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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 03 de outubro de 2017 às 21:33
Em meio a um quadro econômico frágil, com um desafio fiscal enorme a ser enfrentado nos próximos anos, o cenário externo vem sendo um alívio para a economia brasileira. Ao que tudo indica, essa situação será duradoura.

Os principais parceiros comerciais brasileiros, China (34% das exportações), Zona do Euro (17%), EUA (17%), Argentina (10%), apresentam perspectivas positivas. Fora isso, os grandes Bancos Centrais tendem a manter um cenário de liquidez abundante, favorecendo o fluxo para ativos de maior risco.

A China terá no último trimestre o 19º Congresso do Partido Comunista, evento que deve reconduzir Xi Jinping ao poder. O governo fará o possível para evitar turbulências, mantendo a economia pujante até o evento. É verdade que o país seguirá desacelerando nos próximos anos: a meta atual é de 6,7% a.a. No entanto, é mais impactante uma China crescendo à meta de hoje, que os 12% de dez anos atrás.

Após anos de austeridade, a Zona do Euro vem apresentando uma retomada da atividade, ainda heterogênea, mas já significativa. Os principais eventos geopolíticos tiveram vitórias de candidatos favoráveis à união do bloco, como a eleição na França. O menor risco de implosão da Zona do Euro ajuda na costura do acordo comercial com o Mercosul.

Os Estados Unidos não irão crescer 3%, como dito por Donald Trump em campanha, mas a atividade seguirá avançando de forma sustentável. A inflação na região, assim como na Zona do Euro, sofre para atingir a meta de 2%, o que estimula uma normalização da política monetária de forma lenta e gradual. Em outras palavras, prolonga abundância de liquidez que beneficia economias emergentes.

Outro destaque vem da Argentina, que passa por reformas importantes após a eleição do presidente Mauricio Macri, e retomou o crescimento (2,7% projetado para 2017).

Ao que tudo indica, o cenário externo seguirá benéfico. O FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou recentemente a projeção de crescimento mundial para 3,4%. Resta ao Brasil aproveitar esse período para fazer o dever de casa e enfrentar o problema fiscal.

Fonte: Novarejo
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 03 de outubro de 2017 às 21:29
Segundo o Ranking NOVAREJO Brasileiro 2017, elas estão majoritariamente na região Sudeste. O estudo, realizado pelo CIP – Centro de Inteligência Padrão, em parceria com a Serasa Experian e a Mastercard, mostra que 51,8% do total de lojas dessas redes estão na região Sudeste.

A região Sul vem em seguida, com 19,7% dessas redes. O Nordeste, por sua vez, concentra 16,4%. O Centro-Oeste e o Norte concentram, respectivamente, 7,6% e 4,6% do total de lojas das 350 maiores redes do País.

Ao considerar o potencial desses mercados consumidores, essa concentração faz sentido. Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais – que compõe a região Sudeste – possuem o 2º, 3º, 5º e 10º maior PIB per capita do País, respectivamente, de acordo com dados do IBGE.

Os Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul – que compõem a região Sul – ocupam a 4ª, 6ª e 7ª posições, respectivamente.

A região Nordeste aumentou expressivamente a sua participação no mercado consumidor brasileiro durante a última década, absorvendo 16,4% das lojas contempladas no estudo. Os motivos? A região, além de populosa – em 2014 reunia aproximadamente 54 milhões de pessoas – experimentou aumento do poder de consumo nesse período. Naturalmente, muitas empresas expandiram suas operações para a região, como é possível verificar na tabela abaixo.


Nada é tão simples

Estados mais ricos concentram mais empresas. Olhando assim, a análise parece simples, mas não é. Quando abrimos o varejo em onze segmentos, vemos que a distribuição não é uniforme e a sequência Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Norte não é seguida por todos eles.

De todos os segmentos analisados pelo Ranking NOVAREJO Brasileiro 2017, o de Farmácias, Cosméticos e Perfumaria é o mais uniforme. A presença das lojas das redes desse segmento tem presença quase proporcional nas regiões Sudeste (33,4%) e Sul (30,2%). O Nordeste, neste caso, não fica tão atrás, com 24% das lojas.

Essa presença mais “homogênea” que a média faz sentido. Um dos segmentos mais resilientes à crise, o setor conseguiu criar alternativas e mostrar ao consumidor que não é um segmento de supérfluos e conseguiu investir em expansão.

Marcas como L’Occitane, Extrafarma, Clamed e Raia Drogasil aceleraram a abertura de lojas, aproveitando as oportunidades de pontos comerciais que a crise trouxe para quem estava capitalizado.

Na outra ponta, o segmento de Livrarias e Papelarias é o que tem maior concentração na região Sudeste. Do total de lojas, 69,8% estão na região. Apenas 0,9% estão na região Norte.

Essa discrepância se explica não apenas por fatores mercadológicos, mas também por questões culturais. É no Sudeste que estão concentradas as grandes redes de ensino e a participação de livros didáticos no total de vendas de livros ainda é representativa.

Confira a localização das lojas por região, segundo tabela abaixo:



Fonte: Novarejo