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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 09 de janeiro de 2018 às 21:26
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio – Natal 2017, reverteu três anos consecutivos de queda e cravou o melhor desempenho desde 2011. Durante a semana da data comemorativa, de 18 a 24 de dezembro, as vendas subiram 5,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. No final de semana do Natal (22 a 24 de dezembro), houve aumento de 0,8% em todo o país na comparação com o final de semana equivalente ao do ano anterior (16 a 18 de dezembro de 2016).

Na cidade de São Paulo, as vendas realizadas na semana do Natal subiram 5,2% ante a mesma semana do ano passado. No final de semana da data, as vendas aumentaram 0,6% em relação ao período equivalente ao ano anterior.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a recuperação da renda real dos consumidores, proporcionada pelo recuo sistemático da inflação e da queda gradual do desemprego, a melhora dos níveis de confiança e a retomada da expansão do crédito com a queda dos juros, estimularam as vendas do Natal de 2017.

Fonte: Serasa Experian
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 09 de janeiro de 2018 às 21:23
Para compilarmos a lista dos CEOs de melhor desempenho no mundo, começamos com as empresas que no fim de 2016 apareciam no S&P Global 1200, índice que reflete 70% da capitalização de mercado de ações global e inclui empresas da América do Norte, Europa, Ásia, América Latina e Austrália. Identificamos os CEOs de cada empresa, mas, a fim de nos certificar de que tínhamos registros suficientes para a avaliação, excluímos os executivos que estavam no cargo havia menos de dois anos. Deixamos de lado também os executivos que foram presos ou condenados pela Justiça. Ao todo, finalizamos com 898 CEOs de 887 empresas (muitas usam co-CEOs) que gerenciam empresas baseadas em 31 países.


Nossa equipe de pesquisadores, chefiada por Nana von Bernuth e auxiliada pelos programadores Christina von Plate e Phachareeya Ratchada e pelos consultores de dados Morand Studer e Daniel Bernardes, da Eleven Strategy and Management, reuniu os dados financeiros diários de cada empresa desde o primeiro dia do CEO no cargo até 30 de abril de 2017. Os dados foram compilados pela Datastream and Worldscope (para CEOs que assumiram o cargo antes de 1995, calculamos os lucros usando 1º de janeiro de 1995 como data de início, uma vez que lucros anteriores ao ajuste do setor não estavam disponíveis). Calculamos então três índices para cada mandato dos CEOs: o lucro total dos acionistas ajustado por país (incluindo dividendos reinvestidos), que compensa qualquer aumento de lucro atribuível somente a uma melhora no mercado local; o lucro total dos acionistas ajustado ao setor (incluindo dividendos reinvestidos), que compensa qualquer crescimento resultante do aumento da fortuna no setor como um todo; e mudança no mercado de capitalização (ajustado para dividendos, emissões de ações e resgate de ações), medido de acordo com o ajuste da inflação em dólares.

Então classificamos cada CEO — de 1 (melhor) a 898 (pior) — em cada índice financeiro e tiramos uma média dos três rankings para obter uma classificação financeira geral. Incorporar três índices é uma abordagem equilibrada e sólida: enquanto lucros ajustados aos países e às empresas correm o risco de ser distorcidos em empresas menores (é mais fácil conseguir grandes lucros se você começar com uma base pequena), a mudança no mercado de capitalização é distorcida nas empresas maiores.

Para medir o desempenho em assuntos não financeiros, a HBR consultou a Ranking, líder de pesquisas e análises ambientais, sociais e governamentais (ESG na sigla em inglês) que trabalha principalmente com instituições financeiras e gestores de ativos; e a CSRHub, que coleta, agrupa e normaliza dados ESG de nove empresas de pesquisa e trabalha primordialmente com empresas que querem aumentar seu desempenho ESG. Computamos um ranking ESG usando a classificação da Ranking e um ranking da CSRHub para cada empresa em nosso conjunto de dados. Para calcular o ranking final, combinamos o ranking financeiro geral (com peso de 80%) e os dois rankings ESG (com 10% de peso cada um), omitindo CEOs que deixaram o cargo antes de 30 de junho de 2017.

A lista da HBR dos CEOs de melhor desempenho foi concebida por Morten T. Hansen, Herminia Ibarra e Urs Peyer. Rankings anteriores foram publicados em 2010, 2013, 2014, 2015 e 2016, mas a metodologia foi atualizada em 2015.

Há mais de 15 anos Jim Collins, autor e especialista em gestão de empresas, cunhou a metáfora do pêndulo para ilustrar a continuidade do poder de liderança sólida nos negócios. Nenhuma empresa muda de “boa para ótima” da noite para o dia, escreveu ele em seu livro Empresas feitas para vencer. Na verdade, ela atinge a excelência “empurrando incansavelmente um pêndulo gigante em uma única direção, continuamente, construindo um momentum até chegar a uma descoberta, e ir ainda mais longe”. E uma vez que esse pêndulo começa a se mover, afirma Collins, ele tende a continuar em movimento.

O poder do momentum é evidente em nosso ranking de CEOs de melhor desempenho de 2017, lista notavelmente consistente com os registros do ano passado. Dois dos três principais CEOs estavam entre os três líderes de 2016 e 16 dos 25 faziam parte do primeiro quartil; 72 dos 100 líderes do ano passado se repetiram e 23 figuram pelo quarto ano consecutivo.

