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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 24 de novembro de 2020 às 09:45

A era do relacionamento mudou a forma como as empresas devem se posicionar diante dos consumidores.
Com a chegada do Natal, todo ano também aparecem aquelas lojas temporárias que vendem decoração especial para a data, que são chamadas de sazonais. Apesar de encantar a muitos por toda a sua temática lúdica, cheia de luzes e com produtos inspirados na figura do Papai Noel, essas lojas não estabelecem laços com os seus clientes. Os vendedores estão ali para trabalhar apenas por dois meses com o objetivo de ganhar dinheiro, sem criar engajamento, cultura e encantamento pela marca. E não gerar vínculos com o seu público é jogar fora grandes oportunidades.

Quando pensamos em marketing, antigamente o principal objetivo era vender e um bom anúncio era a forma de atrair as pessoas. Depois de uma série de transformações nas relações de consumo e a chegada de novos canais – de comunicação e compra –, o que estamos vivendo hoje é a era do relacionamento. Nesta fase, as marcas precisam e devem virar uma comunidade para gerar uma dinâmica de troca com o consumidor, principalmente nesse período pós-pandemia.


A importância de estar por perto

De olho nesse novo perfil de cliente, as empresas vêm se estruturando e criando estratégias para se aproximar cada vez mais do seu público e se mostrarem interessadas por ele. Apesar de existirem inúmeras ferramentas que auxiliam nesse processo, nenhuma delas fideliza bem o consumidor sem o atendimento humanizado, principalmente quando esse contato não está associado diretamente às vendas.

O cliente não precisa necessariamente comprar para esse relacionamento ser estabelecido. E neste contato, dependendo de como é tratado, ele nunca irá esquecer a sua marca, criando muitas vezes uma conexão emocional com a empresa. É justamente esse o grande diferencial e oportunidade!

Muitas vezes uma mensagem dizendo “Oi, como você está?” tem um impacto muito maior do que você mandar uma oferta. Para uma empresa de beleza e saúde, por exemplo, enviar um bom dia e oferecer um e-book de meditação ou dicas de bem-estar são possibilidades de ações mais bem-sucedidas do que simplesmente encaminhar alguma promoção. Não estão focadas em conversão, e sim em se aproximar da pessoa, seja resolvendo algum problema, disponibilizando algum benefício ou apenas estabelecendo contato de forma amigável.

Para seguir esse caminho, as empresas precisam primeiramente oferecer um atendimento de qualidade e contratar colaboradores que gostem de pessoas, que se interessem pelos problemas dos outros e se empenhem em resolvê-los como se fossem os seus.

Quando um consumidor entra em contato com uma empresa, geralmente, ele tem um problema e espera uma resolução. O que a marca deve fazer é atender e resolver a sua dor, fazendo o cliente perceber o quanto é importante para aquela empresa. Isso gera conexão e aumenta a qualidade do relacionamento entre ambos. A importância é tanta que o estreitamento dessas relações se torna muitas vezes o maior diferencial na decisão de compra.

Marcas que se limitam em apenas atender, de forma mecânica e robotizada, já ficaram para trás. E mesmo aquelas que não ficaram para trás porque têm um produto ou serviço muito bons e isso lhes garantia uma vantagem, mesmo não estabelecendo uma relação adequada com o seu cliente, ficarão com o olho no retrovisor por conta deste cenário de transformação que estamos vivendo. Ou elas mudam e se adaptam, ou serão mais uma dessas lojas que ficam esperando o Papai Noel o ano inteiro.

Fonte: Novarejo
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 24 de novembro de 2020 às 09:39
Como se desfazer do excesso de responsabilidades Era um daqueles tipos de relacionamento. O evento para participar das reuniões recorrentes desse grupo constava na minha agenda. Ao longo do primeiro e do segundo ano de envolvimento, eu adorava participar. Logo depois, meu interesse diminuiu, e eu só comparecia porque achava que devia. Em dado momento, eu simplesmente deixei de priorizar aquilo… porque eu ficava cansada depois de viajar, porque eu queria encontrar uma amiga, ou porque eu sempre tinha algo para fazer.

Uma parte de mim continuava achando que eu apareceria depois de um tempo. No entanto, depois de meses agindo assim, estava muito claro que eu não iria mais comparecer. Sendo assim, decidi parar de “assombrar” o grupo – deixar de comparecer, mas sem admitir que eu realmente tinha saído.

Achei que eu tinha acatado bem essa decisão. Em seguida, a sugestão de um amigo me inspirou a ser decisiva e direta. Fiquei surpresa ao ver que, uma vez rompido esse compromisso, imediatamente me senti mais leve e mais livre à medida que nuvens de indecisão e fuga desapareceram.  Então, não carregava nenhuma culpa.


Esse dilema lhe parece familiar?

Com todos os transtornos do primeiro semestre, é provável que você não tenha participado de muitas atividades e grupos. Sei que senti muito por estar longe dos grupos pelos quais tenho grande apreço; no entanto, pode ser que você tenha descoberto que não participar de outros não causou problema algum.   

