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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 05 de abril de 2022 às 10:47


Contas de início de ano e o aumento dos preços dos alimentos e combustível foram determinantes para a queda do consumo no Brasil.

O consumo das classes C e D no Brasil recuou 3% em fevereiro ante janeiro deste ano, de acordo com a Pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander focada em inclusão econômica.

Na pesquisa, todas as regiões do Brasil mostraram queda no consumo, com o Norte impactando mais no resultado (-12%). Nas demais regiões, o Centro-Oeste fechou com redução de 9,3% no consumo, seguido do Sul, com 5,8% de queda, Nordeste, com retração de 5,5% e Sudeste, que viu seu consumo recuar 2%.

Luciana Godoy, CEO da Superdigital Brasil, afirma que o consumo foi impactado por ajustes que as famílias estão fazendo em seus orçamentos no início do ano.

“As classes C e D sentem mais os efeitos das grandes contas do início do ano, como IPTU, IPVA, material escolar e pagamento de compras parceladas feitas para as festas. Além disso, com o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, o orçamento mensal fica sobrecarregado”.

Diversão e Entretenimento foram o setores de maior recesso

Os setores que mostraram quedas mais significativa no consumo foram Diversão e Entretenimento (-15%), Drogaria e Farmácia (-9%,) Hotéis e Motéis (-8%), Rede Online (-6%), Serviços (-3%) e Supermercado (-3%).

Já o setor que se destacou com uma alta relevante no consumo foi o de Companhias Aéreas, que subiu 16%.

Lojas de Roupas, Automóveis e Veículos e Telecomunicações também cresceram, 1% cada.
“Não podemos esquecer que registramos um consumo bastante relevante dessa fatia da população em dezembro de 2021 e é natural que agora ocorra um ajuste de orçamento”.


Supermercado: principal gasto do brasileiro
O levantamento mostrou também que o principal gasto no orçamento continua sendo com Supermercado (37%), seguido de Restaurantes (13%), Lojas de Artigos Diversos (11%) e Combustível (7%).


Gastos presenciais são maioria

Outro dado da pesquisa mostrou que 87% dos gastos totais foram feitos presencialmente, o que representa um ponto percentual a mais se comparado a janeiro.

Variações de ticket médio

Em relação ao ticket médio, houve queda significativa nos setores de Diversão e Entretenimento (-9%), Hotéis e Motéis (-8%), Rede Online (-6%), Drogaria e Farmácia (-4%), Restaurante (-3%) e Serviços (-3%). Contudo, subiu o ticket médio gasto com Companhias Aéreas (9%) e Telecomunicações (2%).

Recortes regionais

Rio e São Paulo observaram queda em gastos com lazer. No Sul as maiores baixas foram em Aéreas e Automóveis, em contrapartida, outros regiões observaram alta destes setores. Confira os detalhes em cada região do Brasil.

SUDESTE
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, o consumo seguiu os dados nacionais com uma queda de 14,3% em relação ao mês anterior. O resultado foi puxado principalmente pelos setores Diversão e Entretenimento (-28%), Hotéis e Motéis (-22%), Serviços (-10%), Companhias Aéreas (-8%) e Drogaria/Farmácia (-8%). No entanto, foram observados aumentos de gastos com Prestadores de Serviços (11%), Transporte (7%), Automóveis e Veículos (7%) e Combustível (6%).

São Paulo
Em São Paulo, o consumo ficou praticamente estável, com leve aumento de 0,2% ante janeiro. Os setores que apresentaram altas foram Companhias Aéreas (10%), Automóveis e Veículos (4%), Lojas de Roupas (4%), Transportes (2%) e Restaurantes (2%). As quedas foram observadas nos setores de Diversão e Entretenimento (-19%), Hotéis e Motéis (-9%), Drogaria/Farmácia (-9%), Serviços (-3%) e Rede Online (-2%).

