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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 20 de fevereiro de 2018 às 12:28
As exportações brasileiras começaram fevereiro com aumento. A média de receita obtida diariamente com os embarques internacionais nas duas primeiras semanas do mês cresceu 21,8% sobre o mesmo período de 2017, para US$ 1,07 bilhão. Nos primeiros quinze dias de fevereiro do ano passado, a média diária exportada foi bem menor: US$ 859,4 milhões.

Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Com isso, o Brasil teve exportações totais de US$ 7,3 bilhões nas duas primeiras semanas deste mês e importações de US$ 4,6 bilhões. O superávit da balança comercial alcançou US$ 2,6 bilhões.

Houve aumento na média diária exportada em produtos manufaturados e semimanufaturados, mas a venda externa dos básicos caiu. Em valores, o setor que mais trouxe receita com exportação para o Brasil foi o de manufaturados (US$ 576 milhões diariamente), seguido pelo de básicos (US$ 322,5 milhões) e semimanufaturados (US$ 128 milhões).

O desempenho dos produtos manufaturados foi influenciado principalmente pela exportação de uma plataforma para extração de petróleo, além do aumento nos embarques de pisos e revestimentos cerâmicos, gasolina, suco de laranja congelado, tubos flexíveis de ferro e aço, tratores e tubos de ferro fundido. As vendas internacionais da área avançaram 87% sobre a primeira quinzena de fevereiro de 2017.

Os semimanufaturados tiveram crescimento de 4,5% na média diária de exportação, aumento impulsionado por produtos como celulose, óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, óleo de dendê em bruto, madeira e cátodos de cobre. A queda nos produtos básicos foi de 21,2% e foi ocasionada principalmente por petróleo em bruto, soja em grão, minério de ferro, carnes de frango e suína, e café em grão.

Na importação, a média diária nas duas primeiras semanas de fevereiro somou US$ 679,8 milhões e cresceu 10,6% sobre o mesmo período de 2017. Cresceram as compras de químicos orgânicos e inorgânicos, veículos e partes, instrumentos de ótica e precisão, plásticos e obras, além de equipamentos eletrônicos.

No acumulado do ano – janeiro inteiro e duas semanas de fevereiro – as exportações brasileiras resultaram em receita de US$ 24,2 bilhões e as importações ficaram em US$ 18,8 bilhões. O superávit comercial acumulado foi de US$ 5,3 bilhões.
(*) Com informações da ANBA

Fonte: Comex do Brasil
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 13 de fevereiro de 2018 às 21:44
A Alpargatas, dona de marcas como Havaianas, Osklen e Mizuno, registrou um lucro líquido de R$ 45,1 milhões no quarto trimestre de 2017, resultado 56% inferior ao apurado no mesmo intervalo de 2016. Excluindo o efeito de mercadorias faturadas e não entregues no trimestre, o lucro caiu 55,6%, para R$ 40,5 milhões.

A companhia informou que o lucro foi impactado, principalmente, pela despesa não recorrente de R$ 125,5 milhões, proveniente de uma baixa ("impairment") de parte do ágio oriundo da aquisição da Osklen, sem efeito caixa. De acordo com a Alpargatas, essa baixa foi feita para refletir a nova expectativa de ganhos futuros da empresa. Esse montante equivale a cerca de 40% do valor contábil da Osklen registrado na Alpargatas.

A receita líquida consolidada cresceu 3,5% no quarto trimestre, para R$ 1,10 bilhão. Esse foi o melhor desempenho em vendas apresentado pela companhia em um trimestre no ano de 2017.

A receita líquida no Brasil cresceu 1,1%, para R$ 836,8 milhões. Em volume, houve queda de 8,1%. A companhia informou que, no quarto trimestre de 2016, houve uma antecipação de vendas do primeiro trimestre de 2017 de 8,8 milhões de pares. Essa antecipação tornou a base de comparação muito alta. Sem esse efeito, o volume de sandálias vendido no mercado interno cresceria 5,3%.

A receita líquida da operação internacional, por sua vez, cresceu 34,9%, para R$ 105,9 milhões, com melhoria em vendas nos Estados Unidos e na Europa, mas houve queda de 6,4% em volume de pares e peças. A receita líquida na Argentina avançou 1%, para R$ 160,9 milhões.

O lucro bruto cresceu 6,3%, para R$ 483,9 milhões. A margem bruta apresentou ganho de 1,1 ponto percentual, para 43,8%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu R$ 56,7 milhões, com queda de 61,1% sobre o quarto trimestre do ano anterior. A margem Ebitda teve queda de 8,6 pontos percentuais, para 5,1%.

No trimestre, a Alpargatas apresentou uma despesa não recorrente de R$ 138,9 milhões, ante despesas não recorrentes de R$ 21,4 milhões um ano antes, afetando o desempenho no último trimestre de 2017. A maior parte dessa despesa refere-se à baixa do ágio na compra da Osklen. Excluindo esse efeito, o Ebitda recorrente chegou a R$ 195,6 milhões, com alta de 16,9%.

No ano, a Alpargatas registrou um lucro líquido consolidado de R$ 350,6 milhões, com queda de 2,28% sobre o ano anterior. O Ebitda consolidado somou R$ 482,6 milhões, com queda de 15,6% sobre 2016. A receita líquida somou R$ 3,72 bilhões, com queda de 8,3%.

Fonte: Valor Econômico