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Tecnologia & Inovação Postado em segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024 às 10:28


Pesquisa da Vindi com a Opinion Box apontam que o consumo de planos de assinatura deve crescer no país nos próximos cinco anos. 

O modelo de recorrência, ou assinatura, caiu de vez no gosto dos brasileiros. Trata-se da modalidade na qual, por meio de um pagamento periódico, o cliente tem acesso a produtos e serviços pelo tempo em que seu plano estiver em dia. Cerca de 68% dos consumidores adeptos ao modelo de recorrência assinam planos digitais, enquanto 23% são adeptos das assinaturas físicas e digitais, simultaneamente.

São serviços dos mais diferentes segmentos, desde tags de estacionamento e pedágio, até planos de telefonia e internet, streamings e clubes de alimentos e bebidas. Segundo pesquisa da Vindi, empresa de soluções de gerenciamento de pagamentos, em parceria com a Opinion Box, 39% dos clientes mantiveram o consumo de assinaturas no pós-pandemia.

Além disso, 35% das pessoas optaram por contratar novos serviços digitais como streamings, aplicativos e serviços de nuvem. Entre os entrevistados, 51% consideram que seus gastos com assinatura se mantiveram os mesmos em relação aos 12 meses anteriores, enquanto 32% apontam que estão maiores, o que aponta para uma expansão dos investimentos na categoria.


Vantagens das assinaturas

O modelo de recorrência oferece mais benefícios do que a simples automatização do pagamento periódico. Há também a diversidade de meios de pagamentos – como cartão de crédito, Pix, débito em conta corrente, boleto bancário e carteira digital –, o acesso livre a uma série de produtos, serviços e conteúdos exclusivos, além da possibilidade de poder testar gratuitamente ou com descontos por um período determinado. Cada empresa é responsável por criar uma experiência engajante para que seus consumidores permaneçam como assinantes.

No caso da Sem Parar, por exemplo, que oferece tags de estacionamento e pedágio, assinantes do serviço têm acesso ao superapp da marca. Com mais de 30 funcionalidades exclusivas – desde planos de microsseguros a reserva de vaga de estacionamento e programa de cashback –, os benefícios ajudam seus consumidores a economizar em outros serviços, além de gerar uma experiência simplificada e integrada à rotina.

Nesse sentindo, uma experiência do cliente bem construída é essencial para atrair e reter clientes no modelo de assinatura. “Cada interação com o cliente é uma oportunidade de criar conexões duradouras e significativas”, afirma Gabriel Porto, CMO da Sem Parar. “Quando um cliente interage conosco pela primeira vez, priorizamos um onboarding simplificado, que apresente o serviço e todos os diferenciais de forma clara, uma experiência fluida e intuitiva, e suporte proativo para atuar em qualquer demanda que surgir”.

A maior parte dos consumidores entrevistados pela pesquisa (29%) apontam que gastam mensalmente com assinaturas entre R$ 51 e R$ 100. Entre esses clientes, destacam-se serviços como clubes de lazer, telefone celular, internet, conta de luz, conta de água e sócio torcedor.  Já entre os assinantes que gastam entre R$ 101 e R$ 200 mensalmente, tornam-se relevantes modalidades como tags de estacionamento e pedágio, fitness, clubes de assinatura, TV a cabo, educação, seguro de carro e de vida, plano de saúde e condomínio – entre demais.


Assinaturas de experiências

Como exemplifica a Sem Parar, o modelo de recorrência possibilita uma série de oportunidades de produtos e serviços que complementam a jornada de consumo de seus clientes dos mais diferentes segmentos. É o caso da Skeelo, plataforma de leitura de e-books e audiolivros, que tem o B2B2C como principal modelo de negócio. A Skeelo forma parcerias com outras empresas para que ofereçam a plataforma como parte do benefício ou serviço complementar aos clientes finais.

Os assinantes de alguns planos da Claro de internet e telefonia, por exemplo, têm acesso à plataforma de forma gratuita. Dessa forma, recebem um livro (e-book ou audiolivro) por mês de acordo com suas preferências selecionadas no início do uso do aplicativo. Com o passar do tempo, e mesmo ao cancelar a assinatura com a outra empresa, o usuário ainda terá acesso a todos os títulos que resgatou.

