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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 08 de fevereiro de 2022 às 10:07


Especialista elenca estratégias valiosas para lojistas alavancarem as vendas; entenda como desbravar as possibilidades do varejo moderno.

Após um fim de ano agitado no varejo físico, com crescimento de 7% nas vendas da Black Friday, segundo dados da VarejOnline, e aumento de 2,8% no Natal, segundo o Serasa, a expectativa para 2022 é o setor continuar em crescimento e atrair mais consumidores. Para isso acontecer, é preciso ficar atento às mudanças no comportamento de consumo que a pandemia provocou e entender os novos formatos de compra.

“As vendas online dispararam durante o período de isolamento e os hábitos de consumo mudaram. Para os varejistas de lojas físicas recuperarem esses clientes, é preciso se reinventar e desbravar as possibilidades do varejo moderno, explorar novas tecnologias e entender a real necessidade dos consumidores”, aponta Juliano Mortari, CEO e fundador da VarejOnline, empresa especializada em tecnologia para gestão de lojas, franquias e pontos de venda (PDV).

Pensando em maneiras de ampliar ainda mais o setor, o CEO separou cinco dicas de crescimento. Para atrair consumidores e alavancar as vendas:


1- Valorizar a experiência do cliente no varejo

Durante a pandemia, as vendas online se popularizaram, então, quando o cliente se dispõe ir até uma loja, ele espera vivenciar mais do que uma simples compra. “Tenha em mente que a experiência que o cliente tem, desde o momento que entra na sua loja, será levada em consideração na tomada de decisão da compra. Invista em encantá-lo com um bom atendimento, um PDV diferenciado e funcional, estoque que atenda à demanda, entre outros aspectos importantes. E não se esqueça do principal: colocar o cliente como ponto central do negócio”.


2- Maior aproveitamento do omnichannel

A  convergência entre o online e o físico promete ser o caminho mais promissor para os resultados do varejo. Com essa tecnologia, é possível explorar a experiência multicanal, dentro dos conceitos do varejo moderno, com opções diversas de entrega, estoque local para atender pedidos online, compra online com retirada em loja física, entre outros serviços.

Outro canal de destaque viabilizado pelo omnichannel são as vendas pelo Whatsapp. “É um formato popularizado durante a pandemia e que caiu no gosto dos consumidores. Para os varejistas físicos, o legal é integrar as vendas e comercializar os produtos em mais de um meio, sempre agregando valor e trazendo novidades aos clientes”, recomenda o CEO.


3- Pagamento via Pix

Em utilização no Brasil desde novembro de 2020, o Pix é uma forma de pagamento instantâneo que está se popularizando em todos os setores. Segundo a pesquisa “Meios de Pagamentos no Brasil”, realizada pela Fundação Dom Cabral e a Brink’s, esse já é o 4º método de pagamento mais utilizado entre os varejistas, ultrapassando o boleto bancário e o cheque.

“Sua facilidade de uso torna as compras mais rápidas, logo o fluxo da loja fica mais fluído. As transações via Pix também oferecem taxas menores comparadas a outras formas de pagamento, sendo mais vantajosas para os lojistas”, explica Mortari. Apesar do Pix ainda não ser muito popular no varejo físico, em 2022, a expectativa é de alto crescimento desse meio de pagamento no setor.


4- Integração com o e-commerce

Quando a compra é feita pela internet, há um mundo de possibilidades de lojas virtuais e produtos a um clique do consumidor. Os varejistas de lojas físicas precisam reconhecer essa facilidade nesse momento de retomada, afinal, durante o período de isolamento, a maioria dos consumidores optou pelas compras online e agora é preciso oferecer atrativos para que as lojas físicas voltem a ser a opção preferencial.

Nesse sentido, a integração entre digital e físico pode trazer mais possibilidades para os consumidores. “Caso o varejista não tenha em loja um produto que o cliente deseja, mas o mesmo produto está disponível no seu e-commerce, por exemplo, ele pode fazer essa venda de forma integrada. Assim, o cliente mantém a experiência de comprar em uma loja física, sabendo que ele terá a mesma variedade de produtos disponíveis no ambiente digital”.


5- Tecnologia como aliada de vendas

Além das soluções já citadas, há muito mais o que explorar. Os varejistas terão que usar as tecnologias disponíveis no mercado a seu favor, buscando insights e informações úteis para o negócio. “O ideal é que cada loja crie seus próprios indicadores, monitorando dados referentes a clientes, jornada de compras, pagamentos, etc. Essas informações podem ser obtidas por meio de alguma ferramenta de ERP. É uma solução que concentra os dados de uma forma estratégica, voltada à gestão e automação do varejo, fazendo o negócio crescer de forma eficaz”, finaliza o executivo.

Fonte: Consumidor Moderno
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 08 de fevereiro de 2022 às 10:03


A combinação e-commerce e work from home irá gerar um novo movimento nos negócios.

A pandemia acelerou tudo. E, então, o isolamento social foi se afrouxando. Foi como se os freios de um carro falhassem e a mudança no varejo viesse mais rápido do que nunca. A ideia de uma loja independente não é mais válida, pois há uma enxurrada de opções disponíveis para os consumidores.

Mas, para o estudo Retail Supernova: a new star is born, da WD Partners, essas transformações não significam que a mentalidade dos varejistas mudou, pelo menos não fundamentalmente. A pandemia não inaugurou uma estrutura massiva, que já estava em curso no e-commerce e na cultura de consumo: só mudou a escala e o grau do que já era um processo contínuo e uma marcha imparável para o varejo moderno. E como as lojas precisam ser para se tornarem mais relevantes.

