Notícias


Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 12 de dezembro de 2017 às 21:11
“A gente compra na loja física basicamente como comprávamos na década de 90.” Essa é a percepção de Frank Meylan, sócio da KPMG. O consultor avalia que o varejo nacional ainda está atrasado, mas que o movimento para recuperar o tempo perdido e entrar de vez na era digital acelerou em 2017 e deve seguir nessa toada em 2018.

Meylan crê que a crise econômica ajudou a retardar a transformação digital no varejo e algumas tecnologias já disponíveis estão demorando para entrar no mercado. Ele destaca o rastreamento de clientes na loja física, que permite conhecer as posições mais visitadas da loja, além de sistemas que identificam o cliente assim que ele cruza a porta e passar suas informações de consumo ao vendedor.

O setor bancário é apontado pelo consultor como o grande case nacional de transformação digital, que conseguiu, depois do internet banking, o que parecia impossível, criar uma sensação de fidelidade entre bancos e clientes. Os bancos conseguiram reduzir consideravelmente as reclamações relacionados ao pesadelo de passar horas esperando em uma fila, por exemplo, e fizeram de seus sites  e aplicativos o laço capaz de segurar o consumidor junto à instituição.

Atendimento personalizado no varejãoOs sistemas de obtenção de dados e análise prometem oferecer a oportunidade aos grandes varejistas de desenvolver uma relação muito mais próxima com os milhões de consumidores que frequentam suas lojas.

O Big Data permite acesso preciso aos hábitos de consumo de cada um dos clientes, entregando a eles promoções específicas, como se recebessem um encarte personalizado, com descontos exclusivos para aquele produto que ele consome mais. Tudo isso a partir de um programa de fidelidade e um aplicativo.

A KMPG tem apostado em sistemas de digitalização de rótulos para atender a tendência cada vez mais pujante de personalização do atendimento nos grandes varejistas de alimentos. A ideia é colocar dentro do smartphone do consumidor informações detalhadas das propriedades daquilo que ele está consumindo, promovendo e explorando o consumo consciente.

Além de entregar informação ao consumidor, o sistema permite ao varejista conhecer o comportamento das pessoas e criar uma engenharia de tráfego dentro da loja. “Se eu tenho a informação, posso direcionar meu cliente dentro da loja, colocando-o em contato com os produtos que ele prefere de acordo com a sua orientação. Se ele for vegano ou vegetariano e quiser compartilhar essa informação, ele vai ser direcionado para os alimentos que respeitam essa orientação”, explica Meylan.

Fonte: Novarejo
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 12 de dezembro de 2017 às 21:10
O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), que mede o nível de atividade do setor no Estado, caiu 0,3% em outubro em relação a setembro, feito o ajuste sazonal. O resultado, divulgado nesta terça-feira (12) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), deve-se à influência provocada pela redução de 2,1% nas compras industriais, embora todos os demais componentes do IDI-RS tenham se mantido positivos: faturamento real (2,7%) voltou a crescer, o mesmo ocorrendo com as horas trabalhadas (1%), enquanto a utilização da capacidade instalada-UCI (0,1 p.p.) ficou estável em 79,4%. “A recuperação da indústria gaúcha prossegue de forma lenta e gradual, o que é condizente com oscilações mensais. Essa evolução será determinada pelo ciclo de crescimento da economia brasileira, que ainda está se iniciando”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. A pesquisa revela também melhora no mercado de trabalho: altas de 0,3% no emprego e de 0,4% na massa salarial real. 

Nas comparações anuais, porém, a atividade industrial gaúcha segue a revelar recuperação. Sobre o mesmo mês de 2016, o IDI-RS cresceu pela quarta vez consecutiva, 4,6%, a maior taxa do ano. “O cenário brasileiro ainda impõe muitas dificuldades para o industrial, que encontra demanda deprimida, incerteza política e ociosidade elevada. Esses fatos impedem uma trajetória de crescimento mais consistente, que só deve vir com avanços na situação fiscal e na agenda de reformas estruturais”, ressalta Petry.

Faturamento real (3,8%) foi o indicador do IDI-RS que mais pesou no desempenho da atividade industrial ao longo de 2017. Também contaram com contribuições positivas no ano a massa salarial real (1,9%) e a UCI (0,8 p.p.). Por outro lado, as retrações persistem, mas se mostram cada vez menos intensas, nas horas trabalhadas na produção (-1,7%), no nível de emprego (-1,2%) e nas compras industriais (-1,2%).

O levantamento da FIERGS de outubro constata que dos 17 setores analisados, nove apresentam expansão da atividade industrial em 2017, em comparação aos primeiros 10 meses de 2016. Os que mais impactam são o de Tabaco (18,5%), o de Produtos de metal (5,7%) e o de Máquinas e equipamentos (2,2%). Na contramão, com contribuições negativas, as três principais influências foram de Alimentos (-2,4%), Couros e calçados (-1,5%) e Móveis (-1,3%).



Fonte: Fiergs