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Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 04 de janeiro de 2022 às 16:06


A cifra é alcançada 41 meses depois da companhia ter chegado ao marco do US$ 1 trilhão.

A Apple se tornou nesta segunda-feira a primeira empresa do mundo a atingir US$ 3 trilhões  em valor de mercado, cifra alcançada 41 meses depois da companhia ter chegado ao marco do US$ 1 trilhão.

As ações da empresa atingiram um recorde de US$ 182,88 no intraday da primeira sessão de 2022, para depois diminuírem a alta e fecharam com ganhos de US$ 182,01, totalizando assim um valor de mercado US$ 2,986 trilhões. A Apple agora representa 7% do índice S&P 500, segundo a Reuters Breakingviews.

A Apple compartilhou o clube dos US$ 2 trilhões em valor de mercado com a Microsoft, que agora vale cerca de US$ 2,53 trilhões. Alphabet, Amazon.com e Meta têm valor de mercado acima de US$ 1 trilhão cada.

“A chave para a avaliação da Apple continua sendo seu negócio de serviços, que acreditamos valer US$ 1,5 trilhão”, disse Daniel Ives, analista da Wedbush Securities. “Ser a primeira empresa a ingressar no clube de US$ 3 trilhões é um marco para o presidente, Tim Cook”, acrescentou.

A adoção pela companhia de tecnologias como 5G, realidade aumentada e virtual e inteligência artificial tem ajudado as ações da companhia a seguirem queridinhas do mercado.

O marco é principalmente simbólico, mas representa o reconhecimento dos investidores pelo sucesso da Apple nos últimos anos, já que a empresa relatou vários trimestres recordes de grande crescimento em todas as suas linhas de produtos.
O fluxo de caixa da Apple também torna as ações um porto seguro em tempos de incerteza do mercado. A ação subiu 34% em 2021.

Fonte: Infomoney
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 04 de janeiro de 2022 às 16:03


Artigo para World Retail Congress destaca características de um varejo brasileiro transformado pela pandemia e avançando resiliente para o futuro.

Superada, em larga medida, a pandemia no território brasileiro, o varejo do País está mais bem posicionado para enfrentar os desafios de um cenário de mudança permanente. Os números deste ano repleto de reviravoltas são convincentes, mesmo diante dos desafios do início claudicante da vacinação, do aceleramento da inflação (fenômeno global) e dos menores incentivos do governo no auxílio às camadas mais desassistidas da sociedade.

Mas antes de abordarmos os números que resumem o ano de 2021 no varejo brasileiro, vale a pena ressaltar o grande desafio estratégico que está na mesa dos gestores. Diante do forte  processo de transformação digital, cabe aos diferentes varejistas tomar uma decisão: iniciar seu próprio marketplace, associar-se a um marketplace diverso ou procurar desenvolver um canal de e-commerce “puro”, preservando os limites de SKUs existentes no core business da operação?


Os caminhos do varejo brasileiro nos próximos anos

Há vantagens e desvantagens nos três modelos, mas está nesse conjunto de opções a decisão estratégica fundamental para melhorar as chances de perenidade e resultados dos varejistas no Brasil. É evidente que há marketplaces exercendo um papel dominante, seja pela amplitude e diversificação de ofertas (Magazine Luiza, Mercado Livre), seja pelo poderio tecnológico (Amazon). Ainda assim, as evidências que possam sustentar a adoção de um modelo ou outro ainda são insuficientes.

De todo modo, os números mostram que o canal eletrônico entrou de vez na preferência dos consumidores. Ele diluiu as fronteiras com o varejo físico e podemos claramente identificar uma tendência de amadurecimento do modelo phygital em praticamente todos os segmentos de varejo — alimentar, super, hiper e cash and carry, pet, material de construção, moda e acessórios e assim por diante. No plano geral, o varejo mostra notável resiliência e capacidade de adaptação.

Alguns exemplos: na primeira quinzena de outubro, as vendas no varejo paulistano — referente à cidade de São Paulo, maior capital da América Latina — cresceram 33,8%, segundo dados da Associação Comercial de São Paulo, praticamente igualando os patamares anteriores à pandemia (apenas 0,5% inferiores à outubro/2019). A Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisou para cima a expectativa de crescimento do setor, de 4,5% para 4,9%, a maior expansão desde 2012 (8,4%).

E o e-commerce, por sua vez, bateu recordes. No primeiro semestre de 2021, atingiu R$ 53 bilhões (cerca de US$ 9,5 bilhões), segundo dados do E-Bit Nielsen. O ticket médio avançou 22%, para R$ 534,00 (ou cerca de US$ 95,00) e 7% no número de pedidos (100 milhões). Outro número promissor é a participação do mobile no e-commerce, atingindo R$ 28,2 bilhões (aproximadamente US$ 5 bilhões), crescimento de 28,4% no total e de 56,3% no número de pedidos via celular.

É um fato, o brasileiro está hiper-conectado. Não por acaso, as estimativas gerais de faturamento do comércio eletrônico apontam para cerca de R$ 304 bilhões (ou US$ 54,3 bilhões), novamente segundo dados da CNC. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que 59,4% dos consumidores compra mais hoje pela internet ou aplicativos, dos quais 44,4% afirmam que irão continuar utilizando esses canais em sua jornada de consumo.


A mudança do jogo para o varejo com a ascensão do e-commerce

Esse impulso motivou muitas aquisições de grandes varejistas para a formação de seus marketplaces. Magazine Luiza, Via e Lojas Renner levantaram, juntas, R$ 13 bilhões em ofertas de ações (US$ 2,3 bilhões), para investimento em aquisições. A Via adquiriu a fintech Celer para melhorar a oferta de crédito em seu banco digital BanQI e criou um fundo de venture capital de R$ 200 milhões (US$ 35, 71 milhões) para investimentos em startups. O Magazine Luiza adquiriu entre 2020 e 2021, 22 empresas, incluindo empresas de logística, fintechs e e-commerces especializados em nichos específicos, como beleza, alimentos e videogames.

O mercado está bastante aquecido. A Arezzo, principal rede calçadista do pais, adquiriu diversas grifes para ampliar seu portfólio, estendendo seu alcance para moda feminina e masculina (adquiriu a Reserva e, recentemente, a Carol Bassi), alcançando quase R$ 1 bilhão nessas transações (US$ 178 milhões). O Grupo Soma, também de moda, pagou mais de R$ 5 bilhões (US$ 892,8 milhões) pela tradicional e centenária varejista de moda básica Hering.

As perspectivas para 2022 são promissoras, mais de 50% das empresas brasileiras esperam fusões e aquisições no próximo ano (dados Pesquisa ABES/BR Angels/Solstic Advisors). Desse número, 14% são varejistas. Toda essa movimentação visa, claro, posicionar as companhias no jogo competitivo e a escolha por um modelo que assegure resultados, a atenção do cliente e seu tempo. O próximo ano, ainda com eleições gerais, Copa do Mundo e celebrações marcantes, como o bicentenário da Independência e os 100 anos da Semana de Arte Moderna irão revelar qual será a face do varejo brasileiro até o final da década. Esperamos surpresas e muitos negócios. Ninguém pode discordar do momento estimulante que irá desafiar o mercado brasileiro em 2022.

Fonte: Consumidor Moderno