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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 06 de dezembro de 2022 às 10:32


Sugestões vão desde tocar o negócio ao estilo ‘arroz com feijão’, preservando o caixa, até colher e transformar dados de clientes em ações para conduzir o negócio.

Na era de pandemia, expansão do e-commerce e revolução digital, quais são os principais desafios para o varejo brasileiro em 2023?

A pergunta foi feita pelo Diário do Comércio para quatro consultores de varejo com a missão de identificar tendências e contribuir para melhorar a performance do setor.

Evidentemente, Inflação e juros altos precisam estar na conta das empresas no ano que vem, assim como a perspectiva de uma economia com baixo crescimento.

Deixando um pouco de lado as condições macroeconômicas do país, agora nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no que mais os comerciantes precisam prestar a atenção?

Para os consultores, mais uma vez, a omnicanalidade, isto é, a integração de todos os canais de contato com o cliente, aparece como essencial para o sucesso de uma loja.

“O varejo, para ser competitivo, tem de ser eficiente no on-line e no off-line”, afirma Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls.

As lojas não podem mais, de acordo com ele, se dar ao luxo de só vender produtos. “Elas têm de oferecer serviços e ainda funcionar como mini centros de distribuição.” Para ele, programas de fidelidade também devem fazer parte do dia-a-dia do comerciante.

É a partir desses programas, de acordo com Marinho, que se forma uma base de dados para conhecer e interagir com a clientela, tornando o negócio promissor.

As marcas estarão mais presentes no mundo digital, com e-commerce, lives, programas de compra em redes sociais, buscando interferir na jornada do consumidor.

“A loja tem de ir até o consumidor, onde ele estiver, e não esperar por ele.”

Grandes marcas devem continuar se juntando, diz ele, em um movimento que deve tornar os lojistas independentes mais frágeis, com mais dificuldade para competir.

Um exemplo é o grupo Soma, que reúne as marcas Farm, Fabula, Animale, Cris Barros, Foxton, NV, Maria Filó, Off Premium, Hering, que já demonstrou apetite para mais aquisições em 2023.

É fato também, de acordo com Marinho, que os comerciantes em geral têm hoje mais oportunidades de negócios, podendo ir para ruas, shoppings, aeroportos, strip malls.


DADOS DOS CLIENTES


Maurício Morgado, líder do FGVcev - Centro de Excelência em Varejo da FGV, destaca a ‘leitura’ de dados de clientes como grande desafio dos comerciantes nos próximos anos.

“A grande dificuldade será transformar toda essa parafernália de dados dos consumidores em informações úteis para o negócio. Não adianta ter dados e não saber usá-los.”

Será que um consumidor que compra mais produtos na linha de comida italiana, como massas, molhos, diz ele, precisa receber ofertas de produtos para preparo de feijoada?

“O profissional de marketing hoje tem de entender de estatística, matemática, TI, o que é raro no universo, transformar informação do consumidor em ação de comunicação”, diz Morgado.

Os lojistas vão ter também de descobrir novo jeito de fazer marketing, de se comunicar com os clientes. O Instagram e o Facebook, diz ele, estão perdendo interesse por conta do TikTok.


AMBIENTAL E SOCIAL

A agenda ESG, sigla, em inglês, para ambiental, social e governança, também precisa estar cada vez mais presente nos negócios do varejo, de acordo com Morgado.

“Em relação a esses três temas, os lojistas, especialmente os pequenos, estão perdidos. Alguns até têm algumas ações sociais, mas são mínimas”, afirma.

Os pequenos até conseguem empregar de maneira correta, de acordo com Morgado, mas, em relação ao meio ambiente, são mais seguidores do que executores.


‘FEIJÃO COM ARROZ’

Marcos Hirai, fundador do Núcleo de Desenvolvimento de Expansões Varejistas (NDEV), diz que especialistas em varejo gostam de falar de inovação, omnicanalidade, experiência.

“Mas o fato é que tem mais consultor falando o que precisa ser feito para ser competitivo do que varejista adotando. Vejo ainda muito o ‘feijão com arroz’ no varejo brasileiro”.

Os desafios para os lojistas brasileiros, de acordo com Hirai, continuam os mesmos dos últimos anos, até porque a integração entre os canais físico e digital sequer é uma realidade no Brasil.

“O país saiu de uma crise brava, que deixou cicatrizes, e o empresário, em sua maioria, não tem dinheiro para investir em projetos dos sonhos. O importante ainda é sobreviver.”

Hirai faz uma analogia: “Vejo muito varejista que realmente deseja ter um carro elétrico, mas acaba ficando mesmo com o tradicional por falta de recursos.”

