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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 30 de janeiro de 2018 às 12:53
O comércio brasileiro fechou o ano passado com cenário ainda complexo, em termos de número de pontos de venda. Entre aberturas e fechamentos, o saldo do setor ficou negativo em até 15 mil lojas, de acordo com dados preliminares da Confederação Nacional do Comércio (CNC).





Os números consolidados de 2017 serão apurados pela entidade no início do mês de fevereiro, mas, segundo o chefe da divisão econômica da CNC, Fabio Bentes, tudo indica que o setor fechou o ano com saldo negativo de entre 10 mil a 15 mil lojas. “De janeiro a outubro do ano passado, 17.306 unidades fecharam as portas no comércio. Por mais que os dados de novembro e dezembro sejam positivos eles não vão anular o resultado visto até agora”, diz.

O desempenho vem após dois anos consecutivos de retração no total de lojas, período em que mais de 200 mil pontos de venda pararam de operar no setor. Apesar dos dados ainda negativos, o saldo do ano passado foi melhor do que o registrado em anos anteriores (fechamento de 105,3 mil lojas em 2016 e de 101,9 mil em 2015), o que, na visão da entidade, é um sinal positivo.

Para Bentes, o resultado sinaliza inclusive para uma perspectiva de recuperação no número de lojas já ao longo deste ano. “Comparado com 2016, quando mais de 105 mil lojas foram fechadas no setor, o saldo de 2017 é bem melhor e cria a expectativa de um resultado positivo para 2018. Estamos esperando aberturas líquidas de entre 30 mil a 40 mil pontos de venda neste ano”, afirma.

Até outubro

Um aspecto que reforça a projeção otimista é o dado de outubro do ano passado, último resultado consolidado pela entidade. De acordo com Bentes, o mês foi o primeiro desde dezembro de 2014 em que o varejo brasileiro registrou mais aberturas do que fechamentos.

O saldo do período, mostra o estudo da CNC, foi de 1.202 lojas abertas. De dezembro de 2014 até setembro do ano passado todos os meses apresentaram saldos negativos, sendo que o ápice ocorreu em janeiro de 2016, quando 14.806 lojas fecharam as portas no varejo. “Em dezembro de 2014 cerca de 2.550 lojas foram abertas e de lá para cá, até setembro de 2017, sempre o saldo ficou no vermelho. Em outubro tivemos pela primeira vez um saldo positivo, o que é um dado extremamente relevante”, resume.

Ainda assim, no acumulado do ano passado até outubro o saldo ficou no negativo, com o fechamento de 17.306 lojas. No período, o segmento que apresentou o maior número de pontos de venda que pararam de operar foi o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.

O levantamento da CNC mostra que o ramo, que possui a maior participação no faturamento do setor varejista, registrou uma redução de 4,85 mil lojas nos primeiros dez meses de 2017. Na sequência ficou o segmento de lojas de material de construção, com fechamento de 3,1 mil pontos de venda.

Dos dez setores analisados no estudo, o único que apresentava saldo positivo, até outubro do ano passado, era o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com uma abertura líquida de 303 unidades. Em termos de regiões do País, a que apresentou o maior número de fechamentos no intervalo foi o Sudeste (-10,2 mil), seguida pelo Nordeste (-3,0 mil) e pelo Sul (-1,6 mil).

Em relação ao volume de vendas do setor, a CNC acredita que o varejo ampliado tenha fechado o ano com um crescimento de 3,9%. Para 2018, a previsão da entidade é de uma expansão mais robusta, com um crescimento, também no conceito ampliado, de 5,1%.

Fonte: DCI
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 30 de janeiro de 2018 às 12:37
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 110,1 pontos no mês de janeiro, mantendo-se acima da zona de indiferença (100 pontos). Na comparação com dezembro, o indicador evoluiu 1,1% na série com ajuste sazonal. Já ante janeiro do ano passado, o aumento foi de 15%.

“A melhora gradativa das condições econômicas, o recuo nas taxas de juros, a inflexão do mercado de trabalho e a trajetória favorável da inflação proporcionaram uma elevação da confiança do empresário no curto prazo”, explica Bruno Fernandes, economista da CNC.

Cenário econômico contribui para aumento da confiança

O subíndice que mede a avaliação das condições correntes pelo comerciante apresentou aumento de 1,7% na série com ajuste sazonal, mantendo o avanço na comparação mensal. Na comparação anual, o índice teve mais um importante aumento de 41,9%. Apesar disso, continua na zona negativa (abaixo dos 100 pontos), com 83 pontos.

Em relação a janeiro de 2017, a percepção dos varejistas sobre as condições atuais melhorou expressivamente em todos os itens avaliados (economia, setor e empresa), com destaque para a economia, com aumento de 64,3%. Neste janeiro, 43,6% dos comerciantes consideram o desempenho do comércio melhor do que há um ano e, para 37,4% dos entrevistados, a avaliação sobre a economia é mais positiva na comparação anual.

Expectativas

O Índice de Expectativas do Empresário do Comércio aumentou 1,7% em relação a dezembro e 5,9% na comparação anual. O componente segue como o único subíndice da pesquisa acima da zona de indiferença, com 151,3 pontos.

As perspectivas em curto prazo em relação ao desempenho do comércio (+5,6%), da própria empresa (+4,5%) e da economia (+7,8%) melhoraram relativamente em comparação com o mesmo período de 2017. Na avaliação de 82,7% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos seis meses à frente.

Otimismo dos comerciantes se mantém crescente

O subíndice que mede as intenções de investimento do comércio teve novo aumento em janeiro deste ano (+2,0%). Na comparação com 2017, a elevação foi de 11,8%, com destaque para o aumento da intenção de investir na empresa (+21%).

Considerando a perspectiva de melhor desempenho das vendas e contratações, nota-se maior intenção de contratar funcionários (+12,2%) do que em janeiro de 2017, assim como maior intenção de renovar os estoques (+3,8%).

Para 27,5% dos comerciantes consultados em janeiro, o nível dos estoques está acima do que esperavam vender, proporção menor do que a apontada em dezembro (27,9%). Esse percentual, que indica insatisfação quanto ao nível dos estoques, tem reduzido e converge, mês após mês, para a média histórica do indicador (24,8%).

A CNC estima que, em 2017, o volume de vendas do comércio varejista ampliado tenha crescido 3,9%. Para este ano, a previsão é que o comércio registre alta de 5,1%, podendo resultar no maior crescimento das vendas desde 2012.

Fonte: CNC