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Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 22 de abril de 2024 às 10:04


Em média, usuários gastaram cinco horas diárias nos dispositivos móveis, e um total de 43 bilhões de horas em apps de mídias sociais.

Os dispositivos móveis tornaram-se uma extensão essencial da vida cotidiana para bilhões de pessoas ao redor do globo. De smartphones a tablets e smartwatches, esses aparelhos mudaram a forma como nos comunicamos, trabalhamos, nos divertimos e até mesmo como consumimos informações e produtos. Com a crescente conectividade e a evolução tecnológica, o consumo de dispositivos móveis tem alcançado números impressionantes, o que resultou em uma mudança significativa nos hábitos de consumo e comportamentos dos usuários. Prova do quanto os dispositivos móveis estão presentes no cotidiano é que, apenas em 2023, os brasileiros passaram 265 bilhões de horas no celular.

Segundo levantamento do data.ai, nos dez principais mercados estudados, o tempo médio gasto diariamente ultrapassou as cinco horas em 2023, marcando um aumento de 6% em comparação com 2022 e alcançando um novo recorde. Na Indonésia, os usuários dedicaram mais de seis horas diárias, enquanto outros quatro mercados, como Tailândia, Argentina, Arábia Saudita e Brasil, registraram mais de cinco horas diárias em aplicativos móveis ao longo de 2023. Desde 2020, o aumento no tempo de uso foi mais acentuado no Japão, Austrália e Canadá, com incrementos de 18%, 16% e 16%, respectivamente.


Aplicativos preferidos dos brasileiros

Em 2023, os brasileiros passaram 43 bilhões de horas em aplicativos de mídias sociais e comunicação, enquanto nos aplicativos de entretenimento e compartilhamento de vídeo foram gastas um pouco mais que 40 bilhões de horas.

O estudo mostrou também que alguns aplicativos passaram por um crescimento ano a ano. O mais notável foi o do Uber Driver (123%), seguido pelo Clock by Google (63%), Instagram (51%), WhatsApp Business (40%) e Waze (38%). Ao mesmo tempo, alguns aplicativos apresentaram queda, como é o caso do YouTube (-11%) e do X, o antigo Twitter (-10%).

Ainda segundo o levantamento do data.ai, alguns aplicativos são mais usados pelo público feminino, como é o caso do WhatsApp, Instagram, TikTok, Shopee e Netflix. Já o público masculino tem preferência pelo Facebook, Facebook Messenger, Mercado Livre, Nubank e Kwai.

Gasto do consumidor

Após uma queda de 2% em 2022, os gastos globais dos consumidores se recuperaram em 2023, registrando um aumento de 3%. Países como Coreia do Sul, Brasil, México e Turquia destacaram-se com crescimentos anuais superiores a 25% nesse período. Nesse cenário, o Brasil ocupa o 11º lugar no ranking, com um total de gastos de US$ 1,7 bilhão. Por outro lado, o crescimento no número de downloads ficou praticamente estável, com um aumento de apenas 1% em relação ao ano anterior. Bangladesh se destacou como um dos mercados com maior crescimento nesse aspecto.

Em um cenário positivo para os profissionais de marketing, o celular manterá sua crescente participação no orçamento publicitário, impulsionado pelo aumento do tempo gasto em aplicativos. Em 2023, os gastos com anúncios móveis globais somaram US$ 362 bilhões. A expectativa é que, para 2024, o valor chegue a US$ 402 bilhões, com uma CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta) em cinco anos de 16,2% ao ano. Enquanto isso, apenas com aplicativos, consumidores de todo o mundo gastaram, em 2023, US$ 64 bilhões.


Varejo no celular

O tempo dedicado às compras por dispositivos móveis continua acima dos patamares pré-pandemia. As adversidades econômicas, somadas à desaceleração do rápido avanço no uso móvel visto no começo da pandemia, resultaram em uma leve redução na quantidade total de horas gastas em aplicativos de compras. Houve uma diminuição de 1% em comparação ao ano anterior de 2023, embora ainda apresente um aumento de mais de 25% em relação a 2020.

