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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 15 de março de 2022 às 10:53


Em cenário pós-pandemia, varejistas investem em canais de atendimento omnichannel e apostam em atendimento personalizado para aumentar as vendas durante a Páscoa.

Se você foi ao mercado nas últimas semanas, provavelmente deve ter se deparado com centenas de ovos de Páscoa expostos nas parreiras pelos corredores da loja, em seus mais diversos formatos, tamanhos e sabores. Não é verdade?

As indústrias de chocolate já estão a todo vapor na produção das guloseimas da Páscoa e os setores varejista e atacadista também têm investido na comercialização dos ovos ainda no início do ano. Mas qual será o motivo dessa venda “precipitada”? E com relação ao varejo, como este segmento vem se preparando para a data que tradicionalmente movimenta o primeiro semestre?


Com a retomada da economia, vendas tendem a crescer durante a Páscoa

Essas e outras dúvidas foram apresentadas a um dos fundadores da empresa do segmento Plant Based, Vida Veg, Anderson Rodrigues, que deu um breve panorama sobre as expectativas e desafios do varejo neste período do ano. “Com a retomada da economia no pós-pandemia, esperamos ter um crescimento nas vendas de dois dígitos e para isso, nós – da Vida Veg – estamos buscando empresas para fazer um ovo de páscoa vegano com nosso leite”, inicia o administrador, que complementa: “os varejistas estão abrindo mais espaço para ovos saudáveis e veganos buscando atender a esse novo consumidor preocupado com saúde e sustentabilidade”.

Com o fechamento das lojas físicas em 2020 e o agravamento da pandemia nos últimos dois anos, o setor gastronômico precisou se reinventar e, assim como diversos segmentos brasileiros, sofreu com a crise econômica e com a queda no número de vendas.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2021 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, houve uma expectativa de que cerca de 102,7 milhões de brasileiros fariam as compras para a Páscoa, o que representou uma queda de 10,5 milhões de consumidores se comparado ao ano de 2019.

A queda no consumo durante a data cristã, além de estar associada à pandemia e ao endurecimento das regras sanitárias, também pode ser explicada pelo aumento do valor do dólar e pela crise financeira, agravada pelo crescimento no número de desempregados no país.

Apesar dos desafios e problemas enfrentados pelos brasileiros, a vacinação em massa e a retomada gradual da economia parecem dar um fôlego para os negócios e, consequentemente, para a retomada das vendas de doces durante as comemorações religiosas.


Novos sabores, novas estratégias e muitas expectativas…

O coelhinho da Páscoa vem aí! Justamente por conta disso, muitos varejistas e produtores de ovos de Páscoa vêm investindo não só em novos formatos e sabores dos doces, como também em diferentes opções de venda, que vão desde os pontos físicos, como mercados, feiras e lojas especializadas, até os negócios virtuais, como sites e redes sociais, e o sistema delivery, onde o produto é entregue na casa do cliente.

Isso sem contar com o já tradicional investimento em brindes dos mais diferentes tipos para atrair a atenção das crianças, que continua sendo uma tática de sucesso. Os destaques são sempre os personagens licenciados. Nos últimos anos esses itens têm ganhado tanta importância, e volume, a ponto de deixar o chocolate em segundo plano.

Segundo o estudo feito pela CNDL em 2021, e que também deve ser válido para este ano, 58% das pessoas pretendem comprar os ovos de Páscoa em supermercados, enquanto que 45% optaram pelas lojas especializadas e 42% pelas lojas de grandes varejistas. Além disso, 70% afirmam que pretendem comprar os itens alimentícios em lojas físicas, enquanto que 65% pretendem comprar através da internet, sendo que 22% apontaram os sites como os favoritos para as compras e 20%, o WhatsApp.

O mercado virtual, inclusive, desponta como um dos principais meios encontrados pelos comerciantes para alavancar seus negócios nos últimos anos. Conforme uma análise feita pela Neotrust, empresa de inteligência de mercado, o comércio digital permitiu a venda de 340 mil ovos e conquistou R$ 45 milhões somente em 2021, o que representa um aumento de 79% quando comparado ao ano que marca o início da pandemia.

