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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 12:40
O mundo não é mais o mesmo faz tempo. E lidar com essas mudanças nos negócios não é tão simples, mas necessário. Esse foi o tom de uma série de palestras realizadas na Couromoda 2018, feira internacional de Calçados, Artefatos de Couro e Acessórios de Moda, que acontece nesta semana, em São Paulo. Em apresentação nesta quarta-feira (17), o diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão, Jacques Meir, falou sobre como todas essas transformações pelas quais passamos hoje impactam os negócios e como lidar com elas.

“As pessoas tentam prever eventos, mas só quando eles acontecem é que as pessoas acreditam que esse evento poderia ter sido evitado”, disse o executivo. “A premissa de evitar algo que possa acontecer não faz sentido para quem estuda o futuro”, disse. Um exemplo? Quem diria que Donald Trump seria eleito presidente dos Estados Unidos? “Ele fez tudo errado, diferente do que manda a cartilha, e por isso mesmo foi eleito”, considerou.

O imprevisível tem pautado o mundo e os negócios não podem ficar alheios a isso. Mas este não é o único movimento desenhado para o futuro. Segundo estudos do Copenhagen Institute for Futures Studies, existem megatendências que pautam o cenário hoje e devem continuar pautando nos próximos 30 anos.

Digitalização

“E há um fio condutor que une todas as tendências e que se chama digitalização. É inegável que ela afeta e modifica as relações sociais”, afirmou Meir. A digitalização permeia, inclusive, duas megatendências que estão dando um nó no comportamento das pessoas e que não podem ser ignoradas pelos negócios: a polarização e a imaterialização.

A imaterialização é quando a posse deixa de fazer sentido para as pessoas. “Há um comportamento que foi construído pelos Millennials e que perpassa várias camadas sociais e esse comportamento pode ser assimilado por outras gerações”, explicou Meir. “Com a imaterialização, a sociedade voltada para a produção pode deixar de fazer sentido, porque as pessoas começam a trocar produtos e a usá-los mais vezes”.

A polarização, por sua vez, é quando grupos se formam a partir de ideias opostas – o que acaba simplificando a forma como as pessoas enxergam o mundo. “As redes sociais exacerbam isso e tiram a espessura intelectual da discussão. Com o tempo, sua timeline é condicionada pela forma pela qual você pensa e cria-se um grupo que pensa apenas de um jeito, sem o exercício do contraditório”, afirmou.

Caminhos irreversíveis


A imaterialização e a polarização são apenas duas realidades com as quais os negócios precisam lidar. Confira as demais:

1. Ser é mais importante que ter
2. Relacionar é mais importante que transacionar
3. O acesso importa mais do que a posse
4. Compartilhar é mais importante do que acumular
5. Busca pelo sentido e propósito – a compra e a relação com uma marca precisa fazer sento dentro do sistema de valores do consumidor.
6. Preferência ao invés de fidelidade – o consumidor pode preferir sua marca, mas não ser leal a ela. E tudo bem.
7. Autenticidade e não tradição – o consumidor prefere uma marca autêntica a uma marca com anos de mercado.
8. Velocidade importa mais do que tamanho – não são os grandes que vão engolir os pequenos, mas os mais rápidos é que vão engolir os mais lentos.
9. Diversidade em tudo – escolha sexual, por exemplo, não é algo discutido.

Como lidar?

“Todas essas mudanças provocaram subversões nos negócios, nos meios de pagamento, nas escolhas, preferências, na forma como se compra, nos processos. Os padrões não são os mesmos. E isso muda os relacionamentos sociais, processos de inovação e de criação e modos de criar”, afirmou Meir.

E o digital permeia tudo isso e lidar com essas mudanças é colocar o digital como estratégia. “O ponto físico também é digital e o negócio deve ter fit com o consumidor. O futuro é totalmente digital, ele é direcionado pelo digital”, completou.

