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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 09 de janeiro de 2018 às 21:15
“No frigir dos ovos, o ano não foi tão ruim quanto o cenário apontava que seria”. Desta forma o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, avalia 2017, um ano em que a produção de calçados deve encerrar com aumento na casa de 4%, uma “conquista relevante em um quadro negativo”.

Segundo Klein, o aumento da produção do setor (de 3,5% entre janeiro e outubro no comparativo com igual período do ano passado, conforme o IBGE), foi impulsionado, sobretudo, pelas exportações de calçados. Até novembro foram embarcados quase 110 milhões de pares, que geraram US$ 973,6 milhões, altas de 2,1% em volume e de 12% em receita em relação a igual ínterim do ano passado. “Só não exportamos mais porque o nosso preço, ao longo do ano, acabou ficando mais alto em função da oscilação do câmbio”, avalia o executivo, frisando que o ano deve encerrar com altas entre 10% a 15% no valor gerado pelas exportações de calçados.

Câmbio

O executivo ressalta que o calçado brasileiro perdeu espaço em mercados mais sensíveis ao preço, caso dos Estados Unidos, principal destino do produto verde-amarelo e que representa algo em torno de 20% do total gerado com as exportações do setor. “Para lá, as exportações caíram 13,3% em volume até novembro, ritmo que deve seguir estável em dezembro”, afirma Klein.Em janeiro de 2017 o preço médio do calçado exportado era de US$ 7,16, valor que saltou para US$ 8,86 em novembro, uma alta de quase 20%. “Isso não quer dizer que o calçado embarcado tem mais valor agregado, mas que o nosso preço ficou menos competitivo, o que é negativo. No Brasil, onde temos um alto custo de produção, o câmbio acaba sendo um fator compensador para a competitividade no exterior. Quando o dólar está valorizado, conseguimos um preço mais competitivo e, consequentemente, uma performance melhor , o que não foi o caso de 2017”, acrescenta o executivo.

Demanda interna

Klein ressalta que a demanda doméstica segue sendo o terreno potencial” do setor calçadista, já que mais de 85% da produção (de mais de 950 milhões de pares) fica no mercado interno. Desaquecido desde 2014, quando teve início da crise econômica e política brasileira, o consumo de calçados teve uma leve recuperação a partir do segundo semestre de 2017. “É um bom indicativo de que vá continuar em dezembro e ao longo de 2018, com a expectativa de uma retomada na economia e na confiança do consumidor brasileiro”, projeta o dirigente.

Segundo ele, o setor calçadista, ao mesmo tempo em que sente profundamente os baques na economia, também responde rápido à retomada do consumo. “A compra de calçados se dá, basicamente, por impulso. Se o consumidor está mais confiante ele compra. Então o fato de estarmos atravessando um momento econômico mais saudável, com inflação sob controle, juros mais baixos e aumento do PIB é fundamental para o desempenho do setor”, comenta, acrescentando que as vendas no mercado interno devem aumentar algo em torno de 3% a 4% em 2017. “Ainda estaremos longe dos patamares pré-crise, mas já é um indicativo positivo”, conclui.

O setor em números

• O Brasil tem 7,7 mil empresas produtoras de calçados, que geram em torno de 300 mil postos de trabalhos diretamente;
• Em 2016, a produção de calçados foi de 954 milhões de pares, número que deve chegar próximo a 1 bilhão em 2017;
• Em 2016, o faturamento do setor calçadista (preço de produção) foi de R$ 21 bilhões, número que deve acompanhar o crescimento na produção física em 2017;
• Em 2016, o consumo interno brasileiro foi de 851,4 milhões de pares, número que deve ter um incremento entre 3% e 4% em 2017;
• Em 2017, até novembro, foram embarcados 109,86 milhões de pares que geraram US$ 973,58 milhões, altas de 2,1% e 11,9%, respectivamente, em relação a igual período de 2016;
• Os principais destinos das exportações, em 2017, foram Estados Unidos, Argentina, Paraguai e Bolívia;
• O maior produtor de calçados no Brasil, em volume, é o Ceará (268 milhões de pares em 2016, 28% da produção nacional);
• O Ceará também é o maior exportador, em volume, respondendo por 37% do total embarcado ao exterior (41 milhões de pares de 109,86 milhões embarcados em 2017);
• Em faturamento, o Rio Grande do Sul é o maior exportador de calçados do Brasil. Até novembro de 2017, os gaúchos embarcaram o equivalente a US$ 406,86 milhões, 42% do total gerado pelas exportações do período.