Além do consumidor omnichannel, a Páscoa em 2022 promete consolidar novas mudanças trazidas pela pandemia, como a criação de locais que não geram aglomeração em pontos físicos, tais como as gôndolas e as barracas ao ar livre.

O atendimento ao cliente e as melhorias na experiência do consumidor (CX) também chegaram para ficar no setor varejista e devem fazer parte das estratégias de marketing durante as vendas na Páscoa, assim como as ações promocionais e os cashbacks, que foram muito utilizados em 2021 por empresas como a Nestlé e a Garoto.

Por fim, a logística também deve ser priorizada pelo segmento alimentício durante esta data, já que o espaço para o armazenamento dos ovos de Páscoa deve ser relativamente maior do que o reservado para as mercadorias comuns, tendo em vista que tais alimentos são mais frágeis e suscetíveis a danos. Ademais, os armazéns precisam ser bem higienizados – principalmente por conta da pandemia – e climatizados, assim como os veículos para o transporte.

Fonte: Novarejo
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 15 de março de 2022 às 10:37


Pesquisas recentes mostram que a maior parte dos jovens não teve lealdade às marcas durante os dois anos de pandemia — e a tendência é que continue assim.

Como ficou a sua fidelidade, enquanto consumidor, na pandemia? Houve uma marca a qual você se sentiu mais conectado ou o consumo foi mais variado? As respostas a essas perguntas, é claro, são muito pessoais: há pessoas que mantiveram contato com até três lojas fixas ao longo de todo o isolamento, há quem não teve lealdade a nenhuma loja e caiu de cabeça no mar de possibilidades do e-commerce.

No entanto, conforme os dados da Think with Google e Trinity McQueen, essa lealdade tem comportamentos familiares a depender da faixa etária. Entre a Geração Z, por exemplo, 43% compraram itens de moda sempre ou principalmente via e-commerce nos últimos seis meses. Para os próximos meses, porém, somente 48% pretendem manter esse hábito. Entre os Millennials essa porcentagem cai em quatro pontos percentuais, para 39%, sobre as compras no último semestre. E sobe para 57% no caso de perpetuar o comportamento.

Esses dados refletem bastante quais são as tendências de comportamento para os jovens: uma fluidez e uma alta exigência, posto que demandam ser bem atendidos e têm mais dificuldade em manter vínculos com marcas.


A fidelidade fluida da Geração Z:

como as marcas podem atraí-los?
Entender o quanto a fidelidade já não é um bom indicador de meta para as empresas pode ser o verdadeiro transformador do jogo do mercado atual. Afinal, a tal lealdade já não existe em várias das gerações — e isso é inclusive comprovado.

Dados de uma pesquisa da Arlington Research, feita em março do ano passado, mostra que pelo menos 60% dos jovens da Geração Z mudaram a sua fidelidade a uma marca desde o início da pandemia. Para os Millennials, essa mudança durante o isolamento aconteceu para 45% dos compradores. Ao mesmo tempo, entre a Geração X e os Baby Boomers, essa porcentagem compreende apenas 33% e 20%, respectivamente, uma diferença expressiva.

O que vemos, com base nesses dados que a lealdade já não é sobre comprar exclusivamente de uma marca, mas a quantidade de vezes que o consumidor escolheu uma determinada empresa para a aquisição de um produto ou serviço. É muito mais sobre frequência do que fidelidade — algo que fica cada vez mais evidente nas gerações mais jovens.

E isso ocorre ainda mais nos momentos de ascensão do e-commerce. A quantidade de novas lojas online nos dois últimos anos tomou uma proporção imensa, sobretudo porque, durante a pandemia, o digital foi o meio mais acessado. Assim, o que se nota é que é oferecer diferenciais e atributos de marca memoráveis pode ser um caminho bem mais compatível com o comportamento dos novos consumidores do que investir esforços apenas para garantir uma fidelidade que, ao que tudo indica, pode não durar muito tempo.

Fonte: Consumidor Moderno