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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 06 de fevereiro de 2018 às 21:26
A Zara inaugurou, em Londres, sua primeira loja projetada para retirada e cobrança de pedidos feitos pela internet. A loja é temporária e fica no centro comercial Westfield Stratford. Ela estará ativa até maio, quando a marca vai reinaugurar sua loja principal com tamanho duplicado (4.500 metros quadrados). Além das tecnologias disponíveis na loja pop-up, a matriz terá várias outras soluções para integrar de vez a rede à onda do consumo omnichannel.

A loja central, que está sendo remodelada, terá um ponto de coleta de pedidos realizados on-line. Este sistema é projetado em torno de um leitor ótico de código de barras que verifica o código QR ou códigos PIN recebidos pelos clientes quando fazem pedidos on-line. A tecnologia já está sendo testada na loja conceito.

A equipe de vendedores não foi aposentada. Ela continua presente para auxiliar no uso da tecnologia.

Os PDVs da Zara também estão sendo modificados para modelos que possuem um sistema de terminal de cartão operado via Bluetooth. A marca garante que em apenas alguns segundos o consumidor entrega os dados para o terminal automático na loja e pode coletar o produto. A identificação do pacote é feita no estoque por um robô capaz de operar 2.400 pedidos simultaneamente.

Espelhos inteligentes

A loja terá espelhos que dão palpites sobre quais looks o cliente pode escolher. Eles possuem um sistema de recomendação de produtos e suas superfícies são espécies de telas repletas de informações (um mix de espelho e monitor) que auxiliam os clientes na escolha dos itens.

O espelho inteligente digitaliza em sua interface um item escolhido pelo consumidor via tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID). O sistema exibe várias opções de roupas e acessórios para combinar com aquele item.

Do lado de fora, a fachada de vidro será equipada com uma série de sensores que projetarão imagens das coleções atuais para quando os consumidores se aproximarem. É a transformação digital acontecendo agora mesmo no varejo.

Fonte: Novarehjo
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 06 de fevereiro de 2018 às 21:24
O processo de compra nunca foi tão complexo e desafiador para o varejo. O setor se prepara para entrar, de uma vez por todas, na era ‘everywhere’, em que o crescimento das compras acontece em todos os canais, on-line e off-line, demandado uma experiência cada vez mais fluída entre todos estes meios e momentos. E, nesse sentido, usar os dados para compreender a jornada do cliente, conhecer características de produtos e serviços, e dominar processos de operação do varejo é essencial, embora demande uma estratégia de análise e inteligência muito bem definida.

Os surgimentos de e-commerces, aplicativos móveis e marketplaces resulta da mudança cultural no comportamento e necessidade do consumidor em sua busca constante por ultra conveniência, ultra flexibilidade e ultra socialização. O conceito de omnicanalidade que obriga os varejistas a criar canais físico digitais (e não apenas físicos ou somente digitais) responde muito bem a estas novas demandas, e analistas de mercado e eventos especializados no setor já apontam para uma realidade cada vez mais híbrida entre o antigo e o novo. Enganou-se quem resolveu acreditar e apostar apenas em uma tendência, seja ela conservadora ou futurista.

Mesmo que a facilidade de comprar produtos do conforto do sofá ou da mesa de casa seja o que diferencia o e-commerce da loja física, o que o comércio on-line não proporciona sozinho – e é um dos grandes fatores de sucesso do varejo físico – é a interação humana (com os produtos, com os serviços e com outras pessoas também). Quantas vezes, dentro de uma loja, o papel do vendedor foi fundamental na escolha de um produto que atende melhor às suas necessidades? Hoje é totalmente possível ter esse ambiente híbrido fisicamente (em uma loja com suporte tecnológico) ou digitalmente (em plataformas que unem realidade virtual/aumentada e chats ou bots que utilizem de inteligência artificial).

Independentemente do melhor uso da tecnologia, o fato é que ainda falta conhecimento sobre os dados – que não são poucos – disponíveis para entender o que de fato o cliente busca. Atualmente, os clientes fornecem muitas informações diferentes por uma quantidade cada vez maior de canais. O mercado percebeu que não basta mais tocar o consumidor apenas quando ele está com o celular ou o computador em mãos. Para a experiência ser ‘everywhere’ é necessário integrar todos os canais de interação (em alguns deles pode ocorrer a venda e em outros não necessariamente) e oferecer momentos positivos ao cliente.

Sem dados é impossível

Não dá para desconectar a experiência dos dados. Somente com analytics (básico, avançado, inteligência artificial, etc.) é possível dirigir as etapas da jornada do cliente, gerar insights que trarão novas perspectivas sobre o negócio, oferecer uma visão completa sobre produtos, vendas, lojas, e, com base nessas informações e insights, entender o cliente de verdade.

Embora grande parte dos executivos ainda não enxergue o potencial dos dados, nessa era de transformação digital, eles são a alma do negócio. Afinal, eles contam a história da organização e estão sempre tentando emitir alguma mensagem a partir das informações que recebem sobre o hábito de compra dos consumidores. Estabelecer uma estratégia de negócios baseada em dados aponta o ‘caminho das pedras’ para o varejista, permitindo analisar razões de ‘abandono da mercadoria no carrinho’, seja na loja física ou on-line, e pensar em ações estratégicas para minimizar os riscos e custos.

E nos próximos anos, os dados direcionarão as estratégias do varejo porque o futuro está ancorado em duas grandes tendências: internet das coisas (IoT) e Visual Analytics. Segundo o 27º relatório anual sobre tecnologias aplicadas ao Varejo da RIS (Retail Info Systems) e o estudo da Zebra intitulado “2017 Retail Vision”:

1. Internet das coisas (IoT)

É mostrada como uma das principais evoluções tecnológicas para o dia a dia do varejo. Apesar do potencial de atuação em diversas etapas, os sensores de IoT se destacam por melhorar a experiência de compra do consumidor e a excelência operacional. No entanto, segundo o estudo, apenas 35% dos varejistas investem em sensores que avisam quando um cliente específico está na loja.

2. Visual Analytics

As aplicações de Big Data estão virando realidade. Passada a fase de estudo, entendimento das possibilidades e de casos de uso pelo mercado, o varejo vem compreendendo que, na era das análises, é impossível gerenciar adequadamente um negócio sem uma fábrica de dados bem estabelecida, que informe sobre o andamento das operações e que forneça conhecimento sobre os clientes.

Muito em breve, a tendência é permitir que os colaboradores usem dashboards dinâmicos e intuitivos para que decisões assertivas sejam tomadas de forma rápida.

Integração é para todos

Com os índices e previsões apontados, fica a pergunta: os investimentos em conhecimento e tecnologia são para todos os varejistas? A resposta é sim! Mas, existem poucos resultados práticos e tangíveis relacionados a esses investimentos, por isso é preciso: ampliar o conhecimento sobre o tema; definir processos e aquisição de tecnologias, que permitam ter controle total e efetivo das operações e gerar conhecimento real sobre os clientes; e, por fim, perseguir os resultados de negócio a fim de aumentar as vendas e reduzir custos.

Fonte: Novarejo