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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 17 de maio de 2022 às 10:47


As vendas dos shoppings cresceram 28,6% entre os dias 2 e 8 de maio, em comparação com o mesmo período de 2021, aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). O intervalo compreende a semana que antecedeu o Dia das Mães. O resultado superou a expectativa do setor.

Neste ano, o comércio nos shoppings movimentou R$ 5,3 bilhões no período, um montante superior aos R$ 4,9 bilhões esperados na previsão do segmento.

Inicialmente, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), a projeção para o período era de aumento nominal de 19%.

O desempenho registrado está em linha com a previsão dos fundos imobiliários de shopping, que já projetavam aceleração na retomada do setor neste trimestre.

Em termos de crescimento real, descontando a inflação, a variação foi positiva em 16% sobre as vendas do ano passado. Na comparação com o Dia das Mães de 2019, o resultado real foi positivo em 4%, melhor desempenho da data após o início da pandemia.

O bom desempenho nas vendas do período é mais um indicativo da recuperação do varejo de shopping aos níveis pré-pandemia e abre a perspectiva de resultados ainda mais animadores ao longo do ano, destaca o presidente da Abrasce, Glauco Humai.

“Superar as nossas próprias expectativas para a data nos mostra que o público queria retomar o hábito de frequentar shoppings e usufruir de toda a comodidade e praticidade que os empreendimentos oferecem”, afirma. “Com esse bom desempenho, o setor acredita em uma retomada contínua ao longo dos próximos meses”.

O desempenho no Dia das Mães também reforça a expectativa dos fundos imobiliários do segmento de shoppings, que destacam o crescimento operacional dos complexos nas últimas semanas.

“A performance comercial no primeiro trimestre foi abaixo do esperado, mas mostrou recuperação em abril com um dos melhores resultados dos últimos 12 meses e sugere tendência positiva”, diz o relatório gerencial do HSI Malls (HSML11) divulgado este mês.

O Vinci Shopping Centers (VISC11) também reportou resultados favoráveis no mês passado que, segundo o fundo, sinalizam para a normalização do hábito de consumo em todas as regiões.

“O resultado gerado em abril foi de R$ 0,71 por cota, superando nossa projeção para o desempenho dos ativos nos primeiros meses do ano”, informa a gestão do Vinci Shopping Centers.

Na avaliação dos gestores do XP Malls, o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em grande parte dos shoppings ao redor do Brasil em março colaborou com o desempenho nos últimos dois meses.

Para Fernando Siqueira, analista da Guide Investimentos, a taxa de retorno com dividendos dos fundos imobiliários de shopping nos últimos 12 meses (de 6,9%) segue como a mais baixa entre os segmentos de FIIs. No entanto, Siqueira reforça a perspectiva de recuperação dos empreendimentos diante dos últimos indicadores e do atual momento da pandemia da Covid-19.

“Ressaltamos a forte retomada do setor com recuperação da confiança do consumidor e arrefecimento da pandemia, elevando a taxa de retorno com dividendos desses FIIs”, prevê o analista.Ticket médio

O valor médio gasto nos shoppings pelos consumidores na semana que antecedeu o Dia das Mães foi de R$ 198,00, de acordo com os dados da Abrasce.

Em relação ao ticket médio, a entidade aponta ligeira retração de 7% se comparado aos R$ 213,00 do ano passado. Ainda assim, aponta a associação, o número é 145,8% superior valor de R$ 81,00 registrado nas lojas de rua.

Fonte: Infomoney
Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 17 de maio de 2022 às 10:44


Com a necessidade de substituir subprodutos animais na produção, o couro de maçã é tendência na fabricação de bolsas e sapatos de luxo. As alternativas de couro vegano vêm crescendo em popularidade, entre elas o couro de cogumelo, de abacaxi e de coco. No entanto o couro de maçã tem a textura ideal para a indústria de bolsas e sapatos, caindo nas graças dos designers. Marcas de luxo como Sylven New York, Samara e Good Guys Don’t Wear Leather incluíram couro de maçã entre seus principais materiais.

Principais desafios

Apesar disso, trabalhar com o couro alternativo pode ser um desafio. Calçados à base de plantas são compostos de várias peças, não tão maleáveis quanto o couro animal. De acordo com Casey Dworkin, fundador e diretor criativo da Sylven New York, “seu tênis de couro de maçã inclui um forro de subprodutos de trigo e milho, uma sola feita de palha de milho e seiva de árvore, cadarços de algodão orgânico e couro de maçã”.

Nesse sentido, outros desafios para os designers são o fornecimento dos subprodutos da maçã e o número de execuções de produção com o qual as fábricas podem lidar e as opções reduzidas de corantes prontamente disponíveis. Assim, o início da evolução acontecerá a partir da comunicação entre as indústrias de alimentos e varejo, bem como acontece com a produção de couro animal.

Contudo, por mais interessante que seja a ideia, o couro de maçã precisa se parecer com o real, caso contrário, haverá resistência do cliente. Salima Visram, fundadora da Samara, trabalha com uma fábrica na Europa que produz o couro de maçã para sua coleção de bolsas. Dessa forma, quando as bolsas eram vendidas em uma butique de São Francisco, “as pessoas vinham apenas para perguntar: ‘Podemos mordê-lo? Como é feito de maçãs? É um ponto de conversa legal” explica Visram.

Fonte: Fast Company