Notícias


Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 23 de agosto de 2022 às 14:00


Visando a renovação do ecossistema de negócios e a potencialização do relacionamento com seus clientes, a Grendene,  uma das maiores produtoras e exportadoras de calçados do Brasil, iniciou sua transformação digital investindo na inovação dos seus e-commerces. Anteriormente as lojas virtuais de todas as marcas eram hospedadas em uma plataforma de um fornecedor externo. Entretanto, como parte dessa transformação, a empresa optou por internalizar suas lojas online.

A Grendene trabalha com uma cadeia calçadista que inclui indústria, representante, balconista e cliente. Deste modo, quando se inicia um processo de transformação, os movimentos devem ser precisos, de forma que aumente as vendas diretas da empresa, mas sem diminuir a participação do franqueado. Por isso, a empresa criou o projeto Digital Commerce Grendene para atender tanto ao consumidor final com os estoques da empresa, como também servir como um marketplace para os lojistas. Assim, caso um cliente queira um produto que não tenha na fábrica, ele pode optar pelo varejista mais próximo à sua residência.

De acordo com Christian Seidl, gerente da Divisão de Digital de Commerce da Grendene, essa transição estava prevista para dezembro de 2020. No entanto, com a chegada da pandemia e a mudança brusca no consumo da população, o projeto foi acelerado. “Durante o mês de março do ano passado, com o comércio fechando as portas, um projeto que já era importante pela aproximação com o consumidor final, ganhou ainda mais aceleração. Montamos um novo calendário, com prazo de 10 meses e primeira loja em 14 de agosto, priorizando operações B2C do Brasil, inclusive Melissa com omnichannel, assim como seu e-commerce internacional, e plataformas B2B para atender todos os nossos clientes”, explicou.

Além de colher informações para oferecer um atendimento personalizado ao cliente, o Oracle Commerce Cloud está possibilitando unir em um único local os dois Centros de Distrubuição na região Nordeste e as lojas franqueadas de todo o país. Desta forma, caso o consumidor compre cinco produtos e tenha apenas três destes no estoque, os outros dois podem sair de uma dessas lojas, que enviam a compra para qualquer lugar do Brasil. Esse novo formato vem impactando toda a cadeia calçadista e já dá ótimos resultados. Todas as marcas tiveram crescimento acima de 240% no ano passado, com algumas batendo até 500% no período de Black Friday. Outro exemplo recente, foi a marca Rider que cresceu 10 vezes sua receita online no primeiro trimestre de 2021 comparado com o ano anterior.

“Com a plataforma em casa, conseguimos visualizar melhor o que o consumidor está procurando. Por exemplo, identificamos dados importantes sobre a performance dos produtos em diferentes regiões e audiência. Isso permite insights valorosos, que agregam tanto para o desenvolvimento de produto, assim como para orientar nossos clientes varejistas com dados de demanda”, explica Christian.

Outro ponto importante é a logística para entrega dos produtos. Devido à distância, as regiões Norte e Nordeste do país acabam sempre prejudicadas quando o assunto é compra pela internet, seja no alto valor do frete ou na demora da entrega. Mas a Grendene vem mudando esse cenário. Além do frete baixo ou até gratuito, dependendo da localidade, a entrega da compra também ficou mais ágil com o novo modelo. De acordo com Christian, muitas regiões chegam a receber os produtos apenas dois dias após a compra. Isso é algo inédito e um feito do qual a Grendene se orgulha.

Com foco na internacionalização da marca Melissa, a Grendene também aderiu ao ERP Netsuíte da Oracle previsto para entrar em operação no início de junho. Presente no varejo americano até então com uma Galeria Melissa em Nova York, a marca recentemente abriu uma operação de Clube Melissa em Los Angeles e deve abrir outras 9 lojas em diferentes regiões dos EUA e também as primeiras na China. “Estamos investindo fortemente na presença da marca Melissa no exterior. Aqui no Brasil, a marca já tem 40 anos e continua sendo um sucesso. Queremos replicar esse case para além das fronteiras e levar algo diferente do que as pessoas de lá estão acostumadas, e a tecnologia é uma ferramenta essencial nesse processo”, conta Raquel Scherer, Gerente da Melissa.