Muitas redes, de acordo com ele, investem em loja uma moderna, bem equipada, para mostrar que estão antenadas com as novas tecnológicas, e tudo acaba por aí.
“As outras lojas da rede continuam do mesmo jeito.”


Para Hirai, em 2023, o varejista deve continuar a busca pela melhoria de processos, reduzir custos e, depois, buscar inovação. “Ainda estamos voltando aos patamares de 2018, 2019.”


PRESERVAR O CAIXA

Sandro Benelli, consultor que participa de conselhos de grupos de varejo, afirma que não é hora de grandes investimentos, correr atrás de experiências, e, sim, de preservar o caixa.

“É o momento de investir no que tem retorno garantido, ficar atento à produtividade para reduzir custos, repassando os ganhos para o cliente, para se tornar relevante.”

Benelli vê a omnicanalidade, assim como programas de fidelidade, como ferramentas capacitadoras. “Meu conselho para o lojista é: seja espartano no começo de 2023.”

Para ele, o comerciante deve investir na clientela que já tem. “Não é o momento de procurar brinquedo novo e, sim, de tirar o máximo de brincadeira dos brinquedos que já tem.”

Ferramentas de CRM (Customer Relationship Management), diz ele, ajudam os lojistas a ter uma gestão mais eficiente a partir do relacionamento com os clientes.

“Os varejistas passam a ter o domínio do perfil dos consumidores e, portanto, conseguem propor ações para torná-los fieis.”

Várias empresas oferecerem esses softwares, com preços que variam de acordo com o uso ou do pacote de alternativas.

Fonte: Diário do Comércio
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 08 de novembro de 2022 às 10:59


Datas comemorativas são o pão com manteiga de várias empresas. É nessas épocas que o negócio acumula a maior parte do seu faturamento no ano e também é o momento de fidelizar mais clientes. E este ano teremos duas datas gigantescas, a Copa do Mundo e a Black Friday, acontecendo no mesmo mês.A primeira vista, tudo ótimo, não é? O incentivo para o público consumir deve ser ainda maior. Porém, esse não é necessariamente o caso. Afinal, ter duas datas tão próximas não deixa tempo para o público se preparar e se organizar para aproveitar tudo. Ainda assim, se você quer tirar o maior proveito de todo esse entusiasmo acumulado, precisa começar desde já.

Acompanhe e entenda melhor como aumentar suas vendas na onda da Copa do Mundo e Black Friday ao mesmo tempo.



Vários eventos de uma vez
Enquanto a Copa do Mundo é acontece só de quatro em quatro anos, a Black Friday é um grande evento anual que começou nos Estados Unidos. Depois do dia de ação de graças, as lojas abrem vários descontos extremos, onde muitas pessoas aproveitam para fazer as compras dos presentes de natal.

Esse ano, a Black Friday deve acontecer dia 25 de novembro, que vai ser no meio da Copa, que acontece de 20 de novembro até 18 de dezembro. Tanto que muitos estão pedindo para que a data das promoções seja antecipada, para uma coisa não atrapalhar a outra.

Com duas datas comemorativas acontecendo juntas, os empreendedores também têm o dobro de trabalho para se preparar. Colocar um intervalo entre um evento e outro pode ajudar um pouco. Só terão que antecipar o planejamento que tinham feito para o dia 25.


Oportunidade para aumentar as vendas
Seja como for, você ainda tem tempo para transformar a Copa do Mundo e Black Friday em um monte de vendas para esse ano. Basta saber como se preparar e capitalizar em cima desse período. Veja aqui algumas dicas que vão te ajudar.


E-commerce em alta
As compras online já são a preferência de vários consumidores, dentro de fora da Black Friday. É bem mais fácil conseguir uma variedade alta de produtos comprando em e-commerce do que em muitas lojas físicas. Se você tem uma loja virtual, é um bom momento para investir no seu marketing e também prepará-la para um grande número de visitas.


Produtos temáticos vendem mais
A Copa do Mundo é um desses eventos que movimenta o Brasil inteiro, até para quem não curte futebol. É o melhor momento para criar produtos temáticos dessa época, ou então colocar uma roupagem nova nos seus serviços atuais. Não existe forma melhor de capitalizar em todo esse entusiasmo.


O estoque deve estar preparado
Não importa o tamanho da demanda do público se você não tem como suprir. Se tem só 10 produtos no seu estoque, então esse é o máximo que você consegue faturar nesse período. Por isso, antes de começar a fazer planos, é hora de estocar! Avalie a demanda projetada e acumule o quanto precisar, já sabendo que o número de vendas será mais alto.

Fonte: Echosis