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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 13 de fevereiro de 2018 às 21:44
A Alpargatas, dona de marcas como Havaianas, Osklen e Mizuno, registrou um lucro líquido de R$ 45,1 milhões no quarto trimestre de 2017, resultado 56% inferior ao apurado no mesmo intervalo de 2016. Excluindo o efeito de mercadorias faturadas e não entregues no trimestre, o lucro caiu 55,6%, para R$ 40,5 milhões.

A companhia informou que o lucro foi impactado, principalmente, pela despesa não recorrente de R$ 125,5 milhões, proveniente de uma baixa ("impairment") de parte do ágio oriundo da aquisição da Osklen, sem efeito caixa. De acordo com a Alpargatas, essa baixa foi feita para refletir a nova expectativa de ganhos futuros da empresa. Esse montante equivale a cerca de 40% do valor contábil da Osklen registrado na Alpargatas.

A receita líquida consolidada cresceu 3,5% no quarto trimestre, para R$ 1,10 bilhão. Esse foi o melhor desempenho em vendas apresentado pela companhia em um trimestre no ano de 2017.

A receita líquida no Brasil cresceu 1,1%, para R$ 836,8 milhões. Em volume, houve queda de 8,1%. A companhia informou que, no quarto trimestre de 2016, houve uma antecipação de vendas do primeiro trimestre de 2017 de 8,8 milhões de pares. Essa antecipação tornou a base de comparação muito alta. Sem esse efeito, o volume de sandálias vendido no mercado interno cresceria 5,3%.

A receita líquida da operação internacional, por sua vez, cresceu 34,9%, para R$ 105,9 milhões, com melhoria em vendas nos Estados Unidos e na Europa, mas houve queda de 6,4% em volume de pares e peças. A receita líquida na Argentina avançou 1%, para R$ 160,9 milhões.

O lucro bruto cresceu 6,3%, para R$ 483,9 milhões. A margem bruta apresentou ganho de 1,1 ponto percentual, para 43,8%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu R$ 56,7 milhões, com queda de 61,1% sobre o quarto trimestre do ano anterior. A margem Ebitda teve queda de 8,6 pontos percentuais, para 5,1%.

No trimestre, a Alpargatas apresentou uma despesa não recorrente de R$ 138,9 milhões, ante despesas não recorrentes de R$ 21,4 milhões um ano antes, afetando o desempenho no último trimestre de 2017. A maior parte dessa despesa refere-se à baixa do ágio na compra da Osklen. Excluindo esse efeito, o Ebitda recorrente chegou a R$ 195,6 milhões, com alta de 16,9%.

No ano, a Alpargatas registrou um lucro líquido consolidado de R$ 350,6 milhões, com queda de 2,28% sobre o ano anterior. O Ebitda consolidado somou R$ 482,6 milhões, com queda de 15,6% sobre 2016. A receita líquida somou R$ 3,72 bilhões, com queda de 8,3%.

Fonte: Valor Econômico 
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 13 de fevereiro de 2018 às 21:33
A varejista de moda Lojas Renner teve alta de 10,7 por cento no lucro líquido do quatro trimestre sobre um ano antes, com o maior fluxo de clientes levando ainda ao aumento das vendas no conceito mesmas lojas, após resultado negativo no ano anterior.

De outubro a dezembro, o lucro líquido da empresa somou 331,8 milhões de reais. As vendas no conceito mesmas lojas subiram 8,7 por cento, após queda de 0,8 por cento um ano antes, e fecharam 2017 com aumento de 9,2 por cento, ante queda de 0,2 por cento em 2016.

A melhora nas vendas neste conceito vieram em decorrência do crescimento no fluxo de clientes, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Laurence Gomes.

A empresa inicia 2018 vendo condições favoráveis para o desempenho dos negócios, com aumento nos investimentos e mantendo o ritmo de abertura de lojas.

"Vemos um bom ano em 2018, principalmente em função da expectativa de recuperação gradual da economia baseada no consumo das famílias", disse o executivo à Reuters.

Segundo ele, apesar das incertezas políticas diante da indefinição com o cenário eleitoral deste ano, os fundamentos sólidos como inflação e juros baixos abrem espaço para um cenário mais favorável.

A empresa espera investir 620 milhões de reais em 2018, acima dos 550 milhões do ano passado, com expectativa de abrir aproximadamente 70 lojas, mesmo número do ano passado, nos formatos Renner, Camicado e Youcom, incluindo a abertura de mais lojas no Uruguai.

O país vizinho segue como foco da expansão internacional da Lojas Renner, que abriu 3 lojas no país desde setembro. Para 2018, a expectativa é inaugurar outras duas unidades no país.

"Estamos focados na comprovação dessa experiência, na comprovação da nossa competitividade fora do Brasil com uma maior escala no Uruguai e mais inaugurações", disse Gomes, adicinando que os resultados até o momento são "encorajadores".

No quarto trimestre, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 603,4 milhões de reais, expansão de 6,3 por cento sobre um ano antes.

A margem Ebitda, no entanto, caiu 2,4 pontos percentuais, para 27,2 por cento, pressionada pela queda de 2,6 pontos percentuais na margem da operação de varejo. A queda refletiu principalmente o resultado de outras despesas operacionais, que no quarto trimestre de 2016 tinham sido beneficiadas por créditos fiscais não recorrentes.

As despesas operacionais da Lojas Renner subiram 22,8 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, a 687,7 milhões de reais.

O aumento nos custos reflete uma maior concentração de gastos com projetos em andamento e a maior alocação de investimentos em marketing no período.

A receita líquida das vendas de mercadorias avançou 15,7 por cento no trimestre e 15,4 por cento no ano. 

MULTICANAL

Parte dos recursos previstos para investimento este ano devem ser direcionados para ampliar a integração entre os canais online e físico, movimento que já ganhou força no ano passado.

"Já iniciamos 2018 com novo website e em 2017 atualizamos toda plataforma tecnológica de e-commerce... É uma plataforma mais flexível e vai ser possível oferecer mais serviços, mais funcionalidades", disse Gomes.

Segundo o executivo, no ano passado houve crescimento de 85 por cento no tráfego via celular e aumento de 36 por cento nas visitas ao website da empresa. 

PRODUTOS FINANCEIROS

No quarto trimestre, o resultado dos produtos financeiros teve alta anual de 20,5 por cento, para 75,7 milhões de reais e representou 12,5 por cento do Ebitda total da empresa.

Gomes minimizou a possibilidade e impactos negativos da queda de juros no desempenho da área, afirmando que uma taxa de juros mais baixa é positiva para o longo prazo.

Fonte: DCI