Guilherme Cavalcanti, diretor de Oracle Commerce da Oracle Brasil, afirma que a solução adotada funciona muito bem para grandes empresas, pois em um território extenso como o Brasil, muitas vezes é difícil conseguir alcançar todos os varejistas e saber o desejo do cliente de cada região.

“O Oracle Cloud Commerce proporciona mais que uma área de vendas. Com o OCC, a Grendene tem também uma máquina de dados. Os relatórios diários, semanais e mensais possibilitam visualizar em qual região está sendo mais vendida cada marca e podem ser visto quais produtos, tamanhos e cores foram mais pesquisados. Assim, é possível direcionar tanto a área interna como toda a cadeia de vendas para que ambos tomem as melhores decisões”.

Esse processo de transformação inclui outro parceiro fundamental: a Compasso UOL que é responsável por toda a execução do projeto. Alisson Aguiar, diretor de CX da Compasso UOL, conta que é uma honra fazer parte de uma mudança tão relevante para a maior indústria de calçados do país. “Somos o maior parceiro da Oracle com o OCC e já realizamos centenas de implementações com a solução.  Fazer parte de uma transição que impactará positivamente tanto os consumidores finais, como os mais de 16 mil varejistas em todo o Brasil é um grande desafio, mas também uma grande satisfação”.

A inovação está no DNA da Grendene que, ainda na década de 70 quando a moda ainda era as plataformas de madeira ou cortiça, a empresa investiu no plástico e lançou sua primeira sandália, a rasteira modelo aranha, que em pouco tempo virou um hit nos pés das brasileiras e, mesmo tanto depois, ainda continua atual e conquistando novas gerações. A companhia criou desejo, lançou moda e ousou em um mercado que até então tinha medo de inovar. São cinco décadas de transformações para oferecer o que há de melhor para o consumidor final, e os e-commerces próprios são mais um passo em direção a esse objetivo.

Fonte: Redação Oracle
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 16 de agosto de 2022 às 10:29


Uma das formas mais seguras de se iniciar um negócio próprio é no franchising, e vai ajudar bastante fazer muitas perguntas antes de comprar uma franquia.

Antes de atingir o estágio atual de sucesso, a franquia passou por um longo período experimental onde foram feitos diversos testes operacionais e de processos que, entre outras coisas, ajudaram a dar solidez e rentabilidade ao negócio.

É como se o empreendedor desenvolvesse uma fórmula de sucesso e, depois, decidisse replicar esse modelo em outros lugares e com outras pessoas.
Apesar disso, só o CTRL C e CTRL V dessa receita não farão com que esse “bolo” cresça naturalmente. Tudo vai depender da forma como o franqueado aplicará esses métodos.

Se você está pensando em comprar uma franquia e está pesquisando como executar os processos da marca da melhor forma possível, algumas dúvidas terão de ser sanadas junto à rede.


Pesquise e pergunte antes de comprar uma franquia

Aliás, consultores especialistas em franchising aconselham que antes de abrir sua unidade todo investidor questione o franqueador com o máximo de perguntas possível, a fim de obter clareza e transparência quanto à operação.

Principalmente, sobre as necessidades do negócio que dependerão diretamente da gestão do franqueado.

Além disso, eles também recomendam que o investidor trace um perfil próprio para entender se ele está realmente preparado para seguir uma série de regras e pontos que não foram criados por ele. Como explica abaixo o sócio-diretor da consultoria especializada em varejo e franquias GoAkira, José Carlos Fugice Jr.

“Primeiro de tudo, ele deve se perguntar: até onde eu, como franqueado, posso desenvolver maneiras próprias de tocar o negócio?
A partir daí ele verá se esse tipo de operação se encaixa com o perfil que ele busca como empreendedor.


As vezes uma pessoa muito criativa prefere seguir um padrão de processos que ela criou mas, como a gente sabe, as franquias possuem um padrão específico e testado, que deverá ser seguido à risca.

O consultor orienta, ainda, ao possível franqueado que ele venha a sanar todas as dúvidas possíveis em relação à franquia, principalmente as relativas ao apoio e suporte oferecidos pela rede franqueadora.

