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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 03 de maio de 2022 às 15:45


No auge da adesão ao modelo híbrido de trabalho, executivo da Robbyson revela como manter a produtividade e o desempenho de funcionários no home office.

Os impactos da Covid-19 nas relações de trabalho ainda têm exigido a adaptação de muitas empresas. Em uma ponta, gestores preocupados com o desempenho de times em home office. Na outra, colaboradores ainda em fase de adaptação com a modalidade remota ou híbrida. Neste cenário, as perguntas são muitas.

Como melhorar a comunicação interna e manter os funcionários engajados? Como reter a atenção de funcionários com acesso a várias fontes de informações? Como trabalhar a meritocracia de forma justa, evitar o turnover, fortalecer a cultura organizacional, e enfim, vencer o maior desafio: assegurar que não haja gaps nas relações entre atendentes e clientes finais?

Na avaliação de Hélio Sassioto Júnior, executivo comercial da Robbyson, o uso de mecânicas e técnicas aplicadas ao universo gamer já vêm sendo utilizadas com sucesso para engajar, motivar comportamentos e facilitar o desenvolvimento de pessoas em situações reais, tornando conteúdos densos em materiais mais amigáveis.


Por trás dos avatares

A plataforma de gestão da companhia começa com a criação de um avatar do colaborador, a partir do qual se busca dar protagonismo ao indivíduo. “A gamificação entra com o objetivo de despertar um maior engajamento do público e facilitar a mensuração dos resultados da ação. Mais importante do que se sentir desafiado, o colaborador consegue acompanhar como está seu desempenho em tempo real, mensurar quanto falta para atingir uma determinada meta de KPI, o quanto acumulou de pontos por percorrer o caminho correto e acompanhar suas recompensas”, explica Sassioto.

O especialista lembra que há um mecanismo muito importante no meio corporativo, mas pouco praticado pelas lideranças: o reconhecimento profissional.

“A famosa frase é muito boa: ‘Quando o bom funcionário é tratado igual ao ruim, o bom desanima e o ruim não melhora”, considera. “A gamificação permite que o gestor trabalhe a meritocracia de forma justa”.


Meritocracia sem vícios

O gestor cita o livro ‘Nova Economia: Entenda por que o perfil empreendedor está engolindo o empresário tradicional brasileiro’ , do autor e vice-presidente de Finanças e Estratégia do iFood, Diego Barreto, e garante: a leitura provoca o mundo corporativo a repensar a meritocracia.

“O problema da meritocracia é que ela desconsidera o ponto de partida, fazendo a seguinte pergunta: como comparar duas pessoas em termos de performance se elas partem de pontos diferentes? No livro ele sugere como proposta que a meritocracia de ideias resolva essa equação. E que os gestores da nova economia passem a olhar muito mais para o comportamento, para a capacidade da ideia, sem desconsiderar de forma alguma a performance do colaborador”.


A recompensa


Especialistas da área de recursos humanos e gestão de pessoas afirmam que a parabenização pela produtividade, as estratégias desenvolvidas e entregas dentro do prazo são de extrema importância para a motivação e o crescimento profissional de cada um. A recomendação dos recrutadores mais modernos é que empresas adotem modelos de gestão mais inovadores e humanizados, além do descarte da cultura do “não fez mais que a obrigação”.

“Particularmente, acredito que a meritocracia é algo crescente e vem mudando muito, modelos antigos sendo substituídos por novos. Cada vez mais ela é pautada no desempenho individual da pessoa, onde o mais forte, o mais inteligente, o mais preparado, vence”, argumenta o executivo. Para ele, a recompensa nem sempre precisa estar associada à remuneração mas deve, antes de tudo, estar atrelada ao perfil de cada colaborador.

“Temos diversos exemplos nesse contexto, com clientes da Robbyson que buscam aprofundar o entendimento sobre seus próprios funcionários. Há pessoas que preferem ganhar a experiência de um jantar, uma folga ou até a oportunidade de participar de uma causa social”.


Modelo remoto e híbrido

Parte dos escritórios já retomou as operações presenciais, enquanto alguns ensaiam aderir ao modelo híbrido e outros, devem manter suas jornadas remotas de trabalho. Enquanto isso, as discussões acerca desta movimentação vêm trazendo debates acalorados, por exemplo, em redes sociais como o Linkedin.
Recrutadores de todo o mundo se vêem diante a um novo fenômeno: profissionais cujo objetivo de vida após a pandemia é continuar exercendo suas atividades de casa, cenário que reforça a adoção de novas ferramentas de gestão.

“Houve mudanças sim no comportamento do profissional”, afirma o executivo. “Um estudo recente da Manpower Group, por meio de seu relatório Millennial Careers, apontou que 91% dos colaboradores esperam trabalhar em empresas alinhadas aos seus valores”. Mas Sassioto é otimista e acredita que “o que era uma missão crítica antes da pandemia não precisa ser agora” porque as prioridades corporativas “estão mudando”.