Fonte: Couromoda
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 09 de janeiro de 2018 às 21:09
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 109,2 pontos no mês de dezembro, mantendo-se acima da zona de indiferença (100 pontos). Na comparação com novembro, o indicador evoluiu 1,4% na série com ajuste sazonal. Já ante dezembro do ano passado, o aumento foi de 10,2%.

“A melhora gradativa do poder de compra das famílias, proveniente da desaceleração da inflação e da leve recuperação da renda, provocou um resultado mais favorável nas vendas de fim de ano”, explica Bruno Fernandes, economista da CNC.

A Confederação estima que o Natal tenha alcançado R$ 34,9 bilhões em volume de vendas, montante 5,2% acima do mesmo período do ano anterior.

Cenário econômico inspira confiança do comércio

O subíndice que mede a avaliação das condições correntes pelo comerciante apresentou aumento de 1,7% na série com ajuste sazonal, segundo avanço na comparação mensal. Na comparação anual, o índice teve um importante aumento de 33,3%. Apesar disso, continua na zona negativa (abaixo dos 100 pontos), com 79,5 pontos.

Em relação a dezembro de 2016, a percepção dos varejistas sobre as condições atuais melhorou expressivamente em todos os itens avaliados (economia, setor e empresa), com destaque para a economia, com aumento de 47,3%.

Neste dezembro, 40,9% dos comerciantes consideram o desempenho do comércio melhor do que há um ano. No ano passado, esse percentual era de 27,1% dos entrevistados.

Expectativas

O Índice de Expectativas do Empresário do Comércio aumentou 1,0% em relação a novembro e 1,8% na comparação com dezembro de 2016. O componente segue como o único subíndice do Icec acima da zona de indiferença, com 152,0 pontos.

As perspectivas em curto prazo em relação ao desempenho do comércio (+2,2%), da própria empresa (+2,0%) e da economia (+1,3%) melhoraram relativamente em comparação com dezembro de 2016.

Na avaliação de 83,2% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos seis meses à frente. Em novembro, esse percentual havia alcançado 82,9% e, em outubro, 80,8%.

De acordo com a CNC, o crescimento dos indicadores relacionados às expectativas indica um maior otimismo para 2018. A perspectiva de manutenção do cenário mais favorável para a inflação e o mercado de trabalho, aliada ao maior efeito da queda dos juros sobre o custo do crédito, influencia positivamente o humor do comércio.

Intenção de investimentos aumenta

A proximidade das festas de fim de ano, momento importante para o varejo, levou todos os componentes das Intenções de Investimento no Comércio a aumentar pela quarta vez consecutiva, atingindo 96,1 pontos. Na série com ajuste sazonal, o aumento foi de 1,7%. Já na comparação com dezembro do ano passado, o incremento foi de 8,6%.

Considerando a perspectiva de melhor desempenho das vendas e contratações neste fim de ano, nota-se maior intenção de contratar funcionários (+7,1%) do que em dezembro de 2016, assim como maior intenção de renovar os estoques (+3,2%).

Para 27,9% dos comerciantes consultados em dezembro, o nível dos estoques está acima do que esperavam vender, proporção maior do que a apontada em novembro (27,4%). Apesar do aumento pontual, o percentual que indica insatisfação quanto ao nível dos estoques tem reduzido e converge, mês após mês, para a média histórica do indicador (24,7%).

A CNC manteve em +3,7% a estimativa de crescimento do volume de vendas do comércio varejista ampliado para 2017, resultando no primeiro ano de crescimento das vendas desde 2013.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) detecta as tendências do setor, do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6.000 empresas situadas em todas as capitais do País, e os índices, apurados mensalmente, apresentam dispersões que variam de zero a duzentos pontos.

Fonte: CNC