Dos 28 CEOs que saíram da lista depois do ano passado, 11 aposentaram-se de suas empresas (a maior parte dos demais, incluindo os CEOs da Heineken e da Vodafone, caiu de posição devido a uma significante queda no preço das ações). Em média, esses 100 CEOs geraram lucro de 2.507% em ações (ajustados os efeitos de variação cambial) durante o período de 17 anos, para uma média de 21% de lucro anual.

Existem razões para essa consistência. Diferentemente dos rankings baseados em avaliações subjetivas ou medidas em curto prazo, nossa lista se baseia em medidas de desempenho objetivas ao longo do mandato do diretor executivo — números que frequentemente se mantêm estáveis. Continuamos a ver o ranking como um trabalho contínuo e a procurar maneiras de aprimorar a metodologia — mas este ano não fizemos mudanças em nosso sistema de medida, o que em parte explica a ausência de grandes surpresas. (Para saber mais sobre nossa metodologia, veja, acima, “Como calculamos os rankings”.)

O CEO de melhor desempenho deste ano — pela primeira vez nessa posição — é Pablos Isla, da Inditex, o carro-chefe da cadeia varejista de moda Zara, Pull&Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho e Uterqüe e da varejista de artigos para casa Zara Home. Desde que se tornou CEO, em 2005, Isla liderou uma expansão mundial da Inditex; a empresa abriu, em média, uma loja por dia. Esse crescimento aumentou seu valor de mercado em sete vezes, tornando-a a empresa mais valiosa da Espanha. Os colegas descrevem o estilo de gestão de Isla como humilde e, algumas vezes, quase tímido. Embora passe a maior parte de seu tempo viajando para visitar lojas, ele raramente comparece às inaugurações, evitando os holofotes. Nas sedes, prefere um estilo de gestão próximo aos funcionários, evitando reuniões formais, mantendo uma cultura empreendedora, de empresa pequena, mesmo com o grande crescimento da organização.

Dentre as varejistas de vestuário, a Inditex se destaca por duas coisas: seu sucesso em ajudar os consumidores a migrar facilmente de lojas físicas para compras online e seu sistema de “fornecimento contíguo”, sob o qual mais de metade da produção se localiza perto de uma loja física. Isso permite manter os estoques baixos e seguir as tendências para conseguir obter com rapidez novas mercadorias para as lojas.

Levando em conta apenas o desempenho financeiro, Isla ocupa a 18ª posição em nosso ranking; o desempenho de sua empresa em fatores ambientais, sociais e governamentais (ESG), que equivalem a 20% da pontuação do líder, impulsiona-o para o ponto mais alto. As empresas da avaliação ESG valorizam a Inditex pela transparência na gestão, monitoramento e auditoria de sua cadeia de suprimentos. A empresa encoraja os consumidores a levar roupa usada para as lojas a fim de ser reciclada (na Espanha existe um programa de reciclagem que coleta roupa em domicílio), e a coleção Join Life, da Zara, sua maior cadeia, é produzida com fibras recicladas, e atenção especial é dada ao consumo de água e de outros recursos.

Se julgássemos os CEOs somente com base no desempenho financeiro — como fizemos até 2015 —, o líder mais bem colocado seria o fundador da Amazon, Jeff Bezoz, que encabeçou a lista em 2014 e desde então vem tendo o melhor desempenho financeiro. Desde 2015, quando a classificação ESG se tornou um fator em nosso ranking, Bezos subiu da 87ª posição para a 76ª e depois para a 71ª. A classificação ESG da Amazon seguramente permanece baixa: este ano 88% das empresas mundiais conquistaram mais pontos nos parâmetros ESG. Mas esses números estão melhorando. A enorme divisão de serviços virtuais da empresa gera sua própria energia solar e eólica; e nos últimos dois anos a Amazon contratou diversos executivos sustentáveis experientes, criando um otimismo acerca das prováveis mudanças que estão por vir.

Embora todos os investidores, prestem atenção ao desempenho financeiro, existem evidências de que muitos estão começando a olhar com cuidado para a classificação ESG. No início do ano, Amir Amel-Zadeh, da Saïd Business School da Oxford University, e George Serafeim, da Harvard Business School, publicaram os resultados de uma pesquisa com 413 investidores executivos cujas firmas geriram, em conjunto, US$ 31 trilhões em ativos. Metade deles afirmou usar as informações ESG porque as considerava relevantes para o desempenho do investimento, e metade disse acreditar que empresa com alta pontuação ESG representa um investimento de menor risco. Atualmente, gestores financeiros mais frequentemente usam a classificação ESG como uma triagem negativa — recusam-se a investir em empresas de baixa pontuação —, mas os gestores entrevistados disseram que esperam que mais investidores procurem empresas com alta pontuação com o passar do tempo e usem a classificação para impulsionar as empresas a ter melhor desempenho. “Em geral, a evidência em nossa amostra sugere que o uso de informações ESG é impulsionado principalmente por motivos financeiros, e não por motivos éticos”, afirmam os pesquisadores.

Os CEOs listados nas páginas a seguir merecem elogios por se destacarem nos dois campos.



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Fonte: HBRB