Minas Gerais
Em Minas Gerais, o consumo em fevereiro teve um aumento de 1% em comparação ao mês anterior. O destaque é o setor Companhias Aéreas, com expressiva alta de 61%, seguido por Transporte (11%) e Lojas de Roupas (1%). Os setores que apresentaram queda no período foram Diversões e Entretenimento (-21%), Rede Online (-15%), Automóveis e Veículos (-15%), Hotéis e Motéis (-12%), Drogaria/Farmácia (-8%), Serviços (-7%), Supermercado (-7%) e Prestadores de Serviços (-5%).

Espírito Santo
No Espírito Santo, o consumo fechou o mês com baixa de 3,9%. Os principais setores que contribuíram coma a queda foram Companhias Aéreas (-61%), Prestadores de Serviços (-24%), Transporte (-22%), Drogaria/Farmácia (-15%), Diversão e Entretenimento (-14%), Restaurante (-9%), Hotéis e Motéis (-8%) e Lojas de Roupas (-6%). Os setores que apresentaram crescimento foram Telecomunicação (15%), Combustível (14%), Lojas de Artigos Diversos (8%) e Serviços (2%).

SUL
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul foi observada queda de 2,4% no consumo em fevereiro ante janeiro. As maiores baixas foram Companhias Aéreas (-71%), Automóveis e Veículos (-24%), Diversão e Entretenimento (-18%) e Drogaria e Farmácia (-8%). No entanto, houve um aumento considerável no setor Rede Online (41%), seguido por Lojas de Artigos Diversos (14%), Hotéis e Motéis (13%), Telecomunicações (12%), Serviços (8%), Lojas de Roupas (5%) e Restaurante (4%).

Paraná
No Paraná, fevereiro apresentou diminuição no consumo de 4% ante janeiro, impulsionada pelos setores Prestadores de Serviços (-10%), Drogaria/Farmácia (-9%), Automóveis e Veículos (-9%), Serviços (-6%), Diversão e Entretenimento (-6%), Restaurante (-5%) e Supermercado (-2%). As altas foram observadas nos setores de Hotéis e Motéis (7%), Transporte (7%), Companhias Aéreas (5%), Lojas de Roupas (5%), Combustível (4%) e Lojas de Artigos Diversos (1%).

CENTRO-OESTE
Goiás
Em Goiás, foi observada uma queda de 12,2% em fevereiro. Houve uma expressiva alta no setor de Companhias Aéreas (172%) seguido por Automóveis e Veículos (10%). No entanto, foram observados diminuição de gastos nos setores Diversão e Entretenimento (-32%), Rede Online (-30%), Lojas de Roupas (-20%), Transporte (-15%), Prestadores de Serviços (-14%), Drogaria/Farmácia (-10%), Hotéis e Motéis (-9%) e Lojas de Artigos Diversos (-8%).

Mato Grosso
No Mato Grosso, o consumo fechou em queda de 4,3% ante janeiro. As maiores altas foram nos setores Companhias Aéreas (135%), Diversão e Entretenimento (31%), Transporte (27%), Telecomunicação (5%), Drogaria/Farmácia (5%) e Restaurante (4%). Por outro lado, houve queda nos setores de Rede Online (-41%), Automóveis e Veículos (-28%), Lojas de Roupas (-13%), Hotéis e Motéis (-11%), Prestadores de Serviços (-8%), Supermercado (-5%) e Combustível (-5%).

NORTE
Amazonas
No Amazonas, o consumo apresentou queda de 8,1% em fevereiro. Os destaques de alta foram nos setores Automóveis e Veículos (70%), Prestadores de Serviços (11%), Combustível (8%), Telecomunicação (7%) e Rede Online (6%). Já as quedas foram observadas nos setores de Lojas de Roupas (-12%), Serviços (-11%), Hotéis e Motéis (-10%), Drogaria/Farmácia (-10%), Companhias Aéreas (-9%), Restaurante (-8%) e Lojas de Artigos Diversos (-7%).

