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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 31 de outubro de 2023 às 11:07


Na visão dos especialistas, existem vários fatores influenciando essa tendência.
Após anos de crescimento recorde, a indústria de luxo pode estar prestes a enfrentar uma desaceleração, de acordo com um relatório divulgado pela RBC Capital Markets. Os sinais de ventos contrários já são visíveis, com o preço das ações da LVMH caindo 7% após a divulgação de resultados trimestrais feita na semana passada, a maior queda vista desde o início de 2020.

Com a movimentação, analistas em todo o mundo começaram a reduzir suas recomendações, esperando uma correção de mercado que trará um crescimento mais lento nos próximos trimestres para as companhias do setor.


Bilionários dão dicas sobre como ganhar dinheiro

David Rubenstein Patrimônio líquido: US$ 3,1 bilhões (R$ 15 bilhões) | Cofundador e presidente executivo do Grupo Carlyle Matemática e Microgerenciamento Segundo Rubenstein, os grandes investidores possuem habilidades sólidas em matemática, demonstram uma curiosidade intelectual enorme e têm o hábito de ler o máximo que podem, mesmo que não seja diretamente relacionado à área em que estão investindo. Eles são como esponjas, absorvendo informações. Além disso, esses investidores gostam de ter a palavra final e, quando tomam uma decisão ruim, assumem a responsabilidade por ela. "A coisa mais importante é ler, saber sobre o que está se envolvendo e não pensar que é um gênio. Seja realista em suas expectativas de taxa de retorno. A coisa mais importante a se reconhecer é que o maior erro que as pessoas cometem é vender quando os mercados estão em queda e comprar quando os mercados estão em alta."

Warren Buffett Patrimônio líquido: US$ 112,5 bilhões (R$ 544,5 bilhões) | CEO e presidente da Berkshire Hathaway Oportunidades "O mundo está mudando, mas as coisas novas não eliminam as oportunidades. O que proporciona oportunidades são outras pessoas fazendo coisas estúpidas, e eu diria que, nos 58 anos em que administramos a Berkshire, houve um grande aumento no número de pessoas fazendo coisas estúpidas, e elas fazem em grande escala. A razão pela qual elas fazem isso, em certa medida, é porque podem obter dinheiro de outras pessoas muito mais facilmente."

Sam Zell Patrimônio líquido: US$ 5,2 bilhões (R$ 25,1 bilhões) | Fundador da Equity Group Investments Importância da Liquidez "Liquidez equivale a valor. Portanto, incentivamos todas as nossas empresas a manter altos níveis de liquidez. Porque, no final, todo período de estresse econômico termina com um evento de liquidez ou um verdadeiro desafio de liquidez, e como isso é enfrentado separa os homens dos meninos."

Leon Cooperman Patrimônio líquido: US$ 2,5 bilhões (R$ 12,1 bilhões) | Fundador da Omega Advisors Por que investir em valor "Sempre fui orientado para o valor. Gosto de obter mais pelo meu dinheiro do que pago. Percebi que a tecnologia é uma espada de dois gumes. A inovação de alguém pode levar à obsolescência de outros, então nunca entendi pagar múltiplos altos por empresas que podem ter uma vida curta. A Meta (anteriormente conhecida como Facebook) é um exemplo perfeito. O TikTok parece estar tirando seu mercado."

Mario Gabelli Patrimônio líquido: US$ 1,6 bilhão (R$ 7,7 bilhões) | CEO da GAMCO Investors Conselhos para os jovens que querem ser bilionários "Se você tem 20 anos e cresceu jogando Fortnite, pode estar acostumado a buscar ganhos de curto prazo, mas é importante pensar no longo prazo. Quando dou palestras sobre como se tornar um bilionário nas universidades, utilizo uma tabela que demonstra a acumulação de valor ao longo de um período estendido. Explico a importância de economizar e, na prática, utilizo o exemplo de abrir mão de uma xícara de café a menos e investir o valor economizado. A longo prazo, essa atitude pode levar ao crescimento do seu patrimônio. Então, se você realmente quer se ajudar, considere abrir mão de uma cerveja.”

Glenn Dubin Patrimônio líquido: US$ 2,8 bilhões (R$ 13,5 bilhões) | Fundador da Dubin & Co. Identifique tendências "Procure uma estratégia, uma região ou uma classe de investimento onde as condições estejam a seu favor. Isso pode envolver um novo mercado, um novo produto ou uma mudança significativa no ciclo de investimento. Em seguida, é necessário identificar talentos, como gestores de portfólio, traders, analistas ou analistas quantitativos, dependendo da estratégia e do negócio que está sendo construído. Ao combinar esses dois elementos - uma situação favorável e a identificação de talentos excepcionais - as chances de sucesso aumentam significativamente."