Na Skeelo, ainda é possível comprar livros digitais – segundo a pesquisa “Panorama do Consumo de Livros”, realizada pela Nielsen BookData em parceria com a Câmara Brasileira do Livro, a Skeelo foi o terceiro principal canal de compras de livros digitais no Brasil em 2023 – e participar de clubes de leitura, além de outros serviços. “Entendemos que ter uma loja de leitura é um complemento para o nosso usuário”, explica André Palme, CMCO da Skeelo. “Enquanto alguns preferem receber um livro por mês, outros querem ler mais sem ter que esperar um mês para receber o próximo título”.

O executivo ainda destaca que um movimento liderado pelos streamings de filmes e séries trouxe à tona a relevância da curadoria para os consumidores, mais do que a quantidade de títulos. “O brasileiro adora recorrência porque gostamos de pensar que estamos pagando um valor para acessar o mundo inteiro”, conta. “Você jamais conseguirá consumir todo o conteúdo disponível, mas pode testar muito mais do que se comprasse produto por produto. O interessante é essa oportunidade de explorar um pouco mais e, para quem consome bastante, acaba sendo vantajoso”.


Tendência de expansão

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento atinge cerca de 76,6% das famílias brasileiras, enquanto 29% estão inadimplentes. No entanto, a pesquisa da Vindi com a Opinion Box aponta que 51% dos entrevistados sustentam despesas com assinaturas mesmo em meio ao cenário de inadimplência no Brasil.

Entre os respondentes, 17% afirmam que seus gastos com assinaturas estão menores na comparação com os 12 meses anteriores. Em relação ao próximo ano, 16% consumidores acreditam que seus gastos serão menores, enquanto 61% afirmam que serão iguais, e 23% maiores. O resultado indica uma intenção por estabilidade financeira ou de manter os padrões de consumo de hoje. Já para os próximos cinco anos, 46% dos consumidores esperam investimentos maiores em produtos e serviços por assinatura, enquanto 36% preveem que seus gastos irão permanecer os mesmos.

Segundo a pesquisa, a tendência deverá se intensificar com o lançamento do Pix Automático, em outubro de 2024. “O desempenho do Pix vem impressionando e, certamente, tem potencial para contribuir com o modelo de recorrência”, afirma Gabriel Porto. “É mais uma opção para clientes terem acesso a serviços que, às vezes, ficam restritos a poucas formas de pagamento”.

Similar ao débito automático, o novo produto do Banco Central permitirá que empresas firmem acordos com uma instituição financeira que ofereça o serviço para permitir o pagamento automático por meio do Pix em qualquer banco. No caso do débito automático, a empresa precisa ter convênio com cada instituição financeira para poder oferecer o serviço a todos os seus consumidores.

Fonte: Consumidor Moderno
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024 às 10:26


O futuro da moeda é um assunto que abrange diversas questões, incluindo a evolução dos pagamentos digitais.

Moedas, como as conhecemos hoje, surgiram na Lídia, atual Turquia, no século VII A.C., sendo peças de metal representando valores. A cunhagem a martelo surgiu depois, destacando os signos monetários e valorizando a nobreza do ouro e da prata. Com o passar do tempo, as moedas passaram a apresentar figuras representativas da história, cultura e poder das sociedades.

Foi a necessidade de guardar as moedas em segurança que deu origem aos bancos. Segundo o livro “Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de história, 1694-1984”, os negociantes de ouro e prata, por terem guardas e cofres à sua disposição, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes. A eles era dada uma nota escrita do valor guardado. Conhecidos como “goldsmith’s notes”, tais recibos passaram a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por serem considerados mais seguros de portar do que o dinheiro vivo. “Assim surgiram as primeiras cédulas de “papel-moeda”, ou cédulas de banco, ao mesmo tempo em que a guarda dos valores em espécie dava origem a instituições bancárias”, explica a obra.

Os primeiros bancos reconhecidos oficialmente surgiram, em primeiro lugar, na Suécia, em 1656. Depois na Inglaterra, em 1694; em terceiro, na França (1700).