A pesquisa, que abrange 2700 entrevistados de diferentes gerações, grupos de renda e geografia, provou ser inequivocamente clara: o work from home (WFH) é um fator disruptor. E isso impacta os negócios.


Preocupações importantes sobre o varejo

Agora, existem infinitas maneiras de comprar. Seja na loja física, site ou aplicativo, os efeitos do isolamento social serão reflexos para as relações comerciais no futuro. Por isso, a WD Partners elenca alguns insights:

● As pessoas irão trabalhar de casa nos próximos anos;
● A mudança geográfica no trabalho remoto alterar radicalmente o varejo físico;
● As linhas de tendências do e-commerce só vão aumentar daqui pra frente;
● Ser local pode potencialmente ser um novo centro de comércio;
● O tradicional shopping indoor nos arredores continuará a sofrer;
● Lojas big-box e mercearias podem mudar com sucesso para a opção ‘loja + atendimento’ com modelo de hubs de distribuição compráveis (como Ikea);
● Um caminho potencial para a sobrevivência das lojas de departamento é abraçar a realização;
● As grandes marcas precisam encontrar novas maneiras de se conectar onde as pessoas passam mais tempo: em casa.

O home office deu às pessoas novos hábitos e mudou suas perspectivas e seu senso de atenção, de forma que os estabelecimentos locais ganharam visibilidade. Entretanto, existem algumas diferenças geracionais que valem a pena serem observadas.

Por exemplo, os Millennials e a Geração Z eram menos propensos a querer trabalhar de casa o tempo todo, enquanto Geração X e Boomers gostariam de trabalhar de casa o tempo todo daqui para frente.


Atenção ao comércio local

A loja mais próxima geograficamente agora tem um brilho. Nesse ínterim, à medida que as pessoas redescobriam seus bairros, os hábitos de consumo e o comportamento foram alterados. Enquanto isso, as lojas nos shoppings foram forçadas a fechar por meses. Por um tempo, Wal-Mart, Target e afins, considerados essenciais nos Estados Unidos, conseguiram sair por cima ao converter rapidamente a retirada e a entrega como pilares operacionais.

A lição que fica é que há demanda reprimida por experiências na loja, mas é perigoso pensar que isso é sustentável em termos de receita.


Serviços domésticos

Há outra maneira inesperada de grandes marcas e varejistas nacionais chegarem aos bairros: serviços domiciliares. O relatório da WD Partners afirma que há evidências de longa data de que esta abordagem funcionou nos Estados Unidos.

Esses pontos de prova da estratégia levantam uma pergunta importante: por que não existem mais marcas que executem serviços em casa no Brasil?

Pois quando a pesquisa questionou os consumidores sobre o que eles queriam e até que ponto as marcas devem oferecer serviços domésticos, como reparo, instalação e consultoria, a resposta foi clara: 27% disseram que todos os varejistas deveriam ter atendimento domiciliar e outros 42% dos entrevistados disseram que alguns varejistas deveriam ter serviços domiciliares.


Aceleração de lojas

A transição para lojas como centros de atendimento cresceu na aceitação do cliente. Como já é óbvio há algum tempo, todo o cenário do varejo está se bifurcando entre bens baseados em commodities e o tipo de consumidores de produtos especializados e orientados para o estilo de vida que ainda deseja ver e ter experiências em um ambiente único.

O estudo conta que, há mais ou menos uma década, havia uma ampla hesitação sobre se os varejistas precisavam explodir seu mix geral de produtos e investir pesadamente em estratégias de e-commerce e marketplace para competir com a Amazon e outros concorrentes de presença apenas online.

Algumas marcas hesitaram, temendo que o consumidor não estivesse pronto, e se preocuparam em canibalizar as vendas da loja. Os varejistas pensaram que não poderiam se mover rápido o suficiente ou que o e-commerce foi uma ameaça marginal aos seus negócios e resultados financeiros.

Contudo, ninguém mais pensa assim: a indústria despertou para a realidade e os clientes procuram e compram bens de forma multicanal, em qualquer lugar e a qualquer hora.

Estratégias
As lojas se transformaram não apenas em termos de localização, mas em relação ao tipo. Não existe mais um modelo singular do futuro, há muitos. Os vencedores desta nova era do comércio serão aqueles corajosos o suficiente para adotar uma estratégia multifacetada, flexível, adaptável e criativa.

Não haverá um protótipo imutável e exemplar que funcionará em todos os lugares. Isso significa que, para uma frota física ter sucesso, aceitar o fato de que você deve ter um portfólio de modelos focados no cliente é essencial.

Exemplos disso são espaços de comércio de preenchimento rápido que abraçam e permitem experiências emocionantes e diferentes, incluindo compras, buy on-line/pick up in-store (BOPIS) e delivery. Ou espaços que são destinos construídos inteiramente em torno de experiências que criam contextos de valor com seu próprio conjunto de influenciadores (potencialmente locais).

Novos centros comerciais
Shoppings ao ar livre e centros de estilo de vida, que podem se aproximar autenticamente da sensação de um corredor comercial de bairro, podem, de fato, florescer. Mas, vai exigir mais do que apenas presença para manter um nível de relevância na vida dos consumidores.

É hora de analisar o cenário e o comportamento dos clientes
A mudança abordada pelo estudo da WD Partners é que há a perspectiva de uma nova face do varejo com a confluência de dois grandes disruptores: e-commerce e work from home (WFH). Essa é uma estratégia que espelha maiores movimentos no desenho urbano e até mesmo inspira um clima de mudança. Os consumidores oferecem insights a todo momento, basta que o varejista tenha atenção para utilizá-los a seu favor e dar origem a pensamentos inovadores.

Fonte: Novarejo