Fonte: Novarejo
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 12:38
A era da cooperação deve atingir o varejo em cheio em 2018, é o que aponta a projeção da Criteo, que analisou as relações diretas que possui com mais de 17 mil anunciantes e publishers em todo o mundo. O estudo procura identificar as principais tendências de marketing para o varejo neste ano.

O relatório aponta para uma importância crescente das compras por voz e do vídeo como motor da publicidade digital. Além disso, o gerenciamento de dados deverá estar no foco das tendências digitais em 2018, especialmente com a implementação do Regulamento Geral de Proteção de Dados, ou GDPR, que entra em vigor na Europa este ano.

Confira as oito principais tendências de marketing no varejo para 2018:

1. Compras por voz

Dispositivos como Google Home e Amazon Echo estão cada vez mais populares e devem ajudar a impulsionar as vendas no varejo em 2018. Google, Amazon e empresas como Harman Kardon e Cortana, da Microsoft, devem disputar esse mercado.

Em breve, o consumidor topará com anúncios de voz contextualizados e recomendações de consumo. Com riqueza de dados sobre os interesses e preferências dos consumidores, os smart speakers vão poder oferecer serviços e novos produtos, além de sugerir produtos e serviços complementares à rotina de consumo das pessoas.

2. Social-commerce

Muitas empresas devem integrar chatbots a serviços de mensagem como os do Facebook Messenger e do WhatsApp. A dificuldade para o varejista estará em encontrar maneiras de acessar os dados dos clientes, que estão sendo cada vez mais protegidos pelas grandes empresas de tecnologia por regulamentações governamentais.

3. Omnichannel

A convergência entre os mundos on-line e off-line deve se acentuar em 2018. As empresas precisarão utilizar com sabedoria os seus dados de CRM para encontrar e impactar os consumidores on-line com campanhas personalizadas. Haverá também uma crescente ênfase no caminho inverso, na condução do tráfego off-line para interações on-line.

4. Colaboração on-line

Devido às questões legais que estão para serem implementadas em relação ao acesso de dados dos consumidores, varejistas e marcas devem procurar soluções em conjunto para acessarem informações dos consumidores e se manterem competitivos.

Segundo a pesquisa “The Commerce Data Opportunity: Collaboration Levels the Retail Playing Field”, feita pela Criteo em parceria com a Forbes Insights, 72% dos executivos de marketing acreditam que a colaboração levará ao aumento dos lucros e da satisfação dos consumidores.

5. Otimização dos feeds de produtos

Os anunciantes prometem otimizar o gerenciamento de ativos do feed de produtos, incluindo descrições e imagens. Fotos contextualizadas de produtos, closes de alta resolução, imagens em 360 graus e outros detalhes vão se tornar cruciais para dar aos compradores a melhor experiência on-line. Tudo isso pautado no gerenciamento de dados, unindo os dados comerciais com o conteúdo gerado pelo usuário.

6. GDPR e gerenciamento de dados

O Regulamento Geral de Proteção de Dados, ou GDPR, entrará em vigor na União Europeia em 25 de maio de 2018, afetando varejistas, empresas e mais de 500 milhões de cidadãos. O impacto será global. A medida deve aprimorar a transparência no gerenciamento de dados no mundo todo, destacando no mercado as empresas que casarem transparência e personalização de produtos.

7. O vídeo no ambiente digital

Novos anúncios de vídeo vão emergir. Em 2018, o tempo gasto pelo consumidor no ambiente on-line vendo vídeos deve aumentar constantemente, forçando anunciantes, publishers e empresas de mídia a reorganizar e aumentar o foco no segmento.

8. Mais aquisições e parcerias no varejo

Amazon e Whole Foods, Amazon e Kohl’s, Walmart e serviço Express do Google, Walmart e ModCloth, Bonobos e Shoes.com. Todas essas fusões ou aquisições indicam a direção de uma concentração de marcas no varejo em 2018 para que se mantenham competitivas. Muitas transações devem ser fechadas com o intuito de unir os mundos on-line e off-line

Fonte: Novarejo