No Brasil, a primeira experiência bancária é datada de 1808. Na ocasião, o príncipe regente D. João criou o primeiro Banco do Brasil, como forma de financiar o império luso-brasileiro, após se instalar no Rio de Janeiro, fugindo de Lisboa.


Passado

De lá para cá muita coisa mudou. E a moeda também, claro. Réis, Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real… O Brasil teve nove moedas desde a independência em 1822 até os dias atuais. Até 1994, com o advento do real, a inflação era bem elevada. Em outras palavras, havia sempre excesso de dinheiro em circulação no mercado, o que fazia com que a demanda subisse a todo momento, frente a oferta. 

Nesse ínterim, a hiperinflação no Brasil atingiu níveis alarmantes, acumulando quase 2.000% no final da década de 1980. Em contrapartida, o índice de preços ao consumidor atingiu o patamar de 6.821% em abril de 1990. Como resultado, a hiperinflaçãodeteriorava rapidamente o poder de compra das pessoas e, por consequência, a unidade monetária em circulação. O governo se via “forçado” a trocar a moeda.

Tal cenário só se estabilizou com a implementação do Plano Real, que trouxe estabilidade à flutuação dos preços de bens e serviços. Desde então o Brasil não enfrentou novos períodos de hiperinflação.


Presente

Hoje, vivemos em uma era de rápidas mudanças e avanços tecnológicos, o que inevitavelmente afeta todas as áreas de nossas vidas. No campo financeiro isso é evidente, com o surgimento de novas formas de pagamento e a crescente digitalização das transações. Dessa forma, destaque para os pagamentos por meio de celular.

A pesquisa “Carat Insights 2024 – Pix, Carteiras Digitais e Outras Tendências de Pagamentos” revelou o quanto diversificar os canais de compra vem sendo uma oportunidade para as empresas aprimorarem a jornada do consumidor. Consoante o estudo, as compras presenciais ainda são rotineiras, com 46% dos brasileiros comprando em lojas físicas pelo menos uma vez por semana. No entanto, a proporção de pessoas que compram em lojas físicas a cada duas semanas é menor em comparação às compras online e em lojas integradas, com percentuais de 54% e 43%, respectivamente.

Ademais, seis em cada dez pessoas têm utilizado as redes sociais para realizar transações de compra e venda de produtos, conforme a Carat Insights 2024. O Pix (89%) e o cartão de crédito (46%) se destacam como os meios mais utilizados para essas compras. “Inegavelmente, esses dados mostram como a integração do pagamento vem facilitando tanto para quem compra quanto para quem vende”, explica Giuliana Cestaro, Diretora de Produtos Software Express do Brasil na Fiserv. 


Segurança no celular

Portanto, para as empresas, aceitar pagamentos por meio do celular tem se tornado cada vez mais comum atualmente. E, por outro lado, os consumidores estão cada vez mais confiantes em utilizar o smartphone como uma forma segura e prática para realizar transações financeiras. A tendência é que essa prática se intensifique no futuro, à medida que as pessoas se acostumam e confiam cada vez mais nessa forma de transação.

Existem diversas opções para realizar pagamentos por meio do celular. Uma delas é utilizar aplicativos de carteira digital, que permitem cadastrar cartões de crédito ou débito e realizar pagamentos de forma rápida e conveniente. Esses aplicativos geralmente oferecem medidas de segurança, como a solicitação de uma senha ou o uso da autenticação biométrica, para garantir a proteção dos dados do usuário. Outra opção é realizar pagamentos por meio de aplicativos de bancos, que oferecem funcionalidades para transferências e pagamentos. Nesse caso, é necessário ter uma conta bancária vinculada ao aplicativo para realizar as transações. Além disso, existem também as maquininhas de cartão, que já são muito conhecidas pelos comerciantes. Com essas maquininhas, é possível realizar pagamentos por meio do celular, inserindo o cartão na maquininha ou utilizando a tecnologia de aproximação, como o NFC.

Vale ressaltar que as principais vantagens de utilizar o celular como forma de pagamento são a praticidade e a segurança. Tudo porque com o celular na palma da mão, é possível efetuar pagamentos a qualquer hora e em qualquer lugar, desde que haja uma conexão com a internet. Além disso, como os dados do cartão não ficam armazenados no celular, os riscos de fraude são reduzidos.


