.


BENEFÍCIOS APROVADOS

No geral, o consumidor está satisfeito com o que resgata dos programas, com quase 80% afirmando experiências positivas. Boa parte deste número se deve ao fato de os programas darem a eles a chance de obter produtos e serviços que não teriam condições de pagar durante a pandemia, enquanto outros mostraram satisfação por poderem usar resgates para gastos diários, como supermercado e farmácia.

Sobre os itens resgatados, 63% optaram por descontos em compras; 46% por produtos de baixo valor, como utensílios para casa, brinquedos e outros; 35% trocaram por cashback; 13% por produtos de alto valor, como TVs, celulares e eletrodomésticos.

Como lembra a pesquisa, o fato de apenas 5% trocarem por passagens aéreas é um reflexo da pandemia, já que antes o número costumava ficar em torno dos 75%.

A pesquisa entrevistou 1.500 pessoas em todo o território nacional com diferentes perfis de consumo, como consumidores frequentes, que possuíam cadastro em três ou mais programas, e participantes esporádicos, cadastrados em até dois programas.

Fonte: Consumidor Moderno