“Geralmente, tanto o comprador de uma franquia quanto o vendedor acabam generalizando as dúvidas sobre os processos de apoio e suporte, mas no dia a dia isso pode gerar conflitos, pois o entendimento não ficará claro entre as partes.

Se você já definiu o negócio ou a franquia com a qual quer trabalhar, mas ainda não sabe que questionamentos deve fazer para o entrevistador, separamos uma lista com 19 perguntas indispensáveis para você tirar com o franqueador antes de finalizar o processo de abertura da franquia.

O índice foi elaborado com a ajuda de consultores especializados em franchising, em especial a diretora da área de inteligência de mercado do Grupo Bittencourt, Caroline Bittencourt, e o sócio-diretor da consultoria GoAkira, José Carlos Fugice Jr.

Questionamentos antes de abrir uma franquia

1. Como será a remuneração da franqueadora? Quais os percentuais oferecidos e sobre qual índice do franqueado é aplicada a remuneração?

2. Como será a divisão de território para atuação da franquia? Onde o franqueado poderá atuar e onde ele não poderá. Isso inclui também os canais como delivery e e-commerce, por exemplo.

3. Como funcionará o abastecimento da unidade? Se o franqueador for também o fornecedor como se dará a realização dos pedidos e do prazo de entrega? Se o franqueador não for o principal fornecedor, como é a relação de compras? Há uma central de compras ou o franqueado negocia diretamente com o fornecedor?

4. Há fornecedores homologados ou o franqueado terá que desenvolver sua própria rede de fornecedores?

5. Quais são as regras de sucessão e repasse de franquias?

6. O que é esperado do franqueado e o que o franqueador vai oferecer como contrapartida? Ter muito claro o papel de cada uma das partes é ponto chave para uma relação madura e transparente.

7. Quais são os suportes que a franqueadora vai oferecer? Treinamentos, manuais, visitas de consultores, enfim, qual a estrutura que a franqueadora tem para atender as demandas da rede?

8. Qual é o plano de expansão da franqueadora, quanto tempo ela tem de mercado e quanto ela já conquistou de espaço no setor? É interessante investir em uma franquia que tenha efetivamente potencial de crescimento.

9. Como os franqueados atuais estão em relação ao resultado do negócio? Eles já tiveram retorno do investimento e em qual prazo isso ocorreu? Há franqueados com mais de uma unidade?

10. Qual é a situação da marca atualmente, está devidamente registrada? E como funciona o uso da marca pelo franqueado?

11. Como será a integração do franqueado na rede? Ou seja, quanto tempo de treinamento, se este será presencial ou virtual, se será prático ou apenas teórico, se contempla também a equipe, e os custos envolvidos com esse treino serão de responsabilidade de quem?

12. A franqueadora tem estabelecido um fundo de propaganda? Como tem sido a utilização desse fundo em prol da rede? Quais as ações são feitas e se elas tem efetivamente trazido benefícios para a rede?

13. Quais são as condições do contrato? Inclui-se: prazo de contrato, condições de renovação e rescisão, tanto por parte do franqueado quanto franqueador.

14. Qual o resultado que ele pode esperar do negócio e o quanto ele é factível de acontecer? Pedir números de unidades em operação é uma boa referência. Analise a lucratividade, rentabilidade e tempo de retorno do investimento.

15. A rede já teve unidades fechadas ou franqueados desligados da rede? Se sim, por quais motivos?

16. Quais são os maiores desafios do negócio? É comum o franqueador focar no que ele tem de melhor para oferecer, mas é bom saber que não existe negócio perfeito e entender os pontos que o franqueado precisa ficar atento é extremamente importante.

17. Como está a saúde financeira da franqueadora? Ela possui dívidas no mercado? E como é a relação entre os sócios da franqueadora (se houver)?

18. De uma forma geral, qual é o histórico da franqueadora e sua experiência como operador do negócio e depois como franqueador? Qual a experiência que ela tem no sistema de franquias e se foi assessorada por alguma empresa para fazer o projeto e se estruturar como franqueadora.

19. Quais são os diferenciais da marca em relação à concorrência já existente no mercado e como ele pretende se manter relevante ao longo do tempo? Existe uma cultura de inovação e renovação do negócio? É importante estudar o mercado e como a marca reage com os concorrentes.

Fonte: ABF Expo