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Varejo & Franquias Postado em segunda-feira, 05 de março de 2018 às 21:31
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 113,2 pontos no mês de fevereiro, mantendo-se acima da zona de indiferença (100 pontos). Na comparação com janeiro, o indicador evoluiu 3,3%, na série com ajuste sazonal. Já ante o mesmo período de 2017, o aumento foi de 18,5%.

“A leve melhora do nível de consumo, devido à queda da inflação, início do processo de recuo no custo do crédito e no desemprego, resultou no aumento do otimismo por parte do empresário quanto ao cenário atual”, explica Bruno Fernandes, economista da CNC.

O subíndice que mede a avaliação das condições correntes pelo comerciante apresentou aumento mensal de 6,1%, na série com ajuste sazonal, e 46,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Neste fevereiro, 48,8% dos comerciantes consideram o desempenho do comércio melhor do que há um ano. Em fevereiro de 2017, esse percentual havia atingido 28,4% dos consultados. Apesar disso, o componente continua na zona negativa (abaixo dos 100 pontos), com 90,4 pontos.

Em relação ao ano passado, a percepção dos varejistas sobre as condições atuais melhorou expressivamente em todos os itens avaliados (economia, setor e empresa), com destaque para a economia, com aumento de 69,9%. Agora em fevereiro, 43,2% dos comerciantes consideram que a economia está melhor do que há um ano.

Expectativas aumentam

O Índice de Expectativas do Empresário do Comércio aumentou 1,5% em relação a janeiro e 8% na comparação anual. O componente segue como o único subíndice da pesquisa acima da zona de indiferença, com 153,1 pontos.

As perspectivas em curto prazo em relação ao desempenho do comércio (+8,1%), da própria empresa (+5,7%) e da economia (+10,6%) melhoraram em comparação com o mesmo período de 2017. Na avaliação de 83,6% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos seis meses à frente.

Mais intenção de investir

O subíndice que mede as intenções de investimento do comércio teve novo aumento em fevereiro deste ano (+2,4%). Na comparação com 2017, a elevação foi de 15,7%, com destaque para o aumento da intenção de investir na empresa (+25,9%).

Considerando a perspectiva de melhor desempenho das vendas e contratações, nota-se maior intenção de contratar funcionários (+17,2%) do que em fevereiro de 2017, assim como maior intenção de renovar os estoques (+5,6%).

Estoques acima do esperado

Para 25,9% dos comerciantes consultados em fevereiro, o nível dos estoques está acima do que esperavam vender, proporção menor do que a apontada em janeiro (27,5%). Esse percentual, que indica insatisfação quanto ao nível dos estoques, tem reduzido e converge, mês após mês, para a média histórica do indicador (24,8%).

Para este ano, a previsão da CNC é que o comércio registre alta de 5%, podendo resultar no maior crescimento das vendas desde 2012. Esse cenário se baseia na percepção de continuidade de menor pressão de preços no curto prazo, além de uma expectativa de recuo no custo do crédito e recuperação do emprego e da renda ao longo do ano.
Fonte: CNC
Varejo & Franquias Postado em segunda-feira, 05 de março de 2018 às 21:30
Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mos tra que, após três anos de queda, a geração de empregos no Brasil pode voltar a apresentar resultados positivos este ano, mesmo com um histórico de resultados, incluindo 2017, que revele uma base comparativa ruim e um ritmo lento, mas gradual.

No ano passado, o saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos comerciais ficou negativo em 19,3 mil unidades. Apesar da sequência negativa, o encerramento de estabelecimentos comerciais foi 82% menor do que em 2016, quando o setor eliminou 105,3 mil pontos de venda. O saldo negativo no número de lojas em 2017 foi 82% menor do que em 2016, segundo dados apurados pela Confederação.

Ainda longe de reverter as 226,5 mil lojas eliminadas durante a crise, CNC projeta abertura líquida de 20,7 mil novos estabelecimentos comerciais ao fim de 2018, considerando a defasagem entre o crescimento contínuo das vendas e a natural contrapartida na abertura de novos pontos de vendas do varejo nacional. A entidade projeta ainda crescimento de 5,1% no volume de vendas do varejo.

Contexto

Ao longo de 2017, o comparativo com igual mês do ano anterior mostrou que as vendas começaram a reagir positivamente em abril (+0,5% ante abril de 2016) e aceleraram principalmente na segunda metade do ano. De julho a dezembro, por exemplo, o volume de vendas avançou 7,5% ante o mesmo período de 2016, contra um avanço médio de 0,3% na primeira metade do ano.

Com avanço de 4,0% no volume de vendas, o ano de 2017 pode ter marcado o início da recuperação do comércio, não apenas sob esse ponto de vista, mas também quanto ao nível de ocupação. Ao longo do ano passado, 26,5 mil vagas formais foram criadas, resultado que contrasta com os saldos negativos do auge da crise do setor: -175,2 mil em 2015 e -176,0 mil em 2016. “A defasagem entre o comportamento das vendas e os investimentos em novos estabelecimentos comerciais não permitiu que o setor fechasse o ano no azul do ponto de vista do aumento do número de lojas”, afirma Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação.

Segmentos

Dentre os segmentos, em 2017, os hiper e supermercados se destacaram negativamente em números absolutos (-5.692), seguidos pelas lojas de material de construção (-3.714) e lojas de utilidades domésticas e artigos de uso pessoal (-2.221). Vale salientar que a redução do ritmo de fechamentos de lojas ocorreu em todos os segmentos que acusaram saldos negativos em 2017. Por outro lado, estabelecimentos especializados em itens de informática e comunicação (+21) e farmácias, perfumarias e cosméticos voltaram a registrar aberturas líquidas após quatro anos.

Regiões

Regionalmente, a reação do setor difundiu-se por todo o País, uma vez que, nas 26 unidades da Federação onde foram registrados fechamentos líquidos de lojas no ano passado, os saldos foram menores do que em 2016. Apenas em Santa Catarina – estado a computar o maior aumento de vendas no ano passado (+14,6%) –, houve registro de expansão no número de lojas (+207) em 2017.

Por outro lado, o Rio de Janeiro – responsável por 9% das vendas do varejo nacional e 33% dos fechamentos – destacou-se negativamente. Ainda assim, essa unidade da Federação registrou menos fechamentos em 2017 (6.814) do que no ano anterior (10.839). São Paulo, estado que concentra 29% do faturamento do varejo nacional, perdeu 4.653 lojas em todo o ano passado (24% do total nacional).

Fonte: CNC