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Tecnologia & Inovação Postado em quinta-feira, 30 de setembro de 2021 às 10:07


Estudo mostra alta nos investimentos em startups da América Latina. Aporte em negócios brasileiros do tipo cresceu mais de 16 vezes entre 2016 e 2021.

O interesse de grandes empresas pelas startups tem crescido na América Latina – e as principais compradoras são conhecidas dos brasileiros.

O Magazine Luiza (MGLU3) é a empresa que mais comprou negócios escaláveis, inovadores e tecnológicos da região. Suas aquisições foram noticiadas com frequência, reforçando os planos de se tornam um super aplicativo nos moldes das gigantes chinesas do comércio digital. A lista de maiores compradoras também tem empresas como Linx (LINX3), Locaweb (LWSA3), Méliuz (CASH3) e Mercado Livre (MELI34).

O ranking é parte do Relatório Sling Hub Latam, feito pela plataforma de inteligência de dados em inovação Sling Hub. O relatório concentra informações de 24.409 startups e 656 investidores em países como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai.

O número de aquisição provavelmente será recorde neste ano na América Latina. Até agosto de 2021, 195 startups regionais foram compradas em processos de M&A (fusão e aquisição). Em 2020, aconteceram 200 negociações do tipo. 83% de todas as startups adquiridas na América Latina foram brasileiras.

O país também tem alta representação do outro lado do balcão: das 10 maiores empresas compradoras, oito são nacionais. As exceções são a irlandesa Accenture e a argentina Mercado Livre.

“A Magalu é a maior compradora de startups hoje na América Latina, com 25 empresas adquiridas. Essa informação que só reforça a importância da companhia no ecossistema brasileiro”, analisa em comunicado João Ventura, CEO da Sling Hub.

Uma das últimas compras anunciada pela empresa foi a maior de sua história: o site de games e tecnologia Kabum!, por R$ 1 bilhão em recursos financeiros mais outros valores em transferência de ações do Magazine Luiza. As vendas do e-commerce do Magalu avançaram 46,4% no segundo trimestre de 2021. O lucro líquido foi de R$ 95,5 milhões, ante prejuízo de R$ 64,5 milhões registrado entre abril e junho do ano passado.


Mais dinheiro, mais unicórnios

O maior número de processos de fusão e aquisição com startups reflete o crescimento das empresas escaláveis, inovadoras e tecnológicas na América Latina. E o Brasil concentra 77% das startups da região. São 17.987 negócios do tipo, ou uma startup para cada 12 mil habitantes. Essa é a maior concentração de startups por habitante na América Latina, seguida pela concentração do Chile (17 mil) e do Uruguai (22 mil).

Essas empresas também captam mais investimentos a cada ano na América Latina. Entre 2016 e 2021, o único ano que apresentou queda em relação ao anterior foi 2020, marcado pela pandemia do novo coronavírus. O investimento passou de US$ 937 milhões em 2016 para US$ 13,2 bilhões até este momento de 2021. É um crescimento de 14 vezes.

Especificamente no Brasil, não houve ano de queda. O volume de investimento passou de US$ 569 milhões em 2016 para US$ 9,238 bilhões até este momento de 2021. A expansão foi de 16,2 vezes.

No acumulado deste ano, o crescimento do dinheiro colocado em startups está em 109% sobre 2020 na América Latina. Desde o início de 2016, o total investido na região foi de US$ 36,1 bilhões em 5.175 rodadas. No Brasil, o crescimento está em 138% sobre 2020. O total investido nas startups do país desde 2016 é de US$ 22,9 bilhões em 2.819 rodadas.

O Brasil também se tornou o mais relevante em termos de unicórnios, ou startups avaliadas em ao menos US$ 1 bilhão. A Argentina foi único país latino-americano a produzir unicórnios durante uma década, com Mercado Livre em 2007 e Decolar em 2017. Esse cenário mudou em 2018. Sete startups brasileiras ultrapassaram o valor de mercado de US$ 1 bilhão. No mesmo ano, Colômbia e México também entraram para o clube dos unicórnios.


Atualmente, 60% dos unicórnios latino-americanos são brasileiros. 21 dos 34 unicórnios pertencem ao país, segundo a Sling Hub. A plataforma de inteligência de dados incluiu empresas que atingiram a avaliação bilionária sendo empresas públicas, como PagSeguro e Stone, e também coloca a Nuvemshop como brasileira, ainda que seus fundadores sejam argentinos.

Enquanto os M&As têm a lista de maiores compradoras, os investimentos têm a lista de maiores apostadores em negócios que virariam unicórnios. A empresa de telecomunicações japonesa SoftBank ocupa o topo do ranking, investindo em 13 dos 34 unicórnios da América Latina. Os americanos Tiger Global e Endeavor completam o pódio, com 11 e 10 unicórnios respectivamente.

Fonte: Infomoney
Gestão & Liderança Postado em quinta-feira, 30 de setembro de 2021 às 09:57

Segundo a companhia, anúncio faz parte da estratégia de aumentar sua presença em mercados emergentes.

A Kraft Heinz, dona das marcas Heinz e Quero no Brasil, anunciou nesta quinta-feira, 23, que entrou em um acordo para adquirir a Hemmer, uma empresa brasileira que produz molhos, condimentos e conservas. O anúncio faz parte da estratégia da companhia de aumentar sua presença em mercados emergentes.

A conclusão desta transação, porém, está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O valor da transação não foi divulgado.

A Hemmer é uma empresa de 106 anos sediada em Blumenau, Santa Catarina.
A atuação da futura adquirida é considerada complementar à da compradora.

A Hemmer atua no segmento mediano, enquanto a marca Heinz está no “premium” e a Quero, no econômico. A Hemmer irá se beneficiar ainda da rede de distribuição e modelo de atendimento da Kraft Heinz no país, incluindo o canal de fornecimento para bares e restaurantes.

O Rothschild & Co atua como assessor financeiro exclusivo da Kraft Heinz e o Madrona Law como assessor jurídico para essa transação em potencial.

Pabst & Hadlich Advogados Associados atuam como assessores exclusivos dos acionistas vendedores e da Hemmer.

Fonte: Infomoney