“Entendo que a tecnologia é um meio essencial para as empresas entregarem uma experiência melhor para os colaboradores. Aqui na Robbyson, por exemplo, temos um case público com a Magalu que mostra que nossa plataforma de gestão e engajamento inteligente ajudou muito neste contexto. Juntos conseguimos evoluir a performance do time de atendimento que migrou sua operação para home office em 17%, com sucesso”, finaliza.

Fonte: Consumidor Moderno
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 26 de abril de 2022 às 13:38


Como a Shein, até então desconhecida para a maioria dos investidores, está fazendo tudo mais barato e mais rápido no mundo da moda.

Empresa sediada em Nanjing, na China, agora é mais valiosa do que a Zara e a H&M juntas.

Uma empresa de que muitos investidores nunca ouviram falar está mudando o negócio da moda, fazendo tudo mais barato e mais rápido. E o processo está apenas começando.

A Bloomberg informou na semana passada que a Shein, uma empresa de moda chinesa, alcançou uma avaliação de mercado privado de US$ 100 bilhões (R$ 479,89 bilhões). Empresas de capital de risco estão correndo por um pedaço da economia dos influenciadores. Investidores regulares devem considerar comprar Meta Platforms.

A Shein não é um nome que sai facilmente da boca da maioria dos investidores. A empresa é um produto de Chris Xu, especialista em otimização de mecanismos de busca. Xu começou em 2008 vendendo vestidos de noiva online sob o nome ZZKKO.

Quatro anos depois, a empresa mudou de nome para She Inside e se ramificou em roupas em geral. Hoje, Shein, a mais recente encarnação, é um império global da moda exclusivamente online, com clientes em 150 países e US$ 11 bilhões em vendas anuais.

A empresa sediada em Nanjing, na China, agora é mais valiosa do que a Zara e a H&M juntas, suas maiores concorrentes de fast fashion. E a Shein está crescendo muito mais rápido.

O modelo de negócios é baseado na previsão de tendências de moda rápida em tempo real, fabricação verticalmente integrada, marketing viral por meio de influenciadores de mídia social e uma rede de logística que ignora navios de contêineres e caminhões. Shein é fast fashion na era digital.

A empresa usa algoritmos que rastreiam a atividade de navegação no TikTok, no Instagram, no Google e em outras plataformas digitais. Esta informação é transformada em roupas de tendência de produção limitada em cerca de três dias. Os itens são então comercializados on-line e por milhares de influenciadores de mídia social baseados em comissões. Os clientes recebem seus vestidos, blusas e brincos cinco a sete dias depois pelo correio.

Mas deixar a internet prever as tendências da moda pode ser confuso. Os colares de suástica produzidos em 2020 foram um fracasso de relações públicas. E as capas de smartphone vendidas em 2021 que mostravam um homem negro algemado esboçado em giz também erraram o alvo.


A Shein compensa as falhas com grandes sucessos

Explorar a crescente comunidade de influenciadores para comercializar seus produtos foi pura genialidade. E a empresa aproveitou a experiência do TikTok gastando muito em anúncios digitais para alcançar e permanecer na mente de clientes inconstantes de 20 e poucos anos.

General Atlantic, Tiger Global e Sequoia estão entre as grandes empresas de capital de risco que fizeram fila para um pedaço da Shein, de acordo com o relatório da Bloomberg. A avaliação de US$ 100 bilhões coloca o empreendimento de Nanjing como a terceira companhia privada mais valiosa do mundo, atrás apenas da ByteDance, controladora do TikTok, e da SpaceX, fabricante de foguetes de Elon Musk.

As empresas de capital de risco entendem que a Shein invadiu o varejo com ciência de dados e mídia social. É uma poderosa vantagem competitiva que será difícil de replicar.

E a Meta Platforms é uma grande beneficiária da ascensão da Shein. Eu explico.
Atualmente, é popular para investidores e analistas descartar o Meta como um experimento fracassado de mídia social. Para ser justo, uma enxurrada de escândalos no Facebook ajudou essa narrativa a ganhar força. No entanto, em sua essência, o Meta é uma plataforma digital de condomínios fechados. Suas propriedades Facebook, WhatsApps e Instagram são endereços críticos no cenário global de mídia social.

A Shein é dez vezes mais popular no Instagram do que no TikTok, de acordo com um relatório de junho de 2021 no South China Morning Post. Quando os influenciadores publicam fotos de seus últimos itens da Shein, o Instagram é o local de escolha. A Meta ganha comissões vendendo anúncios em torno desse conteúdo, bem como campanhas maiores da marca Shein.

Há ainda o Shops, um programa Meta incipiente para ajudar influenciadores e empresas a construir vitrines digitais dentro do Instagram e de outras plataformas Meta.

O varejo está evoluindo. E o ambiente digital é a próxima bola da vez. É mais barato e mais rápido, e não depende de embarcações marítimas ou shoppings fechados pela covid-19. O digital é direto para o cliente.

A US$ 210 por ação, a Meta está em processo de construção de um fundo depois de cair do patamar de US$ 382,50, em setembro de 2021. A ação é negociada a apenas 14,5 vezes os ganhos futuros, apesar de suas propriedades digitais de estreia. Investidores de longo prazo podem pensar em comprar ações na atual fragilidade.

Fonte: Forbes