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Varejo & Franquias Postado em segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024 às 15:43


O NRF 2024, maior evento global de varejo, começou no domingo (14) e vai até esta terça-feira (16) na cidade de Nova York. O encontro, que reúne os principais nomes do setor, compartilha tendências para a indústria que não só impulsionam a economia dos EUA, mas também a do Brasil.

Para o quadro CNN Inovvation no PrimeTime, comento as principais discussões e inovações do evento, entre elas a dinâmica entre o varejo físico e digital, um tema quente no gelado clima que me encontrava na cidade sede deste ano.

O questionamento que presenciei nas palestras foi a do papel da loja física em um mundo cada vez mais digital. O Lee Peterson, vice-presidente executivo da WD Partners, argumentou que dois entre três americanos preferem comprar coisas utilitárias e funcionais pela internet, devido à facilidade, conveniência e preço, segundo pesquisa.

Mas, a loja física possui alguns componentes que funcionam de uma maneira mais atrativa quando se trata de descobrir um novo produto e de ter uma experiência melhor.

Diversos varejos colocam um café na loja e uma música para construir uma vivência, ou uma “vibe sensorial”, como Peterson chamou, que diferencia muito a experiência da loja física para a digital.

Ou seja, a loja presencial tem seu papel como programa de divertimento, e para isso tem que fugir do papel já assumido pela compra online — simples prateleiras com produtos prontos a escolha do consumidor.

As tendências, principalmente ligadas à inteligência artificial (IA), vêm em peso para aprimorar alguns processos que geram fricção, como o pagamento no caixa e nas lojas que as pessoas comparecem para ver seus produtos desejados com seus próprios olhos.

O encantamento do consumidor é umas das apostas dos varejistas, que Peterson cita quando fala das Flagship Store (Lojas Conceito, tradução do inglês), as quais fazem o consumidor sair da sua casa e visitá-las, já presentes no Brasil. Isso, certamente, revigora o varejo e deixa o setor mais forte.

Fonte: CNN Brasil
Varejo & Franquias Postado em segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024 às 15:28


Censo Brasileiro de Shopping Centers revela recordes de faturamento, crescimento exponencial de empreendimentos e impactos significativos que marcam uma era no setor.

Nos últimos anos, o Brasil testemunhou uma notável transformação no cenário econômico e urbano com o crescimento exponencial do setor de shoppings. Impulsionados por uma combinação de fatores socioeconômicos e mudanças no comportamento do consumidor, os shoppings tornaram-se verdadeiros ícones do desenvolvimento urbano, refletindo o dinamismo e a modernidade da sociedade brasileira. Este fenômeno não apenas redefiniu a forma como os brasileiros consomem, mas também desempenhou um papel crucial na reconfiguração das paisagens urbanas, gerando impactos significativos no mercado varejista e na economia do país.

Diante desse cenário, o Censo Brasileiro de Shopping Centers 2023-2024, da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), comprovou os bons números do setor. Só em 2023, houve um recorde de faturamento que atingiu R$ 194,7 bilhões. Para a representante do setor, isso está relacionado à recuperação de vendas, mesmo diante de contratempos macroeconômicos que o país enfrentou. Além disso, esse valor é maior alcançado pelo setor.

Com o total de faturamento, a Abrasce informa que o crescimento, em comparação com o ano anterior, foi de 1,5%, quando a movimentação foi de R$ 191,8 bilhões. Além disso, em 2019 o faturamento foi de R$ 192,8 bilhões, e era a maior marca até então. A evolução destacou-se nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde as altas foram de 2,1% e 1,7%, respectivamente.


Aumento do número de shoppings centers no Brasil

Assim como o faturamento tem mostrado crescimento, o número de shoppings centers no Brasil também está em evolução. No ano passado, foram cinco inaugurações. Os novos empreendimentos elevaram o número de empreendimentos do setor em atividade para 639.

Além disso, houve ainda um aumento de lojas. Agora, são 121 mil, 4,5% a mais em comparação com 2022. Esses números elevaram a taxa de ocupação ao longo de 2023 para 94,6%, ante o patamar de 94,4% em relação a 2022 e bem próxima da marca de 2019, a maior até então (95,3%).

Com o aumento de shoppings centers no Brasil e no número de lojas, cresce também a quantidade de consumidores nesses empreendimentos. Os resultados em 2023 foram positivos, e cerca de 462 milhões de visitantes mensais frequentaram tais espaços. A quantidade representa um aumento de 4,3% em comparação com 2022, quando a média mensal foi de 443 milhões.

As vagas de estacionamento registraram um crescimento de 1,9% em relação ao ano anterior, totalizando 1.056.633 unidades, assim como as salas de cinema, que cresceram 0,7% em 2022, somando 3.073 em todo o país ante as 3.051 salas registradas em 2022.


Reflexo nos postos de trabalho

Quando um setor evolui, logo, o número de contratações também passou por um aumento. Isso foi visto durante 2023, quando foram gerados 1,062 milhão de empregos diretos, alta de 1,8% em relação ao ano anterior (1,044 milhão). Segundo o presidente da Abrasce, Glauco Humai, os desafios macroeconômicos mostraram a resiliência da área e uma capacidade de crescimento em diversos cenários.

“O maior comprometimento da renda de muitas famílias com dívidas bancárias, somado aos elevados patamares de juros e às dificuldades para quitar débitos, impactaram o comércio ao longo de boa parte do ano. Contudo, em contrapartida, o arrefecimento dos preços de alimentação, que resultou em um aumento da renda disponível da população, e o dinamismo observado no mercado de trabalho em 2023 foram fatores que proporcionaram um alívio para a população, influenciando positivamente os padrões de consumo ao longo do ano”, comenta.

“O crescimento observado reflete a resiliência e a capacidade adaptativa do setor de shopping centers diante dos desafios econômicos, consolidando-se como um indicador positivo para a vitalidade e recuperação contínua da economia brasileira”, acrescenta.


O que tem de novo?

Pela primeira vez, o Censo Abrasce incorpora dois novos indicadores. O primeiro destaca a relevância em ascensão dos quiosques, totalizando 15.612 unidades em operação ao longo de 2023, o que equivale a uma média de 24 quiosques por shopping. As regiões Sudeste e Nordeste destacaram-se nesse contexto, seguidas pelas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte.

Outro indicador de destaque refere-se aos supermercados. O Censo revela que 49% dos shoppings brasileiros abrigam alguma atividade desse segmento, incluindo atacarejo, hipermercado, minimercado ou supermercado. Isso evidencia os esforços dos empreendimentos no Brasil para proporcionar um mix completo aos clientes, ampliando além do consumo convencional e introduzindo operações que facilitem o cotidiano das pessoas. Nesse cenário, os shoppings nas regiões Sudeste, Norte e Sul lideram, seguidos pelas regiões Nordeste e Centro-Oeste.

Fonte: Consumidor Moderno