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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 15 de dezembro de 2020 às 10:00


Maior feira do mundo do varejo pauta a análise de dados para otimizar os negócios e a automatização de processos recorrentes.

A NRF 2020, maior feira global do varejo, aconteceu do último dia 11 ao dia 14 de janeiro, em Nova York. O evento, que é conhecido por seu poder de revelar as tendências do varejo mundial, contou com a presença de lideranças do setor.

A análise de dados para a otimização dos negócios foi um dos destaques, além da automatização da jornada do consumidor e das operações. Até impressões 3D voltadas para o ramo gastronômico puderam ser vistas no evento. Abaixo compartilho as principais novidades apresentadas na NRF 2020.


ANALYTICS

O grande tema da NRF 2020 foi a utilização do Analytics e inúmeras soluções de análise de dados. Desta forma, o varejista pode entender como aumentar a produtividade do negócio como um todo, seja nos estoques, na loja ou no atendimento ao cliente.

É notório o poder transformador da Inteligência Artificial, acompanhada da Machine Learning, Deep Learning e Image Learning. O futuro das máquinas já é uma realidade no mercado chinês e boa parte do mercado americano, com a atuação da Amazon Go, por exemplo. Todas essas ferramentas devem ser utilizadas para ofertar ao cliente uma experiência única e enriquecedora.


JORNADA E EXPERIENCIA

Uma medida para aprimorar a experiência do cliente na loja física é lançar mão de soluções tecnológicas que dão total comodidade, e autonomia ao consumidor.

O cliente entra na loja identificando-se através do QR Code do app, escolhe o produto, coloca na sacola, sai da loja e pronto. O valor dos produtos é debitado no seu cartão e, em até dois minutos, o recibo é enviado ao seu smartphone sem nenhuma interferência de um funcionário no processo.

Isso tudo é possível devido à alta tecnologia e centenas de câmeras que acompanham milimetricamente cada movimento do cliente na loja.

Na luxuosa Neyman Marcus também é possível agendar a utilização dos provadores, ambientados ao gosto do cliente, escolher a música que deseja ouvir na loja e até mesmo pedir apoio de estilistas, pré-selecionando as roupas de seu perfil, elevando ao mais alto nível a experiência dentro da loja.


AUTOMATIZAÇÃO

Dentre as soluções apontadas, a automatização domina. Os insights abrangem todas as etapas e segmentos do negócio varejista, da estocagem ao pós-compra.

Robôs da empresa Fabric fazem o trânsito dos produtos até as estações de picking nos armazéns, drones fazem a atualização de inventários e planogramas, máquinas percorrem os corredores das lojas, verificando as gôndolas para reposição dos estoques e inventário, ou realizam a organização de estocagem, elevando a eficiência das operações logísticas.


LOJA FÍSICA OU DIGITAL?

A NRF mostrou que a escolha dos pontos de vendas passará por uma decisão do consumidor. A integração desses canais dará ao cliente comodidade e liberdade para transitar entre eles como bem entender.

Comprar na loja e receber em casa. Comprar na internet, provar na loja e receber em casa. E comprar na internet e retirar na loja, por exemplo. Possibilidades que se tornarão ações comuns.


TECNOLOGIA MATERIALIZANDO NOVAS IDEIAS

Empresas como a Texel buscam minimizar o tempo gasto pelo cliente nos provadores dos varejos de moda para evitar sua frustração ao comprar uma peça de vestuário do tamanho errado.

E como eles fazem isso? Com o app body measurement que funciona assim: o consumidor, em sua casa, veste uma roupa de ginástica, que é escaneada por um app e faz as medições precisas do seu corpo. A solução impacta não só na praticidade para o cliente, mas na redução de trocas para o varejista.


OUTRAS SOLUÇÕES


Ainda no varejo de moda, tecnologias como a image learning permitem aos clientes tirar ou enviar a foto de uma roupa a um sistema, que procura na base de um varejo uma peça semelhante à desejada pelo consumidor. A ideia é da startup Syte.

Para a área de e-commerce, a Namogoo desenvolveu uma aplicação que evita o surgimento de anúncios de concorrentes enquanto o consumidor navega nos sites das empresas. A ideia é diminuir a fuga dos clientes no ambiente online.

Já a Natural Machines trabalha com a impressão de formas 3D feitas com comida. O alimento passa por uma impressora 3D que deixa um purê de batata em formato de flor, por exemplo. As máquinas têm sido muito vendidas para hospitais, pensando na experiência de quem vai consumir. Estes são apenas alguns exemplos das dezenas de soluções inovadoras apresentadas pelas startups durante a feira.

A tecnologia que aparentemente era distante, fica cada vez mais próxima das nossas realidades, como varejistas ou consumidores, e vem acompanhada de requintes de simplicidade e genialidade por trás de cada ideia.

Fonte: Consumidor Moderno
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 01 de dezembro de 2020 às 09:59


Análise da Nielsen identifica novos comportamentos de consumo e aponta oportunidades para o varejo e para a indústria.