Será o fim do dinheiro?

Com o avanço da tecnologia, prescindir do dinheiro em espécie está se tornando cada vez mais comum, e a adoção do celular como meio de pagamento é uma tendência que veio para ficar. Quem comenta melhor é Alexandre Fontes, superintendente de operações e clientes da Veloe, serviço de tag veicular com a premissa de economizar tempo na fila de estacionamentos, shoppings e praças de pedágio, que acredita que a junção da Inteligência Artificial com os pagamentos digitais está sendo um casamento perfeito. “Prova disso está no setor de mobilidade. Afinal, a capacidade da IA de aprender e se adaptar em tempo real tem aprimorado consideravelmente a segurança das transações, reduzindo fraudes e proporcionando uma experiência mais fluída aos usuários. A IA traz benefícios que agregam valor aos meios de pagamento e certamente teremos ainda outros a serem descobertos e explorados”.

E isso ocorre porque a Inteligência Artificial é capaz de fornecer soluções inovadoras que simplificam e agilizam os processos de pagamento, tornando-os mais seguros e convenientes para todos: “Em síntese, a IA não apenas simplifica os processos de pagamento, mas personaliza de acordo com o comportamento do usuário. Sua capacidade de análise de dados em larga escala agiliza as transações e contribui para um sistema de pagamentos mais seguro, adaptando-se continuamente a padrões de comportamento e identificando possíveis anormalidades”.


Futuro

Sobre o futuro, ele pensa que, vez que a IA tem algo a contribuir em todas as áreas, com o dinheiro isso não será diferente. “A IA fornecerá insights valiosos em padrões de gastos e de consumo, mas o principal: contaremos com recomendações personalizadas para uma gestão financeira mais eficaz. Ou seja, ela ajudará cada vez mais os usuários a tomarem decisões mais assertivas e promover hábitos financeiros mais saudáveis, auxiliando além do processamento de pagamentos”.


Menos papel

Alexandre considera que a sociedade, impulsionada por soluções inovadoras de pagamento digital e, evidentemente, pela IA, caminhará para um mundo com menos dinheiro físico. Para ele, a personalização, segurança e conveniência serão as palavras-chave, “e tecnologias como blockchain e pagamentos biométricos têm o potencial de remodelar fundamentalmente a maneira como encaramos e utilizamos o dinheiro”.

Outro aspecto importante do futuro do dinheiro é a inclusão financeira. Com o avanço da tecnologia, mais pessoas em todo o mundo têm acesso a serviços financeiros básicos, como contas bancárias e empréstimos. Isso permite uma maior participação na economia e estimula o desenvolvimento de comunidades. No entanto, é importante ressaltar que, mesmo com todas essas mudanças, o dinheiro em si ainda terá um papel fundamental no futuro. O desafio está em encontrar o equilíbrio entre a digitalização e a preservação da privacidade e da segurança.


Inclusão

Em resumo, o futuro do dinheiro é cada vez mais digital e tecnológico. Criptomoedas, dispositivos móveis e aplicativos de pagamento estão moldando a forma de fazermos transações. A inclusão financeira também é uma prioridade, enquanto a segurança e a privacidade continuam sendo questões importantes. “É essencial preparar-se para se adaptar a essas mudanças e explorar as oportunidades que elas trarão, uma vez que estamos diante de uma transformação significativa no sistema financeiro. É uma revolução nos meios de pagamento. A facilidade do uso e a segurança que a IA oferece são qualidades que nos ajudam, ainda mais, a tornar a mobilidade fluida e segura. A perspectiva é essa maneira de pagar se torne cada vez mais comum, substituindo métodos tradicionais, principalmente em setores como o de mobilidade, em que a agilidade é crucial”, finaliza o especialista da Veloe.

Oevento IA + CX, que ocorrerá no dia 23 de abril de 2024, na Casa Traffô, localizada na Rua Gomes de Carvalho, 560, bairro Vila Olímpia, São Paulo/SP, trabalhará o tema “O futuro dos meios de pagamento sobre a ótica da IA”.

Fonte: Consumidor Moderno