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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 12:20
Na segunda semana de janeiro de 2018, a balança comercial teve superávit de US$ 983 milhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,120 bilhões e importações de US$ 3,138 bilhões. No mês, as exportações chegam a US$ 7,076 bilhões e as importações, a US$ 5,581 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,494 bilhão.

A média das exportações da segunda semana (US$ 824,1 milhões) ficou 11,5% acima da média de US$ 738,9 milhões da primeira semana, em razão do aumento nas exportações de produtos básicos (31,1%), por conta de petróleo em bruto, milho em grão, farelo de soja, minério de manganês, fumo em folhas e trigo em grão; e de semimanufaturados (8,2%) em função de ouro em formas semimanufaturadas, celulose, açúcar em bruto, alumínio em bruto, estanho em bruto e zinco em bruto. As vendas de produtos manufaturados tiveram queda (-5,6%), em consequência da diminuição do embarque de aviões, tubos de ferro fundido, etanol, cabos e fibras sintéticas ou artificiais, tratores, motores e turbinas para aviação.

Nas importações, houve crescimento de 2,7%, sobre igual período comparativo (média da segunda semana, de US$ 627,5 milhões sobre a média da primeira semana, de US$ 610,9 milhões), explicada, principalmente, pelo aumento nos gastos com adubos e fertilizantes, equipamentos eletroeletrônicos, bebidas e álcool, combustíveis e lubrificantes, cereais e produtos da indústria da moagem.

Mês

Nas exportações, se comparadas as médias até a segunda semana de janeiro de 2018 (US$ 786,2 milhões) com a média registrada em janeiro de 2017 (US$ 677,6 milhões), houve crescimento de 16%, em razão do aumento nas vendas das três categorias de produtos: manufaturados (19,5%) , por conta de torneiras, válvulas e partes, motores e turbinas para aviação, tubos flexíveis de ferro e aço, aviões, óxidos e hidróxidos de alumínio, máquinas e aparelhos para terraplanagem; básicos (17,2%) em razão de petróleo em bruto, milho em grão, soja em grão, algodão em bruto, carne bovina e minério de manganês; e semimanufaturados (6,3%), por causa, principalmente, de celulose, produtos semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, ferro-ligas, catodos de cobre e alumínio em bruto.

Nas importações, a média diária até a segunda semana de janeiro de 2018 (US$ 620,1 milhões) ficou 11,8% acima da média de janeiro do ano passado (US$ 554,4 milhões). Nesse comparativo, aumentaram os gastos, principalmente, com químicos orgânicos e inorgânicos (56,7%), veículos automóveis e partes (43,4%), siderúrgicos (32,4%), plásticos e obras (32,2%) e equipamentos eletroeletrônicos (26,6%).

Fonte: Comex do Brasil
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 12:19
Em um ano de instabilidade política e econômica, repleto de feriados e com Copa do Mundo, como empreender? A consultora jurídica especializada em relacionamento de redes Melitha Novoa Prado dá as dicas

2018 será um ano bem brasileiro: muitos feriados, Copa do Mundo e eleições presidenciais marcarão o calendário, que já está preocupando quem tem negócio próprio, afinal, o varejo sofre nestas datas específicas.

Melitha Novoa Prado, consultora jurídica especializada em relacionamento de redes, elencou cinco cuidados e cinco desafios para o varejo, os empreendedores e as franquias em 2018. Acompanhe:

Cuidados:

1)  A Economia ainda é inconstante, principalmente por conta das influências políticas externa e interna – Enquanto os Estados Unidos implantam uma reforma tributária que, se não agrada a todos, ao menos, auxilia no controle fiscal e mantém o PIB em crescimento, no Brasil, o cenário econômico é muito instável, ainda. As taxas de juros estão controladas e até em níveis mais baixos, mas, a demora em aprovar as reformas necessárias para controlar os gastos públicos – como a fiscal, previdenciária e tributária – já fizeram com que agências como a S & P rebaixassem a nota brasileira na escala de investimento. Esse reflexo se dá, no mercado interno, como menos investimento circulando, poucas opções de financiamento e empreendedores com baixo fôlego para abrir novos negócios.