 Thomas James Patrimônio líquido: US$ 2,3 bilhões | Presidente emérito da Raymond James Financial Foque no longo prazo "Se observarmos qualquer período de dez anos, é evidente que as ações geralmente apresentam crescimento. As pessoas têm dificuldade em identificar os momentos mais baixos e mais altos do mercado. Eu prefiro investir dinheiro gradualmente ao longo de vários anos. Se alguém chegar ao meu escritório com uma quantia considerável para investir nos próximos dois anos, sugiro que façamos investimentos trimestrais em oito etapas. Você não pode vencer o mercado a longo prazo."

Ron Baron Patrimônio líquido: US$ 4,9 bilhões (R$ 23,7 bilhões) | Presidente e CEO da Baron Funds Investir em grandes negócios "Quando comecei, tratava-se de determinar o valor de um negócio. Era baseado no que eu achava que um negócio valia e depois comprá-lo com desconto em relação a esse valor. Comprei várias ações assim, a maioria deu certo, mas as que não deram foram investimentos terríveis e não consegui me livrar delas. Então eu pensei: isso não parece uma ideia muito boa. O que acabou sendo uma ideia melhor foi investir em grandes negócios com potencial de crescimento, grandes pessoas gerenciando-os e uma vantagem competitiva. Então, me concentrei no crescimento das vendas em vez do crescimento do lucro por ação." more 


Na visão dos especialistas, existem vários fatores influenciando essa tendência:


Crescimento acelerado visto nos últimos anos

Em primeiro lugar, o mercado de luxo como um todo está cerca de 25% acima dos níveis de 2019, com taxas de crescimento recentes bem superiores à média para a maioria das empresas. “Isso não é sustentável, e esperamos uma moderação nas tendências de crescimento de receita daqui para frente,” afirma a RBC. Isso significa que o mercado está começando a se corrigir, abrindo caminho para tendências de crescimento mais baixas em comparação com o que testemunhamos nos últimos três anos.


Compradores aspiracionais

Outro fator-chave que impulsiona essa desaceleração é a diminuição dos compradores aspiracionais. Esse grupo de consumidores – que normalmente faz algumas transações por ano, comprando produtos de luxo mais acessíveis, como acessórios – reduziu seus gastos em luxo este ano, afetando a maioria dos grupos do segmento.

Na verdade, essa tem sido uma tendência visível desde o início do ano nos Estados Unidos, em particular, com empresas como a Kering e a LVMH culpando seu fraco desempenho no país pela falta de demanda de compradores aspiracionais.

Anteriormente, um público-alvo fundamental, esse grupo de consumidores parece ter sido negligenciado pelas marcas de luxo que continuaram a aumentar os preços, afastando-os para reter apenas aqueles que podem arcar com tal inflação. Considerando o aumento do custo de vida e o medo de uma recessão, esses compradores agora pensam duas vezes antes de se dar ao luxo de comprar esses itens.

Essa tendência tem um impacto claro nas marcas de luxo, uma vez que os compradores aspiracionais representam 40% dos consumidores de luxo em todo o mundo.


Inflação

Além disso, o cenário macroeconômico é claramente o pior que vimos em décadas, dado que a inflação geral afeta todos os aspectos da vida diária dos consumidores. “Os consumidores comuns têm menos renda residual disponível, o que provavelmente impactará os gastos”, afirmou a RBC.

O banco de investimentos também acredita que a desaceleração no mercado de luxo deve ser bastante severa, dadas as altas taxas de juros, a incerteza econômica e um contexto desafiador na China, com a demanda incapaz de se recuperar de forma atrativa pós-pandemia. Isso está levando a uma preocupação geral com uma desaceleração na demanda de consumidores na Europa, China e nos EUA.

Todos esses fatores contribuem para o provável fim do boom visto no varejo de luxo, após anos de crescimento excepcional. No momento, as ações de luxo europeias estão em queda devido ao crescimento de receita inferior ao esperado, levando os bancos de investimento a reduzir suas previsões em 5% ou mais para o lucro por ação de 2024, de acordo com a Reuters.

