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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 12:23
A participação da indústria na produção de riquezas do Brasil vem caindo, de forma consistente, na última década. Entre 2006 e 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a fatia da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) encolheu de 27,7% para 21,2%. Um efeito colateral dessa estatística é a perda de espaço do Brasil no cenário mundial, como mostrou a primeira edição da pesquisa Desempenho da Indústria no Mundo, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mesmo período, a participação do país na produção mundial de manufaturados caiu de 2,74% para 1,84% do total.

Essa trajetória é observada desde a década de 1990, mas se acentuou nos últimos dois anos, quando o país atravessou a mais longa recessão de sua história moderna. O período de 2014 a 2016 respondeu por 61% da perda de 0,9 pontos percentuais de participação brasileira acumulada na última década. O dado, quando visto num horizonte de 20 anos, reforça a profundidade da crise econômica.

DESEQUILÍBRIO - De 2014 a 2016, o Brasil foi o país cuja participação no valor adicionado da produção mais caiu entre seus principais parceiros comerciais: 0,55 ponto, mais que Japão (0,46) e Estados Unidos (0,3), terceiro e segundo maiores produtores mundiais de manufaturados, respectivamente. “A indústria brasileira tem um tamanho menor do que deveria ter. É menor que do que foi há duas décadas”, observou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, durante seminário na Câmara dos Deputados, em 7 de novembro, no qual se analisava as causas da desindustrialização brasileira.

A queda nas exportações dos últimos anos também teve reflexos no desempenho brasileiro no comércio mundial. No período entre 2005 e 2015 – dado mais recente disponível no comparativo –, os embarques de manufaturados a partir do Brasil perderam 0,24 ponto de participação, caindo de 0,82% para 0,58% do total exportado no mundo, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). No mesmo período, o maior exportador do mundo, a China, ampliou sua fatia no mercado global, de 9,31% para 18,14%.

Dentre os países analisados, China e Coreia do Sul foram os países que registraram crescimento na participação tanto na produção quanto na exportação de bens manufaturados. O México, concorrente do Brasil em importantes setores industriais – como o automotivo e o químico – vem diminuindo o terreno nas exportações. A diferença de 0,18 ponto na fatia do comércio mundial é a menor desde o início da década de 1990.

DEMISSÕES NA INDÚSTRIA PODEM ESTAR PERTO DO FIM - O fim do ciclo de demissões na indústria está próximo de se encerrar. Segundo a Sondagem Industrial de setembro, o indicador ficou em 49 pontos, pouco abaixo dos 49,1 pontos de agosto, mantendo-se próximo da linha divisória de 50 pontos. Além disso, a habitual queda na produção, típica do mês, foi menos intensa que em anos anteriores, e o número de empregados se manteve estável. Em relação aos problemas enfrentados pela indústria no terceiro trimestre, a carga tributária permanece em primeiro lugar, mas a baixa demanda perdeu força em relação ao trimestre anterior.



Fonte: CNI
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 12:21
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu para 59 pontos neste mês. Com o aumento de 0,7 ponto em relação a dezembro, o indicador está acima da média histórica de 54,1 pontos e é o maior desde abril de 2011, informa a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes. A confiança é maior nas grandes empresas, segmento em que o ICEI alcançou 61,1 pontos neste mês. Nas médias empresas, o indicador foi de 57,6 pontos e, nas pequenas, de 55,9 pontos.

De acordo com a CNI, a melhora da confiança é resultado do aumento do otimismo em relação ao desempenho da economia e das empresas nos próximos seis meses. O Índice de Expectativas cresceu 1 ponto frente a dezembro e alcançou 62 pontos em janeiro, o maior desde fevereiro de 2013. O índice é 7,3 pontos superior ao de janeiro de 2017. "As expectativas melhoraram porque os empresários percebem melhora em suas condições de negócios e, a partir disso,  projetam um futuro mais promissor", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Essa percepção de melhora nas condições atuais dos negócios é verificada no Índice de Condições Atuais, que mostra a avalição dos empresários sobre o desempenho corrente das empresas e da economia. O índice alcançou 53,1 pontos em janeiro. Foi o quinto mês consecutivo em que o índice ficou acima dos 50 pontos.

O ICEI antecipa tendências de investimento na indústria. Empresários otimistas em relação ao desempenho presente e futuro das empresas e da economia tendem a investir mais. Isso é importante para a recuperação da atividade, a criação de empregos e a aceleração do crescimento econômico.

Essa edição da pesquisa foi feita entre 3 e 16 de janeiro com 2.772 empresas. Dessas, 1.091 são pequenas, 1.046 são médias e 653 são de grande porte.


Fonte CNI