Talvez seja uma atividade voluntária que não condiz mais com você, um grupo de desenvolvimento profissional que deixou de ser gratificante, ou um comitê onde o trabalho não é mais uma prioridade neste momento. Para algumas atividades – como uma reunião semanal da empresa – você precisa estar presente, mesmo que não tenha disposição para isso. No entanto, no que se refere às atividades opcionais que você pode escolher e das quais você se distanciou, pode ser a hora certa de fazer uma ruptura clara.

Você consegue pensar em algo que esteja nessa categoria? Se sua resposta for “sim”, já comunicou sua intenção? Se ainda não o fez, recomendo-lhe arrumar um tempo para romper com esses compromissos da maneira correta. Eis quatro etapas para você se sentir livre:


1. Faça a comunicação de forma direta

Em vez de fugir da questão e deixar de comparecer, comunique-se com os líderes certos e com os setores com os quais você tem responsabilidades. No meu caso, eis aqui o e-mail que enviei, para mostrar como pode ser a sua comunicação:

Olá, (nome do líder),
Espero que você esteja bem. Gostaria de comunicar algumas coisas.
Ao avaliar as minhas prioridades, percebi que o (nome do grupo) não é uma área onde me vejo investindo meu tempo.
Achei que poderia estar mais presente no ano passado do que realmente estive, e não me vejo participando nos próximos meses. Gostaria de fazer esse comunicado de forma direta a fim de que você não conte com minha presença para alcançar as metas do grupo.
Obrigada pela oportunidade de participar do clube. Foi uma ótima experiência de aprendizado para mim. Tenho muito orgulho de todos pelo progresso que tiveram. Estarei de volta no futuro quando e se o grupo estiver alinhado com o lugar onde eu sinta que deva estar.
Tenha um ótimo dia!

O e-mail pode ser a maneira mais apropriada para comunicar suas intenções. Ou, caso você esteja deixando um cargo de maior responsabilidade ou onde tenha um relacionamento mais próximo, pense em fazer uma ligação, uma videoconferência ou uma reunião presencial para discutir o assunto. Decida o modo de comunicação que mais se enquadra no relacionamento que você tem com as pessoas envolvidas. Em seguida, não se esqueça de pensar em tudo o que quer dizer para demonstrar clareza e simpatia.


2. Termine seus compromissos

Com este grupo em especial, eu havia me comprometido a postar suas reuniões no MeetUp.com – um site com todos os tipos de eventos em grupo – o que eu não havia feito ainda. Saber que a minha comunicação foi direta me deu o impulso de que precisava para priorizar o término daquela tarefa. Assim, quando informei que não mais faria parte do grupo, eu já havia resolvido todos os compromissos principais; isso me proporcionou uma ruptura clara e me tirou a sensação de obrigatoriedade.

Reflita sobre todas as suas principais responsabilidades para com essa situação em especial. Decida se irá terminá-las e, em caso positivo, quando. Ou, se você somente avisará que não mais será responsável por um tópico em especial, informe ao comunicar sua saída. Por exemplo, eu havia me comprometido a ser mentora de um novo integrante do grupo, mas ainda não havia avançado muito. Eu o informei da etapa onde estávamos no processo de mentoria e que ele deveria procurar um novo mentor.


3. Limpe a agenda

Uma vez que eu havia comunicado que estava me desligando do processo, senti-me livre para apagar tudo o que havia em excesso preenchendo minha agenda, a lista de pendências e a caixa de entrada do meu e-mail. Apaguei a reunião recorrente do meu Google Calendar, todos os lembretes das coisas a fazer para o grupo e me desfiz do material que não mais iria precisar. Essa atitude me libertou daquela pontada de culpa a cada vez que eu via um lembrete desse grupo no ponto em que eu havia saído, e fez com que eu deixasse de lado suas ações. Pergunte-se: o que posso apagar ou me desfazer para que eu não tenha excesso de informações digitais ou físicas?

Você também pode se desfazer dos lembretes, como por exemplo, cancelar a assinatura de listas de e-mails, cancelar lembretes de mensagens, sair de grupos do Facebook, ou outros itens que enviavam lembretes de reuniões ou comunicações.


4. Desfrute do alívio

Adotar a maneira mais fácil de se desfazer dos compromissos ao ignorá-los ou evitá-los é a forma mais penosa ao final. Quando você diz a si mesmo e aos outros que está de saída, você realmente fica livre. Posso falar por experiência própria que o alívio é palpável. Descobri, também, que as pessoas dão valor a esse encerramento, ainda que leve meses para que você finalmente comunique. Não é mais preciso que eles perguntem por que você não compareceu a certos eventos,  pedir que você se voluntarie para compromissos, quando eles não sabem ao certo se você irá ou não, ou se frustrarem com a falta de retorno de sua parte.

Agora é a sua vez: Quais compromissos não condizem mais com seus valores e prioridades? Quando você irá fazer a comunicação para que essa etapa se encerre e você possa se livrar do peso da fuga? Você não precisa manter a si mesmo ou outras pessoas na corda bamba. Comunique de forma direta que não irá mais dar andamento às atividades, para que você tenha a tranquilidade mental e emocional de seguir em frente.

Fonte: Harvard Business Review