À medida que os consumidores aspiracionais se afastam das compras de luxo e os consumidores se tornam mais difíceis de capturar dadas as condições macroeconômicas atuais, será interessante ver onde as marcas de luxo buscarão novos meios de crescimento em 2024 e além.

Fonte: Forbes
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 24 de outubro de 2023 às 10:02


Com a multiplicação das redes sociais, a tradicional "venda porta a porta" se transformou na "venda clique a clique".

Fernanda Bittencourt, de 33 anos, era advogada num escritório de advocacia no Rio de Janeiro quando começou a pandemia. Na hora do almoço, sempre aproveitava o tempo livre para percorrer grandes magazines em busca de pechinchas para compor os looks da moda. Depois postava as dicas de compras para os seguidores do seu Instagram, o “achadinhos na hora do almoço”.

Quando veio a pandemia e o trabalho remoto, ela teve mais tempo para se dedicar a esse hobby. Na época, uma seguidora lhe deu a dica que havia um programa da Renner e que ela poderia ganhar dinheiro com isso. “A primeira vez que coloquei um link parametrizado na plataforma tomei um susto”, conta Fernanda. Ela não tinha ideia da sua influência sobre os seguidores na venda dos itens.

Daí em diante sua vida mudou, largou o escritório de advocacia e passou a se dedicar ao garimpo remunerado de itens de moda, cosméticos e artigos para casa. “Vendo mais de R$ 1 milhão para marcas parceiras em um mês por meio de programas de afiliados e as comissões (recebidas das varejistas) variam de 0,6% a 13%”, diz advogada, que atua para dez varejistas e tem 349 mil seguidores nas redes sociais Instagram, TikTok, WhatsApp.

O sucesso de Fernanda com as redes sociais faz parte de um movimento que não para de crescer no Brasil, com o avanço da internet e a popularização dos smartphones. Do outro lado, a disparada do custo de aquisição de novos clientes para o e-commerce tem levado redes de varejo a apostar nas vendas por meio de influenciadores digitais.


Venda ‘clique a clique’

Batizado de marketing de afiliados, essa estratégia começou no final dos anos 1990. Ela remete ao antigo modelo do vendedor ambulante ou representante comercial, que ganhava uma comissão sobre cada negócio fechado.

Com a multiplicação das redes sociais, a tradicional “venda porta a porta” se transformou na “venda clique a clique”. E o isolamento social imposto pela pandemia turbinou esse canal de vendas, que só tem aumentado desde então.

De acordo com a plataforma Glassdoor, a renda média de um profissional que atua somente com marketing de afiliados no Brasil é de R$ 8.731, mas pode variar entre R$ 195 e R$ 17.267 ao mês.

A investida das redes varejistas nos influenciadores cresceu nos últimos cinco anos por causa do aumentos do custo de marketing para conquistar novos clientes via mídias digitais. “Nos últimos anos, o Custo de Aquisição de Clientes (CAC) só aumentou e tem inviabilizado muitas operações de e-commerce e marketplace”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra. Ele calcula que o CAC chega a representar, em alguns casos, de 15% a 20% do faturamento do e-commerce.

Por isso, as varejistas têm buscado outras alternativas, como aumentar a frequência de compras dos clientes já conquistados ou adquirir novos por meio do marketing de afiliados. Neste caso, a comissão paga é inferior às despesas com as mídias tradicionais.

Bruno Peres, professor de marketing digital da ESPM, frisa que o marketing de afiliados não é algo novo. Surgiu nos anos 1990 nos Estados Unidos com a Amazon, e no Brasil com o Submarino. E está crescendo de forma mais acelerada porque hoje há um número maior de brasileiros em contato com o mundo digital.


Varejo

No Brasil, o Magazine Luiza, por exemplo, atua nesse nicho há 12 anos. O Parceiro Magalu Divulgador tem hoje mais 280 mil pessoas que vendem anualmente na plataforma e recebem uma comissão que varia entre 2% e 12% pelos negócios fechados, dependendo do tipo de produto. “A gente abrange desde a pessoa analógica até o público de afiliados tradicionais, como publisher, site comparador de preços, players mais digitalizados e mais recentemente o mercado de vendas diretas de influenciadores”, diz Kaio Caldas, gerente do Parceiro Magalu Divulgador.

A Renner tem um programa de marketing de afiliados desde 2020. A ideia é “se conectar com os clientes de maneira próxima e autêntica’, diz Maria Cristina Merçon, diretora de Marketing Corporativo da companhia.

Fonte: Mercado & Consumo