A Black Friday passou, e agora é hora de focar nas compras de Natal. Tradicionalmente, a data é considerada a melhor do ano para o varejo físico e online, mas este ano, com a pandemia, os varejistas estão com expectativas mais conservadoras. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o Natal deve movimentar R$ 37,5 bilhões em vendas este ano e gerar 70,7 mil vagas temporárias de trabalho – a menor taxa em cinco anos.

A cautela também é maior entre os consumidores, afinal, milhões de pessoas perderam o emprego ou tiveram queda na renda com a pandemia. Neste cenário de incertezas, a Nielsen Global Connect mapeou cinco grupos de consumidores diferentes, e explicou como cada um deles deve reagir às restrições financeiras e/ou de mobilidade nas festas de fim de ano. Confira:

1. Financeiramente limitado e mobilidade restringida ($): devido às restrições impostas pela pandemia, esses consumidores têm menos liberdade para se reunir fisicamente e fazer compras, e podem ter menos oportunidades para procurar e encontrar o melhor valor ou variedade de opções.

2. Limitado financeiramente, mas sem restrições de mobilidade ($): de acordo com a Nielsen, esses consumidores podem ter uma mentalidade mais econômica ao se prepararem para a temporada de férias, mas terão mais liberdade para celebrar com outras pessoas e buscar fisicamente os produtos e preços adequados às suas necessidades.

3. Cauteloso Intermediário ($$): temem pelo que pode acontecer no futuro próximo. Provavelmente são cautelosos ao gastar, presenteando somente as pessoas que são mais próximas.

4. Com poder de compra, mas mobilidade restringida ($$$): com celebrações menores, esse público deve apostar na auto indulgência, gastando mais de alguma forma para compensar experiências que não são mais possíveis, como viagens.

5. Com poder de compra e sem restrições de mobilidade ($$$): esses consumidores, segundo a Nielsen, gastarão mais livremente e irão realizar festas, mesmo com a pandemia. Muitos devem compensar os luxos perdidos no início do ano, e podem estar mais inclinados a ajudar os menos favorecidos, especialmente os mais próximos.


Novos grupos, novos comportamentos

A Nielsen também identificou padrões que podem ajudar a prever o que vai pesar nas decisões de compra, tanto neste período de festas de fim de ano, quanto no futuro. São eles:


1. Reajuste de Cesta: redefinir o que é “festivo”

De acordo com a Nielsen, esta nova realidade que estamos vivendo tem mudado o conceito de muitas pessoas sobre o que é “presenteável”, gerando uma grande oportunidade para os varejistas. Alimentos frescos, que estão com os preços em alta, por exemplo, podem passar a ser considerados uma opção de presente para muitas pessoas.

Outros produtos que, segundo a Nielsen, podem passar a ser dados como presente esta ano são aqueles relacionados à saúde e à proteção pessoal, como antissépticos, vitaminas e suplementos.


2. Reajuste no domicílio: pensando no imediatismo e no distanciamento

Com a continuidade das orientações de distanciamento social, a tendência é que as celebrações deste Natal sejam menores e fiquem concentradas em casa. Os consumidores que estão com orçamento mais restrito este ano devem apostar nos pratos feitos em casa e em produtos em porções menores, mais adequadas a pequenas reuniões.

Os consumidores com maior poder de compra, por sua vez, devem buscar produtos premium e contratar experiências gastronômicas em domicílio. A Nielsen alerta que as marcas devem ficar atentas a essas novas necessidades, incluindo ainda a busca maior por presentes instantâneos ou à distância, como vales-presente virtuais.


3. Reajuste racional: conexão com empatia

Sem uma definição de quando a pandemia poderá ser considerada “sob controle”, muita gente tem esperado mais para decidir o que vai fazer nas festas de fim de ano. Segundo a Nielsen, oferecer soluções para esse público pode ser uma boa oportunidade para os varejistas, desde que as ofertas sejam feitas de maneira empática.


4. Reajuste do poder de compra: concretizar o impulso

As compras online vão impulsionar, mais do que nunca, o comportamento do consumidor nas férias. Aqueles que possuem maiores limitações financeiras serão os mais seletivos, e devem usar a internet cada vez mais para buscar melhores preços. Já os que têm maior poder aquisitivo vão aproveitar o universo online para ampliar sua busca por produtos premium para as festividades.

Os varejistas que mantêm lojas virtuais podem tirar vantagem desse novo comportamento do consumidor, oferecendo um ambiente seguro para as compras e até mesmo amostras grátis, para fidelizar seu público.

Por fim, a Nielsen ressalta que, ainda que a pandemia tenha instaurado uma nova realidade de consumo e comportamento este ano, as pessoas, de maneira geral, vão procurar manter suas comemorações. Cabe aos fabricantes e varejistas se adaptar a esses novos cenários, ajustando suas ofertas e condições para ter sucesso e garantir a conveniência do consumidor.

Fonte: Consumidor Moderno