Enquanto grandes mercados de varejo, como China e Estados Unidos, registraram uma queda no ritmo de uso em 2023, outros mercados apresentaram um comportamento oposto. Os países com maior crescimento anual foram Brasil (+31%), Austrália (+13%) e México (+7%). No Brasil, só em 2023, as horas gastas em aplicativos de compras chegaram a um total de 3 bilhões, quando em 2022 foram usadas 2,3 bilhões de horas.

Quanto ao download de aplicativos, o cenário do varejo está em ascensão. Porém, entre os diversos aplicativos móveis, apenas o Threads registrou um aumento nas instalações em 2023 em relação ao ano anterior, superando o Temu. O aplicativo de comércio eletrônico da empresa chinesa PDD Holdings investiu significativamente em publicidade e tendências de preços competitivos para conquistar novos usuários, consolidando-se como um participante chave no mercado.

Além disso, os aplicativos de comércio eletrônico enfrentam a concorrência das lojas físicas, que estão aproveitando a retomada das compras presenciais para promover a integração com dispositivos móveis. Os segmentos de aplicativos de supermercado e loja de conveniência, assim como as lojas de varejo, apresentaram crescimentos de 9% e 7%, respectivamente, contrastando com a queda anual de 7% no setor de comércio eletrônico.

No Brasil, os mais baixados foram: Shein, Amazon, AliExpress, Magazine Luiza, Assaí Clientes, Mercado Livre, Alibaba.com, Representante Eudora, MadeiraMadeira e Nike App.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 22 de abril de 2024 às 10:01


Entender comportamentos e hábitos do consumidor na análise de crédito contribui para uma oferta precisa e evitar a inadimplência.

O Brasil possui um cenário de inadimplência preocupante e vicioso. Por isso, o segmento de crédito precisa repensar a forma como analisa e concede crédito. Mas como fazer isso pensando na experiência do cliente, na saúde financeira das empresas e dos consumidores?

Para Lucas Barleta, Gerente do Serasa Crédito, o Brasil historicamente enfrentou desafios em relação à inadimplência e a situação pode variar de acordo com diferentes fatores econômicos e sociais. É preocupante a relação que o brasileiro tem com o dinheiro. “Muitos ainda hoje entendem o cartão de crédito como parte do salário, o que certamente gera grandes problemas. A falta de educação financeira e uma cultura que incentiva o consumo desenfreado podem contribuir para a inadimplência, já que as pessoas podem não ter uma compreensão adequada de como gerenciar suas finanças e, assim, cair em um ciclo vicioso”.


O segmento de crédito precisa se reinventar 

Além das informações tradicionais de crédito, seria interessante que o setor passasse a considerar o comportamento financeiro atual do consumidor. Isso pode incluir padrões de gastos, hábitos de poupança e outras métricas que refletem a capacidade de pagamento. 

“Também podemos citar a utilização de dados para personalizar ofertas de crédito com base nas necessidades e capacidades individuais dos clientes. Dessa forma, não apenas aumentaria a probabilidade de aceitação, mas também ajudaria a evitar endividamento excessivo”, descreve o gerente do Serasa Crédito.

Vale também comentar, de acordo com o profissional, sobre o papel da Inteligência Artificial nesse processo, a partir da evolução dos dados, tanto da captura como para a leitura e disponibilização dessas informações para a tomada de decisão e formalização de um processo de crédito. 

“Hoje, com tantas interações entre os dados, estamos a poucos passos de ter uma ‘one-click journey‘, ou seja, uma jornada em que, com um clique, o consumidor possa ter o cartão e o crédito em sua conta. Com o relevante papel da IA, junto com os desenrolares da tecnologia, conseguimos aplicar uma jornada de contratação mais segura e mais fluida”.

A experiência do cliente e a saúde financeira em xeque

É fundamental que as empresas valorizem e pratiquem a empatia e humanização durante toda a experiência do consumidor. Fazer isso e promover a saúde financeira tanto de empresas quanto de consumidores é crucial para construir relacionamentos sustentáveis. 

Para tanto, Lucas Barleta elenca que é preciso manter:
Comunicação clara e transparente sobre os termos, condições e custos associados aos produtos de crédito;
Utilizar dados para personalizar ofertas de crédito com base nas necessidades e histórico de cada cliente;
Disponibilizar canais de atendimento variados, incluindo chat on-line, telefone e redes sociais, pois isso proporciona aos clientes opções para entrar em contato de acordo com suas preferências.
Fonte: Consumidor Moderno