Pará
No Pará, o mês de fevereiro apresentou diminuição no consumo de 8,9% sobre o mês anterior. Os setores com maiores altas foram Companhias Aéreas (195%), Diversão e Entretenimento (5%), Restaurante (5%), Prestadores de Serviços (4%) e Hotéis e Motéis (1%). Já as quedas foram vistas em Automóveis e Veículos (-22%), Drogaria/Farmácia (-16%), Rede Online (-13%), Lojas de Artigos Diversos (-9%), Supermercado (-8%) e Transporte (-6%).

NORDESTE
Bahia
Na Bahia, o consumo teve uma pequena diminuição de 2,4% em fevereiro ante janeiro. Houve uma expressiva alta no setor de Automóveis e Veículos (96%) seguido por Companhias Aéreas (27%), Diversão e Entretenimento (9%), Serviços (4%) e Lojas de Roupas (1%). Recuaram os gastos com Hotéis e Motéis (-15%), Rede Online (-11%), Drogaria/Farmácia (-8%), Prestadores de Serviços (-6%), Combustível (-6%) e Transporte (-4%).

Ceará
O consumo no Ceará ficou praticamente estável, com leve queda de 0,6% em relação ao mês anterior. No período, os setores que se destacaram com alta foram Automóveis e Veículos (51%), Hotéis e Motéis (39%) e Telecomunicação (6%). Entretanto, recuaram os gastos com Companhias Aéreas (-59%), Drogaria/Farmácia (-15%), Rede Online (-10%), Diversão e Entretenimento (-4%), Combustível (-4%), Lojas de Roupas (-4%) e Supermercado (-2%).

Pernambuco

Em Pernambuco, o consumo apresentou uma queda de 2,9% em fevereiro em comparação com janeiro. Os setores que se destacaram com a alta foram Automóveis e Veículos (39%), Diversão e Entretenimento (18%), Lojas de Roupas (5%), Telecomunicação (3%), Prestadores de Serviços (3%) e Restaurante (2%). Por outro lado, as classes C e D em Pernambuco gastaram menos com Hotéis e Motéis (-23%), Serviços (-14%), Transporte (-8%), Drogaria/Farmácia (-7%), Companhias Aéreas (-6%), Combustível (-3%), Lojas de Artigos Diversos (-2%) e Supermercado (-1%).

Fonte: Consumidor Moderno
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 15 de março de 2022 às 10:57


Carnê digital, sortimento de produtos e outras vantagens; o poder dos marketplaces não dá sinais de cansaço, mas, enfrenta desafios também.

Melhores e maiores ofertas você certamente encontrará em um marketplace. No mundo do comercio eletrônico, o marketplace leva grande vantagem na maioria dos casos pelo seu poder de investimento. Vantagem que, atualmente, acirra a concorrência com outros players deste modelo de negócio.

Veja o exemplo recente das Casas Bahia. A marca começou a oferecer o carnê digital para compras de produtos em marketplaces. A novidade passa a ser comercializada por mais de 170 lojas parceiras com mais de 500 mil produtos em diversas categorias.

O carnê digital dá ao cliente poder de parcelar suas compras em até 24 vezes, sem a necessidade de cartão de crédito, basta apenas ter o crediário aprovado na Casas Bahia. O processo de controle e acompanhamento do carnê digital pode ser feito de modo 100% online, pelo site e aplicativo da rede. Uma alternativa às formas mais comuns praticadas pelo e-commerce (compra com cartão de crédito, boleto e pix).


Compre agora, pague depois

A Casas Bahia então aposta no chamado BNPL (“Buy Now, Pay Later” ou compre agora e pague depois). Com uma base sólida de clientes do sistema de crediário tradicional praticado há décadas pela rede, a novidade do carnê digital atualiza esse modelo por meio de alta tecnologia.