2)  As eleições, no Brasil, são uma incógnita – Estamos às vésperas das eleições presidenciais e ainda nem bem sabemos quem serão os candidatos e suas propostas. Essa volatilidade cria um temor do mercado e uma retração dos investidores, afinal, é preciso esperar para investir apenas depois do cenário ser desenhado, porque o rumo da Economia só é determinado com uma nova equipe.

3)  Existe uma percepção de que há mais dinheiro no mercado. Mas, ela é falsa – Apesar de o varejo ter sentido uma alta no consumo neste natal, não podemos nos enganar: ainda é cedo para dizer que a Economia está aquecida. Essa sensação de que há mais dinheiro circulando é falsa: houve o momento do saque do FGTS e o 13º salário, que ‘animaram’ o consumidor. Mas, são liberações pontuais, que devem acabar.

4)  O varejo sofre com o excesso de feriados e a Copa do Mundo – Não tem jeito: feriados e a Copa do Mundo prejudicam o varejo, porque as vendas caem. É preciso preparar-se para um ano que parecerá mais curto e menos lucrativo.

5)  Há excesso de profissionais disponíveis no mercado, pela alta do desemprego. Mas, poucos são qualificados – Quando surge uma vaga de emprego, o contratante, provavelmente, recebe um grande número de currículos. O desemprego está em alta. Porém, a seleção precisa ser muito bem feita, já que, ao mesmo tempo em que há muita gente disponível, há poucos profissionais qualificados. E capacitar é caro e leva tempo. Contratar errado pode ser um problema sério para o varejo.

Desafios:

1)  Estruturar plano de crescimento estratégico – Com pouco dinheiro para investir, os varejistas e as franqueadoras precisarão de muita energia, criatividade e inovação para crescer. É necessário formar parcerias e ter profissionais-chave nas equipes, que consigam ser realmente estrategistas, para não errar nos objetivos de crescimento da empresa.

2)  É imprescindível ser digital – A comunicação, os softwares, os treinamentos, nada mais sobrevive longe do mundo digital. O desafio das empresas, hoje, é equilibrar o uso da tecnologia, que facilita a vida e reduz custos, com o contato humano, que não pode ser perdido, ainda mais nas relações de rede.

3)  Gerir os conflitos dentro de casa – Em se tratando das franqueadoras, é necessário aprender a administrar os conflitos de dentro para fora. A Mediação ajuda muito nesse processo. Não terceirizar o conflito é um fator importante para que as relações entre franqueador e franqueado sejam próximas e duradouras, porque, assim, eles solucionam os problemas que aparecem e têm continuidade na relação.

4)  Melhorar e aprimorar o processo de seleção – Essa é a forma de evitar conflitos futuros. Parece que, sempre, precisamos bater na mesma tecla: o franqueado selecionado de maneira errada trará problemas à rede no futuro. E, repito, a culpa não é do franqueado, quem precisa de total atenção a esse perfil é o franqueador, porque ele tem muito mais condições de avaliar quem pode ou não pertencer à rede.

5)  Ampliar a assistência ao franqueado e apostar na inovação por meio do compartilhamento de ideias – O suporte à rede franqueada é o diferencial das franquias de sucesso. Entendo como suporte desde a criação de novos produtos e serviços até a logística, os treinamentos, os manuais, o marketing, enfim, é todo um conjunto de ações que mantêm a rede equilibrada e, principalmente, profissionalizada. É preciso criar fóruns de discussão regionais, conselho de franqueados e até grupos para brainstorming, para que os franqueados sintam-se à vontade em opinar, em trazer inovações à rede. Essa maneira de captar ideias, de compartilhar conhecimento precisa ser permanente e constante, porque é da ponta, do contato com o cliente que vem esta importante parceria.

Fonte: ABF