Isso porque a Via, dona da marca, tem feito investimentos robustos no marketplace. Como resultado, saiu de uma carteira de 10 mil sellers para 110 mil no ano passado e um sortimento de mais de 34 milhões de produtos. Em janeiro, a empresa também adquiriu a logtech CNT com a qual começou a implantar os serviços de fulfillment, além de entrar no segmento de fullcommerce e, com isso, avança em seu plano de disputar a liderança do segmento de marketplace no Brasil.


Tendência

Os motivos são diversos para varejistas apostarem no marketplace. Um deles é que os brasileiros preferem marketplaces ao invés do comércio eletrônico tradicional. Além do maior número de avaliações de outros usuários, a pesquisa, a comparação de preços e as ofertas são os principais atrativos para os consumidores.

Um estudo global realizado pela Mirakl, plataforma SaaS de marketplace corporativo, revelou que nove a cada 10 entrevistados brasileiros preferem e-commerces que tenham marketplaces. Um grande reflexo de um mercado gigante no Brasil. Veja o exemplo de outro poderoso player do marketplace, a Magazine Luiza, que somente no terceiro trimestre de 2021, conquistou um lucro de R$ 22,6 milhões, com compras no e-commerce.

A Riachuelo, por sua vez, trouxe para seu marketplace vinhos, brinquedos e itens para pets. Cerca de 100 novas marcas que vão de Ri Happy a Cobasi, TodoVino e Levi´s, além de categorias com opções de compra em eletrônicos e eletrodomésticos, paisagismo etc. Apostando alto na diversidade de produtos para seu ambiente digital.


Nadando com tubarões

Se por um lado vemos crescer o oligopólio em marketplaces, existe hoje diversos exemplos de e-commerces em segmentos muito específicos que seguem vivos. Com qualidade, personalização e ofertas que vão além de sortimento e preço, essas marcas apostam na relação direta com seus clientes e suas necessidades específicas. Colhendo resultados, o maior desafio para este grupo é ter condições de obter maior penetração e construir um bom relacionamento com sua audiência.

Exemplos como a Vibbra! (Florianópolis – SC), que conecta empresas com profissionais de TI para facilitar a contratação de suporte técnico é um deles e a Reduza (Campo Grande – MS), que criou uma plataforma especializada em cupons de desconto e comparação de preços (tremenda sinergia com os anseios dos consumidores online), denotam expertise na corrida contra o poder dos marketplaces. Setores de logística e em serviços de TI estão vivenciando esse interesse do consumidor online à margem de marketplaces.


Conflitos na terra de gigantes

No entanto, a competitividade também faz parte de gigantes do marketplace. A pedra no sapato dos grandes markteplaces brasileiros é justamente outros marketplaces. Grupos estrangeiros, como AliExpress (China), a Shopee, (Singapura), a Wish e Shein (EUA), Mercado Livre (Argentina) e até OLX Brasil (50% sul-africana) são competitivos por aqui.

As brasileiras também comercializam produtos importados de lojistas internacionais, até aí tudo bem. Mas o argumento das brasileiras em relação às estrangeiras é a comercialização de produtos falsificados e sonegação de impostos. Em reportagem recente da Valor Econômico, as empresas estrangeiras alegam que o problema não é tributário ou pirataria, como reclamam as brasileiras, mas comercial. Um representante do mercado de um site chinês explicou que as brasileiras estão atacando as estrangeiras porque estão perdendo venda e não conseguem ser competitivas o bastante.

Disputas de gigantes à parte, o que temos é um momento de forte onda digital que evidencia as oportunidades e concorrência no âmbito do comércio eletrônico. No meio desse fogo cruzado, está um consumidor atento não só aos preços, mas à postura das marcas e, claro, a qualidade de seus serviços e produtos. Tudo dependerá de sinergia entre bons negócios, transparência, qualidade e fôlego para atender uma audiência mais exigente a cada dia.

Fonte: Novarejo